Eis um trecho de uma reportagem que li:
Sorrisos, festa, música… Oito de março era sempre de celebração especial do aniversário de Elza dos Santos. Além de comemorarem a vida dela, os seis filhos lembravam que era dia das mulheres. E ela, a ‘rainha’ deles, na casa de um quarto, em que todos moravam no Rio de Janeiro. Elza, que perdeu o marido precocemente, atravessava a madrugada trabalhando como costureira. Foi também em um mês de março, no dia 15, em 1971, que a dor passou a ocupar espaço naquela casa.
Foi aquele o dia em que o filho mais velho, o estudante de ensino técnico em contabilidade Joel Vasconcelos, de 21 anos, foi preso por agentes da ditadura militar e desapareceu. Elza, desde então, passou a lutar para tentar salvar o rapaz. Iniciou um périplo. Carregava a foto do filho por onde ia. Buscou notícias, chorou escondida a ausência do rapaz, que era idealista e diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
No Brasil, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem um passado de luta e posicionamento diante de questões sociais e políticas, reconhecendo sua responsabilidade para além do exercício profissional. No entanto, outras entidades de classe nem sempre adotaram a mesma postura.
(Posso estar cometendo uma injustiça aqui, espero que sim. Mas não lembro nada nesse sentido na nossa área)
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