Translate

25 janeiro 2013

Obesidade e liderança

Boa forma é documento.

Novas pesquisas sugerem que uns quilinhos a mais ou uma cintura um pouco maior afeta a percepção que as pessoas têm sobre a liderança de um executivo e sua energia no trabalho.

Treinar para maratonas e fazer exercícios de madrugada ainda não são partes explícitas da descrição do cargo de um diretor, mas especialistas em liderança e recrutadores de executivos dizem que se manter em forma hoje é um requisito virtual para quem quer chegar ao topo da pirâmide corporativa.

image 
Tim McNair, gerente geral da Martin Guitar, está tentando perder 15 quilos através de um programa de exercícios

"Como as demandas para liderança podem ser extenuantes, o aspecto físico é tão importante quanto todo o resto", diz Sharon McDowell-Larsen, uma fisiologista de exercícios que dirige um programa de condicionamento físico para executivos no Center for Creative Leadership, uma organização sem fins lucrativos dedicada à preparação de profissionais para cargos de liderança.

Executivos que têm cintura larga e altos índices de massa corporal tendem a ser vistos como menos eficientes no trabalho, tanto em desempenho quanto em relacionamentos interpessoais, segundo dados compilados pelo CCL. O IMC, uma medida comum de gordura do corpo, é baseado em altura e peso.

Embora o peso continue sendo um assunto tabu no trabalho, ele é difícil de se ignorar. Um executivo pesado é considerado menos capaz por causa de presunções sobre como o peso afeta a saúde e a estamina, diz Barry Posner, um professor de liderança da Faculdade de Administração Leavey da Universidade Santa Clara, nos Estados Unidos. Ele diz que não sabe de nenhum diretor-presidente com excesso de peso nas empresas do ranking Fortune 500. "Nós temos estereótipos sobre gordura", acrescenta, "então, quando vemos um diretor acima do peso, nossa reação inicial não é positiva".

O pessoal do CCL detectou uma correlação depois de coletar centenas de revisões de desempenho entre colegas e resultados de exames físicos de diretores-presidentes e outros executivos de alto escalão que participaram de seu workshop de uma semana no Colorado. Dois pesquisadores universitários, usando dados de 757 executivos coletados entre 2006 e 2010, concluíram que o peso pode, de fato, influenciar as percepções de subordinados, colegas e superiores.

Tim McNair, um gerente geral da fábrica de violões C.F. Martin & Co., na Pensilvânia, diz que ele se motivou a fazer algumas mudanças quando viu sua barriga num vídeo durante um exercício recente de apresentações em público no workshop da CCL.

Ele se perguntou se seus colegas tiveram a mesma reação à sua aparência, diz ele. "Será que eles pensaram: 'Se ele não consegue [controlar seu apetite], como pode fazer seu trabalho?'"


Assim, o executivo de 44 anos que diz que as avaliações dele feitas por seus colegas foram um tanto duras, voltou recentemente para uma academia local, passando a frequentá-la depois do trabalho pelo menos três dias por semana para correr na esteira, fazer bicicleta ou alongar. Ele também parou de comer x-burguers duplos, filés, sorvete, coca-cola e bolos, optando por uma dieta mais saudável de grãos e legumes. Ele diz ter perdido cerca de 12 quilos em quatro meses.

A necessidade de manter a forma é algo relativamente novo para executivos, diz a brasileira Ana Dutra, diretora-presidente da consultoria de liderança Korn/Ferry . Já foi o tempo em que um líder executivo passava cada minuto do dia no trabalho, sacrificando exercício, férias e família em nome da firma. Esperava-se que empregados admirassem e imitassem sua devoção. Agora, o que se espera dos executivos é que tirem folga para "se revitalizar", diz Dutra.

Ela associa a mudança à morte repentina de executivos famosos, como o diretor-presidente da McDonald's Corp. Jim Cantalupo, que morreu de um ataque do coração em 2004, 16 meses depois de assumir o cargo. Seu sucessor, Charlie Bell, morreu menos de um ano depois, de câncer, aos 44. Em 1997, o presidente da Coca-Cola Co., Roberto Goizueta, um fumante, morreu semanas depois de ser diagnosticado com câncer de pulmão.

Os diretores de hoje também são figuras mais públicas do que seus antecessores e precisam estar prontos para as câmeras, bem apanhados ao cortejar investidores e preparados para responder a uma emergência da companhia. Excesso de peso pode transmitir fraqueza ou "falta de controle", diz Amanda Sanders, uma consultora de imagem que já trabalhou com altos executivos de empresas da "Fortune 500".

"É a imagem de liderança que você projeta", diz Mark Donnison, um executivo de 47 anos membro do conselho da Canadian Blood Services, que já perdeu mais de 10 quilos desde que começou uma rotina de exercícios cardiovasculares, peso e ioga no ano passado. "As pessoas reparam no seu modo de viver."

Empresas buscam líderes com resistência física para melhor dirigir negócios mundiais e resolver problemas complexos, diz Posner, que deu consultoria à Dow Chemical Co. sobre treinamento de líderes globais de grande potencial em 2010 e 2011. Esses líderes foram instruídos a reservar tempo regularmente para se exercitarem, algo que ajuda a suportar as constantes viagens e demandas de um cargo internacional. O treinamento incorporava até coisas como aulas de Zumba, Pilates, tai chi e ioga, diz Dawn Baker, diretor global da Dow para gestão de talentos.

[...]

Em geral, os executivos do estudo do Center for Creative Leadership já eram mais saudáveis do que o americano médio. Eles bebiam e fumavam menos e eram mais propensos a se exercitar com frequência. Cerca de metade foi considerada acima do peso ou obesos, ou seja, com um IMC maior que 25. Os executivos mais esguios da amostra, assim considerados por terem um IMC abaixo de 25, eram vistos mais favoravelmente pelos colegas, obtendo média de 3,92 por desempenho em tarefas numa escala de cinco pontos; líderes mais pesados obtiveram média de 3,85. Membros do grupo mais magro também tiveram notas melhores no quesito habilidades interpessoais.

O estudo foi ponderado por fatores como idade, raça, sexo, cargo e traços de personalidade. Os resultados foram semelhantes em setores diferentes, diz Eden King, um dos pesquisadores do estudo e professor associado de psicologia na Universidade George Mason.

Claro que a percepção de competência não se iguala a uma medida de sucesso de liderança. Executivos que participaram do estudo dizem que é difícil dizer quanto da percepção deriva de seu peso físico e quanto vem da insegurança que eles mesmos projetam.

Fonte: WSJ







Calouro em Contábeis

Nathaly Gomes Tenório, de 14 anos, e Deoclides Maciel Oliveira, de 89, são calouros da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Ela optou por Artes Visuais e ele, por Ciências Contábeis, e os dois já fizeram a matrícula em Campo Grande e Três Lagoas, respectivamente. A mãe de Nathaly, a advogada criminal Edelária Gomes, afirma que a filha "não é nenhum super Q.I., mas tem maturidade". Ex-pracinha da Força Expedicionária Brasileira, Oliveira comemorou: "Sou um jovem velho. Adoro a vida".

(...) Assim como Nathaly, Oliveira também começa o ano com perspectivas animadoras. Segundo amigos do ex-funcionário da antiga Estrada de Ferro Nordeste do Brasil, Oliveira concluiu o ensino médio e foi aprovado no Enem. Levará para a universidade a experiência do tempo em que fazia trabalhos internos nos escritórios da Nordeste do Brasil.

CALOUROS TERÃO DE 14 A 89 ANOS - 23 de janeiro de 2013 - João Naves de Oliveira - Estado de S Paulo

Parabéns Deoclides !!

24 janeiro 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

A força da Apple

Os gráficos abaixo mostram o excelente desempenho da Apple:

Receita trimestral e lucro

 Margem de Lucro por trimestre
 Receita por produto
 Receita de venda de iPhone e estimativa dos analistas

 Receita de venda de iPad e estimativa dos analistas
Fonte: Aqui

Apontando ...

Merkel e Hollande, sempre apontando ...







Receita Federal

Os ganhos de sofisticação nas autuações da Receita Federal sobre os grandes contribuintes do país nos últimos anos têm induzido o órgão arrecadador a interferir nos negócios deste grupo formado por grandes empresas, e responsável por cerca de 70% de todo o montante arrecadado anualmente pelo Fisco.

As companhias com faturamento igual ou superior a R$ 100 milhões por ano - ao redor de 12,5 mil - viram suas declarações de pagamento de imposto tornarem-se alvo prioritário da Receita no ano passado, atingindo o valor recorde em autuações, de R$ 87,02 bilhões, devido à erros de documentação ou sonegação. O foco da vigília da Receita foram operações específicas das empresas e suas "ações de inteligência", envolvendo negócios internos.

"A Receita ao invés de entender as intenções das empresas (no caso de falhas na declaração), ela diz como tal empresa deveria conduzir seus negócios", afirma Ana Cláudia Utumi, sócia-responsável pela área tributária do escritório TozziniFreire.

Segundo ela, o Fisco deveria analisar apenas as razões econômicas das companhias quando um erro nas contas tributárias é identificado. Porém, completa ela, o órgão tem ido "muito além" da análise econômica praticada em outros países. "E isso já é um dos motivos para o uso de recursos - contra as autuações da Receita - pelos contribuintes", ressalta Ana Cláudia.

A advogada esclarece que o crescimento das autuações sobre as empresas (16,8%), entre 2011 e o ano passado, é resultado da criação, em 2010, de delegacias específicas para fiscalizar os "negócios" de tais contribuintes.

Seus auditores fiscais procuram indícios de economia tributária abusiva, quando o único intuito é o menor pagamento de impostos pelas empresas.

Ante olhos mais atentos do Fisco, cabe às empresas, segundo especialistas, maior atenção sobre certas operações.

Entram na lista ações como a reorganização societária com uso de ágio após a compra; aquisição de insumos; manuseio de juros de capital próprio; preços de transferência e receitas financeiras não consideradas no lucro real.

"As empresas terão, cada vez mais, de tomar mais cuidado com sua prestação de dados", afirma Richard Dotoli, advogado do setor Tributário do Siqueira Castro Advogados.

Uma vez autuada, a empresa pode entrar com impugnação em delegacia de julgamento da Receita, em 1ª instância. No caso de novo recurso, o contribuinte pode levar o caso ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o antigo Conselho de Contribuintes, em Brasília.

"As autuações fiscais sobre grandes contribuintes, considerando seus valores, têm preferência na ordem de julgamento dos processos", explica Felippe Breda, advogado tributarista do Emerenciano, Baggio e Associados.

No entanto, a análise de cada processo pode demorar de três meses, em 1ª instância, até quatro anos, em média.

Segundo Ana Cláudia, a Receita tem sinalizado querer aumentar o valor das autuações - ao custo das grandes empresas - e não sua quantidade. Ela pondera, porém, que parte "relevante" dos processos administrativos ou judiciais envolvendo as autuações do Fisco resultam em derrota do órgão federal ou na redução "substancial" do valor da multa por sonegação - de 150% do valor do imposto para 75%.

Autuações da Receita geram interferências nos negócios
Rafael Abrantes - Brasil Econômico - 23 de janeiro de 2013

Conferência

Será realizado em 15 e 16 abril uma conferência da Fundação IFRS em São Paulo.

Os conferencistas são:

Hans Hoogervorst, Presidente, IASB
Dr Alexandre Tombini, Presidente, Banco Central do Brasil
Pedro Malan, Curador, Fundação IFRS
Darrel Scott, Membro, IASB
Stephen Cooper, Membro, IASB
Alan Teixeira, Diretor Senior, IASB
Sue Lloyd, Diretora Senior, IASB
Leonardo Pereira, Presidente, Comissão de Valores Mobiliários
Amaro Gomes, Membro, IASB
Allison McManus, Gerente Técnica Senior, IASB
Jan Engström, Membro, IASB
Patrina Buchanan, Diretora Técnica, IASB
Wayne Upton, Presidente, Comitê de Interpratações de IFRS
Michael Wells, Diretor da Iniciativa de Educação, IASB
João Santos, Superintendente—Finanças Internacionais, Itaú Unibanco
Caio Ibrahim David, Diretor Executivo e CFO, Itaú Unibanco
Alexsandro Broedel Lopes, Diretor de Controle Financeiro, Itaú Unibanco
José Carlos Bezerra da Silva, Superintendente, Comissão de Valores Mobiliários

Tristeza não tem fim, dinheiro sim


Quando pesquisava para seu livro “O Poder do Hábito”, o escritor americano Charles Durhigg deparou com uma prática a princípio inexplicável das empresas de cartões de crédito dos Estados Unidos. Sempre que descobrem, comparando dados pessoais, prática permitida no mercado americano, que um de seus clientes se divorciou, as empresas cortam seu limite de crédito. A redução é ainda mais radical caso o cliente seja do sexo masculino, diminuindo o limite pela metade. A explicação: analisando o histórico de crédito de recém-separados, matemáticos a serviço dessas empresas cruzaram os dados e notaram que não muito tempo depois de mudar seu status de relacionamento para “solteiro” no Facebook os homens, principalmente, começam a ter problemas para pagar suas dívidas.
À primeira vista, pode parecer um exagero – além de uma intromissão indevida na vida dos clientes -, mas um estudo recente conduzido pelos departamentos de psicologia das Universidades de Harvard e Columbia, nos Estados Unidos, mostrou que há uma lógica emocional por trás dessa situação: estar triste pode ter um custo financeiro.
“Uma pessoa triste não é necessariamente uma pessoa sábia quando se tratam das escolhas financeiras”, afirma Ye Li, professor da Universidade Riverside, na Califórnia, que participou do estudo como pós-doutorando do Centro de Ciências da Decisão de Columbia. “Descobrimos que as pessoas tristes são mais impacientes e frequentemente irracionais.”
Nos últimos dez anos, estudos aprofundaram essas descobertas, mostrando que pessoas tristes têm mais problemas com as finanças pessoais, dívidas do cartão de crédito e financiamentos, empréstimos e seguros duvidosos. Por trás de todos os resultados, está o que Ye Li e os outros dois autores do estudo, Jennifer Lerner, da Escola Kennedy de Governança e diretora do Centro de Ciência da Decisão de Harvard, e Elke U. Weber, também de Columbia, chamam de miopia da tristeza.
A miopia da tristeza é, segundo o estudo, responsável por um preconceito momentâneo que leva as pessoas a ignorar os ganhos maiores que vêm com a espera em troca da satisfação imediata. Mais: o gasto em si recebe mais atenção do que o benefício que poderá produzir. A miopia da tristeza, conclui a pesquisa, é um fenômeno robusto e potencialmente perigoso para a vida financeira das sociedades.
É certo que decisões econômicas, incluindo o que compramos, envolvem escolhas que costumam ser feitas com base em razões que nos parecem consistentes. “As pessoas não querem pagar ou consumir mais do que deviam mesmo quando estão tristes”, observa Nitika Garg, professora da Australian School of Business e coautora, com Jennifer Lerner, do estudo “Tristeza e Consumo”. É bem capaz que neguem a influência, como os voluntários da maioria dos estudos. Mais ainda: a combinação de tristeza e consumo em excesso pode levar a um ciclo em que o próprio hábito de gastar leva a alterações de humor. Por que então a propensão aos gastos?
“A pessoa que está propensa a comprar pensa: ‘Eu sou a solução para os meus problemas’”, explica Vera Rita de Mello Ferreira, psicanalista e autora do livro “A Cabeça do Investidor”. “E uma das formas mais fáceis de encontrar satisfação é por meio das compras. Quanto mais radical a sensação de perda ou de desamparo, mais radical será a busca por compensação.”
Esse não é um processo consciente, ressaltam todos os estudos. E nem mesmo faz sentido à luz da lógica. Se uma pessoa triste é mais pessimista, o normal seria que nas centenas de decisões que toma todos os dias fosse mais cética. “Nossa pesquisa não visava propriamente saber se pessoas tristes fazem avaliações mais pessimistas. Mas ser pessimista sobre o futuro é uma das possíveis explicações sobre por que elas querem obter as coisas o mais cedo possível”, diz Ye Li.
"Tears", de Man Ray
“Tears”, de Man Ray
Economistas e psicólogos tomam direções diferentes quando tentam explicar o papel das emoções nas decisões. A teoria econômica tradicional não costuma dar valor a motivações individuais nas decisões financeiras, considerando que os indivíduos tendem a agir de forma racional, pesando expectativas e probabilidades. Psicólogos ligados à economia comportamental contra-argumentam, no entanto, que as teorias econômicas não conseguem dar conta dos verdadeiros processos mentais por trás de nossas decisões. Novos estudos nas duas últimas décadas começaram a aproximar os dois campos, assim como a neurociência, principalmente no que diz respeito ao consumo.
É inegável – aponta o estudo de Harvard e Columbia – que as pessoas normalmente fazem algumas das escolhas econômicas mais importantes da vida por causa das emoções. “O amor impulsiona a decisão de propor ou aceitar o casamento. Raiva pode levar a uma separação. O medo leva à decisão de abandonar a casa em meio a um desastre”, dizem os pesquisadores. Um funeral pode obrigar alguém a tomar decisões financeiras importantes em um estado emocional conturbado. Com o trauma da separação, um divórcio vem acompanhado de novos gastos com habitação e alimentação, entre outros.
A tristeza, no entanto, há séculos é vista como uma boa parceira econômica. Samuel Coleridge (1772-1834), poeta e filósofo inglês experimentou crises profundas de ansiedade e depressão. Sua vida o inspirou a criar uma frase famosa: “O homem mais triste e mais sábio aumenta o amanhecer do dia seguinte”. Centenas de trabalhos de psicologia corroboraram essa ideia na segunda metade do século XX, atribuindo à tristeza o papel de antídoto para os otimistas em excesso, capaz de impedir alguém de agir por impulso.
Indivíduos mais tristes, segundo esses estudos, tendem a pesar mais racionalmente as implicações financeiras de suas escolhas. Então, de maneira tímida, nos anos 1980 e com mais profusão nos anos 90 e na década passada, um grupo de cientistas começou a apontar que se trata do contrário.
Tristeza, como definida pelos psicólogos, é um estado temporário, como numa morte ou separação, sendo ligada às sensações de desamparo e perda. Um de seus efeitos é provocar pessimismo sobre determinada situação, um efeito conhecido na psicologia como congruência de humor. Isso leva a uma mudança nos motivos pelos quais as pessoas em estados de tristeza costumam fazer escolhas. Por exemplo: um estudo conduzido por dois psicólogos, William Morris & Nora Reilly, descobriu que pessoas tristes, quando tinham de escolher um parceiro para resolver um problema, preferiam alguém com mais afinidade pessoal do que os mais capazes.
A pesquisa de Harvard e Columbia, concluída no fim do ano passado, teve como voluntários 200 estudantes das duas universidades, que, respondendo a um anúncio, receberam uma remuneração pela participação. Ao contrário de grande parte dos estudos anteriores, nos quais os voluntários assinalavam em um questionário qual era seu estado emocional no momento, os testes foram concebidos para provocar, respectivamente, uma “condição de tristeza”, uma “condição de desgosto” e um “estado neutro”.
Colocados em cabines individuais, os voluntários tiveram de assistir a três vídeos. Um mostrava a morte do personagem principal, interpretado pelo ator Jon Voight, diante do filho no filme “O Campeão”; outro, a cena de um banheiro infecto e insalubre no filme “Trainspotting”. O terceiro clipe foi um trecho de um documentário do canal National Geographic sobre a vida dos peixes na Grande Barreira de Corais.
Se fosse o caso, os voluntários também deveriam escrever um pequeno texto sobre uma história triste ou desagradável da qual tinham participado. Em seguida, escolheram entre 27 montantes de dinheiro e créditos no site da Amazon que deveriam receber naquele dia (entre US$ 11 e US$ 80) e maiores quantidades de dinheiro (entre US$ 25 e US$ 85) em um prazo que variava de uma semana a seis meses.
“A média dos participantes tristes em obter recompensas futuras foi de 13% a 34% menor do que dos participantes em um estado mental neutro”, diz Li. Houve casos em que os voluntários preferiram receber US$ 37 na hora a esperar três meses em troca de US$ 85 – mais do que o dobro.
Em outro dos trabalhos pioneiros, realizado pela Universidade de Columbia,
"Old man in sorrow (On the Threshold of Eternity)", de Van Gogh
“Old man in sorrow (On the Threshold of Eternity)”, de Van Gogh
estudantes tinham de informar se naquele momento se sentiam mais tristes ou ansiosos. Os dois estados levaram a decisões diferentes em um jogo. Enquanto os voluntários que se diziam tristes corriam mais riscos em busca de recompensas maiores, os ansiosos fizeram o contrário, se arriscando pouco em busca de um lucro menor, porém mais seguro de obter. A ansiedade aumentou a preocupação com o risco e a incerteza enquanto a tristeza aumenta as preocupações com a recompensa.
Se há uma arena em que as emoções reconhecidamente dirigem a necessidade de consumo é o mercado de ações. Em seu livro “Exuberância Irracional”, Robert Shiller afirma que o estado emocional dos investidores é um dos fatores mais importantes para explicar subidas fortes de preços. Foi assim nas bolhas dos últimos anos, principalmente a da internet e imobiliária. Tanto no momento de euforia e ganância como de pânico, diz a “teoria das emoções” no mercado financeiro, existe o efeito manada. Decisões de momento podem custar anos de economias.
“Ganância e medo movem a maioria das decisões. Mas duas emoções particularmente importantes são o orgulho e arrependimento. Por exemplo, pensa-se que o arrependimento tem como efeito a disposição para vender cedo demais ações que subiram rapidamente e manter aquelas que estão caindo. Se você vender uma ‘perdedora’, vai sentir arrependimento”, diz Lucy Acket, professora da Universidade Kennesaw, autora de estudos sobre as emoções e o mercado financeiro.
Uma medida do efeito da miopia da tristeza sobre os investidores foi descoberta por Jennifer Lerner e mais duas pesquisadoras, Deborah A. Small e George Loewenstein. Voluntários foram levados a fazer negócios numa experiência parecida com o que ocorre em um “home broker”. Metade ficou com um objeto, definindo por qual preço pretendiam vendê-lo, e a outra metade pôde fazer uma oferta de compra. Todos assistiram aos mesmos filmes do estudo atual, assim como cada um foi convidado a escrever explicando como se sentia. Então começaram a negociar.
Os participantes que assistiram ao vídeo mais triste e eram vendedores passaram a reduzir seus preços assim como os compradores fizeram ofertas maiores a ponto de superar as ofertas de venda. Isso aconteceu, segundo os pesquisadores, porque tanto em um caso como outro estava em jogo a busca por mudança. “No caso de venda, livrar-se do que se tem é uma oportunidade para mudar as circunstâncias que estão fazendo a pessoa sofrer, enquanto no caso de compra, a aquisição de novos bens é uma oportunidade para alterar uma realidade desagradável”, explica Jennifer.
“Um dos conselhos que dou é que a pessoa tenha um diário de bordo”, diz Vera Rita de Mello, que faz palestras e dá consultoria a investidores. “É importante colocar por conta própria o que está acontecendo. Assim, a pessoa consegue encontrar padrões.”
Um dos estudos de Jennifer, responsável por grande parte das descobertas que ligam emoções à tomada de decisões financeiras, concluiu que a tristeza deixa uma pessoa mais generosa e também mais propensa a apoiar programas sociais do que se estiver irritada. Com base no estudo, a irritação dos conservadores americanos com Barack Obama por instituir a saúde gratuita poderia ter sido menor se não fosse a crise econômica. Em um cenário de frustração, a reação de uma parte do Partido Republicano foi radicalizar, fazendo surgir o movimento ultraconservador Tea Party.
"Saudade", de Almeida Junior
“Saudade”, de Almeida Junior
Mas a tristeza não afeta apenas a maneira como se gasta dinheiro. Estudos sobre sua relação com a alimentação chegaram às mesmas conclusões, dessa vez com o aumento do consumo de pizza, salgadinhos, sorvete e doces. As pessoas tristes se entopem de “junk food” porque procuram conforto na comida, dizem outros estudos. O fenômeno é conhecido das indústrias de alimentos, que põem seus psicólogos para entendê-lo assim como um desdobramento perigoso para as vendas: se concluem que um produto não está ajudando a melhorar o humor, as pessoas tristes param de comprá-los.
Um consolo é que a miopia da tristeza é um estado temporário. No estudo de Harvard e Columbia, quando tinham de optar por receber uma quantia apenas três meses depois ou em um ano, os resultados foram parecidos entre todos os grupos. Sem a chance de obter prazer imediato, as decisões se tornam mais racionais.
Com problemas financeiros, dívidas, obesidade e problemas cardiovasculares sendo consequências da tristeza, as descobertas levam a uma questão: se as pessoas comprometem as próprias finanças por uma razão inconsciente e momentânea, mecanismos podem ser adotados para evitar a ruína financeira? “Eu penso nesse caso que isso deveria ser uma decisão pública”, diz Li.
“Por exemplo: a Federal Trade Comission [Comissão Federal de Comércio americana] tem uma regra que permite o cancelamento das vendas em três dias, exceto no caso de seguros e de imóveis.” No Brasil, as regras são parecidas. O Código de Defesa do Consumidor permite a desistência da compra em até sete dias se a compra for feita pela internet. Mas no caso de imóveis, se o comprador desistir, tem de indenizar o vendedor. “Eu acho que estender a mesma regra aos outros setores seria benéfico, embora os detalhes da implementação fossem difíceis.”
E, finalmente, uma das lacunas diz respeito ao objetivo do aumento do consumo. Embora dezenas de estudos tenham verificado a relação entre tristeza e consumo, faltam trabalhos que expliquem se gastar dinheiro realmente ajudou. “Não conheço nenhuma pesquisa que mostre que comprar realmente alivie um sentimento negativo”, diz Ye Li. “Tristeza apenas cria um desejo de comprar, mas não é necessariamente a melhor solução"

23 janeiro 2013

Rir é o melhor remédio

A explicação da Ilha de Páscoa. Fonte: Aqui

Valor de Nada


Na orelha do livro “O valor de nada”, de Raj Patel (Editora Zahar, 2010), indica que o livro tenta responder a seguinte questão: por que as coisas custam o que custam? Isto realmente atiça a curiosidade do leitor, que pode tentar vencer as 240 páginas do livro para ter uma resposta para a pergunta.

Entretanto, a obra decepciona por dois motivos. O primeiro é a falta de uma estrutura na exposição das ideias. Os assuntos são jogados, um após outro, sem uma construção lógica. Num mesmo tópico, vários aspectos são tratados, com pouca profundidade.

O segundo problema da obra é a qualidade de certas obras que são usadas para apoiar os argumentos. O autor, usando uma técnica muito comum em obras modernas, colocou as referências e notas no final do livro. Mas quando o leitor que verificar uma afirmação baseada numa “pesquisa” ou “relatório” de uma agência, ele encontra citações incompletas ou que não correspondem ao que foi afirmado no texto. Em certo trecho, o autor cita uma conhecida agência de fomento, mas as notas do final estão indicando outra fonte. Assim, o livro perde credibilidade.

Para Patel, o sistema capitalista pune a sociedade, já que não leva em conta no preço dos produtos as externalidades. Assim, o sanduíche que comemos num fast-food deveria ter um preço muito superior ao que é cobrado se for levado em consideração o impacto ambiental, os efeitos sobre a distribuição de renda, entre outros fatores. Para reforçar seu argumento, Patel solta um número mágico, exagerado para ajudar na sua lógica, de pesquisas questionáveis.

Vale a pena? Não. A metralhadora de Patel atira em todos os cantos, sem conseguir atingir nenhum alvo.

Evidenciação: Este blogueiro adquiriu a obra numa livraria, não tendo sido induzido a fazer esta postagem pelas partes interessadas.

Eletrobras

A Eletrobras realizou uma de suas assembleias mais polêmicas no mês passado. No dia 3 de dezembro, os acionistas foram convocados para decidir se a companhia deveria aceitar a proposta do governo federal de renovar os contratos de concessão, nos moldes propostos pela MP 579. Além da peleja que se tornou pública, devido aos prejuízos que decorrerão da mudança nos termos dos contratos, uma outra disputa aconteceu nos bastidores. Duas das mais influentes consultorias de voto emitiram relatórios sobre a assembleia com recomendações totalmente distintas.

A Institutional Shareholder Services (ISS) recomendou que os investidores acompanhassem a proposta da administração da Eletrobras. Aconselhou aos seus clientes rejeitar a eleição de um conselheiro de administração indicado pelos minoritários e aprovar a renovação dos contratos de concessão. Em relatório, a consultoria reconheceu que "os termos da renovação apresentados pelo governo são claramente desvantajosos para a empresa, evidenciando o risco de se investir em empresas controladas pelo Estado, onde o interesse público prevalece sobre o interesse dos acionistas". Mas acabou concluindo que acompanhar a administração seria a alternativa menos pior para os acionistas. O governo não mudaria de ideia, argumentou, até porque a maior parte das companhias aceitaria os termos propostos, e os riscos de enfrentar uma nova licitação seriam maiores do que os de renovar o contrato.

A recomendação da ISS, no entanto, não fez a cabeça dos investidores. No balanço final da assembleia, apenas a própria União, o BNDES e a BNDESPar votaram a favor da renovação — além de alguns fundos estrangeiros que, sem orientação específica de voto, seguem a proposta da administração. [...]

Na direção contrária foi a Glass Lewis, que emitiu relatório apoiando o pleito dos minoritários. Além de ressaltar o quanto as renovações serão prejudiciais aos resultados da Eletrobras, a consultoria assinalou o conflito de interesses presente no conselho de administração da elétrica, composto de membros do governo federal.

Embora vencidos, os minoritários ainda não desistiram da briga. Até o fechamento desta edição, um grupo de acionistas se preparava para recorrer ao Poder Judiciário e pedir a anulação da assembleia. Em sua defesa, eles pretendem ressaltar o fato de que, no último aumento de capital da companhia, no começo de 2011, cada nova ação ordinária foi emitida por R$ 22,61, enquanto as preferenciais saíram por R$ 27,01. Ao fazer a emissão, afirmam, o governo teria sinalizado uma expectativa de valor para a companhia que, pouco menos de dois anos depois, não existiria mais. No dia 19 de dezembro, as ações ordinárias fecharam a R$ 6,45; e as PNB, a R$ 10,01.


Fonte: Aqui

Alugar ou Comprar

Um dos casos mais típicos da análise de investimento é a decisão entre alugar e fabricar. Uma decisão parecida ocorre hoje com as operadoras de telefonia celular, segundo texto do Valor Econômico (Operadoras põem torres à venda para levantar capital, 22 de Janeiro de 2013, Daniele Madureira).

Com a possibilidade de compartilhar a infraestrutura, muitas empresas estão preferindo alugar a torre do que a opção de construir e manter um torre exclusiva. Assim, algumas operadoras estão optando por vender suas torres.

Desde o fim de 2010 até o terceiro trimestre do ano passado, a Vivo vendeu 3.925 torres, o que rendeu R$ 1,1 bilhão ao caixa da operadora.


A decisão de alugar ou manter tem vantagens e desvantagens. Para operadora, o aluguel pode ter um custo inferior ao custo de manutenção.

Uma operadora desembolsa, em média, cerca de R$ 250 mil para construir uma torre metálica no solo e R$ 150 mil por uma torre do tipo "roof top" (instalada no alto de um prédio). Além disso, precisa pagar aluguel pelo uso do espaço para os condomínios ou proprietários do terreno.

Ao vender a infraestrutura e passar a alugá-la, a conta diminui sensivelmente, já que não há gastos de instalação. O aluguel pago às empresas especializadas vai de R$ 2 mil a R$ 5 mil por mês. Quanto mais antenas instaladas por uma operadora na torre, maior o valor pago. É preciso pagar, também, o aluguel do espaço ocupado pela torre. Os preços variam de R$ 2 mil a R$ 3 mil por mês, dependendo do tipo de torre, se está no chão ou no alto do prédio. O valor é rateado entre as operadoras: quanto maior o número delas, menor o custo.

Com isto, surgem empresas especializadas em construir e gerir torres:

a American Tower administra 4,3 mil torres no país (entre próprias e das operadoras). A TorreSur tem 4 mil. A BR Towers, do GP Investimentos, criada em setembro do ano passado, tem 2 mil pontos sob seu controle. A mais nova a entrar nesse mercado é a americana SBA Communications, que comprou 800 torres da Vivo em dezembro.

Apesar de todo esse movimento, há um imenso mercado a desbravar. Estima-se que existam cerca de 60 mil torres de telefonia no país. Dessas, menos de 10 mil estão sob controle de terceiros.

O custo menor não é o único atrativo para as companhias de telecomunicações. Instalar as torres de telefonia costumar ser uma enorme dor de cabeça porque há uma diversidade de leis municipais sobre o assunto, com exigências diferentes entre si. Ao transferir para terceiros essa responsabilidade - incluindo atividades que nada tem a ver com seu negócio central, como pintar e iluminar as torres - as operadoras podem se concentrar melhor em seus serviços centrais.

Lei de Benford e dados econômicos da China

Aplicação da Lei de Benford nas estatísticas econômicas oficiais do governo chinês:

A mathematical tool devised by an American physicist in the 1930s underscores doubts about the quality and reliability of Chinese economic data, according to research by Australia & New Zealand Banking Group Ltd. (ANZ)

The results are based on “Benford’s Law,” which holds that in any series of numbers, certain patterns will be found only if the statistics are naturally generated. The rule, created by former General Electric Co. (GE) engineer Frank Benford, suggests patterns for the first and second digits in a numeric series and can be used to detect phony data, Li-Gang Liu, ANZ’s chief economist for Greater China, and colleague Louis Lam said in a Jan. 8 report.





Benford’s work has already been adapted to show Greece should have been suspected of manipulating its data before the European debt crisis and that now-jailed financier Bernard Madoff was overstating investment returns.

The ANZ economists studied China’s annual nominal gross domestic product data from 1952 to 2011 to measure how frequently numbers from one to nine appeared as the first digit. While the 24 occurrences of “one” is higher than the 18 suggested by the rule, the economists said the statistics largely abide by what Benford’s Law allows. The same is true of industrial production data.


Suspicions emerged when the data was probed more deeply and reported in percentage terms, the ANZ report said, adding that the guilty party was often the second digit. An examination of the quarterly GDP growth rate from December 1991 to September 2012 shows zero occurred as the second digit 21 times, much higher than what Benford would calculate and suggesting a rounding-up to achieve a bigger leading digit. One through four also appeared more regularly than the law reckons, while seven through nine featured less.


Inflation reported on a percentage basis also failed to fit the law. “Non-conformity to the Benford’s law does not always indicate data manipulation, but nevertheless it raises doubts about the quality of Chinese data,” the authors said. “Our statistical analysis seems to have confirmed the long-rooted suspicion on quality and reliability of Chinese data.”


Fonte: aqui

O custo do atraso

Sabemos que os Estados Unidos tem atrasado a decisão de fazer a convergência para normas internacionais de contabilidade. Mas isto pode ter consequências para este país, segundo afirmou Hans Hoogervorst, presidente do International Accounting Standards Board. Para HH, os investidores estão tendo um custo enorme em comparar o desempenho das empresas que usam padrões diferentes. Além disto, com o passar do tempo, o Fasb será somente um entre muitas entidades que estarão tentando fazer a convergência.

A recente proposta do Iasb de criar fóruns consultivos deverá reduzir a importância do Fasb no processo de convergência, segundo a Reuters. E a participação nestes fóruns exige um compromisso com as IFRS, o que deixaria de fora os EUA.

A possibilidade de permitir que empresas dos EUA possam usar voluntariamente as IFRS foi descartada por Seidman.

Big Four e Qualidade

As empresas que possuem como auditor uma das Big Four são mais prováveis de fornecerem informações de melhor qualidade em demonstrações financeiras preparadas em IFRS, encontrou uma investigação independente.

Uma pesquisa da Cass Business School também descobriu que a alta qualidade elaboração de relatórios financeiros são mais propensos a serem observadas nas empresas que operam em países com regimes regulatórios mais fortes.

Fonte: Aqui

Consulta: 25 centavos

Todos os domingos, depois do almoço, o búlgaro Ivailo Dimov sai do Brooklyn em direção à Union Square, em Manhattan, arma sua cadeira de acampamento azul e pelas cinco horas seguintes segura uma placa que diz: “Conselhos. 25 cents.” Dimov não é padre, terapeuta, nem sequer um velho sábio. É um homem de 35 anos, estatura mediana e um sorriso amigável que combina com suas bochechas cheinhas. Trabalha no mercado financeiro em Wall Street, mas nunca é perguntado sobre bolsas e ações. Num domingo recente, entre as dezenas de pessoas que o procuraram, ele atendeu um homem sofrendo de amor, uma mulher endividada, um escritor em crise existencial, dois alunos inseguros sobre a vida escolar e um jovem com o polegar cortado que fugia da namorada.

Era o início da tarde e o furacão Sandy estava previsto para chegar a Nova York no dia seguinte. Mesmo que o vento já quase levasse embora sua peruca black power de Halloween, Dimov decidiu manter o serviço que presta desde setembro, o Advice4Quarter. Três amigos o acompanharam nesse dia na missão de vender conselhos a desconhecidos. Não podiam deixar os nova-iorquinos na mão num momento de crise.

A Union Square é uma espécie de teatro popular ao ar livre, mas nesse dia estava vazia por causa da tormenta iminente. Toda a fauna de obsessivos, loucos, pedintes, performáticos e transeuntes que povoa a praça parecia diluída na multidão no mercado em frente, comprando comida para estocar em casa. Do lado de fora, um jovem se acercou do grupo e perguntou se os conselhos deveriam ser sobre coisas específicas ou gerais. Ele então jogou uma moeda de 25 centsno chapéu e pediu um conselho qualquer. Um dos conselheiros, chamado Will, lhe perguntou se ele já estava preparado para a tormenta, se comprara comida e baterias. Sim, o rapaz já fizera isso. E como iria trabalhar no dia seguinte? O metrô estaria fechado. “Ah, esse foi um bom conselho de verdade. Não tinha pensado nisso”, disse o rapaz, antes de seguir seu caminho.

Brian, um estudante de medicina da Universidade de Nova York, loiro e magricela, passava por ali em direção ao East Village, onde se refugiaria na casa de um amigo. Mas não fugia da tormenta, e sim da namorada. Ela só tem 19 anos – um a menos que ele. Nas palavras do rapaz, ela está sempre depressiva e é muito carente. Na noite anterior, Brian tentara terminar a relação, mas a garota ameaçou se cortar com um estilete caso ele não voltasse atrás. Ao tentar tirar o objeto da mão dela, acabou com o polegar direito cortado. Vendo que a ameaça era séria, decidiu ficar até ela dormir, quando correu para casa. Na manhã seguinte, ela estava na porta do prédio dele aos berros. Ao fugir novamente em direção à casa de um amigo, Brian viu o grupo com os cartazes anunciando conselhos. Ainda com o dedo sangrando, afobado e perturbado, contou a Ivailo Dimov sua história.

Dimov se mudou da Bulgária para os Estados Unidos há dez anos, quando foi estudar física no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Boston. Ali ouviu pela primeira vez sobre estudantes que vendiam conselhos na Harvard Square inspirados na personagem Lucy, dos quadrinhos do Charlie Brown, que cobrava nada mais que 5 cents por suas opiniões. Dimov tinha o desejo de comprar um baixo, mas era estudante e com pouco dinheiro. “Paguei os 5 cents a um daqueles conselheiros e me convenci que deveria comprar o baixo”, disse. Ele aprendeu a tocar o instrumento, mas o perdeu na mudança, quando foi estudar na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, onde se formou Ph.D. em física.

Dimov estima que 10% das pessoas que falam com ele só querem saber o propósito do serviço. A maioria quer se divertir e pergunta coisas circunstanciais, eleitas no momento. Naquele dia uma moça quis saber se sua calça jeans nova a deixava bem. Jodi Samsom, uma mulher elegantemente vestida que descobriu o Advice4Quarter pelo Facebook e ajudava Dimov no serviço, respondeu à dúvida, como se fosse uma amiga fofocando no banheiro: “Ah, sabe o quê? Na verdade ela deixa sua bunda um pouco achatada.” Se ouvisse isso de uma amiga, a mulher poderia pensar que a opinião era tendenciosa. Vindo de uma desconhecida, o palpite – ou conselho – não está sujeito a esse tipo de constrangimento.

No domingo seguinte à tormenta, muitas árvores tombadas ainda não haviam sido retiradas das ruas e parte da Union Square estava fechada pela polícia. Dimov montou as cadeiras em uma esquina mais isolada. Com o serviço de metrô restabelecido, oito amigos puderam acompanhá-lo. Nenhum deles era amigo íntimo de Dimov, mas sim gente que fora aconselhada em algum dia e quis voltar, mas para o outro lado do balcão. Para Dimov, dar conselhos é uma habilidade universal.

Num dia movimentado, ele e seus amigos chegam a aconselhar 100 pessoas, o que somou 25 dólares, usados para comprar as cadeiras de acampamento, placas novas, chá e café para os conselheiros. Sua ambição, porém, não é criar um negócio, e sim um movimento como o Free Hugs,que espalhou pelo mundo a ideia de abraçar desconhecidos na rua. “Somos 8 milhões numa pequena ilha e a maioria não tem com quem conversar. Essa é a proposta do Advice4Quarter”, explicou.

Quem não gosta do conselho pode ter sua moeda de volta. Uma vez um homem de passagem lhe disse: “Eu faço a mesma coisa que você para viver, só que cobro 250 dólares por hora e não devolvo o dinheiro se eles não gostarem.”

O caso de Brian bem poderia ser encaminhado a um divã, mas ele se contentou com o que ouviu na rua. Em troca de 25 cents, escutou que naquela situação não era errado ser um pouco egoísta e cuidar primeiro da própria segurança. Ele ficou alguns segundos assentindo com a cabeça. E então disse: “Isso é exatamente o que vou fazer.”

Por Carol Pires, aqui.

22 janeiro 2013

Fórum Econômico Mundial

O fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, apresentou hoje a abertura oficial da edição 2013 cujo tema é Dinamismo Resiliente. “O centro das discussões deve ser a recuperação ainda lenta da economia em países desenvolvidos como os da União Europeia. Ainda será alvo de debates o limite de endividamento do governo americano - questão que ainda está por se resolver e afetará o grau de incentivo que o atual presidente reeleito Barack Obama dará à economia de seu país. [...] Ainda na agenda estarão os números mais fracos de crescimento da economia chinesa e as medidas de incentivo anunciadas nesta terça pelo governo japonês.”

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, são alguns dos chefes de Estado que estarão presentes. O presidente Banco Central, Alexandre Tombini, vai representar a presidente Dilma Rousseff. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o subsecretário do Itamaraty para Assuntos Econômicos e Financeiros, Valdemar Carneiro Leal, o representante permanente do Brasil na Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, e a presidente da Petrobras, Graça Foster, também confirmaram presença.

Fórum Econômico Mundial: Crystal Awards

O Fórum Econômico Mundial iniciou nesta terça-feira o seu encontro anual em Davos com a entrega dos prêmios Cristal para a atriz sul-africana Charlize Theron, para o artista plástico brasileiro Vik Muniz e para a cineasta paquistanesa Sharmeen Obaid Chinoy por seu trabalho social.

Os três premiados usam seu trabalho e seus nomes para dar a palavra aos que não têm voz em seus respectivos países e tentar mudar as coisas, lembraram os organizadores.

"Temos que ter uma visão se quisermos ser líderes", disse o fundador do fórum, o professor Klaus Schwab na abertura desta 43ª edição do evento anual reunindo os principais nomes da economia e da política na estação de inverno suíça, que terminará no domingo.

A atriz sul-africana, visivelmente emocionada com o prêmio, promove um projeto para erradicar a Aids entre os jovens no continente africano, o mais atingido pela pandemia.

"Não é tarde demais para mudar o futuro", lembrou a protagonista do filme "Monster - Desejo Assassino" (2003), que valeu a ela um Oscar de melhor atriz.

O mesmo sentimento move o artista plástico brasileiro. "Como pessoa, muitas vezes me disseram que não podia viver das ideias ou da criatividade e, como artista, me disseram que as ideias artísticas não levam a mudanças sociais", lembrou Vik Muniz com sarcasmo diante da plateia, que tinha entre outros os príncipes herdeiros da Bélgica.


O artista brasileiro Vicente José de Oliveira Muniz, é o autor de um projeto artístico, mostrado no documentário "Lixo extraordinário", realizado durante três anos com catadores de lixo do lixão de Jardim Gramacho.

Com o lixo recolhido, os catadores prepararam instalações artísticas, mudando o conceito que tinham de si mesmos e, consequentemente, suas vidas.

Já a documentarista paquistanesa Sharmeen Obaid Chinoy considera que o cinema dá a oportunidade para que as pessoas tenham as duas vozes ouvidas.

De acordo com um relatório da organização não-governamental Oxfam publicado em ocasião do Fórum, os rendimentos líquidos das 100 pessoas mais ricas do planeta chegavam em 2012 a 240 bilhões de dólares, o que bastaria para erradicar quatro vezes a extrema pobreza.

Com o lema "O custo da desigualdade: como a riqueza e os ganhos extremos prejudicam a todos nós", a organização exorta os líderes mundiais a limitarem os seus ganhos e se comprometerem a reduzir as desigualdades ao nível de 1990.


Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Os livros de Lance Armstrong foram colocados na seção de ficção de uma livraria australiana.

Lucro Abrangente e Volatilidade


Uma das regras mais importantes na teoria contábil é que as receitas e as despesas devem passar pelo resultado. Isto deve incluir desde as operações com mercadorias até os efeitos dos resultados com os títulos e valores mobiliários. Isto irá assegurar que o resultado da empresa reflete todas as operações que foram realizadas num determinado exercício.

Entretanto, existem alguns eventos que podem ter um profundo efeito sobre o resultado de uma empresa, mas que possuem características peculiares das operações típicas. Geralmente eles não dependem da empresa, fugindo do controle da administração. É o caso, por exemplo, dos efeitos da conversão das informações contábeis, que dependem da taxa de câmbio. Assim, o desempenho de uma empresa pode ser afetado pela mudança na conversão de uma moeda estrangeira para o real.

Os reguladores começaram a pensar que estes eventos não deveriam aparecer no resultado da empresa. Isto contraria, é verdade, a regra que os teóricos defendem. Mas os defensores da ideia de expurgar algumas operações da DRE argumentam que o resultado ficaria menos volátil, ou seja, apresentaria menos variação ao longo do tempo.

Assim, os reguladores optaram por excluir algumas operações da demonstração do resultado, mas obrigar as empresas a apresentar em separado a informação com o lucro que abrangesse todas as operações. Em razão disto, esta informação ficou conhecida como demonstração do lucro abrangente.

Se os reguladores estiverem corretos, a diferença entre o lucro líquido e o lucro abrangente deveria ser significativa. Existem várias formas de verificar esta diferença. Três pesquisadores da UFMG, com uma amostra de 21 empresas brasileiras no período de 2003 a 2007, usaram o teste t. A pesquisa encontrou que realmente o lucro abrangente é mais abrangente que o lucro líquido. Mas o teste t não apresentou diferença significativa. Em outras palavras, não podemos dizer que para estas empresas o lucro abrangente é mais volátil.

O artigo somente agora foi publicado e será instigante que outros pesquisadores possam reproduzir a pesquisa, com uma amostra maior, talvez usando o teste prévio de normalidade da amostra e quem sabe um teste de diferença de variância, muito mais adequado que o teste de médias usado.

De qualquer forma, a discussão pode trazer contribuições expressivas sobre o argumento de que devemos censurar certas transações da nossa DRE.

Para ler mais:
PINHEIRO, Laura; MACEDO, Rodney; VILAMAIOR, Adriana. LucroLíquido versus Lucro Abrangente: uma Análise empírica da volatilidade. Revista Universo Contábil.  Furb, v. 8, n. 4, p. 6-18, out/dez, 2012. 

Fonte da Figura: Aqui

Receita Federal

A Receita Federal divulgou que em 2012 foram lançados créditos tributários no valor de 115 bilhões de reais, que corresponde a 2,6% do PIB.
O resultado foi obtido após 17.835 procedimentos de auditoria externa e 280.664 de revisão interna de declarações de pessoas físicas, jurídicas e do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).
O destaque foram os grandes contribuintes, com 87 bilhões de autuações.
De acordo com o subsecretário, a Receita registrou melhora na produtividade. O valor médio do crédito tributário lançado por procedimento de fiscalização externa aumentou 45,4%, para R$ 6,2 milhões. O valor médio para operações de revisão de declaração cresceu 43,3%, para R$ 22,6 mil. E o valor médio de crédito tributário lançado por auditor teve alta de 7,6%, para R$ 30,7 milhões.
Mais adiante:
o Fisco pretende implantar ao logo deste ano o sistema de malha fina para as empresas. O foco do novo sistema estará voltado para as pequenas e médias empresas. As grandes empresas já contam com um acompanhamento diferenciado do Fisco.A expectativa da Receita, segundo o subsecretário, é que, com a malha, o número de revisões das declarações de pessoa jurídicas suba de 3 mil para 20 mil a 30 mil. 
Em outro texto:
Em 27% das fiscalizações encerradas, segundo a Receita, os auditores identificaram a prática de fraude, simulação ou conluio, o que configura em tese crime contra a ordem tributária ou contra a Previdência Social. 
Desenho: Aqui 

ATT

A operadora americana ATT vai registrar uma baixa contábil de US$ 10 bilhões em seu balanço do quarto trimestre por conta de mudanças relacionadas a seus planos de pensão e de benefícios pós-aposentadoria. A informação foi divulgada pela própria companhia.

A gigante de telecomunicações provisionou muitos passivos de aposentadoria relacionados a anos de história da companhia. Essas obrigações tendem a aumentar em um ambiente de taxas de juro mais baixas porque o valor presente desses pagamentos futuros aumenta.

De acordo com um documento enviado à Securities and Exchange Commission (SEC), entidade reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos, a ATT reduziu sua taxa de desconto para 4,3%, em relação aos 5,3% do fim de 2011. A mudança acarretou uma perda de US$ 12 bilhões. As taxas de desconto são usadas para calcular o valor atual de um conjunto de dívidas e responsabilidades das empresas no futuro. Taxas mais baixas significam responsabilidades mais elevadas.

Um ganho de US$ 1,9 bilhão sobre a taxa de retorno assumida para os ativos dos planos de benefícios, de 8,25%, ajudou a compensar parte dessa perda. A AT&T acrescentou que diminuirá a taxa de retorno para 7,75%, citando a "contínua incerteza nos mercados de títulos e na economia americana em 2013".

A companhia teve outros ganhos de US $ 100 milhões e informou que o lucro operacional seria cortado em US$ 175 milhões por conta de danos causados por tempestades, incluindo o furacão Sandy. A ATT vai anunciar seus resultados na quinta-feira.

Na semana passada, a Verizon também alertou que poderia ter de registrar baixas de até US$ 10 bilhões no quarto trimestre por razões semelhantes às da ATT. Desse total, entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões estariam relacionados a ajustes em planos de pensão. O restante foi indicado pela companhia como consequência de custos provocados pelo furacão Sandy e de dívidas e itens relacionados.


ATT registra baixa contábil de US$ 10 bi - 21 de Janeiro de 2013 - Thomas Gryta | Dow Jones Newswires (via Valor Econômico)

La Coruña

Um dos clubes mais tradicionais da Espanha, o Deportivo La Coruña, admite estar quebrado e pediu concordata. É o oitavo clube do país a falir desde o início da crise econômica em 2008, escancarando uma realidade radicalmente diferente da que vivem Real Madrid e Barcelona, que nesta semana dominaram a festa de gala da Fifa e mostraram que são a base de uma seleção mundial.

O La Coruña entrou com o pedido de concordata na Justiça quinta-feira à noite, medida que o protege por enquanto de uma falência total e exige que os credores entrem em negociação em relação a uma dívida que o clube tem de mais de US$ 130 milhões - cerca de R$ 263 milhões. Só ao fisco espanhol deve aproximadamente US$ 49 milhões (R$ 99 milhões).

Se um acordo não for alcançado, o clube que já teve Bebeto, Mauro Silva, Djalminha e Rivaldo como astros, poderá ter de suspender suas atividades, reabrir o time com um novo nome e começar da Quarta Divisão.

Em novembro a Justiça confiscou toda a receita de tevê do clube como forma de pagamento por seus impostos atrasados.

A situação financeira expõe a decadência de um clube que até há pouco tempo disputava títulos. O La Coruña foi um dos três times da Espanha a furar o controle total do Barça e Real Madrid entre os vencedores da Liga Espanhola nos últimos 20 anos (os outros foram Atlético de Madrid e Valencia). O título dos galegos veio na temporada 1999/2000.

O clube não conseguiu patrocinadores para bancar o time, realidade que também ameaça outros clubes. Em toda a Espanha, 15 dos 40 clubes das duas primeiras divisões estão em sérias dificuldades financeiras.

Oito deles, entre eles o Zaragoza, admitiram estar quebrados e recorreram à Justiça. O La Coruña é o primeiro caso entre os clubes de elite. E o próximo pode ser o Espanyol, de Barcelona, que já vem atrasando o salário de seus funcionários.

Por anos os clubes conseguiram se manter graças a empréstimos de bancos, patrocínios de empresas e até a ajuda do Estado. Mas com 25% de desemprego no país e uma recessão na economia, a Espanha ainda não vê uma luz no final do túnel para sua crise. O resultado é que o apoio financeiro aos clubes desabou e todo o modelo econômico foi colocado em questão.

Desequilíbrio. Segunda-feira, na festa de Gala da Fifa, a Espanha dominou a premiação. Mas não conseguiu disfarçar o mal-estar diante do fato de todos os craques jogarem para apenas dois clubes. Times menores insistem que enquanto o Real e o Barça mantiverem a maior parte dos recursos da Liga estarão enfraquecendo o campeonato.

A Federação Espanhola foi obrigada a criar um fundo de resgate para ajudar clubes a pagar salários atrasados de jogadores, já que muitos sequer podem pegar empréstimos nos bancos locais por estarem com seus nomes "sujos". Segundo a própria federação, o buraco nas contas dos clubes já chega a 3,5 bilhões (R$ 9,4 bilhões).

Com dívida gigantesca, Deportivo La Coruña vai à falência na Espanha - AMIL CHADE - O Estado de S. Paulo

Namoro nos tempos modernos

"Eu serei sua namorada no Facebook por uma semana. Colocarei seu nome no meu status de relacionamento e deixarei comentários na sua timeline." A proposta, que aparece no site americano Girlfriendhire, é de uma garota que se identifica como Isabell. O preço: US$ 5. Isabell nunca verá a pessoa ao vivo. O que ela vende é apenas a permissão ao usuário da rede social que deseja, por alguma razão, estar "em um relacionamento sério com Isabell".

Esse tipo de serviço, em que pessoas supostamente reais se passam por companheiras falsas, tornou-se a principal bandeira do site brasileiro Namoro Fake, lançado há cerca de 20 dias. Amplamente noticiado nesta semana, no Brasil e em veículos americanos, como o blog de tecnologia Mashable e a TV CNBC, a página vendia pacotes para quem quer simular, via Facebook, algum relacionamento. Os perfis das garotas, porém, eram falsos. "São personagens", dizia o site.(...)

O Namoro Fake exibe quatro planos de aluguel de namorada falsa, cujos preços variam de acordo com o grau de relacionamento e o tempo da simulação. A mais barata é a "ficante" de três dias, que faz três comentários no seu perfil no Facebook por R$ 10. A mais cara, de R$ 100, é a "namorada virtual". Com essa última, o usuário finge ter um relacionamento sério por 30 dias e garante 30 comentários da "namorada". E ele mesmo define o texto que ela vai publicar. (...)


Namoro falso no Facebook vira negócio - 18 de janeiro de 2013 - Nayara Fraga, de O Estado de S. Paulo

Caterpillar

A empresa Caterpillar anunciou que irá amortizar 580 milhões de dólares referente a compra fracassada de uma empresa na China. Depois que fez a aquisição, a Caterpillar descobriu que o inventário real era diferente do inventário existente "nos livros".

Segundo o sítio Quartz os problemas com o capitalismo chinês podem ocorrer por algumas razões. Em primeiro lugar, muitos chineses precisam de obter moeda estrangeira, que o governo restringe fortemente. A segunda razão é a corrida pela riqueza. Terceiro, a China não está muito disposta a ajudar os reguladores de outros países.

21 janeiro 2013

Rir é o melhor remédio

As tirinhas do Vida de Programador são ótimas. Quatro exemplos a seguir:




História da Contabilidade: 1967

Ao analisarmos um jornal de 1967 percebemos algumas coisas interessantes. Usando o jornal Estado de S Paulo de 3 de setembro de 1967, podemos notar o seguinte:

Balanço - As demonstrações contábeis ainda eram um pouco divergentes com as atuais. O jornal apresenta as demonstrações da Casa Anglo Brasileira S/A, que no dia 24 de agosto teve uma reunião de diretoria aprovando os resultados e a distribuição de dividendos:
No balanço da empresa é possível notar que as contas do ativo não respeitam a atual estrutura de liquidez. O ativo começa com o imobilizado, seguido dos grupos Realizável a Longo Prazo, Realizável a Curto Prazo (que inclui Estoques e Clientes), Disponível, Contas de Resultados Pendentes (que corresponde as despesas antecipadas) e a famigerada Contas de Compensação. 
Do lado do passivo (era assim denominado o lado direito do que atualmente conhecemos como passivo e patrimônio líquido) a ordem também era diferente da atual. Começava com um grupo denominado Não Exigível, que incluía o Capital Realizado, as Reservas (Legal, Geral, Manutenção do Capital de Giro Próprio, de Correção Monetária) e Lucros e Perdas. Mas também incluía a Provisão para Devedores Duvidosos, Fundos de Indenização Trabalhista, Fundo de Depreciações e Fundo de Depreciações com Correção Monetária. Tudo isto fazia parte do Não Exigível  Depois disto, em outro grande grupo denominado Exigível a Curto Prazo, temos as Contas Correntes, Responsabilidades a Pagar, Fornecedores e Dividendos a Distribuir. O grupo seguinte é composto de Contas de Resultados Pendentes. Fechando o ciclo, as Contas de Compensação. 

Em lugar da Demonstração do Resultado, a empresa apresentava a Demonstração da conta Lucros e Perdas, com os valores de débito e os de crédito. Fazia parte da conta a distribuição do lucro:


Logo após, o Parecer dos Auditores, elaborado pela Boucinhas & Campos. O parecer fala em "princípios de contabilidade geralmente aceitos, aplicados em bases consistentes com as do período anterior". 


Mercado de Trabalho - Uma análise dos classificados mostra que a modernização da contabilidade está presente. Entretanto, ainda era considerado um requisito importante do profissional a caligrafia:
O terceiro anúncio da figura acima é interessante, pois pede um profissional com prática no sistema Front-Feed e com boa letra. 

Custos - Apesar dos elevados índices inflacionários daquele momento, a presença de empresas multinacionais incentiva a contabilidade de custos. Entretanto, esta não é considerada uma atividade típica do profissional da época e sim do economista ou administrador. Veja os seguintes anúncios:

O primeiro pede um economista ou administrador de empresas para trabalhar no setor de Custo Padrão da Alcan. O segundo, um economista ou engenheiro, mas com curso técnico em contabilidade e que tenha experiência em custo mecanizado. 

Mulheres - A presença das mulheres ocorre em cursos específicos para este segmento

ou através de vagas exclusivas para as damas