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04 dezembro 2013

Homens gastam mais

Um novo estudo da ESPN sugere que os homens gastam mais do que as mulheres, em cerca de 39%, durante os feriados. Ao contrário da crença popular, o estudo também descobriu que os homens gastam mais tempo navegando e são mais propensos a usar a internet ou os seus celulares para investigação de compras.

Fonte: Aqui

03 dezembro 2013

Rir é o melhor remédio

E no espírito do amigo secreto dos blogs de contabilidade... um amigo oculto em Brasília!

Risco e Retorno

Uma entrevista com Nelson Silva, da empresa de petróleo BG:

Com relação a Libra, o que pesou para a BG ficar de fora?

O fator mais importante foi que o leilão de Libra, por se tratar de uma descoberta, com menos risco exploratório, não está alinhado com nossa estratégia, que é assumir o risco exploratório para entregar o valor da descoberta ao acionista. Já havendo uma descoberta, o ganho de valor é muito pequeno. Mal comparando, é como comprar um bilhete premiado. Você vai pagar o preço do bilhete premiado. Ao passo que, se você comprar antes do sorteio...

A ideia, então, é pagar barato e valorizar depois...

É. Mas o barato pode sair caro se o risco for muito alto. O desafio é achar o equilíbrio entre investimento e risco.

Ou seja, já estaria no preço do leilão o menor risco, o que impediria um maior ganho. Mais adiante ele comenta sobre o risco regulatório

Há, nesse momento, prognósticos não muito otimistas sobre o Brasil, com risco de perda o grau de investimento. Isso afeta o apetite da empresa? 

Não. O que nos preocupa sempre é o respeito aos contratos. Isso é fundamental. A BG chegou ao Brasil em 1994. Em 1999, estávamos participando da segunda rodada de licitações, onde adquirimos os blocos que deram as descobertas de Lula e Sapinhoá. E vocês vão se lembrar que passávamos por uma séria crise econômica. O cenário que falamos aqui não tem nada a ver com o que o Brasil passava. E naquela época a BG veio, participou das rodadas, adquiriu o controle da Comgás e continuou atravessando os altos e baixos da economia brasileira nos últimos anos. Economicamente falando, o Brasil hoje é um país muito mais estável e sólido do que era no final da década de 90. Mas fundamentalmente o que a empresa sempre valorizou e que atrai nosso investimento é o respeito aos contratos. E o Brasil, nesse aspecto, tem tido um comportamento consistente. Os contratos foram sendo respeitados ao longo do tempo, o que permite que a empresa faça a sua parte. A Comgás é um exemplo. Depois que foi passado o controle para a BG, nós quadruplicamos o tamanho da empresa em todos os aspectos. É fundamentalmente um caso de sucesso, no qual todas as partes cumpriram com o acordado. A empresa cumpriu como plano de investimento e o poder concedente cumpriu com a obrigação dele. E devo dizer que, emoutro país muito próximo daqui, onde nós operávamos uma concessão de gás como aqui, tivemos uma experiência diferente (ele fala da argentina Metrogas, cujo controle foi vendido este ano após uma relação conturbada com o governo local). Então, fundamentalmente, essa consistência, essa aderência aos contratos é a sinalização mais importante. É claro que ninguém quer operar em um país em crise, mas esses movimentos econômicos, que a gente considera que são superados ao longo do tempo, acontecem com todo o mundo. Estão acontecendo agora nos Estados Unidos e na Europa. Não é isso que vai definir a estratégia.

Propaganda gratuita

O anúncio que a Amazon está pensando em usar drones para fazer entregas de pacotes em 30 minutos provocou uma grande discussão na internet. Mas parece que a tecnologia não estará disponível nos próximos anos, segundo afirmou a Business Insider. O Amazon Prime Air, nome do serviço de entrega, só deve começar a funcionar quando o FAA autorizar, que provavelmente irá ocorrer somente após 2020.

A principal razão para isto é o risco elevado: os drones não aparecem no radar dos aviões. Assim, o serviço pode nem existir. Mas o principal motivo é a divulgação do nome da empresa gratuitamente. Somente o programa "60 Minutes" gastou 15 minutos com a história da Amazon. E o custo de 30 segundos é de 100 mil dólares. Ou seja, somente neste programa foram 3 milhões de propaganda.

Rebaixamento do rating na Petrobras

Um eventual rebaixamento do Brasil pelas agências de risco seria negativo para a Petrobras, que precisa acessar o mercado internacional da dívida para manter seu plano de investimentos, afirmou o gerente executivo de planejamento financeiro e de gestão de risco, Jorge Nahas. "Minha percepção é que estamos muito longe disso (rebaixamento do Brasil), mas do ponto de vista estrutural, a perda do grau de investimento afetaria todas as companhias do Brasil", disse durante seminário sobre a reavaliação do risco Brasil em 2013. Atualmente, informou Nahas, 38% da dívida da Petrobras vem do mercado de capitais internacional. Para ele, o aumento do custo seria o único reflexo do rebaixamento do Brasil, já que o volume não seria afetado

Fonte: Folha de S Paulo

Efeito do Excesso de Otimismo

A questão do excesso de otimismo tem sido estudada pela ciência. Já se comprovou que em geral as pessoas são confiantes. Isto é conhecido como efeito Lake Woebegone. Um exemplo prático disto ocorreu com as empresas do grupo X. Veja a seguinte notícia (dica de Adriana Steppan, grato):

O conselho de administração da MMX, mineradora do grupo de Eike Batista, aprovou a revisão do plano de negócios da companhia e uma perda contábil relativa às operações da unidade de Serra Azul e aos direitos minerários de Bom Sucesso. O registro será feito no balanço do terceiro trimestre.

Segundo fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa fez revisão dos ativos do empreendimento de Serra Azul, localizada no quadrilátero ferrífero mineiro. A reavaliação foi autorizada pelos conselheiros em reunião ocorrida ontem.

A baixa contábil total será de R$ 913 milhões, valor que inclui redução de R$ 314 milhões em relação aos direitos de exploração no projeto de Bom Sucesso, no Centro-Oeste de Minas Gerais. O chamado “impairment” foi realizado exatamente por conta da revisão no planejamento. O montante relativo à Serra Azul, portanto, é de R$ 599 milhões.

Correção inconstitucional

Por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal declarou, ontem, inconstitucionais as regras de correção monetária do Imposto de Renda das empresas estabelecidas pelo Plano Verão, em janeiro de 1989.

Segundo os ministros do STF, as leis que definiram as regras da correção do balanço das empresas não tinham amparo na Constituição. Foram declarados inconstitucionais os artigos 30, parágrafo 1º, da Lei nº 7.730 e 30 da Lei nº 7.799. Essas leis definiram a Obrigação do Tesouro Nacional (OTN), no valor de NCz$ 6,92 (cruzados novos, a moeda da época), para 1989 como índice de correção monetária do balanço (as chamadas demonstrações financeiras) das empresas naquele ano e posteriores.

A decisão foi tomada na conclusão do julgamento de dois recursos extraordinários de relatoria do ministro Marco Aurélio. Neles, uma indústria e uma construtora questionavam as decisões do TRF da 4ª Região que validaram os referidos artigos daquelas leis.

Segundo o advogado Plínio Marafon, do escritório Marafon e Fragoso Advogados, em janeiro de 1989 a maior parte das empresas do país tinha saldo devedor (despesas de correção) no balanço. Com isso, elas teriam menos lucro e, em consequência, pagariam menos Imposto de Renda (IR).

Para não perder receita o governo criou, então, um deflator específico para o balanço das empresas. Esse deflator também foi usado para a correção das cadernetas de poupança, prejudicando os poupadores (essa questão será julgada pelo STF no próximo dia 27 deste mês).

Para as empresas, foi fixada a OTN de NCz$ 6,92, com base na inflação oficial de janeiro de 1989, de 44,5%. As empresas, porém, alegaram que a correção monetária deveria ser calculada pela OTN de NCz$ 10,50 (com base na inflação de 70,3%).


Isto já foi objeto de um grande debate no Brasil. Era uma prática normal o governo fazer isto. Durante o governo militar, quando Delfim Netto era ministro, o governo decretou uma correção de 50% para o ano, quando a inflação foi o dobro. Minha dissertação de mestrado foi sobre este assunto e acredito que fui um dos pioneiros sobre o assunto (na época publiquei um artigo no IOB Temática Contábil sobre a subestimação do indexador).

Durante todo este período o governo fez esta malandragem e nunca perdeu nada. Será que agora vai?

Assim, essa regra não deveria valer para 1989 (uma vez que ela foi estabelecida naquele mesmo ano), mas apenas a partir do ano posterior, 1990.

Esse artifício (índice de correção menor do que o devido) fez com que houvesse aumento "artificial" da base de cálculo do IR naquele ano. O resultado disso era uma tributação não sobre um ganho de renda, mas sobre o patrimônio das empresas.

Isto está correto para as empresas com relação entre permanente e patrimônio líquido negativa. E estas empresas era geralmente as estatais. Ou seja, ocorreu um mecanismo de transferência de renda, das empresas privadas para as empresas públicas.

A polêmica chegou ao STF em 1999. Em 2001, o ministro Marco Aurélio, em seu voto, disse que, como a União baseava suas contas em uma inflação menor do que a real, havia uma tributação sobre ganhos maiores do que os reais, prejudicando as empresas. E, aí, haveria tributação sobre o patrimônio das empresas, o que é inconstitucional.

Novamente é preciso ressalvar que isto historicamente ocorreu várias vezes.

Indefinição

Marafon diz que a decisão do STF beneficia apenas as empresas que recorreram ao Judiciário. Ele entende que se uma empresa fez o balanço seguindo as regras definidas pelo governo (pagando mais IR do que devia), e não foi à Justiça, não há mais o que fazer, pois o prazo para reclamar já prescreveu.

Por outro lado, há também, a tese de que toda lei é, em princípio, constitucional. Entretanto, se uma lei for declarada inconstitucional pelo STF (como foi a decisão de ontem), as empresas prejudicadas em 1989 ainda teriam cinco anos, a partir de agora, para recorrer ao Judiciário.

O efeito disto poderá ser muito maior que o da poupança.

Fonte: Aqui. Dica de Alexandre Alcantara, grato.

Jogou fora 7 milhões

James Howells jogou fora mais de 7 milhões de dólares. Howells decidiu jogar fora o disco rígido, que não estava mais usando. Apesar de estar em bom estado, Howells achou que o mesmo não tinha mais utilidade. Depois, Howells lembrou que existia no HD 7500 bitcoins. Quando ele minerou a moeda digital, a sua cotação era bastante reduzida. Hoje vale mais de mil dólares.

James já perdeu dias tentando achar o seu HD milionário no depósito de lixo, mas como a cidade inteira onde ele mora também jogou seu lixo em cima do HD durante meses é praticamente impossível encontrar a peça.

Fonte: Aqui (dica de Ednilto, grato)

Marca do País

O Jogos Olímpicos de Londres fez com que o Reino Unido ultrapassasse o Japão como a quarta marca nacional no ranking da Brand Finance. Na ordem: Estados Unidos, China e Alemanha.

O ranking é calculado levando em conta a capacidade do país de atrair talentos estrangeiros, a qualidade de vida e o crescimento da economia. A marca Reino Unido valeria 2,4 bilhões de dólares. Apesar disto, bem abaixo dos Estados Unidos, cujo valor é de 18 bilhões. Além disto, a marca Japão também sofreu com o terremoto e tsunami.

O Brasil se saiu muito bem: é o 8o. com um valor de 1,5 bilhão

02 dezembro 2013

Clube da Luluzinha

E em prol do full disclosure: a Claudinha não me tirou no amigo oculto dos super blogueiros de contabilidade. ;) A minha coruja foi mimo de Natal. (Ela não é uma linda!?) Mas agora o super curioso, ansioso e verdadeiro amigo finalmente recebeu o presente! Espero que a surpresa tenha sido triplicada heim!? E pelo que ouvimos por aí, amanhã teremos uma postagem especial em algum dos blogs. Até lá! Isabel *.*

Rir é o melhor remédio

Eu morro de rir com os memes do Chapolin Sincero (via Instagram)








História da Contabilidade: Outros eventos da década de 50

Quando iniciei esta série de postagens sobre a história da contabilidade, meu objetivo era fazer uma postagem para cada década. Os anos mais recentes impediram de que isto fosse feito já que a quantidade de acontecimentos aumentou substancialmente. Isto ocorreu também na década de 50. Anteriormente tinha escrito sobre a reavaliação, o valor justo, a III Conferência Interamericana de Contabilidade, o início da padronização (duas postagens), a lei 1076 e a mecanização da contabilidade.

Existem diversos outros acontecimentos durantes os anos cinquenta que merecem citação

Congressos Científicos
Durante este período ocorreram diversos congressos.  Em julho de 1950 realizou-se em Belo Horizonte o V Congresso Brasileiro de Contabilidade, que pela primeira vez é realizado fora do eixo Rio-São Paulo (1). Em 1952 realizou em São Paulo a primeira Assembleia Nacional dos Contabilistas (2)
Quantidade de profissionais
Segundo estimativas do Conselho Federal de Contabilidade, existiam no Brasil no início dos anos cinquenta, 50 mil profissionais registrados, sendo 19 mil no estado de São Paulo (3). Considerando que a população brasileira era de 52 milhões de habitantes, a relação era de 1 profissional para cada mil habitantes.
Participação nos lucros
Discute-se a possibilidade de premiar os trabalhadores através da participação nos lucros. A discussão sobre este assunto inclui, naturalmente, a criação de mecanismos para que o lucro reportado pelo empregador reflita a realidade. Um dos projetos discutido neste período determinava que o Conselho Nacional de Economia assumisse a responsabilidade pela apuração dos lucros, incluindo a padronização de plano de contas e modelos de apresentação dos balanços e conta de lucros e perdas (4). Estes projetos não foram adiante.
Taxação dos lucros excessivos
A apuração do lucro também foi objeto de discussão num projeto de taxação dos lucros extraordinários. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro chegou a afirmar que os lucros eram resultantes da inflação (5).
Criação das Academias de Contabilidade
Instalaram-se as primeiras academias de contabilidade, com “elementos representativos do meio profissional” da área. A academia paulista foi criada no dia do contabilista, 24 de abril de 1952 (6).
Padronização de documentos comerciais
Até esta década não existia uma grande preocupação com a padronização de notas, faturas, duplicatas e outros documentos comerciais. Isto incluía modelos diferentes em termos de forma e tamanho. Este assunto foi discutido e estudado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas em conjunto com o sindicato dos contabilistas (7).
Falecimento de Francisco D´Auria
Se o início do século nós tivemos o predomínio da figura de Carlos de Carvalho, metade do século XX a contabilidade brasileira teve a presença de Francisco D´Auria. D´Auria participou dos congressos de contabilidade, da discussão da padronização do setor público, da criação do Conselho Federal, da cátedra do curso de graduação na Universidade de São Paulo, dos congressos internacionais e dos cargos administrativos na área pública. Em 1958, com 74 anos, D´Auria faleceu na cidade de São Paulo (8).


(1) Vide, por exemplo, O Estado de S Paulo, 7 de julho de 1950, ed. 23052, p. 9
(2) O Estado de S Paulo, 24 de julho de 1952, ed 23680, p. 8.
(3) O Estado de S Paulo, 27 de novembro de 1951, ed. 23479, p. 5.
(4) O Estado de S Paulo, 27 de novembro de 1951, ed. 23479, p. 4. Vide também O Estado de S Paulo, 29 de agosto de 1952, ed 23711, p. 6, suplemento comercial e industrial; O Estado de S Paulo, 30 de julho de 1955, ed 24611,p 8.
(5) O Estado de S Paulo, 30 de julho de 1955, ed. 24611, p. 32.
(6) O Estado de S Paulo, 24 de abril de 1952, ed 23603, p. 7.
(7) O Estado de S Paulo, 5 de setembro de 1953, ed 24025, p. 9; O Estado de S Paulo, 28 de agosto de 1953, ed 24018, p. 27.

(8) O Estado de S Paulo, 7 de fevereiro de 1958, ed 25389, p 24.