Translate

29 novembro 2015

História da Contabilidade: Ensino da Contabilidade nos anos 1850s

Trinta anos depois da independência, a educação no Brasil ainda era um privilégio de poucos. Mas para aqueles que tinham condições, era possível obter conhecimentos básicos em diversas escolas existentes no país. Mas em razão da elevada taxa de mortalidade, o ensino deveria preparar o aluno para rapidamente adquirir conhecimentos e criar oportunidades para melhorar a sua vida. Por este motivo, conteúdos de natureza prática era o foco do ensino.

A contabilidade era considerada como um dos elementos necessários na educação da época. De um lado, a contabilidade representava a oportunidade de aplicação prática dos conhecimentos de aritmética e caligrafia, tornando estes conteúdos mais próximos da vida real. Por outro lado, o conhecimento da contabilidade permitia ao estudante um futuro profissional como guarda-livros ou uma profissão assemelhada e, quando não, a utilização da escrituração nos negócios e na vida pessoal.

Em 1858 o Collegio Dromond, situado na cidade de Petropolis, na Rua do Imperador 52, anunciava seus predicados com ensino primário e secundário (1). O seu diretor, Felisberto Alexandre Dromond, informava que na instrução primária:

Considera-se da maneira seguinte, e será o objecto que occupe as primeiras tres horas de cada dia, a saber: instrucção religiosa, leitura, grammatica e analyse da lingua nacional, calligraphia, arithmetica, contabilidade e escripturação comercial, geographia e historia nacional.

Um concorrente do Dromond, o Collegio Kopke, informava que ensinava “latim, francez, alemão, inglez, mathematicas elementares, geographia, historia, escripturação e contabilidade comercial, instrucção primaria e religiosa, desenho, musica e dansa”. (2)

Para que não reste dúvidas que o ensino da contabilidade ocorria nos primeiros anos de vida das pessoas, eis o que afirma um relato de uma publicação oficial (3) da época:

Garotos de até 12 anos já adquiriam as primeiras “noções” de contabilidade.

(1) 1858 O Parahyba, 22 de junho, Ano I, ed 66, p 2.
(2) 1858 O Parahyba, 20 de junho, Ano I, ed 64, p. 2.
(3) 1857 Novo e Completo Indice Chronologico da Historia do Brasil, p 156.

28 novembro 2015

Rir é o melhor remédio


Como não desistir da carreira docente

Estamos passando por tantas turbulências no Brasil, inclusive professores e alunos. Achei interessante o texto da doutoranda Elizabeth e espero que inspire alguns, fortaleça outros tantos.

Fonte: Aqui
De fato, a carreira docente no nosso país vem se tornando cada vez menos atraente. Fatores políticos e econômicos parecem se esforçar tramando um boicote majestoso contra aqueles que ainda se alimentam da ideologia de que a docência tem o poder de transformação.

Não quero entrar no mérito da questão nem mesmo citar fatos que me levam a pensar isso. Quero falar como uma pós-graduanda que está aqui porque um dia, sentada numa cadeira escolar, se imaginou do lado de lá das cortinas, frente a um grupo de pessoas em formação, jovens, curiosos, esperançosos e sonhadores, tentando fazer parte dessa transformação homeopática. Esperançosa, como eu era durante a graduação, como eu ainda sou toda vez que estou sentada em uma dessas cadeiras.

Muitos docentes passaram na minha vida, e de cada um deles eu carrego um pouco. Pessoas que foram além da sua função de lecionar, elas queriam transformar. Seja uma turma ou, já se sentiam muito felizes quando contribuíam para transformação de apenas aluno.

Reconheço que o investimento na educação não é um dos mais atrativos, pensando no marketing político, pois os frutos são colhidos ao longo do tempo e ninguém quer semear em algo que só frutificará nos governos seguintes. Seguindo essa lógica egoísta e partidária, o Brasil se amarra e patina num limbo sem fim.

Mesmo assim, eu ainda acredito que a docência tenha o poder de mover montanhas e transformar gerações. Transformação essa que caminhe no sentido do polimento critico, na evolução comportamental e na disseminação do conhecimento empático e aplicável para jovens que estão se formando com profissionais e, sem deixar esquecer, como seres humanos, principalmente.

O interesse financeiro não deve transpor a paixão pelo que nos propomos fazer, mas este não deveria ser, nunca, um empecilho.

Quero aqui deixar alguns recados para quem está iniciando nessa vida para se formar um docente ou já está concluindo as etapas.

1. Você vai cansar, não tenha dúvidas. Haverá dia que a tua ambição pessoal não te convencerá de levantar da cama para ir ao laboratório em um domingo qualquer. Quando isso acontecer, não pense em você, pense que quantas pessoas você vai deixar de encorajar ou mobilizar caso você seja vencido pelo cansaço.

2. Quando você pagar suas contas, ao cair sua bolsa, e restar alguns tostões para os outros 25 dias do mês, não seja aquele disco ralado que fica reclamando da bolsa. Seja aquele pós-graduando que vai em busca de melhorias. Caso se recuse a ir, não reclame e aceite sua condição.

3. Seguindo a mesma lógica do item anterior, quando você conseguir passar em um concurso para professor universitário e, ao final do mês, tiver que juntar os tostões pra completar o mês, não seja aquele disco ralado que fica reclamando do salário e sempre se lamentando de quanto os docentes são mal remunerados. Seja aquele docente que luta por melhorias e reconhecimento da classe. Caso se recuse ir, não reclame e aceite sua condição.

4. Quando você encontrar algum “pavão” narcisista no seu caminho, mire bem, o analise bem. Observe e pontue todos os itens possíveis e guarde isso na sua memória para que você nunca cometa os mesmos erros na sua trajetória. Tudo que uma sala de aula não precisa é de um eco conjugado na primeira pessoa do singular.

5. Respeite seus colegas de trabalho, os ajude, ajude o seu grupo progredir e se consolidar ainda mais. Respeite seu orientador, se ele não for digno de respeito, tenha amor próprio e vá embora. Existem orientadores excelentes, que são gente antes de chefes.

6. Tendo tudo isso em mente, descanse sua cabeça no seu travesseiro e durma tranquilamente todas as noites. E já tendo passado por tudo isso, dissemine o seu exemplo e contribua para a formação de novas pessoas. Nossa classe precisa de bons exemplos.


Texto escrito por Elizabeth de Orleans Carvalho de Moura, fisioterapeuta, mestre em Ciências da Saúde (UNIFESP), e doutoranda em Ciências da Saúde (UNIFESP). Fonte: Aqui

Fato da Semana: I Congresso de Contabilidade e Governança (48 de 2015)

Fato da Semana: Nesta semana a Universidade de Brasília recebeu o I Congresso de Contabilidade e Governança. Com a presença de palestrantes internacionais e apresentação de trabalhos em diversas áreas, o congresso foi um sucesso.

Qual a relevância disto? Congressos são locais de discussão, troca de ideias, possibilidade de intercâmbio na área e crescimento da área. Temos excelentes congressos e este Congresso é mais um. Na discussão tivemos pesquisadores quantitativos e qualitativos, numa ideia genial do prof. Lustosa, presidente do evento. E trabalhos científicos.

A organização administrativa do congresso contou com o apoio de diversos alunos e o comando das incansáveis Beatriz, Ducineli, Fernanda e Mariana.

Positivo ou Negativo? POSITIVO

Desdobramentos? No próximo ano o II Congresso.

(Fotografia: Ducineli, Lustosa, Mouritsen, Ezzamel e Fernanda)

Além deste fato, a semana também teve mais dados sobre o elevado volume de desemprego da profissão. E a aproximação da China com o Iasb. E a questão da corrupção.

Não técnico

Conforme uma reportagem do Estado de S Paulo, um relatório da auditoria interna da Petrobras concluiu que ocorreu um direcionamento para que o Grupo Schahin pudesse operar um navio-sonda para exploração de petróleo.

O jornal divulgou o relatório completo, tornando claro que o critério não foi técnico.

27 novembro 2015

I Congresso de Contabilidade e Governança

Cerca de 200 profissionais e estudantes do de Ciências Contábeis de todo o País participaram, no dia 26, no auditório da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Face), da Universidade de Brasília (UnB), da Solenidade de Abertura do I Congresso UnB de Contabilidade e Governança, que traz o lema “O papel da Contabilidade na governança das instituições públicas e privadas”.

O vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Zulmir Ivânio Breda, que compôs a mesa de honra, parabenizou a organização do Congresso ao dizer que “é uma bela iniciativa estimular a produção da pesquisa científica na área de Contabilidade, promovendo dessa forma, o intercâmbio entre especialistas reconhecidos e novos pesquisadores na área contábil”.

Na ocasião, Breda falou sobre alguns projetos desenvolvidos pelo CFC, como o Excelência na Contabilidade. Instituído em 1994, o programa visa intensificar a realização de cursos de pós-graduação stricto sensu em Contabilidade. “Uma das nossas metas é aumentar a quantidade de cursos em nível de mestrado e doutorado para maior acesso dos profissionais que tenham interesse em investir no seu aprimoramento”, avisa Breda.


Da esquerda para a direita: Prof. José Antonio de França (UnB); a presidente do CRCDF, Sandra Bastita; o vice-presidente de desenvolvimento Profissional e Institucional do CFC, Zulmir Breda; e o reitor da UnB, Ivan Camargo.

O Brasil conta, atualmente, com uma média de 3,2 mestres e doutores por curso. A maioria está concentrada nas regiões Sul e Sudeste do País. “Um profissional que sai da sua região para cursar a pós-graduação em outra, dificilmente volta, agravando as distorções regionais”, concluiu o vice-presidente.

O Congresso, que começou hoje (26) e termina amanhã (27), conta com a presença de renomados palestrantes internacionais com PhD em Contabilidade como o prof. A. Rashad Abdel-Khalik, University of Illinois, EUA; o prof. Mahmoud Ezzamel, University of Cardiff, Reino Unido; o prof. Jan Mouritsen, Copenhagen Business Schhool, Dinamarca; e o prof. Suresh Radhakrishnan, diretor de pesquisa do Institute of Excellence in Corporate Governance da University of Texas, Dallas.

A mesa de honra foi composta pelo reitor da UnB, prof. Dr. Ivan Marques de Toledo Camargo; o Decano de Planejamento e Orçamento da Unb, o prof Dr. César Augusto Tibúrcio Silva; o diretor da Face, prof. Dr. Roberto de Goes Ellery Júnior; o chefe do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais (DCCA/UnB), prof. José Antonio de França; o diretor-geral da Unb, e o prof. Dr. Paulo Roberto Barbosa Lustosa. A presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Distrito Federal, Sandra Batista, também participou da solenidade.

Idealizado pelo Departamento de Ciências Contábeis da UnB (DCCA/UnB), o Congresso, que conta com o apoio do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e do Conselho Regional de Contabilidade do Distrito Federal (CRCDF), tem o objetivo de promover o debate sobre os rumos e características das pesquisas em Contabilidade no Brasil e no mundo, em seus aspectos teóricos, metodológicos e empíricos como forma de estimular a produção científica na área. Mais informações sobre a programação podem ser obtidas no endereço http://www.ccgunb.org/programacao-do-evento/

Por Fabrício Santos
Foto: Cesar Tadeu

Rir é o melhor remédio


E-commerce: empresa individual, sala comercial e contador



Escute a mensagem de Max Gehringer. Um ouvinte pergunta sobre a obrigatoriedade de alugar uma sala comercial e contratar um contador. Vale a pena!

"Pretendo iniciar um negócio de e-commerce e procurei o SEBRAE que me auxiliou no plano de negócios e me recomendou a abertura de uma  EI (empresa individual). O problema para isso são os gastos. Pela legislação atual eu preciso alugar uma sala comercial e contratar os serviços de um contador. Não tenho necessidade da sala, já que posso trabalhar em casa, e tenho dúvidas se preciso de um contador, que custa caro. Há alguma maneira de economizar nesses aspectos?" 

Amazon na Paulista

Desde que chegou ao Brasil, há três anos, a Amazon vem experimentando diferentes formas de se aproximar do leitor brasileiro. Começou vendendo o Kindle por meio de varejistas, como o Ponto Frio, e logo decidiu abrir quiosques em shoppings. Afinal, o e-reader era quase desconhecido do grande público e era preciso apresentá-lo. A experiência durou seis meses.

Ele continuou sendo vendido em lojas on-line, no site da própria Amazon e em algumas lojas físicas, como a Livraria da Vila. Hoje, são 192 pontos físicos e alguns e-commerces (é possível comprar até pelo site da C&A).

E então a Amazon começou, há cerca de um ano e meio, a vender livro impresso. A empresa não divulga números, mas segundo informações do mercado, o desempenho está aquém das expectativas (das editoras).

[Eu, particularmente, fiquei decepcionada com o desempenho da Amazon brasileira. Todavia, achei interessante porque reclamei no Twitter e a Amazon (não-brasileira) entrou em contato. É um começo, não? Enfim... Por acaso comprei livros nas duas Amazons, a norte-americana e a brasileira (no Brasil eram livros participantes de uma promo compre 3, pague 2). A dos Estates chegou antes e não só não paguei um frete mais rápido, como o pedido na Amazon BR havia sido feito tempos antes do na Amazon US. Além disso, alguns preços, que acredito serem automaticamente convertidos, beiram o ridículo com a alta do dólar. Quem gosta de livros digitais sabe.]

Se o atual cenário não é tão favorável ao livro digital, que cresce timidamente e menos do que o esperado, ou ao livro impresso, cuja concorrência é grande, a solução é voltar a mostrar a cara. E nesta quinta-feira, 26, quando o Top Center (Av. Paulista, 854) abrir as portas, quem passar por lá vai ver o novo quiosque da Amazon. [Eu amei o tapete!]

Segundo a empresa, ele funcionará por tempo indeterminado e não venderá nada. A ideia é apenas mostrar o Kindle e deixar que as pessoas testem o leitor digital. Quem baixar o aplicativo de leitura no local ganhará cupons de desconto para usar no site. A Amazon diz ainda que no espaço serão promovidos, além do Kindle, livros.

No início do mês, a gigante americana abriu, em Seattle, sua primeira livraria física. Veja fotos.

Fonte: Aqui

DFC no setor público

A construção da Demonstração dos Fluxos de Caixa no setor público é uma das normas legais que não “pegaram”. Desde que se começou a falar na padronização das normas contábeis do setor público a DFC, como é conhecida, tornou-se um dos objetivos dos reguladores. Entretanto, anos depois das primeiras normas, não se tem notícia de uma unidade da administração pública que elabore e divulgue esta informação. E existem boas razões para que isto aconteça tanto de ordem conceitual quanto de ordem prática.

Uma grande dificuldade de construir esta informação num repartição pública é como definir a entidade. E o conceito de entidade é crucial para a correta elaboração da DFC no setor público. Considere um caso bem simples de uma agência reguladora possui uma folha salarial que é processada e paga pelo órgão da fazenda ou similar. Nesta situação, os valores das despesas de salários devem constar da DFC da agência reguladora ou do órgão da fazenda? Neste caso, para fins de informação para o usuário, talvez fosse interessante considerar a despesa de salário na agência reguladora. Para complicar, alguns funcionários da agência reguladora podem ter sido cedidos para outros órgãos públicos, uma situação bastante comum no setor público. Em alguns casos, a cessão pode gerar uma retribuição, mas em muitos casos não existe nenhuma retribuição pelo empréstimo do funcionário.

Considere uma situação bastante comum de um órgão público cuja origem dos recursos seja os tributos recolhidos pelo governo. Estes recursos são de natureza operacional, de financiamento ou de outra espécie? Se considerarmos sua classificação como operacional e dado que os desembolsos devem estar relacionados com as atividades do órgão, é bem provável que o fluxo de caixa das operações seja zero. Isto naturalmente conduz ao questionamento sobre o grau de utilidade desta informação. Muito provavelmente o orçamento realizado seja muito mais útil que a DFC para a maioria do setor público.

As situações apresentadas anteriormente são casos comuns e servem para exemplificar a dificuldade teórica da DFC no setor público. O próprio conceito de entidade no setor público, apesar de extensamente estudado, ainda é passível de críticas e considerações (1).

Os problemas de ordem prática são os mais diversos possíveis. Enquanto que na contabilidade empresarial é bastante comum a utilização do método direto, sendo possível construir uma DFC razoavelmente precisa tendo por base nas demonstrações contábeis, o mesmo não ocorre na área pública (2). O balanço patrimonial, que é bastante intuitivo nas empresas, é incompreensível para a maioria dos mortais que se aventuram na área pública. O balanço público é composto por arcaísmos expressos nas “contas de compensação”, que possui validade questionável. Além disto, não existe uma ligação tão clara e direta com a demonstração do resultado do exercício, a exemplo que ocorre na contabilidade societária. As notas explicativas, uma importante fonte de informações nas informações de empresas privadas, são algo raro de ser ver na área pública. Em razão das suas características, é muito provável que o método direto seja mais fácil de ser utilizado no setor público.

(1) Um dos estudos mais aprofundados sobre este assunto é a dissertação de mestrado de João Pederiva.
(2) A elaboração da DFC a partir das demonstrações contábeis pode ser encontrada no livro Administração do Capital de Giro, de Alexandre Assaf Neto e César Augusto Tibúrcio Silva.

Wal-Mart e Suborno no Brasil

A rede de varejo Wal-Mart é alvo de uma investigação por parte das autoridades americanas por envolvimento em corrupção no Brasil, revela nesta terça-feira Wall Street Journal, citando documentos e fontes ligadas ao caso.

Os investigadores federais se concentram, particularmente, em 500 mil dólares pagos a uma pessoa supostamente contratada pela Wal-Mart para servir de intermediária junto ao governo brasileiro, informa o jornal.

A pessoa em questão, que não é identificada, teria ajudado a Wal-Mart a obter licenças, incluindo autorizações para construir em dois pontos de Brasília entre 2009 e 2012.

Representantes e altos funcionários do departamento de Justiça, da autoridade do mercado de valores (SEC), da Receita e do FBI (polícia federal) ouviram depoimentos prestados às autoridades brasileiras no início do mês.


Fonte: Aqui