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16 julho 2014

Resenha: Português e Gramática

Uma das minhas citações preferidas é de William Faulkner: “Leia, leia, leia. Leia tudo – lixo, clássicos, bom e ruim, e veja como eles são feitos. Tal como um marceneiro que trabalha como um aprendiz e estuda o mestre. Leia! Você absorverá isso. E depois escreva. Se for bom, você descobrirá. Senão, jogue tudo pela janela".

Estamos sendo escrevendo. Seja um e-mail no trabalho, ou o trabalho de conclusão de curso então bons livros didáticos são fundamentais. A gente sabe que para escrever bem é necessário ler um bocado. Também é necessário revisar e relembrar regras gramaticais para que aprimorarmos a nossa produção.

Hoje vamos resenhar três materiais utilizados por estudantes (de acordo com uma pesquisa superficial que realizamos no Instaram).

A gramática moderna da língua portuguesa de Evanildo Bechara dispensa resenhas. É uma das mais indicadas para quem quer alcançar maestria. Já publicamos uma entrevista com o autor aqui no blog e quem leu percebeu o entusiasmo dele com a nossa língua pátria. É um pouco avançada então pode assustar inicialmente, mas quem domar esta fera se encontrará riqueza informacional.

Há também a gramática organizada por Pedro Lenza (da coleção ‘Esquematizado’) e a Gramática para Concursos do Marcelo Rosenthal. [Deram um sumiço!!!] Essas são uma mistura de gramática com exercícios que caíram em provas de concursos públicos. A parte gramatical, todavia, é tratada de uma forma que considerei sucinta. Muitas vezes senti falta de mais informações.

O livro de Bechara é fantástico e aprofundado, porém, para estudar de forma consistente, sugeriríamos um livro de exercícios ou de questões comentadas. Não gostamos muito do material do Rosenthal. É o mais leviano dos três (mas vem com alguns exercícios). O Português Esquematizado peca pela superficialidade em alguns assuntos importantes, mas, conforme a linha de publicação insinua, é realmente mais voltado para concursos. Há um capítulo dedicado à Redação Oficial e questões de bancas diversas.

Vale a Pena? Vale, dependendo do quanto você quer gastar e do seu propósito. Indicamos, preferencialmente, a moderna gramática portuguesa. Se você estuda para concursos e só quer se ater ao que cai em sue edital, recomentamos o Esquematizado. 

O que você acha do seu material de língua portuguesa? Estamos com mais livros que resenharemos com foco nos estudantes concursandos. Ainda falaremos sobre livros de exercícios posteriormente, mas por hoje é só.

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Fundo de pensão dos Estados

Mais de dez anos depois da última reforma da previdência que criou o regime de previdência complementar para funcionários públicos, apenas os maiores Estados do país conseguiram criar seus fundos de pensão. Neles, a adesão dos novos servidores têm sido alta. O mesmo, porém, não ocorre com a fundação da União, a Funpresp, que enfrenta resistência de alguns segmentos.
Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, além do governo federal, já têm, cada um, seu fundo de pensão em atividade. Minas Gerais está montando a sua fundação, que deve estar em funcionamento até outubro.
Outros cinco Estados – Bahia, Rio Grande do Norte, Goiás, Paraná e Santa Catarina – estudam adotar a previdência complementar para seus funcionários, mas a expectativa é que as decisões fiquem para 2015, após as eleições. Por depender de vontade política, a criação de fundações estaduais ou municipais fica, a cada dois anos, em compasso de espera pelas respectivas mudanças de governos.
Os Estados do Ceará, Pernambuco e Rondônia já aprovaram em suas assembleias legislativas o regime de previdência complementar, mas não têm escala para criar fundos de pensão exclusivos e aguardam a criação do Prevfederação, um fundo multipatrocinado, para abrir seus planos. O Ministério da Previdência está em negociação com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil para a criação desses fundos para abrigar a previdência de servidores.
Segundo Jaime Mariz de Faria Júnior, secretário de Políticas de Previdência Complementar do Ministério da Previdência, os fundos de pensão dos servidores são uma das prioridades da pasta, que tem participado de fóruns estaduais e municipais para mostrar a necessidade da reforma da previdência, que tem grande déficit.
Em 2003, o governo federal promoveu uma reforma na previdência em que deu à administração pública a opção de criar fundos de pensão para os servidores, que até então ganhavam aposentadoria integral no sistema de repartição simples, ou seja, as contribuições previdenciárias dos funcionários na ativa pagavam os benefícios dos aposentados. Para esse sistema funcionar "no azul", a proporção seria de quatro servidores na ativa para um aposentado. Como a proporção é praticamente de um para um, ao longo dos anos a previdência do funcionalismo público se mostrou deficitária e estima-se que o saldo negativo está hoje na casa de R$ 3 trilhões nas três esferas: federal, estadual e municipal.
O ente federativo que optar pela previdência complementar estabelece uma data de corte e, a partir dela, paga aposentadorias até o teto do INSS (R$ 4.390,24) quando o servidor deixar de trabalhar. Enquanto está na ativa, tanto o Estado quanto o empregado contribuem para o fundo de pensão. Nada muda para os servidores antigos.
São Paulo foi o primeiro Estado a criar um fundo de pensão para seus funcionários. A SP-Prevcom começou a funcionar em março de 2013 e, em pouco mais de um ano, já tem 14,5 mil participantes, com patrimônio de quase R$ 100 milhões. Carlos Henrique Flory, diretor-presidente da SP-Prevcom, estima que até o fim do ano que vem o fundo possa atingir um patrimônio de R$ 500 milhões. Isso porque, segundo ele, ainda falta a adesão de muitos servidores de poderes com altos salários. A projeção é que nos próximos 15 anos o Estado contrate cerca de 200 mil servidores que ganhem acima do teto. Se todos aderirem ao plano, a estimativa é que o fundo atinja R$ 16 bilhões perto de 2030.
Na RJPrev, regime fluminense que começou a funcionar em outubro, a adesão tem sido de 75% dos novos servidores. Halan Morais, diretor-presidente da fundação do Rio, diz que dos 160 mil servidores do Estado apenas 30% ganham acima do teto. "Vou ter que esperar a rotatividade e a entrada de novos servidores", diz. A RJPrev tem atualmente 500 participantes. A projeção é que o fundo tenha R$ 3 bilhões de ativos dentro de 20 anos, sem contar as adesões facultativas daqueles que ganham abaixo do teto e que têm a opção de aderir ao plano complementar.
Para garantir a adesão de novos servidores, o Espírito Santo incluiu na lei que criou o regime complementar do Estado a obrigação que, para tomar posse, os novos servidores têm que visitar a fundação Preves e optar ou não pelo plano, conta Alexandre Wernersbach Neves, diretor-presidente da Preves. Nos outros Estados, normalmente o servidor faz a opção pelo plano no RH do poder em que trabalha.
A Funpresp, fundo da União que começou a funcionar em fevereiro de 2013, tem tido mais dificuldade, não só pela questão geográfica, mas também pela resistência de adesão dos professores. "Houve uma mudança total de paradigma na aposentadoria do servidor e isso demanda tempo para ser absorvido e compreendido", diz Ricardo Pena, diretor-presidente da Funpresp. A fundação tem 4 mil participantes, dos 19 mil novos servidores elegíveis a aderir ao plano de previdência complementar.

IFRS não será adotada no médio prazo nos EUA, afirma Fitch

Segundo um relatório da Fitch, a adoção plena das normas internacionais de contabilidade (as IFRS) pelos Estados Unidos é improvável  de ocorrer no médio prazo. Esta conclusão baseou-se nas recentes divergências entre os reguladores. Existem três projetos comuns Fasb/Iasb pendentes: instrumentos financeiros, seguros e arrendamentos. A proposta de seguros, por exemplo, tem sido questionada por reduzir o número de empregos na área nos Estados Unidos.

A análise da Fitch considera este cenário mesmo com a recente aprovação do reconhecimento da receita, uma norma conjunta que será adotada pelos reguladores.

PwC pode ser multada

A empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC) pode sofrer um processo de 1 bilhão de dólar por prestar assessoria contábil ruim para a MF Global Holdings Ltd em 2011, informou a Reuters.

A discussão sobre o caso assume um interesse especial dos auditores por talvez modificar o papel dos auditores nos problemas financeiros de uma empresa. O caso ainda irá levar anos para ser finalizado. Aqui  e aqui uma explicação sobre o caso.

EY é multada

A empresa de auditoria Ernst Young (agora EY) aceitou pagar 4 milhões de dólares para a SEC, a entidade que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos. O motivo do pagamento foi a acusação da empresa em violar regra de independência da atividade de auditoria, ao fazer também lobby para seus clientes.

Segundo um diretor da SEC, em declaração ao New York Times, a independência do auditor é fundamental para o processo de informação financeira. Ao defender seu cliente, a independência estaria comprometida. A atividade de lobby ocorreu entre 2000 e 2009.

A investigação e punição decorreram de um artigo da Reuters de 2012 e foi notícia neste blog (e um dos destaques do ano). A empresa aceitou pagar o que recebeu na atividade, além de juros e multa.

Neste tipo de acordo, a empresa não precisa admitir culpa. Mas a EY afirmou, através de um porta-voz, que a independência do auditor é importante e que tenta assegurar que os serviços estejam de acordo com as regras da SEC e do PCAOB.

Listas: Os melhores trabalhos para novos graduados

Entre os melhores empregos, auditor em oitavo.
Fonte: Aqui

15 julho 2014

Rir é o melhor remédio

30 gifs que resumem a Copa do Mundo

Fonte: Aqui

O que os jogadoress ganham?

By winning the World Cup, players achieve fame, immortality, and an unassailable spot in the pantheon of their nation's sporting heroes. But what do they actually win? Immortality is nice and all, but it doesn't keep strudel on the table.

Every World Cup, FIFA designates a portion of their total revenue earned from TV deals, sponsorship rights, and other streams for the participating nations' football federations. (For a more comprehensive and enraging look at how FIFA handles their finances, check out this clip from Last Week Tonight With John Oliver).

Of the estimated $4.5 billion FIFA made on Brasil 2014, around $400 million was set aside for the various federations. From there, each football federation can do what they please with it, but player compensation is usually negotiated ahead of time. The Ghanaian team threatened to strike mid-tournament unless they got their promised wages, and some $3 million in cash had to be flown via private jet to Brazil before their final group stage game. According to IBN, Germany agreed to pay each member of the 23-man squad a 300,000 euro (about $408,000) bonus if they won the World Cup.

Not bad for one month's work.

One prize Germany won't be allowed to take home with them is the actual trophy. Because it's a magnet for thieves, the winning team only gets a replica.

After it is passed around, kissed, and hoisted into the air by each player, the famous trophy is locked away and eventually engraved with the triumphant nation's name. According to Yahoo!, there is only space for three more winners' names after Germany's is etched onto the gold. 2030's winners may be celebrating with a new trophy — or one with an oblong and extended base.

Fonte: Aqui

Devido à regulamentação, bancos encolhem operações

A sala de negociações do banco UBS AG em Stamford, Connecticut, costumava ser apinhada de operadores, ocupando um espaço igual a dois campos de futebol. O livro "Guinness World Records" reconheceu o lugar como a maior sala desse tipo do planeta. E o banco suíço costumava exibi-la como prova de sua forte presença em Wall Street.
Stu Taylor, um ex-diretor de negociações do UBS que agora dirige a empresa de tecnologia de negociação Algomi Ltd., lembra de convidados sendo levados até a galeria frequentemente. "Era um lugar para ser mostrado", diz ele.
Hoje, já não há operadores gritando em seus telefones ou monitorando terminais. A sala cavernosa do UBS agora está ocupada por funcionários dos setores administrativo, jurídico e de tecnologia, segundo pessoas próximas ao banco.
Uma porta-voz do UBS afirmou que o espaço foi construído para 1.400 operadores, mas não revelou o número de funcionários que hoje ocupa o local.
Uma redução profunda na atividade de negociação de todo tipo de ativos, de ações a títulos de dívida e até câmbio, está mudando o perfil de Wall Street. Operações que contribuíam desproporcionalmente com a receita dos maiores bancos do mundo agora estão cortando vagas e semeando temores de um declínio permanente.
Os mercados atuais são "um tédio", diz Thomas Thees, um ex-diretor de negociação de crédito para América do Norte do Morgan Stanley e ex-codiretor de renda fixa do Jefferies Group. "Isso está afetando as oportunidades de ganhar dinheiro, e consequentemente os lucros que esses negócios podem fornecer."
O faturamento global de operações de renda fixa, câmbio e commodities, ou FICC (na sigla em inglês), caiu para US$ 112 bilhões no ano passado, um recuo de 16% ante o ano anterior e de 23% ante 2010, segundo o Boston Consulting Group.
À medida que grandes bancos com volumosas operações de negociações comoJ.P. Morgan Chase & Co., Goldman Sachs Group Inc.e o Citigroup Inc. divulgam seus resultados do segundo trimestre nesta semana, investidores e analistas buscarão sinais que indiquem se a retração é temporária ou permanente.
As forças investidas contra as operações de negociação dos bancos são poderosas. Desde a crise financeira, reguladores limitam sua capacidade de tomar riscos com dinheiro próprio, o que elevou os custos do processo, levando muitos a recuar ou mudar de rota. Ao mesmo tempo, os mercados globais entraram numa trajetória de estabilidade inusual que amorteceu o desejo dos clientes de fazer negócios.
"Está absolutamente morto", diz Jarrod Dean, um operador de títulos de dívida municipal da Sierra Pacific Securities em Las Vegas. Os volumes negociados desses papéis caíram 30% desde agosto, diz ele, enquanto os lucros recuaram mais de 70%.
O mal-estar levou a um êxodo de operadores de grandes empresas para as pequenas firmas que são menos sujeitas a supervisão do governo. No fim do ano passado, a Sound Point Capital Management LP, uma administradora com uma carteira de US$ 5,2 bilhões focada no mercado de crédito, roubou cinco analistas e operadores de crédito da UBS.
O ambiente barulhento que costumava ser celebrado em Wall Street já estava sumindo quando a crise chegou, à medida que plataformas de negociação eletrônica começaram a trazer uma era mais silenciosa. Mas a crise e as novas regras que vieram depois esvaziaram as mesas e deixaram menos pessoas para realizar vendas e operações com títulos.
[...]
Fonte: aqui

Entrevista com Francis Fukuyama

Em 1989, o cientista político e economista americano Francis Fukuyama publicava seu famoso artigoO fim da história? na revista The National Interest. Nele, argumentava que a difusão mundial das democracias liberais e do livre capitalismo de mercado possivelmente sinalizavam o fim da evolução sociocultural da humanidade. Três anos mais tarde, ele publicaria o livro O fim da história e o último homem, onde expandia essas ideias.
Decorrido um quarto de século, os pontos de vista de Fukuyama continuam sendo debatidos e criticados. Em entrevista à DW, o filósofo de 61 anos afirma que tais ataques a seu texto são decorrentes de uma interpretação equivocada, e defende suas teses à luz de eventos geopolíticos recentes.
DW: Em 1989, o senhor publicou seu artigo mais conhecido, O fim da história?. Vinte e cinco anos atrás, numerosos críticos diziam: "Esse cara está errado." O senhor sente que foi mal entendido ou admite agora que estava errado?
Francis Fukuyama: Acho que os maiores problemas têm a ver com um mal entendido. O conceito de "fim da história" era a questão: em que rumo a história aponta? Para o comunismo – que era o ponto-de-vista de muitos intelectuais, antes – ou na direção da democracia liberal? E acho que, neste ponto, ainda estou certo.
História, no sentido filosófico, é realmente o desenvolvimento, ou a evolução – ou modernização – de instituições, e a questão é: nas sociedades mais desenvolvidas do mundo, que tipo de instituições são essas?
Acho que está bem claro que qualquer sociedade que pretenda ser moderna ainda precisa ter uma combinação de instituições políticas democráticas com uma economia de mercado. E eu não acho que a China, a Rússia ou qualquer outro concorrente invalidem esse argumento.
No tocante a sistemas e governos que funcionem, qual é a sua visão de seu próprio país, os Estados Unidos?
Eu argumento, num próximo livro, que o sistema político americano se deteriorou em muitos aspectos por ter sido seriamente sequestrado por diversos grupos de interesses poderosos. Muitos dos instrumentos de freio e contrapeso (checks and balances), de que nos orgulhamos, resultaram, na prática, no que eu chamo de "vetocracia", ou seja: grupos demais detêm o poder de barrar decisões. Como resultado, o Congresso ficou paralisado, o que eu considero um grande problema para nós.
As instituições democráticas americanas estão em decadência? O que isso significaria para os EUA, como um todo: eles são uma superpotência em retirada?
Não, não vejo a coisa assim, absolutamente, porque na verdade a economia americana está bem de saúde e é, provavelmente, a mais saudável de todas as grandes economias democráticas. Gás de xisto, Silicon Valley: há muitas fontes de crescimento e inovação. Eu apenas acho que o sistema político não vai bem. Mas a sociedade americana é sempre um pouco mais o setor privado do que o setor público.
Voltando a O fim da história, qual é a sua previsão para os próximos 10 ou 20 anos?
Acho que nós estamos passando por um período difícil, em que tanto a Rússia quanto a China se expandem. Mas estou convencido de que é um fenômeno limitado, que, a longo prazo, só existe uma ideia organizadora importante: a ideia de democracia numa economia de mercado. Portanto, a longo prazo, eu continuo otimista.
Fonte: aqui

Avião e o custo unitário

Um texto da Foreign Policy informa sobre os problemas do avião de combate F35 (aqui também). O avião é o mais caro da história e está apresentando uma série de problemas. Cada unidade deverá ter um preço de venda de 112 milhões de dólares e como só o governo dos EUA pretende comprar 2.443 unidades, o valor total será de 400 bilhões de dólares.

Para garantir que o projeto não seria cortado no orçamento público dos Estados Unidos, a empresa produtora, Lockhead, contratou fornecedores e empresas em quase todos os estados dos EUA. Assim, os representantes não teriam interesse em cortar empregos gerados no projeto. Mas o custo do avião tem aumentado: dos 34 milhões em 2001 para 50 milhões em 2011. Entretanto, o custo de um avião é bastante complexo. Eis o que diz um texto da revista:

É crucial para o Pentágono que cada um desses países mantenha suas compras para evitar que o preço unitário de cada aeronave aumente mais. 

Existe uma redução no custo unitário de um avião diretamente associado a quantidade vendida. Isto decorre não somente da economia de escala como também da curva de aprendizagem.

Quanto custa um artigo?

Quanto custa um artigo? A pergunta não se refere ao valor intelectual das pesquisas publicadas, mas ao custo monetário envolvido nos processos de publicação, e a resposta – em cifras – varia a depender da influência do periódico, ou seja: quanto mais relevante, mais alto o custo para publicar um artigo de pesquisa, que muitas vezes ultrapassa a fronteira de mil dólares, podendo chegar a facilmente à quantia de cinco mil nos periódicos de ponta.

Os custos de publicação do periódico científico é um tópico que tem sido muito questionado nos últimos anos. Mesmo que o critério que defina a relevância de um periódico seja a qualidade dos artigos que publica, o que se reverte em maiores custos para quem submete um artigo mas também em maior visibilidade e credibilidade do conteúdo publicado, muitos questionam se os valores praticados não seriam abusivos e não iriam de encontro ao sentido primeiro do fazer científico, que é divulgar à comunidade descobertas relevantes.

Diante deste cenário, muitos têm colocado em cheque quais seriam os reais custos de publicação para periódicos e se os mesmos não poderiam ser reduzidos de modo a, consequentemente, reduzir o custo para publicar um artigo de pesquisa. O “calcanhar de Aquiles” da questão é a revisão realizada com avaliadores pagos e que aumenta em muito o custos de publicação dos artigos para os periódicos.

Uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Outsell in Burlingame (Califórnia) em 2011 concluiu que os periódicos gastam, em média, até quatro mil dólares por artigo publicado (com margem de lucro que varia de 20% a 30%).

Neste mesmo ano uma outra pesquisa constatou que 11% de todos os artigos científicos publicados mundialmente foram veiculados em periódicos de acesso livre, nos quais é realizada a revisão por pares gratuita, fazendo os custos de publicação para periódicos e o custo para publicar um artigo de pesquisa caírem drasticamente.

Sobre a diminuição de custos em toda a cadeia do processo de publicação, os periódicos tradicionais alegam que os gastos existentes são necessários à manutenção da qualidade do conteúdo publicado, alegação que insinua um possível descuido dos periódicos de acesso livre em relação a este aspecto.

Se voltarmos os olhos para o contexto brasileiro, no qual muitos periódicos não possuem fins lucrativos e são formados por equipes voluntárias, conclui-se facilmente que a avaliação por pares voluntária não compromete a qualidade dos artigos publicados.

Para entender tal alegação é importante lembrar que estes periódicos internacionais tradicionais são empresas nas quais a circulação de capital é fundamental à manutenção do negócio.

A composição de suas receitas inclui quotas de publicidade e uma intrincada relação entre vários outros aspectos que não passam pela delicada questão da qualidade editorial.

A monetização do circuito de publicação acadêmica acaba sendo a principal questão por trás do questionamento sobre os custos de publicação para periódicos e das propostas para reduzi-los.

Outra crítica corrente no circuito acadêmico internacional recais sobre o fato de que publicar nos mais renomados periódicos seja muitas vezes o principal critério para determinar a qualidade de um artigo de pesquisa, ao invés da avaliação da contribuição do conteúdo apresentado pelo mesmo.

Neste complexo contexto, periódicos de acesso livre se multiplicam e se consolidam cada vez mais no cenário acadêmico internacional, oferecendo uma alternativa frente aos periódicos tradicionais e seus altos custos. Ainda assim, os critérios de avaliação dos artigos publicados ainda passa em muito pelo filtro dos periódicos mais renomados e a ausência de novos parâmetros de avaliação adequados a este novo cenário compromete a consolidação e popularização dos periódicos de acesso livre, que encontram muitas vezes resistências de pesquisadores renomados para neles publicar seus trabalhos.

Fonte: PosGraduando