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20 agosto 2014

Resenha: Winning Ugly

Este livro já é bastante antigo: a edição que eu li é de 1993. Mas é o “Príncipe” para área esportiva. O clássico de Maquiavel ensinava as regras da política, que deu origem ao termo maquiavélico. O livro Winning Ugly é Maquiavel aplicado ao tênis.

Um exemplo: Gilbert e Jamison descrevem uma estratégia para ganhar uma partida de tênis num clube. Os autores recomendam chegar mais cedo meia hora antes do horário do jogo, fazer um aquecimento de 20 minutos e enrolar mais vinte minutos. Com isto, chega-se “tarde” para partida. Como em alguns clubes as partidas são de uma hora, o adversário estará ansioso para jogar e poderá propor “pular” o aquecimento que tradicionalmente os jogadores fazem entre si antes de iniciar a partida. Assim, enquanto o adversário irá jogar “frio”, o leitor do livro terá uma grande vantagem de jogar aquecido.

Gilbert jogou tênis profissional nos anos oitenta e noventa. Neste período, jogou contra Sampras, Chang, Becker e Edberg. Depois foi técnico de Agassi, Roddick, Murray, entre outros. Foi considerado por Agassi “o maior treinador de todos os tempos”.

Ao contrário de outros livros de tênis, este não possui nenhuma ilustração ou fotografia. O objetivo é com a questão mental do jogador. Jogar feio pode ser útil para vencer. Com dezenove capítulos, o texto é útil para quem deseja ganhar uma partida de tênis, sem se preocupar em jogar bonito. Os primeiros capítulos são os melhores: conta a preparação mental antes do jogo, os equipamentos para ajudar a vencer e como jogar de maneira inteligente. No capítulo oito os autores fazem classificação dos jogadores existentes e apresenta dicas de como vencê-los. Talvez seja o capítulo mais útil do livro.

Ao terminar a leitura do livro de Gilbert ficamos com a impressão de que seus ensinamentos podem ser aplicados a qualquer esporte. Pode também ser uma obra típica de autoajuda, já que possui ensinamentos sobre adversidades, estratégia, preparo mental, entre outros.

Vale a pena? A princípio é uma obra fundamental para o jogador de tênis amador que perde partidas fáceis ou não consegue dar trabalho para os jogadores mais fortes.


GILBERT, Brad; JAMISON, Steve. Winning Ugly. New York: Fireside, 1993. 

13 agosto 2014

Resenha: Béla Guttmann

Este livro narra a história que parece o filme Forrest Gump. Guttmann é aquele personagem que esteve em nos principais momentos do futebol mundial no período entre as décadas de vinte e sessenta. Como jogador, Guttmann fez parte da equipe do Hakoah, de Viena, um time de judeus. Chegou a participar das Olimpíadas de 1924 pela seleção da Hungria. No final dos anos vinte, fez excursão aos Estados Unidos, onde o futebol era um esporte emergente. Na década de 30 torna-se treinador na Hungria. Durante a segunda guerra, Guttmann desaparece. Após o confronto, volta a trabalhar com treinador na Hungria. Num dos times que dirigiu tinha Boszik e Puskas, que seria base da poderosa seleção da Hungria da década de cinquenta. Em 1949 vai para Itália, Chipre, Argentina e retorna para Itália para treinar o Milan de Nordahl, Liedholm e Schiaffino. Apesar de estar em primeiro lugar no campeonato italiano, Guttmann é demitido do Milan. Em 1957, Guttmann chega ao Brasil para treinar o São Paulo. Neste clube, adota o sistema 4-2-4. O assistente de Guttmann no clube era Vicente Feola, que meses mais tarde tornaria o treinador da seleção brasileira e conquistaria a Copa do Mundo com o estilo adotado por Guttmann. Do Brasil, o treinador vai para Portugal, sendo campeão pelo Porto. No ano seguinte assume o time do Benfica , onde torna-se bicampeão europeu, num time que tinha Eusébio, o maior jogador português de todos os tempos. Depois do Benfica, Guttmann entra em decadência, treinando times no Uruguai, Suíça e Grécia.

O livro Béla Guttmann conta a história deste treinador em 170 páginas. Isto é bom e ruim. Por um lado, Claussen vai direto ao ponto, sendo bastante objetivo. Por outro lado, como a vida de Guttmann foi bastante atribulada, sentimos esta objetividade do autor do livro parece atrapalhar um pouco.

Vale a Pena? Para quem gosta de futebol e quer um panorama do esporte entre os anos 20 e 60 é uma boa leitura.


CLAUSSEN, Detlev. Bela Guttmann. São Paulo: Estação Liberdade, 2014.


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06 agosto 2014

Resenha: Guia Politicamente Incorreto do Futebol

Este é mais um livro da série “Guia Politicamente Incorreto (...)” da editora Leya. Esta coleção fez sucesso com outros temas e a fórmula tenta captar a atenção do leitor interessado em futebol. Mais de 400 páginas e 18 capítulos, o texto trata de assuntos diversos como racismo, seleção de setenta, batalha dos Aflitos, Barcelona, Pelé e Maradona.

Como o próprio título induz, algumas das posições dos autores são polêmicas, como é a afirmação de que “Messi não é um bom garoto” (último capítulo). O problema é que o livro, escrito por jornalistas, cai na “faláciado jornalista”. Esta falácia acontece quando se toma um ou dois depoimentos e fazem conclusões apressadas. No caso do Messi, o livro usa três acontecimentos para fazer esta conclusão.

Outros pontos levantados, como o “futebol não é um bom negócio”, já mereceu uma análise muito mais interessante e profunda no Soccernomics, por exemplo. Para quem já leu Soccernomics, o texto deste Guia é mais superficial.

Mas é inegável que a leitura do livro é agradável. O formato ajuda e os capítulos podem ser lidos de maneira independente. Neste sentido, os problemas apontados anteriormente não prejudicam a leitura.

Vale a pena? Para quem gosta de futebol, inclusive discutir futebol, é interessante sua leitura. Pode acrescentar polêmica nas conversas com os amigos.

ROSSI, Jones; MENDES JR, Leonardo. Guia Politicamente Incorreto do Futebol. Leya, 2014.

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30 julho 2014

Resenha: Man on the Run

No final dos anos sessenta, o maior grupo musical que já existiu estava acabado. As brigas internas romperam a antiga amizade que unia John, Paul, George e Ringo. Enquanto George tentava buscar na religião a infelicidade trazida pela fama e John unia-se a Yoko para fazer política, Paul tentava manter o grupo através de trabalho. E Ringo sempre foi o lado mais fraco da criatividade musical dos Beatles.

Até hoje se discute o que levou o maior sucesso da música optarem pela separação. Alguns acham que foi Yoko; outros, as tentativas forçadas de Paul; há ainda aqueles, como Tom Doyle, autor de Man on the Run, que consideram que o novo manager da banda, Klein, foi a principal razão para o fim da banda. Mas o livro da resenha da semana não é sobre os Beatles; é sobre o que aconteceu com Paul após o fim da banda. Inicialmente, Paul tentou fugir da responsabilidade de ser um ex-beatle com a bebida; depois, brigou com a banda, inclusive na justiça; e finalmente, conseguiu fazer uma brilhante carreira musical sem os seus antigos companheiros.

Man on the Run conta em 15 capítulos os dez anos seguintes ao fim da banda para McCartney. O contato, mais frequente do que eu imaginava, com Lennon; a criação de clássicos como Mull of Kintyre, Coming up, My Love, Jet, Let Me Roll It ou Live and Let Die; a tentativa de buscar substitutos na formação do Wings, os problemas com as drogas, a prisão no Japão, a criação dos filhos na Escócia e muitos outros assuntos. O livro conta que McCartney era péssimo em finanças e perdeu muito dinheiro, antes e depois dos Beatles, por confiar nas pessoas ou por ser perdulário. Mesmo jogando dinheiro fora, McCartney possui hoje uma fortuna perto de US$ 1 bilhão.

Vale a pena? Para quem gosta dos Beatles a obra conta boas histórias. É um livro simpático a Paul e geralmente todo fã da banda possui suas preferências. Trata-se de uma leitura bem agradável, mas pule a chata introdução. Para quem não gosta, esqueça.


DOYLE, Tom. Man on the run : Paul McCartney nos anos 1970. São Paulo: Leya, 2014.

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23 julho 2014

Resenha: Como o Futebol Explica o Mundo

Aproveitando a Copa, alguns livros sobre futebol voltaram a serem comentados. Este pequeno livro, como um pouco mais de 200 páginas, do jornalista estadunidense Franklin Foer tem uma visão diferente do esporte. Em dez capítulos, Foer faz uma descrição interessante do esporte em diversos pontos do mundo. O primeiro capítulo é sobre gangsteres e Foer usa o Estrela Vermelha e o Oblic, clubes da atual Sérvia, para mostrar como uma equipe de futebol pode servir a propósitos políticos, inclusive durante a guerra. O foco do capítulo é a história de Zeljko Raznatovic. O capítulo dois trata da rivalidade entre os clubes escoceses Glasgow Rangers e Celtic. Como o Rangers são próximos aos protestantes e o Celtic aos católicos, a descrição do capítulo mostra a relação entre futebol e religião. O capítulo seguinte é sobre o Hakoah, um clube austríaco que fez sucesso nos anos vinte. Este clube entrou para história por ser compostos por judeus, tendo sofrido por este motivo, e por ter sido o clube de Bella Guttmann (embora o livro não faça esta relação). O capítulo também comenta sobre o MTK, um clube fundado por empresários judeus e, por este motivo, é bastante odiado pelos torcedores dos outros clubes. O capítulo 4 segue Alan Garrison, um torcedor apaixonado do Chelsea e um dos primeiros hooligans. O capítulo cinco fala de Eurico Miranda, o controverso cartola do Vasco da Gama . Como o livro foi escrito há mais de dez anos, sentimos aqui a defasagem na história e não acrescenta muito ao que já sabemos.

Os jogadores africanos na Ucrânia é o tema do sexto capítulo do livro. O ator descreve a presença de um nigeriano na cidade de Lviv. Berlusconi e o seu Milan mostram os oligarcas no futebol e sua influencia sobre o resultado. É interessante a parte onde o autor mostra como os resultados do campeonato italiano podem ser manipulados, pelo árbitro e pela imprensa, em favor de alguns grandes clubes, especialmente a Juventus.
O Barcelona, que o autor confessa ser um fã, é o tema do capítulo oito. Mas Foer não perdoa e mostra que o clube foi beneficiado pela ditadura de Franco. O clube é um dos mais odiados do mundo segundo o autor por não seguir a “cartilha” dos grandes clubes. A presença do futebol no Irã é o tema do capítulo seguinte. É interessante como o autor mostra o interesse das mulheres pelo esporte.

O capítulo final mostra o lobby existente nos Estados Unidos contra o futebol. Para Foer, a globalização implica na aceitação do esporte em muitos países, inclusive na América do Norte. Mas os tradicionalistas resistem.

Vale a pena? Se você gosta de futebol e quer entender como este esporte influencia a vida diária no mundo, o livro deve ser lido. É uma fonte de reflexão e possui algumas informações uteis. O livro ajuda muito sua leitura, apesar de desatualizado em muitos capítulos, principalmente o cinco e o oito. Se você gosta do tema globalização também é uma boa leitura.

FOER, Franklin. Como o futebol explica o mundo: um olhar inesperado sobre a globalização. Zahar, 2005.

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16 julho 2014

Resenha: Português e Gramática

Uma das minhas citações preferidas é de William Faulkner: “Leia, leia, leia. Leia tudo – lixo, clássicos, bom e ruim, e veja como eles são feitos. Tal como um marceneiro que trabalha como um aprendiz e estuda o mestre. Leia! Você absorverá isso. E depois escreva. Se for bom, você descobrirá. Senão, jogue tudo pela janela".

Estamos sendo escrevendo. Seja um e-mail no trabalho, ou o trabalho de conclusão de curso então bons livros didáticos são fundamentais. A gente sabe que para escrever bem é necessário ler um bocado. Também é necessário revisar e relembrar regras gramaticais para que aprimorarmos a nossa produção.

Hoje vamos resenhar três materiais utilizados por estudantes (de acordo com uma pesquisa superficial que realizamos no Instaram).

A gramática moderna da língua portuguesa de Evanildo Bechara dispensa resenhas. É uma das mais indicadas para quem quer alcançar maestria. Já publicamos uma entrevista com o autor aqui no blog e quem leu percebeu o entusiasmo dele com a nossa língua pátria. É um pouco avançada então pode assustar inicialmente, mas quem domar esta fera se encontrará riqueza informacional.

Há também a gramática organizada por Pedro Lenza (da coleção ‘Esquematizado’) e a Gramática para Concursos do Marcelo Rosenthal. [Deram um sumiço!!!] Essas são uma mistura de gramática com exercícios que caíram em provas de concursos públicos. A parte gramatical, todavia, é tratada de uma forma que considerei sucinta. Muitas vezes senti falta de mais informações.

O livro de Bechara é fantástico e aprofundado, porém, para estudar de forma consistente, sugeriríamos um livro de exercícios ou de questões comentadas. Não gostamos muito do material do Rosenthal. É o mais leviano dos três (mas vem com alguns exercícios). O Português Esquematizado peca pela superficialidade em alguns assuntos importantes, mas, conforme a linha de publicação insinua, é realmente mais voltado para concursos. Há um capítulo dedicado à Redação Oficial e questões de bancas diversas.

Vale a Pena? Vale, dependendo do quanto você quer gastar e do seu propósito. Indicamos, preferencialmente, a moderna gramática portuguesa. Se você estuda para concursos e só quer se ater ao que cai em sue edital, recomentamos o Esquematizado. 

O que você acha do seu material de língua portuguesa? Estamos com mais livros que resenharemos com foco nos estudantes concursandos. Ainda falaremos sobre livros de exercícios posteriormente, mas por hoje é só.

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21 maio 2014

Resenha: Comunicação em prosa moderna

Admiro a língua portuguesa e em alguns momentos penso que, além de contabilidade, eu deveria ter cursado letras. Enquanto o momento não chega, ouso resenhar Othon Garcia com seu livro “comunicação em prosa moderna” que, ele gosta de ressaltar, não é uma gramática, mas um livro que preza pela comunicação, uma obra cujo objetivo principal é “ensinar a pensar, vale dizer, a encontrar ideias, a coordena-las, a concatena-las e a expressá-las de maneira eficaz, isto é, de maneira clara, coerente e enfática”.

Sei que muitos passaram por situações semelhantes: desde a minha época de graduanda vejo erros brutais de português. Meus, inclusive. Quem nos acompanha sabe que a prosa é imperfeita - o forte do contador passa longe da correção gramatical. E exatamente por isso vejo a importância de postar vídeos, buscar livros e, da forma que for possível, ajudar a nossa classe a se expressar melhor. O título do blog é Contabilidade Financeira, mas a intenção é que todos nós, das finanças e afins, nos aprimoremos não só quanto à teria da contabilidade, como em tudo o que for importante.

O livro da Garcia me parece perfeito para tudo isso. Como as orientações seriam mais fáceis se os alunos o acrescentassem às suas fontes consultadas! O sumário, por si, já me deixa com os olhinhos brilhando:

Primeira parte: a frase. Terceira parte: o parágrafo. Oitava parte: Redação técnica.

Ah se esta fosse uma leitura obrigatória nos cursos de contabilidade! Mas essa é uma história para outro tipo de postagem...

Não acho justo realmente resenhar este livro por ser uma obra de gigantes, no entanto a intenção é válida por ser uma indicação de leitura imprescindível.

Vale a pena: Sim, e muito. Você não sentará e lerá tudo de uma só vez. Também não precisará de caderno, se não quiser... isso porque a intenção não é o nazismo gramatical, mas a melhoria contínua.

Kaizen!

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Amazon: Comunicação Em Prosa Moderna


14 maio 2014

Resenha: PHD Comics - The Movie



Os primeiros “Rir” aqui do blog foram com os quadrinhos do PHD Comics e eu sou fiel a eles. Li cada um! Na época do mestrado, os relia em tempo de desânimo (e ficava atormentando meus amigos, enchendo a caixa deles com os que eu achava mais hilários). É legal ver personagens passando pelos mesmos apertos que você, poder rir disso e ganhar uma energia a mais.

Quando o filme PHD Comics saiu devo ter sido uma das primeiras do Brasil a assistir. Eu sou tão fã que tenho calendário, camiseta e até edição impressa de livro com os quadrinhos. Normal seria eu pagar o que me cobraram e assistir ansiosamente a película.

Vou ser bem direta. Infelizmente não vale a pena. Vale se você não acompanha os quadrinhos porque as histórias serão novas. O prof. David Albrecht, por exemplo, adorou. Tudo é questão e gosto.

Como eu sei as historinhas de cor e salteado, o filme não trouxe novidades. Fiquei frustrada, desapontada, e até meio desnorteada. O roteiro não era inédito, mas sim baseado nas histórias já existentes que são ótimas e brilhantes. Porém, para mim não foi satisfatório.

Depois descobri que os atores são estudantes “de verdade” e não pessoas contratadas para se fazer de atores. Dá um charme ao filme, mas também faz perder um possível brilho que haveria se houvesse a sorte de escalar personagens que conseguissem repassar melhor sentimentos e reações tão cômicos e característicos. Achei a Cecília (minha preferida nos quadrinhos) um tanto sem sal. Por outro lado, achei o prof. Smith muito bom! O streaming custa US$5 Depois me contem o que acharam. Eu sinceramente espero que gostem.

Acesse aqui o site do filme.

Vale a pena? Vale para quem não acompanha os quadrinhos e está nesta fase de mestrado e pós graduação e tenha tempo para isso. No mais, prefiro continuar com os comics.

23 abril 2014

Resenha: A Informação

O novo livro de James Gleick, de Caos, tem uma missão ambiciosa: explicar a teoria da informação. Em 15 capítulos e mais de 400 páginas (500, com notas e índice), Gleick tenta mostra a história da informação. O capítulo cinco, por exemplo, mostra a expansão do telégrafo, os códigos desenvolvidos para mandar as mensagens, as abreviaturas utilizadas para economizar no custo da mensagem e a análise booleana. O livro mostra uma grande pesquisa por parte do autor.

A finalidade desta coluna neste blog é falar de livros. Espera-se geralmente recomendação. Mas não é este o caso. Pensamos até em colocar uma unidade para sorteio entre os leitores. Não iremos fazer isto.

Vale a pena? Não. Aqui e ali tem alguns trechos interessantes. Mas como obra de divulgação científica este livro possui um grave problema: é chato. Esta não é um livro que você irá pegar e só largar quando terminar a leitura. A mistura de muitos assuntos num mesmo capítulo, a falta de uma redação mais atrativa, a ligação inadequada entre os tópicos são fatores que não ajudam. O grande número de páginas também é um obstáculo. Eu não irei recomendar este livro em sala de aula, por exemplo. 

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Evidenciação: o livro comentado nesta seção foi adquirido pelo autor do comentário. 

09 abril 2014

Resenha: Davi e Golias

Malcolm Gladwell é um conhecido autor de divulgação cientifica. Ele escreveu Fora de Série, O Ponto da Virada, Blink, entre outros sucessos. Seus livros ocupam a lista dos mais vendidos em diversos países. Em geral Gladwell toma um assunto e conta casos da vida real para comprovar seu ponto de vista, além de apresentar pesquisas científicas sobre o assunto.

Davi e Golias segue a mesma receita dos livros anteriores. Neste livro Gladwell explora a luta entre o lado mais fraco e o lado mais forte. Segundo o autor, em situações de guerra entre países, o exército mais forte geralmente derrota o mais fraco. As exceções na história ocorreram quando o lado mais fraco não utilizou a estratégia convencional. Este é o mantra de Gladwell para esta obra: se for enfrentar um “gigante” não utilize a forma tradicional de luta. No caso dos países em confronto, quando o lado mais fraco usou a criatividade para combater o inimigo, o percentual de sucesso aumentou. O autor usa a história de Davi, que mesmo sendo mais fraco, não enfrentou Golias com as armas que o gigante estava acostumado a usar, mas escolheu uma pedra e uma funda para derrotá-lo. Davi sabia que sua vantagem era a flexibilidade e a rapidez.

Ao longo dos capítulos, o autor conta histórias da luta contra o câncer, o crime numa cidade grande, o bombardeio alemão, a perseguição aos judeus, os brancos da Klu Klux Kan e as equipes de basquetebol. A ideia é sempre a mesma: adote uma abordagem pouco usual para aumentar suas chances com o Golias.

Vale a Pena? A leitura do livro é agradável, como sempre. Mas Gladwell parece forçar um pouco em alguns casos. Na metade do livro o leitor talvez fique sem entender como aquele caso enquadra na obra. Não é o melhor dele, mas certamente é um bom livro.


GLADWELL, Malcolm. Davi e Golias. Sextante, 2014.

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Evidenciação – A obra foi adquirida com recursos do autor da resenha.

02 abril 2014

Resenha: Un libro ilustrado de malos Argumentos

Um dos grandes desafios de uma cientista é evitar as armadilhas do raciocínio e dos argumentos. Quando usamos o argumento de autoridade – por exemplo, citando Pacioli em Contabilidade ou Hicks em Economia – é uma forma de reforçar nossas ideias. Mas o argumento de autoridade deve ser usado apelando para uma autoridade pertinente. Na segunda feira, numa aula sobre inflação e contabilidade, uma aluna usou no seu argumento um livro de contabilidade gerencial. Esta é a típica situação onde usamos uma autoridade “irrelevante”. Outra situação é apelar para a “sabedoria ancestral”. Por exemplo, a astrologia era praticada pelas civilizações ancestrais e, por isto deve ser uma ciência verdadeira.

O livro Un libro ilustrado de malos Argumentos apresenta uma série de argumentos ruins que são usados diariamente nas nossas conversas ou nos textos científicos. O livro possui uma versão inglesa e outra espanhola. Em ambos, em cada folha aparece do lado esquerdo um texto explicativo e do lado direito uma ilustração bem humorada onde a argumentação é apresentada usando animais. Isto torna a leitura agradável e fácil de ser entendida. Ao terminar a leitura fica a impressão que cometemos tantos erros de argumentação.

Vale a pena? Como leitura preliminar é um livro interessante. Além disto, a obra é muito didática e pode ser lida gradualmente.

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ALMOSSAWI, Ali. Un libro ilustrado de malos Argumentos. Março de 2014, via aqui

26 março 2014

Resenha: Working Capital Management

O livro Working Capital Management, de Krish Rangarajan e Anil Misra dedica suas 250 páginas a mostra a gestão do giro nas empresas. Trata de um livro indiano, editado em 2011, com seis capítulos. O primeiro, talvez o mais interessante, trata de apresentar conceitos básicos, como a relação entre risco e retorno, as vantagens e desvantagens do passivo circulante, entre outros assuntos. Ao discutir sobre o nível apropriado de capital de giro, uma questão crucial para qualquer empresa, os autores usam o princípio do hedging e a distinção entre ativos permanentes e temporários.

O segundo capítulo dedica-se ao financiamento de curto prazo. Assim, os autores trabalham a estimativa do custo do crédito de curto prazo, as linhas de crédito, o financiamento do estoque, as vantagens e desvantagens dos financiamentos. É interessante que este é o maior capítulo do livro, com quase 70 páginas. Geralmente as obras sobre este assunto muitas vezes são econômicas ao abordar este tema ou sequer dedicam ao assunto, como é o caso do livro Administração do Capital de Giro, de minha coautoria com Alexandre Assaf.

O terceiro capítulo é sobre a gestão do caixa. São apresentados os motivos para uma empresa reter caixa, a concentração bancária, os modelos matemáticos e o caixa ocioso. A seguir, no capítulo quarto, os autores dedicam a gestão dos recebíveis. Isto inclui a política de crédito, sua análise e recebimento. A seguir, a decisão de estocagem é apresentada com os modelos de gestão, incluindo o lote econômico de compra. O sexto capítulo relaciona o capital de giro e a política de dividendos.
Ao final de cada um dos seis capítulos os autores apresentam exercícios, com as respectivas soluções.

Vale a pena? Para aquele que deseja uma visão diferente, pode ser uma obra interessante. Os autores são indianos, mas os exemplos, apesar de estarem expressos em rúpias, podem ser aplicados a uma empresa brasileira. Achei interessantes os dois primeiros capítulos, pela visão alternativa do assunto e, no caso do capítulo dois, do extenso tratamento do tema. Tenho dúvidas sobre o sexto capítulo, que tenta uma junção entre giro e dividendos.

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RANGARAJAN, Krish; MISRA, Anil. Working Capital Management. New Delhi, Excel, 2011.

19 março 2014

Resenha: Auditoria Privada e Governamental

Esta obra – Auditoria Privada e Governamental - tem como subtítulo “Teoria Objetiva e mais de 250 questões comentadas”. Com 16 capítulos, o livro possui um conteúdo bastante amplo. No primeiro capítulo os autores apresentam o conceito da auditoria, sua evolução e os tipos. O capítulo 2 trata da auditoria independente, incluindo aspectos sobre a questão da qualidade. A seguir o texto trata da auditoria interna e suas diferenças com a auditoria independente. O capítulo cinco trata especificamente do controle interno, incluindo aqui uma descrição dos principais aspectos do Coso. Os capítulos cinco ao doze abordam o lado mais prático da atividade de auditoria: planejamento do trabalho, os riscos, os procedimentos, a amostragem, os papéis de trabalho, a opinião do auditor, o uso de outros trabalhos e outros aspectos. A seguir, dos capítulos 13 ao 16, os autores se dedicam a estudar a auditoria governamental.

O livro reflete a experiência dos autores, como auditores e professores de cursos preparatórios. Assim, a obra é marcada pela linguagem direta e enxuta, com diversas dicas para o leitor sobre o conteúdo (e o que é relevante ou não) e resolução de questões de concursos. Para aqueles que pretende fazer um concurso público, o livro é uma indicação certa. Outros que desejam um livro mais prático e conciso do assunto é uma boa opção. O estudante terá sempre a presença de questões com os gabaritos. Ao final, duas surpresas: um pequeno dicionário da área e uma lista de 120 itens chamada de “resumão” pelos autores.

Vale a pena? Sim, para o público ao qual se destina – que pretende fazer concurso ou estudar sobre o assunto. Para os professores, pode ser uma opção aos tradicionais livros de auditoria. Particularmente tenho usado esta obra como fonte de consulta na função que atualmente ocupo na minha Universidade (área de planejamento e orçamento).

FONTENELLE, Rodrigo; BRITO, Claudenir. Auditoria Privada e Governamental. São Paulo: Campus, 2013.

Evidenciação: A obra foi adquirida por este blogueiro.

05 março 2014

Resenha? A Passagem

Ou #CartaAUmBomAmigo

Eu estou escrevendo para te dizer, querido Fred, com o tal vício gosto literário similar ao meu, para ler este autor que o meu tio “indicou”: Justin Cronin. Sensacional!

Cai em uma armadilha e, sem querer, comecei a ler “A Passagem” e não parei mais. Parei sim de fazer tudo o mais que deveria. Direi aqui algo inédito (ao menos sem sarcasmo): graças dou pelo carnaval! Feriadão belíssimo, esse!

Depois de algumas crises de ansiedade e depressão pós-livro, você sabe que detesto começar séries que ainda não foram encerradas. Mas, afinal, não foi você mesmo que me apresentou As Crônicas de Gelo e Fogo antes mesmo do autor ter escrito lá muita coisa!? Então posso te indicar sem peso na consciência. E sem a Núbia saber, caso contrário eu também vou levar bronca já que nós três deveríamos estar estudando e não passeando por outros mundos.

Cronin se formou em Harvard, veja só. Que ao menos possamos nos enganar e acalmar a angústia ao pensar que quem está nos contando essa história tem uma boa formação. Claro, comprei o áudio também. Versemos o português e o inglês, han!? E durmamos tranquilamente sabendo que treinamos inglês, português e finjamos que, com isso, fizemos algum tipo de autoaperfeiçoamento redacional e gramatical que nos ajudará num futuro próximo.

Como estamos na quarta-feira de cinzas acredito que posso escrever isso: Vá lá! Hoje é, teoricamente, o dia internacional da ressaca. Sorte nossa que não bebemos e podemos fazer o tempo valer assim... aumentando a miopia e brigando com os irmãos que acham que, por estarmos lendo, não estamos fazendo nada. Então corra a uma boa livraria ou carregue o seu kindle. Certamente você irá gostar de A Passagem.

Ah tio, por que você foi falar desse autor e por que o Submarino foi fazer uma promoção que me fez adquirir os dois primeiros livros por uma pechincha? Acho que para eu ter, finalmente, a oportunidade de indicar livros para você, para você e para você que ainda não teremos a melancólica alegria de conhecer o enredo final. “The City of Mirrors” deveria, inicialmente, ser publicado este ano (em outubro), mas há sites com pré-venda apenas para 2015. Ao escrever isso eu me arrependo amargamente de ter lido o primeiro livro.

Era para eu resenhar ou resumir alguma coisa, mas estou tão animada que sinceramente não sei te contar sobre o livro sem colocar informações que o Justin deveria te passar. Então leia o livro sem ler sequer o resumo na contracapa. E tenha um ótimo finzinho de semana de carnaval ou início de ano. Depende de como cada um encara a vida.

Abraços,


Bel

19 fevereiro 2014

Resenha: Discovering Statistics Using SPSS

Descobri o livro de Andy Field na sua primeira edição. Mesmo com um número pequeno de páginas, para um livro de estatística, gostei muito da abordagem. Antigamente os professores de estatística estavam preocupados em mostrar os cálculos. Hoje os softwares lidam com isto. Assim, a abordagem deve estar voltada para entender o resultado e suas limitações e como tirar proveito dos softwares.

O livro de Field possui mais de 800 páginas distribuídas em 19 capítulos. A abordagem é moderna, com bastantes figuras, exemplos, explicações adicionais. Ao mesmo tempo, Field explica como usar cada uma das opções que constam do SPSS, recomendando as melhores opções para os casos. Se você for usar um teste não paramétrico, Field mostra a essência da teoria, como rodar a análise, a interpretação do output do SPSS e até como escrever seus resultados.

Tenho usado intensamente o livro quando tenho alguma dúvida sobre como proceder. Em geral consulto o índice e encontro a página específica. O livro nunca me decepcionou em explicar claramente minhas dúvidas.

Vale a pena? Para quem vai usar a estatística diariamente, o livro é uma ferramenta muito útil. Para que deseja aprender, talvez não, pois as 800 páginas são desafiadoras. Existe uma tradução deste livro publicado pela Bookman, a um preço bem acessível. 

FIELD, Andy. Discovering Statistics Using SPSS. Los Angeles: Saga, 2013

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12 fevereiro 2014

Resenha: The Cost Disease

Este livro de William Baumol é uma boa oportunidade para aqueles que não conhecem o teorema de Baumol-Bowen. Na década de sessenta estes dois pesquisadores constataram um aspecto importante ao analisar o desempenho nas artes: não era possível perceber a contribuição dos ganhos de produtividade neste setor. Usando um exemplo simples, no século dezoito era necessário um número de músicos para executar uma obra de Mozart. Mais de duzentos anos depois, a obra de Mozart continua demandando a mesma quantidade de músicos.

Baumol e Bowen notaram que em alguns setores a introdução das máquinas não estava influenciando a forma como a tarefa era executada. Nos dias de hoje, a popularização dos computadores pode aumentar a produtividade da indústria e de algumas prestações de serviços, mas não afetam estes setores. Uma consequência imediata deste ponto é que os preços destes setores imunes às máquinas tendem a aumentar acima da inflação. Já os setores onde ocorrem ganhos de produtividades, os preços historicamente aumentam abaixo da inflação.

Neste livro, escrito quase cinquenta anos após o teorema de Baumol-Bowen, o assunto é novamente discutido. Como o próprio título afirma, o foco é no aumento do custo da saúde. Baumol procura explicar a razão pela qual os computadores estão cada vez mais baratos, enquanto o custo da saúde é cada vez maior. A explicação encontra-se no teorema de décadas atrás. E os dados apresentados mostram que a previsão de Baumol e Bowen estava correta, não importa o país ou o período de tempo.

Um aspecto interessante para pensar no futuro das finanças públicas do Brasil: dentre os setores citados onde não ocorrem ganhos de produtividade, Baumol destaca saúde e educação. Justamente dois setores que mais recebem atenção dos governos brasileiros. Continuando a tendência anunciada por Baumol, isto significa que estes setores irão demandar gastar crescentes do Estado. Fica aqui um questionamento se os estudos de Baumol seriam uma boa justificativa para um comportamento já constatado há décadas nas finanças públicas: a participação crescente dos gastos públicos na economia. Ou lei de Wagner.

O livro é composto de 12 capítulos, distribuídos em cerca de 180 páginas e quase 70 de notas, citações e índice. É um livro pequeno, fácil de ler. Entretanto, um pouco repetitivo na sua mensagem. Para quem não conhece ou não tem acesso ao livro original, trata-se de uma referência importante no estudo de custos do setor de saúde. Nesta área, assim como na área de educação, é uma obra fundamental.

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Vale a pena? Somente para aqueles que estudam custos no setor de saúde e educação.

05 fevereiro 2014

Resenha: Cartas a um jovem economista


Cartas a um jovem economistas é mais um livro escrito com louvor pelo economista Gustavo Franco. O professor da PUC-Rio divide pensamentos, dicas, conselhos para jovens que almejam se tornar grandes economistas. Claro que, apesar do título, não há limitação. A obra é também útil para quem já atua no mercado, quem se abre a diferentes perspectivas e quem se permite engrandecer com a história profissional e pessoal de Franco.

O texto é simples, o tom, informal. O autor possui um talento invejável para escrita e comunicação. Afirma, inclusive, que um bom economista (e aqui permito-me acrescentar os contadores e administradores) deve aprender a se expressar com excelência. Através de sua história, Franco - que trabalhou no setor público e privado, fez doutorado em Harvard - compartilha suas experiências com os (leitores) jovens economistas.

O livro é dividido em 10 curtos capítulos, ou "cartas", somando apenas 185 páginas. Sim. Apenas 185 páginas que te deixam querendo mais e mais e mais. Isso porque (ou também porque) é estabelecida uma linha de comunicação entre você e o autor que te faz sentir realmente conectado a tudo que é dito e escrito. Discordamos e filosofamos, como estivéssemos em uma conversa com a sensação de ser cotidiana. Quem dera fosse!


Vale a pena? Absolutamente sim.

Quem deve ler? Basicamente os estudantes de economia. E, claro, a quem não se limita a rótulos ou títulos, a leitura é igualmente enriquecedora.

Pontos positivos: A diversidade de assuntos, a belíssima escrita e a sensação de estar sendo aconselhado por um dos grandes nomes da economia brasileira.

Pontos negativos: é muito curto. O livro vem, inclusive, em formato de pocket book.

Nota (1 a 5): 5

P. S.: Espero que em breve um grande contador escreva "Cartas a jovem contador". Fica a sugestão.

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29 janeiro 2014

Resenha: Contabilidade Tributária

Escrever um livro sobre tributos no Brasil não é tarefa para qualquer um. A quantidade de normas, sua complexidade e constante atualização são obstáculos difíceis de serem vencidos. Por este motivo, temos que enaltecer uma obra de Contabilidade Tributária.

Leonardo José Seixas Pinto, professor da Universidade Federal Fluminense, resolveu enfrentar este desafio. Seu livro está dividido em seis partes. Na primeira, com quatro capítulos, Leonardo trata da tributação sobre circulação e produção. Inclui aqui uma análise do Pis e Cofins, ICMS, IPI e ISS. A seguir, um estudo sobre a tributação sobre o lucro, também dividido em quatro capítulos. A terceira parte trata de assuntos diversos, incluindo juros sobre capital próprio, depreciação, reavaliação e recuperabilidade, leasing, entre outros assuntos. A quarta parte discute os encargos sobre a folha de pagamento. A obra finaliza com uma discussão sobre escrituração digital e obrigações acessórias. Ao todo são 250 páginas de texto.

Considero que esta obra possui duas grandes vantagens que poderão agradar ao leitor. Em primeiro lugar, o texto vai direto ao ponto, sem floreados e discussões inúteis. Em algumas poucas linhas o autor tentar dar conta do recado. A segunda vantagem é a praticidade da obra, com exemplos de cálculos dos tributos e dos lançamentos. Assim, é uma obra indicada não somente para cursos de graduação, como também para profissionais da área.

Diante das características do nosso sistema tributário, onde as normas estão em constante alteração, senti falta de um aspecto: um link para a editora (ou para o endereço do autor) onde o leitor poderia ter acesso às alterações ocorridas na lei. Em lugar de esperar uma nova edição, seria possível acompanhar as mudanças legais. Penso em algo bem simples, sinalizando as partes da obra que merecem um cuidado do leitor. Isto naturalmente não desmerece a qualidade da obra.

Vale a pena? Vale, para os interessados na área.

PINTO, Leonardo José Seixas. Contabilidade Tributária. Curitiba: Juruá, 2013, 2ª. edição.

Evidenciação: A obra analisada nesta resenha foi doada pelo autor.

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22 janeiro 2014

Resenha: Análise Multivariada de Dados

Em geral quando queremos usar métodos quantitativos em nossas pesquisas sempre ficamos com dúvida sobre qual método usar. A quantidade de técnicas é grande, temos dificuldade de entender as limitações, precisamos saber colocar os dados num programa estatístico e analisar as principais saídas.

Entre os diversos livros que ensinam as técnicas de tratamento estatístico com mais de uma variável, ou seja, a análise multivariada, este livro se destaca. Primeiro, é o livro mais citado entre as outras sobre este assunto. Segundo lugar, os capítulos iniciais são extremamente didáticos e possibilitam um grande panorama sobre as técnicas existentes. Terceiro, a obra concentra-se na descrição da técnica e sua aplicação, sem se deter sobre as considerações teóricas ou de expressão desnecessária. Para que o leitor saiba o que isto significa, é aquele tipo de livro que você consegue ler deitado num sofá. Em quarto lugar, é possível acompanhar os exemplos com um software, em especial o SPSS, apesar de neste quesito não ser tão didático quanto o livro de Field.

Ao final de sua leitura é possível ter uma boa ideia das principais técnicas existentes. Além disto, a obra pode ser lida por capítulos, conforme as necessidades do leitor. Minha sugestão para quem deseja solucionar um problema estatístico com uma técnica multivariada é ler as primeiras páginas do texto e depois ir direto para técnica indicada. Apesar de todos os exemplos apresentados serem da área de marketing, é facilmente possível transportar para uma situação contábil ou financeira.

Um grande problema da obra é o fato de estar atrelado particularmente ao SPSS, um pacote estatístico da IBM. Se você deseja usar o Gretl, um software estatístico de livre acesso, terá um pouco de dificuldade com este livro. Além disto, se você deseja aprender a abordagem de dados em painel, esqueça. Mas nesta área é impossível agradar a todos.

Vale a Pena? Apesar do grande número de páginas, que assusta, e do preço da obra (acima de R$150 a versão traduzida), a mesma é recomendável para quem pretende fazer pesquisas. Vale a pena.

HAIR, Joseph et al. Análise Multivariada de Dados. Bookman, 2009.

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15 janeiro 2014

Resenha: O poder da amizade


O Poder da Amizade é um livro simples, de leitura rápida. Não há grandes desafios, realmente dá para ler em "uma sentada", e você não estiver com sono (alguns momentos são um tanto monótonos). No fim há referências das pesquisas e estudos utilizados, assim como sugestões de leitura para quem se interessar. Livros assim ganham um pontinho a mais.

O título já é bem autoexplicativo. Nesta obra, Tom Rath mostra a importância da amizade em diversos momentos da vida. Na seção dois ele foca "amigos no trabalho". A parte que acho mais importante e que raramente vejo ser adotada é a de que indicar um amigo para um cargo é algo positivo. Eu já trabalhei na PWC e lá isso era valorizado com o programa "talento atrai talento". Mas em outros ambientes já ouvi falarem mal de um profissional excelente pelo simples fato de um cargo ter chegado a ele por indicação de um amigo com boas conexões. De forma geral um bom profissional não indicará um amigo que o fará passar vergonha. Seria uma faca de dois gumes. Feliz é quem tem o tal do amigo que se arrisca por ele, o ajuda a crescer e o indica para bons cargos.

Rath ressalta que pessoas que tem amigos no trabalho produzem mais, têm mais chance de continuar na empresa, são mais organizadas, mais saudáveis, menos estressadas e mais felizes. Ter alguém com quem desabafar melhora a sua qualidade de vida. Quando somos jovens passamos 1/3 do nosso tempo com os amigos. Isso cai para 10% quando entramos no mercado de trabalho.

Na obra, os amigos no trabalho são classificados em: (i) incentivador; (ii) campeão; (iii) colaborador; (iv) companheiro; (v) comunicador; (vi) energizador; (vii) instigador; (viii) guia. Não concordo com esse detalhamento e exagero na análise, mas continua sendo uma leitura interessante. Vejo a importância do "guia", alguém que você pode procurar em momentos de dúvida, por exemplo. Na PWC tínhamos um "conselheiro". Escolhíamos um supervisor com quem não trabalhávamos costumeiramente e podíamos conversar com ele quando precisávamos. Só não vale transformar o seu "guia" em psicólogo de plantão!

Vale a pena? Não porque o que ele prega é facilmente acessado de formas mais simples. Um resumo, uma resenha, uma olhada na livraria já te faz captar o que te for necessário.

Rath, Tom. O Poder da Amizade. Ed. Sextante. 156p. R$ 19,90

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