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19 maio 2011

Frase

Frase postada no twitter pelo senador Cristovam Buarque (@Sen_Cristovam) - Por Isabel Sales

Se seu filho quer ser professor, sinta-se como se o Brasil estivesse em guerra e ele quisesse ser militar. É arriscado, mas é patriótico.

09 dezembro 2010

Rir é o melhor remédio


As tirinhas do PhComics são ótimas. Esta, do dia 3 de dezembro deste ano, parece muito com situações que nós, professores, vivemos na prática.

15 outubro 2010

Dia do professor

Eis um texto interessante com a professora caçula da UnB:

A experiência da caçula

Ludmila Souza passou no concurso antes de concluir o mestrado em Ciências Contábeis. A maioria dos alunos são mais velhos que ela, mas a respeitam como mestre
Luciana Teixeira - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Duas vezes por semana, Ludmila de Melo Souza passa pelos corredores da Universidade de Brasília (UnB) carregando livros e cadernos, como tantas estudantes universitárias. Mas não é uma delas. Aos 24 anos, Ludmila é a professora mais jovem da UnB.

A relação com a universidade começou ainda no ensino fundamental. Mineira de Patos de Minas, ela sempre sonhou em estudar na UnB e já se preparava para enfrentar o vestibular mesmo sem ter escolhido a profissão. “Na oitava série, eu já sabia que queria a UnB e não pensava em outra coisa”, relembra.

Em 2004, Ludmila deixou a cidade natal para estudar Ciências Contábeis no campus Darcy Ribeiro. Aos 18 anos, foi morar com uma amiga, também aprovada na UnB, em um pensionato. “Tinha que pagar contas, arrumar o quarto, mas como já ajudava na casa dos meus pais, a diferença não foi tão grande”, conta. A UnB era como ela havia imaginado na oitava série. “Jamais me arrependi de ter vindo para cá.”

Ludmila não imaginava a carreira de docente até iniciar o mestrado
E foi como aluna que encontrou sua verdadeira vocação. “Fiquei apaixonada pela pesquisa e pela vida acadêmica”, revela. “Participei de projetos de iniciação científica e decidi que faria mestrado para continuar aprendendo”, comenta. Curiosa, Ludmila passava horas estudando na Biblioteca Central. “Meu orientador me incentivava a escrever artigos e comecei a gostar de produzir”, comenta a jovem professora.

Em 2008, recebeu o diploma e decidiu não voltar para Patos de Minas. “Meus pais vieram para Brasília e a vida ficou mais fácil”. Com o apoio da família, Ludmila apresentou projeto de mestrado em Contabilidade. Foi aprovada e permaneceu na UnB. Durante o mestrado, deu aulas de Metodologia de Pesquisa em Ciências Contábeis. “Foi meu primeiro contato com a docência. Nunca imaginei ser professora, mas gostei da experiência.”

CONCURSO – Perto de concluir o mestrado, surgiu a oportunidade de fazer concurso para a UnB. Foi quando se tornou professora. “Tive que correr para terminar o mestrado e fui nomeada no dia 12 de agosto”, comemora.

No começo da carreira docente, enfrenta agora a insegurança diária de encarar alunos, muitas vezes mais velhos que ela. Ludmila recorda que no primeiro dia de aula um estudante perguntou se ela era a professora. “Respondi que sim e ele questionou: mas você tem mestrado?”. No final da aula, o mesmo aluno tornou a procurar Ludmila. “Dessa vez queria saber a minha idade. Falei e ele disse que achava legal ter uma professora jovem”.

Os estudantes sempre procuram a jovem professora para conversar sobre pesquisas, projetos de extensão e demais assuntos da vida acadêmica. “Eles gostam de falar comigo. Acho que tenho uma linguagem mais parecida com a deles”, avalia. Para ela, ter idade próxima à dos alunos não traz prejuízos. “Eles me respeitam como alguém que tem algo a ensinar e as aulas são muito tranquilas”. Nesse primeiro semestre como professora, Ludmila recebeu a missão de ensinar Custos, disciplina do terceiro semestre de Ciências Contábeis, para 87 alunos.

Ludmila pretende fazer doutorado e continuar trabalhando na instituição. De acordo com ela, a pouca idade pode contribuir para o processo de renovação da UnB. “As pessoas ficam cansadas e é muito importante ter gente nova e disposta a realizar um bom trabalho e desenvolver os projetos existentes.”

02 setembro 2010

Como ler um artigo acadêmico?

Peter Klein, em How to Read an Academic Article apresenta algumas dicas para aproveitar melhor a leitura de um artigo acadêmico. Adaptando as recomendações de Klein eis um roteiro:

a) Leia o título e tente imaginar o assunto. Tenha uma idéia da linha do periódico e os tipos de artigos publicados no periódico, se for possível

b) Leia o resumo. Tente obter nesta leitura a razão do texto e as conclusões obtidas.

c) Leia a introdução. Entenda qual a razão da relevância do tema e a forma como a pesquisa foi organizada.

d) Pule para conclusão. Dê uma olhada nas referências. Veja se são atuais e sua origem.

e) Caso o assunto tratado seja desconhecido ou possa apresentar dificuldade na leitura, use dicionários específicos (e, em alguns casos, até a Wikipedia pode ajudar).

f) Olhe rapidamente os títulos das partes, as tabelas e figuras. Observe o fluxo do artigo. Tente ver se o trabalho é um estudo de caso ou uma pesquisa com uma base de dados. Neste caso, qual é esta base de dados. Não perca tempo com as classificações da metodologia, pois geralmente são inúteis e não agregam valor.

g) Leia o artigo rapidamente, pulando demonstrações, equações e tabelas

h) Leia novamente de forma mais cuidadosa. Veja se o objetivo do texto (ou a pergunta) foi respondida. Observe as limitações da pesquisa e verifique se compromete os resultados.

i) Em algumas partes relevantes, volte e tente comparar com outros trabalhos parecidos. Para isto use o Google Acadêmico. Se o texto for baseado numa pesquisa prévia, tente encontrar informações sobre a mesma.

13 julho 2010

Avaliação de Docente

Desde 2003 a Universidade de Brasília vem fazendo, semestralmente, avaliação do seu corpo docente. A cada período chegam a ser aplicados entre 30 a 40 mil questionários. Esta massa de dados foi analisada por uma estatística da Universidade, Gabriela Barros. Usando dados de mais de 200 mil questionários, a pesquisadora descobriu alguns aspectos interessantes. Ao longo do período, o grau de satisfação tem aumentado, mesmo que de forma pouco significativa em termos estatísticos.

Tive oportunidade de ler a pesquisa de Gabriela Barros e achei interessantes os aspectos mais negativos na opinião dos alunos: uso de estratégia para motivar os alunos quanto ao conteúdo; discussão dos resultados de avaliação de aprendizagem; e incentivo para que o aluno possa aprofundar o aprendizado.

Surpreendente, em minha opinião, os pontos fortes apontados pelos alunos: domínio do conteúdo ministrado; assiduidade; cordialidade na relação com os alunos; e respeito às idéias dos alunos. Vivendo na UnB, e escutando frequentemente comentários sobre professores que faltam continuamente, é interessante notar que esta não é a opinião dos alunos.

25 março 2010

Perfil do Bom Professor

Este trabalho tem por objetivo analisar o perfil dos professores de ensino superior, a partir da importância atribuída pelos estudantes de Contabilidade a um conjunto de cinco competências demandadas pelo trabalho docente (didática, relacionamento, exigência, conhecimento teórico e experiência de mercado). Foi realizado um estudo de campo junto a uma amostra de 148 estudantes de cursos de graduação em Contabilidade, em instituições públicas e privadas da cidade de Fortaleza. Os dados são avaliados através de técnicas descritivas e de análise conjunta. Nas análises descritiva e conjunta, verificou-se que a didática foi a competência docente de maior importância, seguida pelo conhecimento teórico. Especificamente por análise conjunta, foram procedidas verificações por categoria de variáveis qualitativas, tendo-se verificado que, apesar de se manter a ordem de importância, os pesos relativos de cada competência variam de acordo com o tipo de instituição, a metade do curso, o sexo, e a condição quanto ao trabalho dos estudantes. Acredita-se que os resultados podem gerar informações relevantes para o planejamento da ação docente tanto de professores quanto de gestores de cursos e de instituições de formação.


 

O PERFIL DO BOM PROFESSOR DE CONTABILIDADE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PERSPECTIVA DE ALUNOS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO - Renata Furtado Gradvohl; Francisca Flávia Plutarco Lopes; Francisco José da Costa

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

12 novembro 2009

Contribuição da Academia para os Conselhos

Um levantamento realizado entre os Conselhos de Administração das empresas abertas de melhor governança corporativa (nível 1, 2 e novo mercado) procurou identificar a contribuição da academia para as empresas.

Utilizando as atas das empresas e fazendo um cruzamento com a Plataforma Lattes, onde estão os currículos dos pesquisadores brasileiros, Ednei Morais Pereira, mestrando em contabilidade, encontrou 40 currículos.

Este total, para uma quantidade de 850 conselheiros, significa cerca de 5%.

Será que a participação da academia é reduzida? Talvez não, quando observada proporcionalmente, mas em termos de qualidade, sim.

Qual a razão deste fato?

26 agosto 2009

Bom professor

Este trabalho tem por objetivo analisar o perfil dos professores de ensino superior, a partir da importância atribuída pelos estudantes de Contabilidade a um conjunto de cinco competências demandadas pelo trabalho docente (didática, relacionamento, exigência, conhecimento teórico e experiência de mercado). Foi realizado um estudo de campo junto a uma amostra de 148 estudantes de cursos de graduação em Contabilidade, em instituições públicas e privadas da cidade de Fortaleza. Os dados são avaliados através de técnicas descritivas e de análise conjunta. Nas análises descritiva e conjunta, verificou-se que a didática foi a competência docente de maior importância, seguida pelo conhecimento teórico. Especificamente por análise conjunta, foram procedidas verificações por categoria de variáveis qualitativas, tendo-se verificado que, apesar de se manter a ordem de importância, os pesos relativos de cada competência variam de acordo com o tipo de instituição, a metade do curso, o sexo, e a condição quanto ao trabalho dos estudantes. Acredita-se que os resultados podem gerar informações relevantes para o planejamento da ação docente tanto de professores quanto de gestores de cursos e de instituições de formação.

O PERFIL DO BOM PROFESSOR DE CONTABILIDADE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PERSPECTIVA DE ALUNOS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO - Renata Furtado Gradvohl, Francisca Flávia Plutarco Lopes e Francisco José da Costa (UFC)


Seria interessante a expansão da pesquisa realizada, para outras cidades do país. Acho que as conclusões seriam reforçadas (ou não) se a pesquisa fosse comparada com egressos.

31 janeiro 2009

Contabilidade não é HOT

Usando as avaliações do site RateMyProfessores, onde os alunos podem avaliar seus professors pela internet, três pesquisadores fizeram uma relação da percepção da qualidade do professor segundo sua área. Segundo a análise, os professores de línguas possuem maior média de rating, seguido de direito e religião. Contabilidade ganha de ética da mulher, engenharia, ciência da computação e química. Só.

Veja a figura abaixo:



Fonte: aqui

07 janeiro 2009

Por que os professores de contabilidade não Blogam?

Esta pergunta foi feita por David Albrecht (Why Accounting Professors Don´t Blog) e a discussão pode ser extendida para o Brasil. Com efeito, existem pouquíssimos blogs de contabilidade no Brasil (do Alexandre Alcântara, do Marcos César, do Lino Martins, entre outros). Para uma profissão com mais de 500 mil profissionais registrados é muito pouco.

Enquanto nos Estados Unidos existem mais de 50 blogs em medicina, 100 em direito e uma grande quantidade em economia, o número em contabilidade é muito reduzido. Albrecht considera que os professores dos Estados Unidos não blogam pelas seguintes razões:

a) A atividade de blogar não conta na carreira acadêmica, ao contrário de publicar artigos em periódicos ou mesmo “dar aula”
b) Ênfase, por parte da elite acadêmica, na “accountics”. Este modelo de pesquisa e publicação na contabilidade deixa de lado o juízo de valor e a opinião, valores que são enfatizados na atividade de ter um blog
c) A natureza dos professores de contabilidade, que são conservadores e tradicionais, resistindo às mudanças.

Analisando os argumentos de Albrecht podemos dizer que são válidos também para o Brasil. Ter um blog não conta na Capes ou numa carreira acadêmica (sequer é considerado relevante. Veja, a título de exemplo, a página do meu departamento , da Universidade de Brasília, que não tem um vínculo para este blog.)

O segundo argumento também é válido. Hoje os professores pesquisadores estão mais preocupados em baixar dados da Economática, fazer testes estatísticos e, a partir daí, tentar propor uma teoria.

O terceiro aspecto também é válido. O conhecimento de internet é escasso e alguns sequer sabem que construir um blog é muito simples nos dias de hoje. Alguns sequer conhecem os instrumentos de agregação de notícias, como o Google Reader (se o leitor não conhece, vale a pena conhecer. Entre na página do Google, cadastre usando um e-mail e faça um link para seus endereços preferidos, incluindo este, obviamente. Toda vez que tiver uma alteração no seu endereço você pode ter acesso através do Reader. Para vocês terem uma idéia, no meu Reader eu recebo em torno de 800 a 1000 alterações por dia, alterações que me ajudam a fazer atualizações diárias no Contabilidade Financeira.).

Acrescento um quarto elemento à lista de Albrecht. Ter um blog requer muito trabalho e dedicação. Temos que ter uma rotina diária, que muitas vezes consome um bom tempo.

13 setembro 2008

Teoria e Prática

O texto Don't try to invest like the pros mostra como na prática a teoria é outra. Os professores de finanças não usam o fluxo de caixa descontado, o modelo CAPM ou acreditam que o mercado seja eficiente (muitos deles querem ganhar do mercado). Prevalece, nos doutores de finanças, a confiança que podem ter lucro com suas aplicações.

23 janeiro 2008

O que interfere na qualidade da educação?

Foram dois textos da The Economist no ano passado que deixei arquivados para um oportunidade melhor. Ou talvez para uma maior reflexão. Teachers´s salaries , de 27 de setembro de 2007, mostra um quadro muito interessante sobre os salários dos professores em diversos países do mundo. Em alguns lugares, entre os quais a Coréia do Sul, o salário do professor revela um alto status. Em outros, como Noruega, a média é baixa.




O Segundo artigo (How to be top, com o subtítulo “O que funciona na educação”) é de 18 de outubro de 2007. É o mais interessante e intrigante. O texto procura entender por que alguns países são sempre bem avaliados nos testes (Canadá, Finlândia, Coréia, Japão, Cingapura) como o Pisa e outros não.

O primeiro mito: não é dinheiro. Observe o gráfico, que informa a variação no gasto em educação e a variação nos pontos em matemática. Países, como Nova Zelândia, aumentaram muito o gasto em educação, mas a nota caiu.


Não é o tamanho das turmas. E não é o número de horas.

Para a empresa de consultoria McKinsey a solução começa com os professores. É uma questão simples que pode ser colocada nos seguintes termos: “a qualidade do sistema educacional não pode exceder a qualidade dos seus professores”. Estudos já mostraram que a qualidade dos professores afeta o desempenho dos alunos. Neste sentido, a redução do tamanho das turmas possui o efeito oposto: como os bons professores são raros, reduzir o tamanho corresponde a diminuir a chance do aluno de ter bons professores.

Outro aspecto diz respeito ao que é feito após o professor tornar-se professor. Alguns países só aceitam professores com um grau mínimo, como é o caso da Finlândia, onde a exigência é o mestrado. Além disto, os professores precisam de treinamento e isto inclui absorver conhecimento dos professores mais antigos.
O texto afirma também que a questão da avaliação do ensino não é o aspecto mais relevante do processo. Alguns países, como a Finlândia, não dão atenção a este aspecto. Mas o Brasil dá.

Um ponto relevante é a capacidade de intervir no início do processo. Estudos adicionais e horas extras para alunos são de ajuda inestimável se ocorrerem de imediato, quando se percebe uma dificuldade.