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15 março 2021

Dois novos dados sobre a questão da sustentabilidade

Duas informações em um artigo do Accounting Today mostra o interesse pelo tema da sustentabilidade.  

(...) a Fundação IFRS divulgou recentemente uma primeira análise de alguns dos resultados que recebeu durante o período de consulta. “Eles compartilharam que receberam 576 cartas de comentários, um pouco de interesse, o que era de se esperar”, disse Parham. “Essas respostas indicaram uma demanda crescente e urgente para melhorar a consistência global e comparabilidade nos relatórios de sustentabilidade, realmente reforçando o que a IFRS [Fundação] havia descoberto naquele exercício de força-tarefa. E também observaram uma demanda para que a Fundação IFRS desempenhe um papel. Mais uma vez, isso foi consistente com o que a força-tarefa descobriu em sua investigação preliminar sobre o problema. ”


O segundo fato:

Uma pesquisa recente da BDO USA com 230 membros do conselho corporativo de empresas públicas descobriu que 25% citaram o aprimoramento dos relatórios de sustentabilidade como uma de suas três principais prioridades ESG nos próximos 12 a 18 meses, enquanto 29% disseram o mesmo para o longo prazo.

Produtividade da pesquisa em Finanças durante os tempos da pandemia

 

O gráfico foi construído através de uma pesquisa com os membros da AFA, a associação dos EUA de finanças. A produtividade foi considerada muito pior, especialmente para as mulheres (parte esquerda do gráfico, sendo a barra mais escura as mulheres). Poucos consideraram que a pandemia melhorou a produtividade. 

Rir é o melhor remédio

 



Balanço quando sai da contabilidade e quando é publicado

14 março 2021

Normas do setor público e IFRS

 No mundo ideal, as normas contábeis do setor público deveriam ser equivalentes as do setor privado. Mas há diversas razões para isto não ocorrer (recomendo a leitura do capítulo Setor Público do livro de Teoria da Contabilidade, Niyama e Silva, 4a. ed). 

A figura abaixo é o resumo destas diferenças. Obtido de um relatório do IFAC, nos trechos azuis é onde não existe convergência. 





Ainda o aeroporto do México


O governo anterior do México decidiu construir um imenso aeroporto na cidade do México. O aeroporto, localizado em Texcoco, foi cercado de controvérsias, seja de natureza ambiental, seja em relação ao tamanho do seu orçamento. Durante as eleições presidenciais, o candidato Andrés Manuel López Obrador, conhecido como AMLO, defendeu a interrupção das obras e uma investigação sobre os valores já pagos e a serem pagos. Eleito, Amlo realmente paralisou as obras e fomentou uma investigação. 

Acontece que o cancelamento de uma obra possui custo e este seria também a situação do aeroporto. O governo mexicano fez um cálculo para tomar sua decisão. Em fevereiro, um relatório de um auditor especial do legislativo fez uma estimativa e chegou a um valor três vezes maior: 331 bilhões de pesos ou quase 90 bilhões de reais. E logo depois foi destituído do cargo. 

O governo mexicano negou pressão para destituir o auditor. O profissional defendeu seus números, afirmando que trata-se da metodologia onde se usa os custos contábeis e econômicos:

“la Auditoría utilizó una metodología económica, que  observan los costos económicos y no solo los contables” [sic]

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Tributos na Europa


A União Europeia tomou medidas para tentar extrair mais impostos de algumas empresas que utilizam paraísos fiscais. Segundo o The Guardian, as medidas obrigam as empresas multinacionais a evidenciar os impostos pagos em cada um dos estados membros do bloco e nos paraísos fiscais. 

Esta evidenciação poderá esclarecer como empresas como Apple, Facebook e Google conseguem reduzir sua carga tributária, através da transferência de lucros de países como França e Alemanha, para países como Irlanda, Luxemburgo e Malta. 

A norma foi proposta há cinco anos e o próximo passo é ampliar o alcance para todos os países, não somente os países que compõe a Comunidade. Votaram contra a medida os seguintes países: Alemanha, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Suécia, República Tcheca, Hungria e Chipre. Votaram a favor: Eslovênia, Áustria, Finlândia, Grécia, Dinamarca, Estônia, Romênia, Polônia, Holanda, Itália, Espanha, França, Bulgária e Bélgica.

A regra terá validade para empresas com faturamento anual acima de 750 milhões de euros. 

Imagem aqui 

Rir é o melhor remédio

 

Via aqui

13 março 2021

Musk e a rede social

No passado, o executivo Elon Musk disparou algumas mensagens no Twitter que provocaram uma reação do regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos. A SEC fez um acordo com Musk, que deveria ser mais contido nas suas mensagens.

Na semana passada, um investidor entrou com queixa contra Musk e o conselho da empresa para assegurar o cumprimento do acordo. Conforme a queixa, Musk fez várias postagens no Twitter que provocaram uma alteração no preço da ação da empresa. No dia 1o. de maio de 2020, Musk escreveu uma mensagem dizendo que o preço da ação esta alto demais. Isto provocou uma queda de 13 bilhões no valor de mercado da empresa. 

O processo mostra como mensagens de executivos em rede social pode ter uma relevância cada vez maior; isto tem influência sobre o trabalho do setor responsável pela divulgação de divulgação de informação ao mercado. O caso de Musk mostra que isto nem sempre funciona. No caso dele, seu grande número de seguidores e o fato de ser um executivo sinônimo da empresa potencializa o efeito de uma mensagem em rede social. 



Imposto, custo histórico e valor de mercado


 Eis a notícia:

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 12, que o governo deve anunciar uma medida que vai permitir cobrar no Imposto de Renda uma taxa pela valorização dos imóveis declarados. Em live do site Jota, o ministro defendeu que é melhor atualizar os preços dos imóveis regularmente e pagar "extraordinariamente" cerca de 3% a 4% do valor do que pagar 15% de Imposto de Renda sobre Ganho de Capital apenas quando for feita a venda do bem.

Em termos contábeis, o ministro está defendendo o abandono do custo histórico para um valor de mercado. O problema óbvio que surge é como calcular este valor. Isto talvez seja muito complexo para o sistema tributário brasileiro. Outro ponto é como fazer com quem sofreu desvalorização do seu imóvel, depois do bem ter sido valorizado para fins tributários. 

Foto: aqui

Rir é o melhor remédio

 Este é um Rir diferente. O Good Fortune Burger, de Toronto, Canadá, mudou o nome dos sanduíches


para nomes relacionados com "artigos para escritório". Com isto, a pessoa pode incluir mais facilmente sua conta no relatório de despesa da empresa. Alguém pode questionar uma batata fritas com parmesão, mas não um CPU Wireless Mouse.  

12 março 2021

Investir em Bitcoin faz sentido


Um texto do Accounting Today deixa claro que a decisão de investimento em Bitcoin, por parte de uma empresa, pode trazer, na contabilidade, a volatilidade, em caso de perda, mas o custo histórico, em caso de ganho. Ou seja, investir em bitcoin traz todas as desvantagens, mas nenhuma das vantagens. Isto em termos contábeis. 

Recentemente, a Tesla anunciou que irá comprar 1,5 bilhão na moeda digital e irá aceita como forma de pagamento. Faz sentido? É preciso cuidado aqui. 

Nos Estados Unidos, o bitcoin é considerado um ativo intangível. Na aquisição, registra o valor pelo custo histórico. Se o preço subir, isto não irá aparecer no balanço. Mas se cair, isto deverá ser registrado. 

Auditoria de algoritmos


Por mais de uma década, jornalistas e pesquisadores têm escrito sobre os perigos de depender de algoritmos para tomar decisões pesadas: quem é preso , quem consegue um emprego, quem consegue um empréstimo - mesmo quem tem prioridade para vacinas COVID-19. 

(...) A grande questão desde então: como resolvemos esse problema? Legisladores e pesquisadores têm defendido auditorias algorítmicas, que dissecariam e testariam algoritmos para ver como eles funcionam e se estão cumprindo seus objetivos declarados ou produzindo resultados tendenciosos. E há um campo crescente de firmas de auditoria privadas que pretendem fazer exatamente isso. Cada vez mais, as empresas estão recorrendo a essas empresas para revisar seus algoritmos, principalmente quando enfrentam críticas por resultados tendenciosos, mas não está claro se essas auditorias estão realmente tornando os algoritmos menos tendenciosos - ou se são simplesmente boas relações públicas. 

É uma discussão importante. Uma das profissionais citadas no texto é Cathy O ' Neil, autora de Algoritmos de Destruição em Massa. (Ela também foi palestrante TED)

Sobre o efeito Dunning-Kruger

 O efeito Dunning-Kruger é uma das pesquisas comportamentais mais citadas. Inicialmente a pesquisa venceu o IgNobel, mas posteriormente foi levada a sério, sendo usada para explicar muitas coisas. Um texto da McGill tenta desfazer um pouco do mito do efeito Dunning-Kruger. Eis um trecho interessante:

O erro mais importante que as pessoas cometem sobre o efeito Dunning-Kruger, de acordo com o Dr. Dunning, tem a ver com quem é vítima dele. “O efeito é sobre nós, não sobre eles”, escreveu-me ele. “A lição do efeito sempre foi sobre como devemos ser humildes e cautelosos conosco.” O efeito Dunning-Kruger não tem a ver com pessoas burras. É principalmente sobre todos nós, quando se trata de coisas nas quais não somos muito competentes.

Em poucas palavras, o efeito Dunning-Kruger foi originalmente definido como um viés em nosso pensamento. Se eu sou péssimo em gramática inglesa e recebo ordens para responder a um questionário testando meu conhecimento da gramática inglesa, esse viés em meu pensamento me levaria, de acordo com a teoria, a acreditar que obteria uma pontuação mais alta do que realmente teria. E se eu for excelente na gramática do inglês, o efeito dita que eu provavelmente subestimaria um pouco o quão bem eu faria. Posso prever que obteria uma pontuação de 70%, enquanto minha pontuação real seria de 90%. Mas se minha pontuação real fosse de 15% (porque sou péssimo em gramática), poderia pensar mais de mim mesmo e prever uma pontuação de 60%. Essa discrepância é o efeito, e acredita-se que seja devido a um problema específico com a capacidade de nosso cérebro de avaliar suas habilidades.


(...) O Dr. Dunning me disse que acredita que o efeito “tem mais a ver com estar mal informado do que desinformado”. Se me perguntam o ponto de ebulição do mercúrio, fica claro que meu cérebro não tem a resposta. Mas se me perguntarem qual é a capital da Escócia, posso pensar que sei o suficiente para dizer Glasgow, mas descobri que é Edimburgo. Isso é desinformação e está pressionando aquele botão de confiança em meu cérebro.

Então, caso encerrado, certo? Pelo contrário. Em 2016 e 2017, dois artigos foram publicados em um periódico de matemática chamado Numeracy . Neles, os autores argumentaram que o efeito Dunning-Kruger era uma miragem. E eu tendo a concordar.

Rir é o melhor remédio

 


11 março 2021

Conclusões de experimentos são válidas


Um dos principais métodos de pesquisa em finanças comportamentais, o experimento, teve sua validade testada e aprovada.  Um artigo do American Economic Review deste ano (vol. 111, n. 2, fevereiro, 2021) Erik Snowberg e Leeat Yariv verificaram se experimentos possuem validade. Para isto, eles testaram o comportamento humano de alunos versus outras populações e a conclusão é que os resultados são confiáveis. 

Os experimentos de laboratório têm algumas vantagens importantes, permitindo aos pesquisadores coletar grandes quantidades de dados em um ambiente totalmente controlado pelos pesquisadores. Mas os críticos argumentaram que as pessoas no final da adolescência e início dos 20 anos provavelmente fazem escolhas diferentes da população em geral. Além disso, há dúvidas sobre se os participantes do laboratório se comportam de maneira diferente no laboratório do que em outros ambientes e se há algum viés de seleção com os alunos que se inscrevem para esses estudos. (...)

O ambiente em que a pesquisa foi administrada também não pareceu importar. Yariv e Snowberg convidaram quase 100 alunos do Caltech para responder à pesquisa novamente, mas desta vez em um laboratório. Novamente, suas respostas foram virtualmente idênticas às fornecidas fora do laboratório.

Concentração de citações


Uma análise de mais de 26 milhões de estudos científicos publicados por mais de 4 milhões de pesquisadores entre 2000 e 2015 descobriu que, em 2015, os 1% dos autores mais citados representavam 21% de todas as citações. 

  Essa desigualdade de citações tornou-se mais extrema com o tempo, e a participação de cientistas nos Estados Unidos nas citações está caindo. 

 (...) Nielsen e Andersen também encontraram uma diminuição na participação de citações dadas a artigos de autoria dos Estados Unidos e um aumento nas citações de artigos de autoria da Europa Ocidental e Australásia. As maiores concentrações de pesquisadores de 'elite de citações' estavam na Holanda, Reino Unido, Suíça e Bélgica.

Um problema da pesquisa é que os autores só levaram em consideração os pesquisadores que tinham mais de cinco publicações na base de dados. Mas esta limitação é compreensível, já que a qualidade dos dados pode piorar. 

CVM revisa regras de ofertas públicas de ações

Saiu no Estadão

 A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) iniciou nesta quarta-feira, 10, a audiência pública da aguardada reforma do regime brasileiro de ofertas públicas. O objetivo é reduzir custos, modernizar e dar maior previsibilidade às regras. [...] 

A revisão do arcabouço regulatório das ofertas públicas é esperada desde 2019 e chega em um momento de ebulição do mercado. O ano começou com recorde de captações na Bolsa, com mais de R$ 30 bilhões levantados em ofertas de ações, e uma fila de IPOs aguardando análise na CVM. A tendência é que as mudanças ajudem a desafogar o órgão regulador em momentos de hiperatividade no mercado. [...] 

Com a mudança, o órgão regulador quer criar um regime único, consolidando as Instruções 400 (que regula ofertas com registro prévio e abertas ao público) e 476 (que disciplina as ofertas públicas com esforços restritos, dispensadas de registro e voltadas ao investidor profissional), além de outras normas menores. 

A proposta estabelece um arcabouço de regras que prevê diferentes ritos de registro de ofertas. Em comunicado, a CVM explica que as exigências e informações serão moduladas em função do investidor a que a oferta se destina - público em geral, qualificado ou profissional -, da categoria do emissor, do tipo de ativo ofertado e da regularidade com que o emissor acessa o mercado de capitais. Há regras distintas, por exemplo, para ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) de companhias em fase operacional e pré-operacional. 

A ideia é que o registro passe pelo crivo antecipado do regulador quando houver mais riscos ao mercado e aos investidores. A CVM prevê, por exemplo, a dispensa de análise prévia do registro nas ofertas subsequentes (follow ons) de empresas de categoria A ou B, voltadas a investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão em investimentos financeiros) ou profissionais (com investimentos superiores a R$ 10 milhões). No follow on destinado ao investidor comum, o registro deve ser analisado pela CVM ou por uma entidade autorreguladora credenciada. 

Além disso, o órgão regulador do mercado de capitais quer tornar definitivas medidas adotadas em caráter experimental desde 2019: a análise confidencial da oferta, o fim da proibição de concessão de registros nos 16 dias que antecedem a divulgação de informações financeiras e a dispensa da exigência de aprovação prévia de material publicitário da operação pela autarquia. 

Em sintonia com o aumento do número de investidores pessoas físicas na Bolsa, a autarquia tenta simplificar e dar maior precisão às informações divulgadas nos prospectos de ofertas, em geral calhamaços com letras miúdas. A capa do prospecto deverá ter, no máximo, uma página, reunindo “de forma legível, direta e objetiva” informações expressamente solicitadas. A seção 2 terá de apresentar as características da operação em até 15 páginas. 

Além do prospecto, a CVM passa a exigir a divulgação da lâmina da oferta. O novo documento vai sintetizar as informações e riscos essenciais da oferta e do emissor. Ela terá de ser redigida de forma que permita a sua leitura em dispositivos eletrônicos móveis, programas e aplicativos. A lâmina não será obrigatória nas ofertas em que a elaboração do prospecto for dispensada. 

Alvo de críticas, a regra conhecida como ‘período de silêncio’ é mantida, mas com adequações. Pela redação atual, emissora, ofertante e instituições intermediárias devem “abster-se de se manifestar na mídia sobre a oferta ou o ofertante até a divulgação do anúncio de encerramento de distribuição”. A restrição imposta no período de silêncio (ou ‘quiet period’) começa 60 dias antes do protocolo do registro na CVM ou desde a data em que a oferta foi decidida ou projetada. A minuta da reforma fala em reduzir esse prazo para 30 dias. 

Embora parte do mercado defenda o fim do ‘quiet period’, a CVM considera o período de silêncio importante para preservar as informações oficiais da oferta (prestadas no prospecto) e evitar que declarações inadequadas induzam o investidor a erro. A autarquia entendeu, entretanto, que o prazo de silêncio pode ser reduzido. [...] 

A CVM vai receber sugestões e comentários do mercado sobre a proposta até o dia 8 de julho. Assim, a edição da norma definitiva ficará pelo menos para o segundo semestre de 2021.

Rir é o melhor remédio


 Pedido de desculpa

10 março 2021

Mudança de Visual

 

Algumas empresas estão fazendo uma mudança no logo. Foco é a simplicidade. Via Bloomberg

Custo de entrada, Queima de Caixa e Remuneração dos Acionistas


Os carros elétricos tornaram-se o "futuro" da indústria automobilística. Há controvérsias se são adequados para um ambiente mais sustentável, mas o certo que a batalha entre os elétricos e os modelos tradicionais parece estar pendendo para os primeiros. 

Quando comparamos os novos fabricantes - liderados pela Tesla - e os fabricantes atuais, a questão da competição entre estes dois grupos deve levar em consideração o custo de entrada, a queima de caixa e a remuneração dos acionistas.

A indústria tradicional (GM, Volks, Toyota e outros) estão sob a ameaça de uma mudança tecnológica que poderá tornar obsoleto o carro movido a derivado do petróleo. O dilema destes fabricantes é que para entrar na briga eles precisam de dinheiro para "queimar". Isto inclui fazer investimento em novos modelos e novos processos de produção. Mas este grupo precisa também de distribuir dividendos para seus acionistas. E não sobra recurso para ambos.

Os novos concorrentes conseguiram obter recursos via financiamento e a captação via mercado acionário. Alguns deles possuem uma grande reserva de caixa para queimar, podendo ter fluxo operacional negativo e grande saídas com investimento. Além disto, o acionista sabe que este é um jogo arriscado e não espera dividendos neste momento. E isto dispostas a destruir a indústria tradicional.

Neste ambiente, os fabricantes de carros elétricos estão reduzindo cada vez mais o preço dos modelos. E estão fazendo isto em razão da elevada concorrência, que não se resume somente a Tesla.

As empresas tradicionais resolveram investir. GM e Ford deverão gastar mais de 20 bilhões cada. A Volks disse que seu investimento na linha de carros elétricos será de quase 90 bilhões nos próximos cinco anos. 

As montadoras tradicionais podem enfrentar um outro problema: os fabricantes novos planejam entrar no mercado de picapes. Este é o produto mais rentável. Mais concorrentes neste segmento significa redução no preço e nas margens. E menos dinheiro para as tradicionais empresas. Entre as montadoras tradicionais, quem estiver mais atrasada ou depender mais de captação de recursos, talvez não sobreviva. 

Imagem: Tokyo EV