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23 janeiro 2012

Compliance

Depois de abraçar as causas do desenvolvimento sustentável e da erradicação do trabalho escravo e infantil, representantes do setor privado começam a se apropriar de uma bandeira com forte apelo no País atualmente: o movimento anticorrupção. O número de empresas interessadas em melhorar sua imagem pública cresce na medida em que aumenta a pressão do mercado de capitais por uma boa governança corporativa. Os acionistas “premiam” as companhias que investem em condutas éticas como política empresarial. Além de adotar procedimentos internos para evitar fraudes, grandes corporações, como Siemens, EDP Energia, Walmart e Natura, vêm fazendo pressão pela aprovação de leis de transparência no Congresso.

Elas sabem da importância de combater o problema, sobretudo num país como o Brasil, que passou, no ano passado, de 69º para 73º lugar, numa lista de 182 países, no Índice de Percepção da Corrupção Mundial, avaliado pela ONG Transparência Internacional. Quanto mais baixa a posição no ranking, pior é a avaliação. Para descolar-se dessa realidade, algumas companhias já contam com robustos departamentos focados na definição de regras de conduta – conhecidas pelo termo em inglês “compliance” – entre funcionários, fornecedores e clientes. Mesmo que, num primeiro momento, a transparência não traga ganhos financeiros, o rótulo de empresa “ética” pode vir a ser o fiel da balança para fechar negócios.

(...) A preocupação com práticas lícitas tem mobilizado o mundo corporativo a pressionar o Congresso por alterações na legislação brasileira. No ano passado, o Instituto Ethos, que representa cerca de mil empresas, incluindo a Siemens, elegeu três projetos de lei como prioridade.

Um deles, já aprovado no Legislativo, prevê o fim do sigilo de documentos oficiais. O Ethos acompanha, também, o andamento do projeto que responsabiliza empresas em atos contra a administração pública e outro que tenta regulamentar a atividade do lobby empresarial. Neste ano, a entidade quer monitorar outras 100 propostas que tramitam no Congresso. “As empresas querem minimizar seus riscos”, afirma Luciana Aguiar, coordenadora do Pacto Empresarial pela Integração contra a Corrupção do Instituto Ethos, que reúne 276 companhias. O receio de ter a imagem comprometida alcança até mesmo a prática da doação para campanhas eleitorais. Atentas à possibilidade de terem seus nomes atrelados a escândalos, algumas empresas começam a rever se devem, ou não, doar recursos para candidatos. (...)

Isto é Dinheiro - Intocáveis SA

4 comentários:

  1. Acredito que políticas éticas nas empresas são de fundamental
    importância, mas de nada adiantam se não houver efetivo controle
    posterior para verificação se estão mesmo sendo seguidas.
    Outro fator importante é a divulgação entre funcionários da utilização
    dessa ferramenta, pois muitas vezes a polítia ética é implementada
    mas os colaboradores da empresa não tomam conhecimento de seus resultados.

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  2. A governança corporativa é composta por processos, leis, políticas e até costumes que regulam a administração, as decisões de uma empresa. Há alguns fatores que caracterizam a "boa governança", entre eles está a transparência. Manter os clientes internos e externos informados (e não só econômica ou financeiramente) resulta em confiança. Os clientes fogem de risco, de escândalo, de "decepções". Assim, estar em conformidade (compliance) com as normas, e até mesmo com os padrões éticos, gera confiança no mercado, o que impacta na situação econômico-financeira da empresa, ainda que não no curto prazo.

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  3. A governança corporativa é composta por processos, leis, políticas e até costumes que regulam a administração, as decisões de uma empresa. Há alguns fatores que caracterizam a "boa governança", entre eles está a transparência. Manter os clientes internos e externos informados (e não só econômica ou financeiramente) resulta em confiança. Os clientes fogem de risco, de escândalo, de "decepções". Assim, estar em conformidade (compliance) com as normas, e até mesmo com os padrões éticos, gera confiança no mercado, o que impacta na situação econômico-financeira da empresa, ainda que não no curto prazo.

    Taís Lara Gimenes de Deus
    09/0032705

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  4. A transparência das diversas empresas tanto públicas como privada geram um maior valor agregado na "personalidade da empresa", pois o compliance além de trazer as regras de conduta a serem seguidas, oferece um meio pelo qual a empresa busca ser melhor em todos os momentos, sendo uma ferramenta que "acalma" os possiveis investidores internos e externos.
    Logo, uma empresa com seus processos oriundos de boas práticas como compliance, tende a se manter no mercado ao contrário das que não dão grande vulto a questão.

    Rodrigo A. de Oliveira 08/38217

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