Coloquialmente, a expressão “economia gig” refere-se a pessoas que ganham renda por meio de posições viabilizadas por plataformas da era digital, como motoristas da Uber e anfitriões do Airbnb. Embora o tamanho da economia gig seja difícil de medir, estimativas de um estudo de 2023 sugerem que havia aproximadamente 4,9 milhões de trabalhadores nesse setor nos Estados Unidos em 2021.
A Uber está entre as maiores plataformas da economia gig nos EUA, com uma avaliação de aproximadamente $150 bilhões em 2024. O Airbnb e o Doordash são avaliados em mais de $75 bilhões e mais de $65 bilhões, respectivamente, no mesmo ano.
Assim como qualquer mercado de trabalho, a economia gig é baseada na oferta e na demanda. Os trabalhadores gig oferecem a “oferta” de mão de obra, enquanto as pessoas que precisam de seus serviços representam a “demanda”.
Na economia gig, plataformas tecnológicas como o aplicativo da Uber conectam os fornecedores (pessoas com carros que trabalham como motoristas da Uber) com aqueles que precisam dos serviços (passageiros que solicitam viagens). Essas plataformas atuam como intermediárias do mercado, ajustando oferta e demanda quase em tempo real.
Elas também costumam receber uma porcentagem de cada transação—por exemplo, se alguém pagar $50 por uma corrida até o aeroporto, uma parte desse valor vai para o motorista, enquanto outra parte vai para a Uber pelo serviço de intermediação. As taxas cobradas pelas plataformas da economia gig variam conforme a região e outros fatores—no caso da Uber, essa taxa costuma girar em torno de 30%. (...)
Leia mais: aqui
Será possível existir uma economia gig na contabilidade. Alguém precisa de um profissional para fazer uma tarefa específica. Entra no aplicativo e solicita um profissional. Talvez ainda não seja viável por algumas razões, entre as quais o fato de não existir um fluxo contínuo de trabalho ao longo do tempo que seja claramente identificável e mensurável. Acrescente que provavelmente as entidades reguladoras exercerão uma pressão contra a solução.
Ao ler o texto notei que a economia gig já existia antes das empresas de tecnologia. Há uma cena na série The Wire (A Escuta, no Brasil) onde um contratador sai arrebanhando trabalhadores braçais para fazer serviços em residências dos mais ricos, como jardinagem. Ao final do dia, os empregados recebem uma diária pelo serviço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário