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30 abril 2015

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Conselho da Petrobras

O acionista controlador da Petrobras anunciou os seus nomes indicados para o Conselho da Petrobras. Aparentemente as indicações são mais técnicas do que o antigo conselho. (Em postagem no passado abordamos a ausência de nomes com conhecimento na área contábil e financeira nestes conselhos e a falta de independência do controlador)

Mais importante que o currículo é saber se os indicados tem condições de ajudar a governança da empresa. 

Iasb posterga o padrão da receita

Assim como o Fasb, o Iasb decidiu postergar o início da norma de reconhecimento da receita. Este é um dos projetos conjuntos Iasb/Fasb e entre as razões citadas para o atraso no inicio estão: o padrão original demorou para ser publicado; a proposta possui emendas que irão exigir uma análise e trabalho na implantação - se forem aprovadas; e as empresas estão encontrando dificuldades em implantar.As informações são do CGMA Magazine.

Correção Monetária

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou ontem o julgamento sobre a correção monetária dos balanços das empresas referentes ao exercício de 1989. Porém, após voto do ministro Luiz Fux, a discussão foi novamente interrompida. Desta vez, por falta de quórum.

Por enquanto, foram dados três votos, todos favoráveis ao autor do recurso, a empresa Transimaribo, que questiona decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região. No julgamento, os desembargadores consideraram constitucional a correção monetária, com base no artigo 29 da Lei nº 7.799, de 1989.
(Valor Econômico, via aqui)

29 abril 2015

Rir é o melhor remédio





Esculturas

A derrocada

Gustavo H.B.Franco - O Estado de S.Paulo
A publicação do balanço da Petrobrás para 2014 abre um capítulo particularmente revelador de um desmoronamento amplo, espetacular e de dimensões históricas, mesmo que ainda incompleto. Diante dessa catástrofe, espera-se que nunca mais o País ouça sem um arrepio os conceitos que orientaram esse experimento de petro-populismo, heterodoxia fiscal e "capitalismo de quadrilhas" (na falta de melhor tradução para "crony capitalism", um fenômeno já bem identificado em outros países). 
É de se esperar que esse terremoto vá bem além da candidata eleita, ou da economia, que já vinha mal, pois atacará de frente um conjunto de ideias, ou uma ordem que seria simplório designar apenas como petista, pois vai muito além dos patéticos personagens associados à tesouraria do PT, seus líderes encarcerados e amigos da empreita. O País quer um novo paradigma em matéria de política, e de política econômica, não é outra coisa o que se ouve pelas ruas e pelos botecos.
Essa rocambolesca "ascensão e queda" não é assunto novo, e já havia recebido marcos definidores nas duas capas da The Economist: em novembro de 2009, o Cristo Redentor decolava, mas em setembro de 2013, voava destrambelhado como um pacote bêbado. Diante dos acontecimentos posteriores, a segunda capa, que alguns viram como um insulto, hoje soa como uma piada de salão, quase uma gentileza. As más notícias dos últimos meses não conhecem precedente em nossa história, tanto pela torpeza quanto pelos valores.
A decadência desse império ocorreu de forma inacreditavelmente veloz, mesmo considerando os padrões do mundo hiperconectado em que vivemos, e decorre de pelo menos três pragas, a primeira, curiosamente, relacionada com uma excelente notícia, um presente da Natureza, a heroica descoberta de um tesouro petrolífero onde ninguém havia se atrevido a procurar.
A segunda foi a utilização da crise de 2008 como um pretexto para uma grande inflexão para pior na política fiscal, agora consagrada no que tem sido chamado de "escândalo das pedaladas", e o mesmo para a política industrial, com seus campeões e favoritos.
A terceira, e mais hedionda, é a da corrupção, que potencializa e explica em boa medida a vilania exibida no desenvolvimento das duas primeiras linhas de conduta, pois sua presença parece "sistemática" a partir de 2004, segundo testemunha, viciando muitos processos decisórios.
Mais detalhe sobre cada uma dessas pragas: a primeira tem a ver com o modo como Lula e o PT definiram a estratégia do País diante da descoberta do pré-sal. Reveladoramente, o debate começou pelo fim, com a vinculação dos ganhos à educação, e com a distribuição de royalties para unidades federadas, criando um mecanismo de socialização dos "rents" para servir como espinha dorsal de um "petro-populismo" semelhante aos de Venezuela e Rússia. Nesse contexto, é claro que era preciso estatizar o mais possível essa riqueza, sem muita conta sobre os investimentos que a Petrobrás teria de fazer, pois o cálculo político, este sim, muito preciso, era sobre como se usar o Tesouro para cooptar os entes federados. É fortíssimo, no Brasil, esse DNA rentista, propenso ao extrativismo, e avesso ao suor, ao individualismo e à produtividade. Que melhor redenção, ou que melhor pretexto para abandonar agendas reformistas e modernizadoras que descobrir petróleo?
Era a praga da displicência, versão caribenha do que se conhece como "doença holandesa".
A segunda maldição teve de ver com a crise de 2008 e com a sensação de que o capitalismo ocidental estava acabado, que a índole perversa dos mercados jamais poderia levar ao bem comum senão debaixo de pesada regulação e que John Maynard Keynes, como dom Sebastião, retornava triunfal das brumas do oceano na versão idealizada em Campinas. Para alguns economistas locais, cujos relógios pararam em 1936, a ocasião era perfeita para recuperar as "políticas anticíclicas", das quais não se ouvia há décadas. Disseminou-se, ademais, exaltação ao capitalismo de Estado, modelo chinês, descontaminado das liturgias ocidentais como democracia e transparência, e o conjunto definido pela Goldman Sachs como Brics começou a levar a sério suas escassas semelhanças. Era o apogeu da ilusão na existência de "vida extraterrestre" e na "ciência alternativa": eis a "Nova Matriz Macroeconômica", a praga da irresponsabilidade.
A terceira praga veio dos porões onde se definiam os aspectos operacionais do sonho petro-populista-heterodoxo: os investimentos necessários, o conteúdo nacional, os campeões, as desonerações e as pedaladas, parece pouco provável que esses assuntos tenham sido decididos por gente inocente em ambientes republicanos. As possibilidades de entrelaçamento entre interesses públicos e privados nessa "Nova Matriz" eram imensas, necessárias e inevitáveis, e assim o cordial capitalismo de laços naturalmente desceu vários andares na escala da moralidade.
O Brasil se torna um curioso caso de país ex-comunista sem nunca ter sido, e que, bastante tempo depois da Queda do Muro, procurava imitar os traços mais pervertidos de alguns países que foram socialistas por longo tempo.
Sete anos após, nem o mais neoliberal dos profetas poderia imaginar que o sonho petista petro-populista ia se converter nessa gororoba que tem assolado o noticiário diário e que ganhou do presidente da Petrobrás uma definição em uma única palavra: vergonha, disse ele, ao reconhecer mais de R$ 50 bilhões em baixas contábeis.
A publicação do balanço auditado da Petrobrás é um fato histórico, sem ser novidade, pois foi uma confissão formal e irretratável. A companhia contabilizou suas "despesas" com corrupção em R$ 6 bilhões com a aplicação do porcentual de 3%, informação proveniente das delações no âmbito da Operação Lava Jato, sobre todos os contratos com as empresas citadas na investigação durante o período que vai de 2004 a 2012. O reconhecimento oficial da desonestidade, graças a um dispositivo da legislação americana, abre imensas possibilidades, e levanta múltiplas questões.
Os números para baixas contábeis são quase 10 vezes maiores que os da corrupção, e os de perda de valor da companhia talvez 30 ou 40 vezes maiores. Lembrando do professor Mario Henrique Simonsen e de sua lógica ferina, é fácil ver que teria saído muito mais barato para os acionistas ter pago apenas as propinas e não ter implementado o "novo modelo". Ou seja, a incompetência combinada à megalomania custou muito mais que a corrupção e levou a Petrobrás a um nível de endividamento imprudente, mais ou menos onde se encontra a União nesse momento, ambas sob o imperativo de "desalavancar".
A corrupção é a parte menor na conta, é verdade, mas vale lembrar aos que estão à espera de um Fiat Elba que o modelo está fora de linha, os tempos são outros, mas se trabalharmos com o Novo Fiat Uno, custando perto de R$ 35 mil, o balanço da Petrobrás indica que a corrupção oficialmente reconhecida equivale a 171.429 automóveis Fiat Uno. É mais de dois meses de produção à plena capacidade.

Curso de Contabilidade Básica: Introdução das Demonstrações Contábeis

Como iniciar uma demonstração contábil? Algumas empresas começam com o balanço patrimonial; isto significa que está indo direto para o “que interessa”. Mas as grandes empresas geralmente começam com o Relatório da Administração. E esta escolha não é aleatória. Como o Relatório da Administração é de certa forma “livre”, iniciar com ele é interessante pois direciona o usuário para aquilo que a gestão da empresa deseja. Se o desempenho não foi bom em razão da conjuntura econômica, o Relatório da Administração irá enfatizar isto; se o lucro foi recorde, o texto pode focar neste aspecto.

Mas quais as primeiras palavras deste Relatório? Selecionamos o caso da Araraquara Transmissora de Energia para mostrar como deve iniciar um texto:

Propositalmente colocamos acima o símbolo da empresa, que chamou logo a atenção pelo nome “China” em destaque. Veja agora como a empresa começou seu relatório:

O texto inicia informando que se trata das informações contábeis do exercício de 2014. Logo a seguir a empresa se apresenta: é uma empresa privada, de capital fechado, com sede no Rio de Janeiro, filial em Araraquara, controlada por uma empresa chinesa. Logo a seguir dois parágrafos com comentários sobre o setor elétrico (onde a empresa atua – isto não foi informado, mas fica subentendido pelo nome), sobre a agência reguladora do setor e um panorama geral sobre o setor.

Observe que este texto inicial pareceu um cartão de visita, onde as informações mais relevantes foram transmitidas ao usuário. Agora você poderá continuar lendo as demonstrações da empresa para mais informações...

Links: Petrobras

Conselheiro afirmou que o manual de governança da estatal é "fantástico", mas só no papel 

Representantes dos acionistas minoritários não receberam documentos solicitados antes da sessão e não tiveram tempo para analisar os resultados de 2014

Prejuízo da estatal foi maior que o apontado no último balanço divulgado pela empresa

Dois conselheiros não aprovaram o resultado

DFC

O Fasb está discutindo uma série de alterações nas informações financeiras para entidades sem fins lucrativos. Entre as alterações temos uma DFC mais fácil de ser entendida, o que envolveria o uso do método direto. Segundo o vice-presidente do Fasb isto poderia ser uma prévia para as empresas com ações negociadas na bolsa de valores, conforme destacou o Compliance Week.

28 abril 2015

Rir é o melhor remédio


Propaganda engraçada: A Flor que você mais precisa 

Palestra Ivy League em Sampa

Olha que interessante (saiu no Estadão): Representantes de universidades dos EUA vêm a SP para explicar processos seletivos. Evento trará especialistas de Harvard, Stanford, Duke, Penn e Georgetown para falar sobre processo seletivo para graduação. *.*

O evento ocorrerá em São Paulo no dia 6 de maio para falar sobre o processo seletivo na graduação dessas universidades.
O prazo final de aplicação para Harvard, tanto na graduação quanto na pós-graduação, costuma ser nos meses de dezembro e janeiro. As datas variam de acordo com a faculdade pretendida pelo aluno.
Diferentemente do Brasil, em que a principal porta de entrada no ensino superior é o vestibular ou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a seleção nas universidades americanas é mais complexa.
O processo pode envolver a análise de notas do ensino médio, cartas de avaliação, entrevistas, testes de idiomas e discussão sobre atividades extracurriculares.

Abaixo uma imagem com as Ivy Leagues e suas localizações:

Middle Atlantic
Stanford fica na California (região oeste).

"Hidden Ivy Leagues": Georgetown e Duke ficam no Sul dos Estados Unidos (Washington D. C. e Carolina do Sul, respectivamente).

Controle Reflexo

Um longo artigo do The Guardian foi traduzido e publicado no Estadão. Trata da política russa. Muito interessante o texto. Destaco os três parágrafos seguintes:

Um conceito tático que serve de orientação na guerra da informação russa é o "controle reflexo". Segundo Timothy L. Thomas, analista do Departamento de Estudos Militares Exteriores do Exército dos EUA e especialista em história e teoria militar russa recente, o controle reflexo implica "transmitir a um adversário informações especialmente elaboradas a fim de levá-lo a tomar voluntariamente decisões predeterminadas por quem iniciou a ação". Em outras palavras, conhecer os padrões de comportamento de seu adversário tão profundamente a ponto de induzi-lo a fazer o que se quer.

Um exemplo notório disso durante a Guerra Fria eram as paradas militares anuais na Praça Vermelha, quando a URSS exibia ao mundo suas armas nucleares e seus mísseis balísticos. Os soviéticos sabiam que esse era um dos raros momentos em que os analistas ocidentais tinham a possibilidade de ver seu arsenal e faziam desfilar falsas armas nucleares com ogivas excepcionalmente grandes destinadas a difundir o pânico no Ocidente diante do poderio e da inovação do armamento soviético. "O objetivo", escreve Thomas, "era levar os cientistas estrangeiros, que queriam copiar a tecnologia avançada, a um beco sem saída, com desperdício de tempo e de dinheiro preciosos". Na era soviética, o "controle reflexo" tornou-se tema de amplos estudos acadêmicos, cujo pioneiro foi VA Lefebvre, um psicólogo matemático que, segundo Thomas, "descreveu o controle reflexo no contexto e na lógica de um jogo reflexo". No início dos anos 2000, o Instituto Russo de Psicologia publicou uma revista semestral dedicada a esse tópico, com artigos sobre a álgebra da consciência e os "jogos reflexos entre pessoas e robôs".

Aplicado ao panorama da guerra da informação, "controle reflexo" significa que os estonianos ficam adivinhando as intenções do Kremlin, paralisados pela incapacidade de formular uma resposta a provocações cujas origens e objetivos é impossível determinar - na realidade, cujos objetivos talvez se reduzam a induzir uma reação excessiva. "Quando os políticos russos fazem ameaças alertando para a capacidade do seu país de conquistar a Estônia, quer dizer que a ocuparão de verdade?", questionou Iivi Masso, assessora de segurança de Ilves quando ela visitou conosco a residência do presidente. "Será que eles procuram apenas nos desencorajar? Ou querem que os jornalistas ocidentais os citem, indicando aos mercados que não somos um país seguro, arruinando o clima para os investimentos?"