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Mostrando postagens com marcador big four. Mostrar todas as postagens
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26 outubro 2014

Fato da Semana

Fato da Semana:  A baixa qualidade das auditorias realizadas.

Qual a relevância disto? Anualmente o supervisor das auditorias dos Estados Unidos, o PCAOB, faz uma revisão selecionada dos trabalhos realizados. Na semana passada esta entidade divulgou que fiscalizou 50 trabalhos de auditorias e que 23 destes trabalhos não cumprem as normas do PCAOB. Isto é mais da metade dos trabalhos que foram investigados!

O relatório mostra o seguinte placar de problemas:

Deloitte: 28%PwC: 33,3%
KPMG 46%
EY: 50%

Metade dos trabalhos investigados da EY apresentaram problemas.

Positivo ou negativo? Negativo, sem dúvida nenhuma. Imagine que no maior mercado acionário do mundo temos esta elevada taxa de problemas. E nos demais?

Desdobramentos: Este relatório tem periodicidade anual e os problemas apontados são recorrentes. O resultado poderá ser usado no futuro para concluir que toda auditoria é de baixa qualidade. 

20 março 2014

Crescimento das Big Four

O gráfico mostra o crescimento da receita nas grandes empresas de auditoria, por área. A EY foi aquela que mais cresceu.

07 fevereiro 2014

Estados Unidos desistem do rodízio

O rodízio das empresas de auditoria é um dos temas mais polêmicos da contabilidade. Existem diversos argumentos favoráveis e contrários; bom argumentos, por sinal. Existem pesquisas. E dinheiro para o lobby das empresas.

A Europa recentemente optou por adotar o rodízio e deverá finalizar o processo em abril. Nos Estados Unidos, o Public Accounting Oversight Board tentou passar uma medida favorável ao rodízio no passado, mas encontrou resistência no legislativo.

Segundo a CFO parece que o PCAOB desistiu da ideia depois de três anos de luta. Numa reunião de orçamento com os membros da SEC, o presidente do PCAOB admitiu que o rodízio não deve acontecer naquele país, pelo menos por enquanto.

No passado o PCAOB tentou estabelecer um vínculo entre a qualidade da auditoria e a falta do rodízio. Entretanto, a resistência das empresas auditadas e das big four foi muito grande. Mais de 500 correspondências foram endereçadas ao PCAOB para desistir do conceito. E quase um quarto delas eram de executivos financeiros(CFOs).

21 dezembro 2013

Fato da semana

Fato: O parlamento europeu decide limitar a atuação das empresas de auditoria em dez anos e também limitar a utilização de serviços de consultoria destas empresas. Isto significa dizer que a Europa decidiu pelo rodízio.
Além disto, o relatório de auditoria deverá ser mais detalhado, assim como fortalece o papel do comitê de auditoria. Outra medida é que uma parcela de acionistas poderá solicitar a destituição do auditor.

Qual a relevância disto? Enquanto os Estados Unidos recuou em adotar as medidas para proteger os interesses dos investidores das grandes empresas de auditoria, a Europa adotou uma postura mais firme sobre o assunto. As medidas poderão reduzir a grande dependência do mercado das quatro maiores empresas de auditoria e quem sabe trazendo mais concorrência ao setor, que hoje é um oligopólio.

Positivo ou Negativo?  As medidas poderão aumentar o custo de ser fazer uma auditoria. Há uma discussão se o rodízio melhora (ou não) a qualidade da auditoria. Para as outras empresas do ramo, poderá ser uma oportunidade para aumentar sua receita. Além disto, poderá reduzir o risco de falência de uma grandes das empresas.


Desdobramentos: A medida permitirá que se discuta a questão do rodízio de uma forma mais técnica e menos apaixonada. Poderemos quem sabe comparar a qualidade das auditorias com ou sem o rodízio. 

Concorrência contábil na Europa

Um nova regra da Comunidade Européia pretende aumentar a competição no setor contábil. O alvo são as big four (KPMG, PwC, EY e Deloitte), que dominam as auditorias das grandes empresas. A regra deverá atingir mais de 35 mil empresas de 28 países e deverá beneficiar empresas como Grant Thornton, BDO, entre outras.

Pela nova lei, quem fizer auditoria de um cliente não poderá prestar consultoria em impostos. Segundo informou a Reuters, a Grant Thornton já começa a sentir a influencia da lei. Mas a BDO está prevendo que haverá um processo de concentração entre as empresas "intermediárias".

15 dezembro 2013

Valor da falência de uma Big Four

Francine McKenna discute o efeito de uma quebra de uma das Big Four. Este é um cálculo muito difícil de ser feito, já que envolve uma série de suposições questionáveis.

Até o final do século XX existiam cinco grandes empresas de auditoria. A falência da Enron e os problemas em diversas empresas auditadas pela Arthur Andersen fez com que o número de grandes empresas de auditoria reduzisse para quatro.

O valor obtido por dois pesquisadores mostra que outra falência custaria aos clientes norte-americanos no máximo 1,8 bilhão por ano. Neste valor estão as perdas das empresas em relação a quebra de contratos com a auditoria.

20 novembro 2013

Conflito de interesses

Francine McKenna escreve um texto muito interessante sobre o conflito de interesses das grandes empresas de auditoria (Global Audit Firms Take “Pay To Play” From Sponsored Content to Conferences, re:The Auditors, 18 de novembro de 2013). No passado ela tinha chamado a atenção para o fato da Deloitte estar patrocinando conteúdo pago do Wall Street Journal. Agora, a mesma Deloitte e a PwC estão ajudando nas conferências das grandes organizações de notícias. Num evento do Financial Times (e Deloitte) nenhuma outra empresa concorrente terá palestrante.

09 novembro 2013

A estratégia errada das auditorias

A revista The Economist comenta a decisão das empresas de auditoria em mudar sua estrategia. Conforme é possível perceber pelo gráfico, a participação da área de consultoria na receita das grandes empresas aumentou substancialmente nos últimos anos.


O problema apontado pela revista envolve a perda de consultores, o conflito de interesses e a atenção despertada pelos reguladores.

Em janeiro a Deloitte comprou a Monitor. Em outubro a PwC adquiriu a Booz. Além disto, também começaram a comprar empresas para lidar com a grande quantidade de dados, particularmente associado a necessidade de mensuração na área de publicidade.

18 outubro 2013

Reino Unido e Big Four

O gráfico mostra o mercado de auditoria no Reino Unido nas maiores empresas da bolsa de Londres. A PwC tinha um pouco menos de 40% do mercado em 2001 e 30% em 2010. As outras empresas tiveram um aumento na participação. Parece que a situação piorou, mas existe um pequeno problema no gráfico: Andersen. Com a saída da empresa do mercado, o número de empresas auditadas por "outras empresas de auditoria" caiu de 10% do mercado para menos de 5%.

De qualquer forma, a ilustração é mais uma prova do oligopólio no setor de auditoria.

15 outubro 2013

Inglaterra x Big Four

As maiores empresas do Reino Unido devem trocar suas empresas de auditoria a cada dez anos, para aumentar a competição. Atualmente o mercado é dominado por quatro grandes empresas. A Competition Commission publicou seus relatório ontem. Anteriormente, o rodízio seria de cinco anos, mas a reação do Financial Reporting Council e das empresas provocou a mudança.

11 outubro 2013

Cade e as Big Four


Qualquer expansão das quatro grandes firmas globais de auditoria – Deloitte, PwC, EY e KPMG – por meio de aquisições no Brasil passará a ser analisada com bastante cuidado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) daqui para frente.

Esta é a percepção dos dois lados envolvidos no julgamento de ontem do órgão regulador sobre a compra das operações da BDO no Brasil (antiga Trevisan) pela KPMG, dois anos e meio após o anúncio do negócio, em fevereiro de 2011.

Para conseguir a aprovação da transação, a KPMG se comprometeu a não adquirir, pelo período de dois anos, empresas de auditoria no Brasil que tenham na carteira de clientes companhias abertas com faturamento acima de R$ 300 milhões.

Pelos dois anos seguintes, a KPMG será obrigada a notificar previamente o Cade caso tenha interesse em adquirir uma firma de auditoria com clientes de capital aberto e receita bruta acima de R$ 350 milhões.

No cenário atual, negócios envolvendo BDO RCS, Grant Thornton (ex-Pryor), Baker Tilly e Directa estariam vetados ou sujeitos análise criteriosa pelos limites estabelecidos pelo Cade.

Embora o Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) só tenha validade legal para a própria KPMG, que o assinou, existe a leitura de que as restrições podem afetar também futuros negócios de PwC, Deloitte e EY, que completam o grupo conhecido como “Big Four”.

(...) as “Big Four” permanecem com mais de 90% do mercado entre as grandes companhias de capital aberto, índice que cai bastante quando se inclui na conta as empresas abertas de menor porte e ainda mais com as fechadas.

Segundo Priscila Brolio Gonçalves, advogada do escritório VPBG, representante da BDO International no processo, o principal benefício da decisão é evitar que a firma se fortaleça novamente no Brasil e uma “Big Four” compre a operação. “Com o novo sistema de análise prévia, e com o Cade conhecendo esse mercado, isso não vai voltar a acontecer”, afirma Priscila, que disse ter gostado da decisão.

Segundo Krieck, a KPMG está “satisfeita” com o acordo e segue com seu plano de crescimento orgânico. O executivo lembra que a decisão não afeta transações na área de consultoria, nem negócios que venham a ser conduzidos pela KPMG internacional.


Por Fernando Torres | Valor Econômico.

05 outubro 2013

Rodízio na Europa

Segundo notícia da Reuters, a União Europeia deu um passo no sentido de obrigar o rodízio das empresas de auditoria. Os membros da comunidade aceitaram, numa reunião ontem, permitir que o parlamento possa debater sobre o assunto. Há um acordo de que as empresas importantes, incluindo os bancos, possam manter um mesmo auditor por até 15 anos. E que as outras empresas seria por 20 anos.

02 outubro 2013

Deloitte é a maior

A Deloitte obteve uma receita de 32,4 bilhões de dólares. Como a PwC gerou receita de 32,1 bilhões, isto coloca a Deloitte como a maior empresa de auditoria do mundo. Informação do WSJ (via aqui)

13 julho 2013

Fato da Semana

Fato: Derrota do Rodízio de Auditoria nos Estados Unidos 

Qual a relevância disto? – Os defensores do rodízio das empresas de auditoria acreditam que isto poderá melhorar a qualidade do serviço prestado. Mas aqueles que são contra o rodízio também possuem bons argumentos, incluindo o aumento no custo do trabalho. Alguns países já implantaram o rodízio, incluindo países desenvolvidos. Na maior economia do mundo, onde a contabilidade é mais avançada, o regulador das empresas de auditoria tentou criar normas para obrigar as empresas a fazerem o rodízio.

Num primeiro momento a proposta foi derrotada no congresso, dentro de uma das suas comissões, por 52 votos a zero. Agora o Congresso aprovou, por 321 a 62, o Audit Integrity and Job Protection Act. Isto praticamente enterra as chances de se ter o rodízio naquele país nos próximos anos.
O ato teve aprovação do AICPA, uma entidade historicamente dominada pelas grandes empresas de auditoria, que são contrárias ao rodízio. Mas alguns comentaristas lamentaram a aprovação, por entender que o rodízio poderia ser uma experiência que melhoraria a qualidade dos pareceres.

Positivo ou Negativo? – Depende. Se você é favorável ao rodízio, a aprovação realmente é negativa. Impede que empresas da maior economia sejam obrigadas a mudar seus auditores. Se você acredita que o rodízio é ruim, o fato da semana é positivo.

Desdobramentos – Pelo menos nos Estados Unidos, o assunto rodízio não voltará a ser debatido pelos reguladores nos próximos anos. Como os Estados Unidos possuem uma grande influencia em outras economias, isto também pode significar que esta experiência talvez não seja implantada em muitos países.

Outro fato relevante: a escolha de um fato relevante é sempre difícil. Além deste, é interessante notar que a semana apresentou, em dois países distintos, um problema com o ativo “mais” líquido existente: a moeda. Nestes países, a moeda corrente pode não possuir o valor de face.

06 abril 2013

É bom trabalhar nas Big 4

Segundo o Human Rights Campaign, entre as melhores empresas para se trabalhar, no setor de consultoria e serviços: 

A.T. Kearney Inc. Chicago, IL
Accenture Ltd. New York, NY
Aon Corp. Chicago, IL
Bain Co. Inc./ Bridgespan Group Boston, MA
Booz Allen Hamilton Inc. McLean, VA
Boston Consulting Group Boston, MA
Deloitte LLP New York, NY
Ernst Young LLP New York, NY
International Business Machines Corp. (IBM) Armonk, NY
KPMG LLP New York, NY
Marsh McLennan Companies Inc. New York, NY
McKinsey & Co. Inc. New York, NY
Navigant Consulting Inc. Chicago , IL
PricewaterhouseCoopers LLP New York, NY

Quatro empresas de contabilidade.

08 março 2013

Auditor e Interesse do Investidor

O recente relatório da comissão britânica sobre o oligopólio no setor de auditoria trouxe algumas reflexões interessantes. Denise Roland, do The Telegraph (Big Four deny acting against shareholders) informa que a comissão que afirma que muitas vezes auditores e executivos das empresas agem em benefício mútuo, excluindo os interesses dos investidores. Esta questão também é lembrada por Helia Ebrahimi, também do The Telegraph (Big four chastised by Competition Commission) diz que existe um desalinhamento com os interesses dos shareholder.

Segundo Beth Abel, do AccountancyAge, os auditores não concordam com a posição da comissão britânica e que o relatório é omisso em alguns aspectos.

25 fevereiro 2013

Big four e política

Segundo uma notícia do The Guardian (Big four accountancy firms donate £1.9m in services to political parties since 2009, Maeve McClenaghan, 10 jul 2012), as grandes empresas de contabilidade (Big Four) doaram 1,9 milhões de libras para os partidos políticos ingleses desde 2009. Além de doar dinheiro, as empresas também "emprestam" recursos humanos para o governo. No caso inglês, 15 funcionários foram cedidos para o Tesouro inglês.

Esta informação naturalmente preocupa em razão de uma possível influência que estas empresas podem exercer sobre a regulação do setor, com acesso privilegiado na formulação de políticas públicas. O jornal cita especificamente a ligação da Deloitte com o Partido Conservador britânico. A empresa ganhou contratos lucrativos no valor de 774 milhões de libras.

Na última semana a Comissão de Concorrência do Reino Unido (Competition Commission), depois de suspense, afirmou que as empresas de auditoria e as empresas com ações negociadas na bolsa são interdependentes. Apesar de ser um relatório preliminar, a comissão está estudando alternativas para melhorar a concorrência do setor. Isto incluiria o rodízio obrigatório. Um levantamento da comissão mostrou que 31% das cem maiores empresas com ações na bolsa tiveram a mesma empresa de auditoria por mais de vinte anos. Segundo o Compliance Week:

Isso levanta uma preocupação de que a falta de concorrência pode levar a preços mais altos, de qualidade inferior, e menos inovação, para não mencionar um fracasso para cumprir o objectivo pretendido de proteger os interesses dos acionistas.

19 fevereiro 2013

Suspense na Big Four

O mercado de auditoria britânico, assim como da maioria dos países capitalistas desenvolvidos, é dominado pelas quatro grandes empresas - denominadas de Big Four. Uma Comissão de Concorrência, a partir de uma provocação da Câmara dos Lordes, deverá divulgar seus resultados esta semana, informou o The Guardian. A comissão começou sua investigação em 2011 e pode verificar que o mercado de auditoria é um oligopólio.

Para complicar, existem os pareceres limpos que as auditorias deram para empresas problemáticas. Isto irritou os contribuintes e promoveu o apoio a medida do legislativo.