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21 janeiro 2011

Links

Previsões para 2011: inclui a compra do Facebook pela Apple 

A tragédia do Rio e a falta de transparência nas doações 

O banheiro de Gaspin, ex-executivo da NBC, que custou 200 mil dólares 

Visita a fábrica de guitarras Fender em 1959: observem o processo de produção  

Capa da Time e o mercado acionário 

A crise dos blogs: aumenta o número de pessoas que desistem de blogar 

Finanças pessoais: uma entrevista interessante com o ex-tenista Boris Becker 

Universidades 2


Mas observe que o gráfico mostra que a produção científica dos Estados Unidos na área de economia tem-se reduzido com o passar do tempo.

Universidades



O gráfico mostra a distribuição dos prêmios Nobeis em ciências pelos países. Os Estados Unidos ganharam 209 prêmios, bem acima da Alemanha (com menos de 80) e Inglaterra. Mas observe que o quarto colocado é a Universidade de Harvard, que possui mais prêmios que a França. Cambridge, com mais de vinte prêmios, tem está na frente da Rússia. A explicação deste desempenho está na segunda figura, que mostra que Harvard possui um orçamento de 25 bilhões de dólares.

Para se ter uma idéia, somente o orçamento de Harvard corresponde a 60% do orçamento total do Ministério da Educação e Cultura.

Carro elétrico

A BBC, querendo promover o carro elétrico, promoveu uma viagem de Londres a Edimburgo. O tempo da viagem foi de quatro dias, com nove paradas de dez horas para recarregar as baterias do Mini elétrico. Na década de 1830 uma diligência fazia o mesmo percurso na metade do tempo, com cinqüenta paradas para mudar os cavalos, cada parada com tempo de dois minutos.

Casa de Banqueiro

O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, que controlava o Banco Santos, foi despejado da casa em que morava no Morumbi, na zona sul de São Paulo. Ele não pagava o aluguel mensal de R$ 20 mil desde 2004. A dívida já alcançara R$ 1,727 milhão. (Ex-dono do Banco Santos é despejado de casa do Morumbi por dever aluguel – Mário César Carvalho – Folha de São Paulo)

O incrível é a lentidão da justiça nestes casos. E a notícia comprova isto duplamente. Em primeiro lugar, o longo tempo em que ele não pagava aluguel (desde 2004) e somente agora, sete anos depois, foi executado. Em segundo lugar, a gestão da massa falida, que leva anos para finalizar o processo.

Melhores empresas para se trabalhar

A revista Fortune divulgou a lista das melhores empresas para se trabalhar. Entre as empresas de contabilidade, uma surpresa: Plante & Moran ocupou a 26ª. posição. Deloitte, em 63ª., Price em 73ª. , Ernst em 77ª e KPMB em 86ª. também estão na lista.

A Plante & Moran é uma pequena empresa, com 1.478 empregados (compare com os 38.493 da Deloitte, os 28.168 da Price, os 23.102 da Ernst ou os 19.892 da KPMG). Uma informação importante é que a Plante não paga maiores salários. Pelo contrário. Enquanto um assessor de auditoria recebe 64,3 mil dólares na Plante, um administrador da Ernst ganha 102,6 mil dólares.


 

20 janeiro 2011

Rir é o melhor remédio


A agonia de ficar ao lado de quem não entende de computador

Teste 414

A falecida esposa de Charles Munger, principal assessor de Warren Buffett, deixou como herança 25 ações da Berkshire Hathaway para a Henry E Huntington Library & Art Gallery. Lembrando que uma das características da empresa Berkshire é não fazer split das ações, o valor aproximado da doação é de:

3 dólares
3 mil dólares
3 milhões de dólares


 

Resposta do anterior: O imposto sobre alma é criação de Pedro, da Rússia, que não acreditava em almas; o imposto sobre tatuagem é cobrado no Arkansas desde 2005; o imposto sobre vendas de substâncias ilegais foi cobrado no Tennessee entre 2005 a 2009. Fonte: aqui

Links

A solução do Fasb para Repo irá funcionar?

Como explicar o sucesso de Freakonomics?

Como explicar o APT?

As partes valem mais que o todo?

O Twitter pode ser usado para especular no mercado? O caso do rapper

Quais os melhores salários no futebol?

Um estrangeiro entende o conceito de "motel" brasileiro?

Quais foram as principais multas e acordos da CVM?

Por que a DRE termina no lucro líquido e não no lucro operacional?

O lucro operacional é o resultado obtido pela entidade, antes da distribuição da remuneração do capital de terceiros (despesas financeiras) e capital próprio. Se estivermos interessados no resultado da entidade, o lucro operacional é a parte mais importante da demonstração do resultado do exercício. Entretanto, as pessoas não olham o lucro operacional e sim o lucro líquido. Qual seria a explicação para isto?

Duas respostas que se complementam. Em primeiro lugar é importante relembrar que quando o método das partidas dobradas foi divulgado por Pacioli a principal finalidade era apurar o resultado do empreendimento. Como na época o financiamento por terceiros não era tão relevante, isto significava determinar o resultado do proprietário. Devemos lembrar que o contador era um empregado do dono do negócio e seu trabalho era considerado um segredo. Assim, por tradição, a apuração do lucro líquido tem sido mais relevante que o lucro operacional por séculos. Mudar isto leva muito tempo.

Em segundo lugar o lucro operacional é mais controverso que o lucro líquido. Devemos incluir ou não as receitas financeiras? E os resultados de atividades não recorrentes? Tanto é assim que modernamente tem-se enfatizado mais a dicotomia resultado recorrente versus não recorrente. No Brasil especificamente tivemos uma "contribuição" da Lei 6404, que considerava como parte do lucro operacional as despesas financeiras. Isto tornou difícil considerar o lucro operacional uma medida confiável. Além disto, convencer as pessoas que o lucro operacional não deveria incluir as despesas financeiras é mais difícil ainda.

Condorsement

O Financial Times (2011 is the year of accounting 'condorsement,' Fitch says; Tracy Alloway, 19 jan 2011) discute a questão da convergência contábil. Lembrando que em 2011 países como Canadá, Coréia e Índia devem implementar as IFRS, o Financial Times afirma que o relevante é a questão "Estados Unidos".

Questões importantes, como a contabilidade de valor justo, ainda provocam sérias divergências entre o Fasb e o Iasb. Mas a Fitch Ratings acredita num meio termo. Segundo um relatório publicado na terça-feira, a Fitch de dois aspectos favoráveis a convergência dos Estados Unidos. Primeiro, existe uma boa vontade dos Estados Unidos em adotar as IFRS e isto incluiria a possibilidade de empresas estrangeiras com ações negociadas na bolsa naquele país usarem as normas internacionais. A própria SEC tem defendido a convergência há anos. O segundo aspecto diz respeito à importante participação dos Estados Unidos no Iasb: quatro membros da diretoria do IASB e cinco membros do conselho de administração, de um total de 15 e 17 membros, são representantes estadunidenses.

Para resolver o problema da convergência do maior mercado acionário do mundo existe a palavra condorsement, junção de convergência (convergence) e aprovação (endorsement). Na prática isto significaria preservar os US GAAP e a IFRS ao longo do tempo, enquanto a convergência ocorre ao longo do tempo. Depois da convergência, o Fasb aprovaria um a um as IFRS, num processo semelhante ao da Comunidade Européia e do CPC, no Brasil. Isto manteria um controle dos padrões que seria adotados nos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo que no longo prazo os Estados Unidos poderão estar convergentes, ao manter uma forte participação no Iasb preserva a qualidade das normas.

Distribuição da GS

O Goldman Sachs informou que pagou 15,38 bilhões de dólares em compensações e benefícios aos funcionários em 2010. Apesar deste valor significar uma redução de 5% em relação ao ano anterior, o valor representa 39,3% da receita, um dos menores valores da sua história. Por empregado, segundo informação do Wall Street Journal, isto representa quase 500 mil dólares, uma redução de 14% quando se compara com 2009. Entretanto, o valor médio, como qualquer média, deve ser tomado com cuidado: afinal, os 475 partners devem receber milhões de dólares.

Apesar da redução, a BBC lembra que o lucro também caiu (38%), assim como as receitas (13%). O anúncio do Goldman poderá provocar uma reação em outras instituições financeiras, que serão pressionadas a remunerar melhor seus executivos.

Entretanto, o Wall Street Journal critica a transparência do resultado da instituição. O jornal compara o Goldman com o Morgan: enquanto as informações contábeis do Goldman somam 15 páginas, a do Morgan chega a 23 páginas, com mais detalhes sobre a receita regional, o setor de crédito corporativo, por exemplo.

Caixa da Apple


Ao final do quarto trimestre de 2010 a Apple tinha em caixa e equivalentes 10 bilhões de dólares. Somando a este valor as aplicações de curto prazo e de longo prazo tem-se 60 bilhões de dólares disponíveis para investimentos futuros. Em relação ao final de 2009 ocorreu um acréscimo de 20 bilhões de dólares (figura). Neste ritmo, ao final de 2011 a Apple poderá ter 100 bilhões de dólares. Na realidade, como o acréscimo de recursos aumentou nos últimos trimestres, talvez a empresa atinja esta marca antes do final do ano.

Os 60 bilhões em caixa, equivalentes e aplicações financeiras são superiores ao valor de mercado de empresas como Visa (60 bilhões), Boeing (53 bilhões), Nike (40 bilhões) e Nokia (40 bilhões).

O valor levanta a questão: a empresa deve fazer distribuição do dinheiro para os acionistas? Afinal 60 bilhões é muito dinheiro, acima das necessidades para investimento da empresa.

Isto depende do cenário futuro da empresa. Se os recursos forem aplicados e gerarem um acréscimo de valor na empresa, é coerente a retenção do dinheiro. Entretanto, dinheiro parado ou com rentabilidade reduzida pode implicar, no médio prazo, na destruição do valor. Veja a posição de Damodaran aqui.

Fatos sobre o Brasil

O índice de desenvolvimento humano da ONU, que mede os padrões de vida com fatores como acesso à educação e saúde, do Complexo do Alemão é próximo ao do Gabão, um dos mais baixos da escala, Em comparação, o índice de desenvolvimento de bairros de luxo do Rio como Gávea e Leblon são maiores do que o da Noruega, o topo no ranking dos países. (via Marginal Revolution)

19 janeiro 2011

Lançamento

Rir é o melhor remédio


Redução de custo

Teste 413

Os governos são inventidos quando o assunto é criar impostos. Da lista abaixo, diga qual situação não é verdadeira:

Imposto sobre Alma - Mesmo se você não acredita na existência da alma, você deveria pagar
Imposto sobre tatuagem
Imposto sobre vendas de substâncias ilegais


 

Resposta do Anterior: 100 libras por dois autores em dez anos. Isto significa dizer que para cada ano de trabalho os autores pagaram 5 libras esterlinas. Fonte: Aqui

Por que falamos “estou em débito com você”?

Em contabilidade, a palavra débito corresponde a um termo neutro. Quando uma empresa compra uma mercadoria, debita estoques e credita bancos, indicando que uma aplicação dos recursos em estoques. Quando se paga uma dívida com o banco, debita empréstimos e credita bancos, mostrando que recursos foram destinados a redução da dívida. Se a empresa obteve receita, debita bancos e credita receita, indicando que valores apareceram na conta corrente da empresa em razão das receitas geradas. Assim, no método das partidas dobradas, o termo é uso de uma maneira neutra, referindo o destino dos recursos. (Para uma explicação mais detalhada, vide o livro de minha co-autoria "Contabilidade Básica".)

Entretanto no senso popular é comum as pessoas falarem: "estou em débito com você". Neste caso, indica que estaria em dívida com alguém. O sentido do termo débito é negativo na linguagem popular. Qual a razão para que isto ocorra?

O dicionário registra que a origem do termo deve-se ao latim debitum que corresponde a uma dívida especial de dinheiro. Do latim existe a palavra debere que corresponde a dever, estar obrigado a alguma coisa. O Houaiss informa que o termo aparece na língua portuguesa em 1485, nove anos antes da publicação do livro de Luca Pacioli. Isto indicaria que o termo já existia antes de ser incorporado pela contabilidade. Assim, talvez o problema esteja no fato da contabilidade ter usado uma palavra errada para referir-se a destino.

Mas o fato de ainda hoje permanecer usando "débito" com o sentido negativo pode ter uma explicação. As pessoas geralmente usam conta corrente numa instituição financeira. Quando um banco retira dinheiro da conta corrente do cliente, em virtude de um pagamento feito com um cheque, aparece no extrato um débito. Observe que neste caso o banco está informando a transação sob sua ótica: saiu dinheiro da conta corrente do cliente e conseqüentemente saiu dinheiro do banco. Assim, as pessoas quando retiram seu extrato observam que ocorreu um "débito" quando o dinheiro saiu da sua conta, que é um evento negativo.

Links em Finanças Comportamentais

Escrever sobre as preocupações com as provas pode ajudar nas notas 


 

As fêmeas das borboletas podem tomar a iniciativa e o fator decisivo parece ser as condições em que eles cresceram como larvas 


 

Mulheres lésbicas recebem mais que mulheres heterosexuais e ninguém sabe explicar 


 

CEOS nervosos assumem menos riscos 


 

Radar na Suécia para os motoristas (via bilhete de loteria) para não dirigirem rápido demais 


 

Foreign Policy lista Thaler e Sendhil Mullainathan como pensadores do ano


 

A ginástica é contagiosa


 

O conceito de information cascade (próximo ao do efeito manada)


 

Procriar como um vício


 

A forma do pedido influencia na quantidade doada


 

Sete jovens economistas comportamentais 


 

Tabela periódica do irracional 


 

Fontes mais rebuscadas podem ajudar a reter mais informação 


 

A morte dos pais traz poucos efeitos cognitivos para os filhos 


 

As pessoas talvez não sejam avessas ao risco: Las Vegas 


 

A felicidade tem uma parcela genética 

Arte com livros



Fonte: aqui

O Valor do Chefe

Steve Jobs, da Apple, anunciou seu afastamento da empresa e, como conseqüência, as ações da empresa caíram 8,3%. Isto significa que o anúncio trouxe uma perda de 26,5 bilhões de dólares em valor da empresa. Como Jobs tem um salário de 1 dólar, isto mostraria que o trabalho do executivo na empresa é uma grande barganha para os acionistas.

Mas sabemos que nem todos os executivos trazem, na sua remuneração, um valor adequado para seu trabalho. Existem diversos exemplos de elevadas remunerações e baixo nível de retorno para os acionistas.

O blog Stumbling and Mumbling lembra uma forma interessante de mensurar se a remuneração dos executivos está superestimada ou subestimada: verificando como o mercado reagem quando aparece uma notícia súbita da morte do administrador. Recentemente, no Brasil, tivemos o caso do presidente da Copel, onde o mercado acionário trouxe um aumento na cotação das ações nos dias seguintes à notícia.

As pesquisas mostram que esta parece ser a regra geral. Ou seja, quando subitamente um executivo morre, ocorre uma valorização das ações. Mas o blog Stumbling and Mumbling lembra que este tipo de pesquisa deve ser considerado com ressalvas pois a amostra é reduzida e existem outras questões envolvidas.

Número da Internet

107 trilhões - O número de e-mails enviados pela Internet em 2010.

294 000 000 000 - número médio de mensagens de e-mail por dia.

1 880 000 000 - O número de usuários de e-mail em todo o mundo.

480 milhões - os novos usuários de e-mail desde o ano anterior.

89,1% - A proporção de e-mails que eram spam.

262 000 000 000 - O número de spams por dia (supondo que 89% são spam).

2 900 000 000 - O número de contas de e-mail em todo o mundo.

25% - Percentagem de contas de email que são corporativos.

Sites

255 milhões - O número de sites em dezembro de 2010.

21 400 000 - Novos sites em 2010.

Os nomes de domínio

88 800 000 - nomes de domínio .COM no final de 2010.

13 200 000 - nomes de domínio .NET no final de 2010.

8,6 milhões - nomes de domínio .ORG no final de 2010.

Usuários da Internet

1 970 000 000 - usuários da Internet no mundo inteiro (junho 2010).

14% - Aumento de usuários da Internet desde o ano anterior.

825 100 000 - Usuários da Internet na Ásia.

475 100 000 - Usuários da Internet na Europa.

266 200 000 - usuários de Internet na América do Norte.

204 700 000 - Usuários da Internet na América Latina / Caribe.

110 900 000 - Usuários da Internet na África.

63 200 000 - usuários de internet no Oriente Médio.

21 300 000 - usuários de Internet na Oceania / Austrália.

As mídias sociais

152 milhões - O número de blogs na internet.

25 000 000 000 - Número de tweets enviados no Twitter em 2010

100 milhões - Novas contas adicionadas no Twitter em 2010

175 000 000 - Pessoas no Twitter a partir de setembro 2010

7 700 000 - Pessoas seguintes @ ladygaga (Lady Gaga, a maior conta seguida no Twitter).

600 milhões - Pessoas no Facebook, no final de 2010.

250 milhões - Novas pessoas no Facebook, em 2010.

30 000 000 000 - Pedaços de conteúdo (links, notas, fotos, etc) compartilhada no Facebook por mês.

Vídeos

2 000 000 000 - O número de vídeos vistos por dia no YouTube.

35 - Horas de vídeos enviados ao YouTube a cada minuto.

84% - Percentagem de usuários da Internet que assistem vídeos on-line (EUA).

2 + bilhões - O número de vídeos vistos por mês no Facebook.

20 milhões - Os vídeos enviados ao Facebook por mês.

Imagens

5 000 000 000 - Fotos hospedado pelo Flickr (setembro 2010).

3 000 + - As fotos enviadas por minuto para o Flickr.


 

Fonte: aqui

UBS

O banco suíço UBS acredita que a primeira impressão é a que fica. Para seus funcionários, o UBS fez um código de 43 páginas sobre como se comportar. Isto inclui como seus funcionários devem vestir, preferindo roupas cinza escuro, azul, preto ou azul marinho. Para as mulheres, as saias devem chegar no joelho. Os homens devem guardar o terno de forma adequada para preservar o vinco e cortar regularmente o cabelo.

Além do que se deve fazer, o código inclui o que não fazer: comer alho e cebola, fumar, vestir camisas de manga curta, meias curtas que mostram a pele quando sentado, pintar o cabelo entre outras coisas.

Leia mais em Dress to Impress, UBS Tells Staff – Wall Street Journal – 14 dez 2010 – Elena Berton

Deloitte, CVM, Aracruz e o acordo

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu levar a julgamento a empresa de auditoria Deloitte Touche Tohmatsu e seu sócio e responsável técnico José Carlos Monteiro no caso ligado à perda de cerca de R$ 2 bilhões sofrida pela Aracruz Celulose em 2008, por causa de operações com derivativos cambiais.

O caso discute a responsabilidade dos envolvidos sobre o negócio que pôs em risco a própria sobrevivência da empresa e gerou prejuízo a seus acionistas. As operações escolhidas pela empresa eram mais baratas do que outras opções no mercado, mas dependia de estabilidade cambial. Com a crise de 2008 e a valorização súbita do dólar em relação ao real, a empresa teve perdas bilionárias.

Monteiro e a Deloitte, responsáveis pela auditoria das contas, tentaram um acordo com a autarquia para encerrar processo, sem presunção de culpa, mas tiveram sua proposta negada pelo comitê da CVM responsável por avaliar a questão. Ontem, a Deloitte esclareceu ter desistido da negociação por achar excessivo e desproporcional o valor sugerido pela autarquia. Disse ainda acreditar que seus procedimentos foram adequados e que levou em consideração exclusivamente o tempo e os custos advocatícios envolvidos na defesa para formular uma proposta. Monteiro e a Deloitte chegaram a oferecer R$ 150 mil e R$ 300 mil, respectivamente.

Mas o comitê inicialmente considerou os valores baixos, dado o "contexto em que se verificaram as infrações imputadas aos proponentes, a especial gravidade das condutas consideradas ilícitas e o histórico de ocorrências da empresa de auditoria". O comitê propôs então elevar os valores para R$ 800 mil a Monteiro e R$ 1,7 milhão à Deloitte. "A contraproposta financeira feita pela CVM foi considerada excessiva e desproporcional ao questionamento em si, razão pela qual decidimos não aceitá-la", disse a Deloitte em nota. A CVM então sorteou um relator para o caso, o que significa que a discussão segue para julgamento, ainda sem data marcada.

Deloitte vai a julgamento na CVM pelo caso Aracruz - Por Agência Estado

A CVM já sinalizou que irá endurecer com os problemas do mercado. A Deloitte, diante dos seguidos problemas, sabe que capitular agora poderá indicar que estaria disposta a aceitar multas maiores no outros casos que estava envolvida. Apesar da melhoria no papel da CVM, ainda é longo o tempo em que um processo leva para ser finalizado.

Fundo Partidário

O Fundo Partidário será, em 2011, de R$ 301 milhões. Isso porque, foi aprovado a nove dias do fim do ano o reforço de R$ 100 milhões. Deste valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União e R$ 36 milhões referentes à arrecadação de multas previstas na legislação eleitoral.

Mas, afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos partidos? Muito simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de campanha.

Evidentemente, R$ 300 milhões é um custo irrisório para a consolidação da democracia. No entanto, a questão é mais complexa. O fundo partidário é utilizado de forma pouco transparente e, algumas vezes, desviado dos propósitos originais de fortalecimento do partido.

Murillo Aragão – Brasil Econômico – 18 jan 2010

IFRS na Índia

Os jornais anunciaram que a Índia está pensando em não adotar as normas internacionais de contabilidade:

a Federação das Câmaras de Comércio e Indústria Indianas, um dos lobbies empresariais mais poderosos no país, pediu recentemente que a data de efetivação seja adiada, argumentando que o momento era "extremamente inviável e injusto".

Patentes na Universidade

(...) a maior participação das universidades [no registro de patentes] indica uma nova postura das instituições de ensino. "As universidades perceberam que poderiam ganhar dinheiro com as patentes, que antes eram registradas individualmente pelos próprios pesquisadores", diz [Ricardo Camargo Mendes, sócio da Prospectiva Consultoria].

Por outro lado, a perda de participação da iniciativa privada reflete retração da cultura inovadora no país. "A aversão a risco leva ao baixo número de patentes. Há poucas empresas que apostam no modelo de negócios baseado na inovação pura" afirma Mendes.

Universidades superam empresas em patentes - Paulo Justus – Brasil Econômico – 18 jan 2011-01-18

Observe que o número de patentes registradas no Brasil é, proporcionalmente ao tamanho da nossa economia, reduzido. Assim, um aumento, mesmo que reduzido, tende a gerar um efeito expressivo no valor total. Mas acrescento o texto outra justificativa em decorrência do período de tempo analisado (1992 a 2000 versus 2001 a 2009): o crescimento de entidades vinculadas as instituições de ensino, como as fundações de apoio, que trouxe uma visão mais empresarial para universidade (apesar do mau humor dos órgãos de controle e do judiciário.

18 janeiro 2011

Rir é o melhor remédio


Obituário: Novos Tempos

Por que o nome é “passivo”?

As obrigações de uma entidade são denominadas de "passivo". Mas na linguagem popular o termo "passivo" diz respeito a algo "sem ação". Certamente os credores da empresa estão longe de serem indiferentes ao que ocorre com o seu dinheiro. Outro significado do termo, derivado da filosofia, é "possuído pela paixão". Novamente é difícil imaginar uma instituição financeira ou um fornecedor apaixonado pela empresa.

Em gramática, o termo passivo aproxima-se da concepção original: refere-se de quem não pratica a ação do verbo. Observe que o termo já está mais próximo da concepção contábil: o governo não pratica a ação de gerir a empresa, mas as obrigações tributárias existem. Aqueles que emprestaram dinheiro para empresa, após aportarem os recursos, ficam pacientemente aguardando que a gestão da entidade faça bom uso do mesmo e possa, ao final do contrato, devolver os seus recursos. Agem assim de forma paciente, de maneira passiva, sem intrometer nos negócios da empresa.

A origem da palavra refere-se ao latim, conforme explica o dicionário Houaiss de "suscetível de paixão". Além disto, o verbo está associado ao "sofrer".

Desafios da Nova Contabilidade

Cinco desafios das novas regras de contabilidade

Dar valores a árvores, bois e outros "ativos vivos" é um dos desafios das empresas para adotar o padrão internacional, o IFRS

Olívia Alonso, iG São Paulo | 18/01/2011 05:15


 

Como medir o valor de uma árvore que está envelhecendo, ou de um bezerro que está engordando? O cálculo desses itens, que são chamados ativos biológicos, está entre os principais desafios do padrão internacional de contabilidade, o IFRS, que começa a ser obrigatório este ano para empresas brasileiras. Outros pontos que estão gerando discussões no momento, segundo especialistas, são contratos de construção imobiliária, bens de concessões do governo, instrumentos financeiros e os chamados ativos imobilizados, bens tangíveis que empresas necessitam para realizar suas atividades, como máquinas.

Das 100 maiores companhias brasileiras com ações em bolsa de valores, 28 já reportaram resultados referentes ao terceiro trimestre ou outros períodos de acordo com as novas normas, mesmo não sendo obrigatório ainda. Entre elas, estão Vale, Petrobras, Klabin, Cielo, OGX, Suzano e Net. A partir de agora, todas as empresas listadas em bolsa, ou que tenham faturamento superior a R$ 300 milhões (ou ativos que superem R$ 240 milhões), precisam se adequar ao padrão internacional quando reportarem seus números fechados referentes ao ano passado.

A partir dos problemas já apontados pelas companhias – tanto por aquelas que se anteciparam, como por diversas outras que estão preparando suas demonstrações - consultores da Ernst&Young identificaram cinco principais desafios. Com a ajuda desses consultores e outros especialistas, o iG mostra abaixo exemplos e pontos críticos de cada um.

Ativos Vivos

Os chamados ativos biológicos, que são bens "vivos" detidos pelas empresas, estão entre os principais desafios apontados pelos especialistas. A nova norma exige que florestas, gado, cana-de-açúcar, entre outros itens biológicos ou agrícolas sejam avaliados periodicamente e contabilizados nos balanços das companhias de acordo com o valor de mercado ("valor justo") que possuem, ou seja, o "preço" pelo qual seriam vendidos na data atual.

A grande dificuldade é a mensuração desses ativos, pois as empresas precisam seguir parâmetros, que muitas vezes não existem e ainda precisam ser criados.

"Imagine que uma empresa, como um frigorífico, por exemplo, tenha comprado um bezerro, que foi engordando ao longo do tempo, mas ainda não foi abatido. Pela nova contabilidade, será preciso avaliar a valorização do animal periodicamente, o que as companhias ainda não têm costume de fazer", diz Bruno Salotti, professor de contabilidade da Universidade de São Paulo (USP).

Outro setor afetado é o de papel e celulose. Pela nova regra, as companhias precisam medir o valor de uma árvore que está crescendo, por exemplo. "O padrão deixa de ser o quanto a empresa pagou pela árvore e passa a ser o valor de mercado do ativo", diz Reginaldo Alexandre, presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo (Apimec SP).

Apesar do desafio, Paul Sutcliffe, sócio-líder de mercado de IFRS da Ernst&Young, afirma que o Brasil deverá se tornar referência mundial neste quesito, pois diversas empresas brasileiras lidam com ativos biológicos. Salotti concorda. "No começo, as empresas devem buscar avaliadores externos, mas a tendência é que passem a desenvolver maneiras de fazer os cálculos internamente e que passem a ser referência", diz o professor.

Segundo a Ernst&Young, as empresas que possuem ativos biológicos e que já apresentaram dados nos novo padrão tiveram mudanças significativas em seus resultados. Metalúrgica Gerdau e da Klabin, por exemplo, viram seu patrimônio líquido crescer 80%. Fibria e Suzano Papel e Celulose tiveram o patrimônio aumentado em cerca de 70% em função das novas regras.

Instrumentos financeiros

O desafio mais complexo na visão dos especialistas está ligado a mudanças em instrumentos financeiros, como derivativos e contratos de câmbio. As novas regras trazem uma série de modificações envolvendo a maneira de contabilizar esses ativos. Sutcliffe afirma que as normas para instrumentos financeiros já eram as mais complexas antes do IFRS. Agora, as dificuldades são multiplicadas. "São centenas e centenas de páginas de alterações que estão dando trabalho às empresas."

De todas, o ponto mais crítico é a atribuição do valor de mercado ("valor justo") a esses instrumentos, ou seja, o "preço" pelo qual seriam vendidos na data no mercado. Antes do IFRS, os ativos financeiros eram contabilizados a custo histórico, que é o valor pago por eles quando foram adquiridos. Agora, passa a ser necessária a avaliação periódica dos valores para nova marcação, mesma exigência dos ativos biológicos.

Alexandre lembra, porém, que diversas mudanças relacionadas aos instrumentos financeiros ainda estão em discussão e muitas delas só estarão vigentes a partir de 2013. A sugestão dos especialistas é que as companhias busquem a ajuda de profissionais com profundos conhecimentos das regras que envolvem esses ativos, pelo menos para a elaboração dos primeiros balanços com os novos padrões.

Ativos imobilizados

Os ativos imobilizados são o conjunto de bens e direitos que as empresas precisam ter para manter suas atividades. São bens tangíveis, ou seja, que podem ser tocados, como edifícios e máquinas. Também entram nos balanços como imobilizado os custos de melhorias feitos em bens alugados ou arrendados.

Na regra antiga, as empresas atribuíam os valores de ativos imobilizados de acordo com o custo, ou seja, o quanto pagaram por eles. Além disso, a depreciação dos bens era calculada de uma forma chamada "regra fiscal", que considera que o item "envelhece" após dez anos de vida. Com o IFRS, tudo muda. A partir de agora, as companhias precisam avaliar o quanto o ativo depreciou a cada ano. Esse novo valor é chamado "custo atribuído".

"O IFRS corrige um erro", diz Salotti. Como as regras fiscais estabeleciam que a vida útil de uma máquina era de dez anos, passado este período, a empresa considerava que o ativo valia zero. "No entanto, o maquinário ainda está funcionando e tem seu valor", afirma o professor.

O grande desafio neste ponto é a avaliação constante dos ativos. "As empresas têm que verificar sempre se seus bens continuam capazes de gerar valores ou não", diz Alexandre. Caso sejam, é preciso atribuir o valor que merecem. Caso contrário, as companhias têm que fazer uma reavaliação para baixo, que é chamada de "impairment", segundo o presidente da Apimec SP. Como exemplo, ele cita a Cesp, que no ano passado reavaliou várias de suas usinas. "A empresa fez um ajuste para baixo dos valores de várias unidades, e a diferença foi um número considerável."

Contratos imobiliários

Outro desafio que vem gerando discussões são os contratos do setor imobiliário. Diante de recorrentes dúvidas das empresas, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a entidade brasileira criada para adequar as normas à realidade do País, elaborou em dezembro de 2010 uma orientação para ajudá-las a entender as novas regras. Antes disso, as companhias tinham grande dificuldade para interpretar as leis, que não deixavam claro como as receitas com venda de imóveis devem ser contabilizadas.

A dúvida das construtoras era o momento em que a receita deveria ser contabilizada: na hora da entrega das chaves ou antes? Uma possível interpretação da nova norma era de que a ocasião certa é aquela em que o imóvel é recebido pelo novo dono. Mas uma outra leitura da norma levava à conclusão de que a receita deveria ser reconhecida durante o andamento da obra. Os especialistas dizem que as duas interpretações eram possíveis. Mas, segundo eles, após a orientação, as empresas passaram a entender que o correto é a contabilização da receita enquanto o projeto está em andamento.como é o brasileiro?

Apesar dos desafios, o presidente da Apimec SP acredita que as companhias vão conseguir apresentar seus resultados de acordo com as novas regras este ano, sem atrasos. Sutcliffe, por sua vez, diz que a partir do segundo trimestre deste ano as empresas terão maior facilidade, pois poderão comparar suas demonstrações financeiras com as das concorrentes. "Elas passarão a ter referências, o que vai ajudá-las", afirma.

Concessionárias

As empresas que possuem concessões do Estado, como de transmissão e distribuição de energia elétrica, também estão diante de um grande desafio: a mudança da classificação dos chamados "bens de concessão", que são conjuntos de ativos que as empresas recebem do governo para realizar suas atividades.

Antes do IFRS, esses bens eram considerados "ativos imobilizados", cuja depreciação era calculada de acordo com a vida útil. A partir das novas regras, as companhias precisam apresentar esses itens em seus balanços de forma diferente: como "ativos intangíveis" ou "ativos financeiros", dependendo de alguns critérios, como a atividade da empresa, o uso do bem e o retorno que ele traz. Mas, para essas duas categorias, a depreciação é calculada de uma forma mais complexa, que depende do chamado "teste de recuperabilidade", que identifica o valor real de um ativo.

"As empresas não têm que apenas depreciar o bem, mas precisam também amortizar pelo prazo da concessão e fazer o teste para avaliar o valor deste bem", diz Joanília Neide de Sales, professora de Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). Segundo ela, a mudança traz uma dificuldade a mais, pois o cálculo da depreciação dos ativos financeiros e intangíveis exige do contador mais conhecimentos de finanças e do negócio da empresa.

Teste 412


A figura mostra uma página do livro Principia Mathematica, de B. Russell e Alfred N Whitehead. Os dois matemáticos ingleses levaram dez anos para escrever um livro que pretendia transformar a matemática em lógica pura. O volume I da primeira edição teve uma tiragem de 750 cópias. Em razão do número de páginas e da complexidade da obra, a editora estimava uma perda de 600 libras para publicar a obra. Os editores fixaram uma perda máxima de 300 libras; Russell e Whitehead conseguiram 200 libras de doação da Royal Society. A diferença teve que ser paga do próprio bolso dos autores. Qual o prejuízo anual que os cientistas tiveram?


 

Resposta do Anterior: o governo da Bolívia diz que irá fazer uma auditoria para verificar a razão do aumento de preço da Coca-Cola, de 12%.

17 janeiro 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Links

Arquivo com todas as dissertações do mestrado UnB-UFRN-UFPB

Educação financeira nas escolas

Bolsa de Portugal aumenta com as notícias da contabilidade pública (o inusitado está no título da matéria)

O custo da maternidade é muito grande

Teste 411

Coca-Cola, Bolíva e Auditoria. O que faz com que estas três palavras estejam vinculadas? É uma notícia recente.


 

Resposta do Anterior: Os deputados ingleses são pouco gananciosos. Chaytor pediu reembolso de 22 mil euros, somente. Fonte: Antigo Deputado Condenado a 18 meses de prisão. Diário de Notícias, 7 de janeiro de 2011

Por que toda vez que a polícia encontra um caderno de um traficante, diz que encontrou a “contabilidade” do tráfico?

Você já percebeu que toda vez que ocorre uma batida policial e o servidor da lei encontra um caderno com anotações dos "clientes" do traficante, diz-se que encontrou a "contabilidade" do tráfico. Qual a razão para isto ocorrer?

Tenho duas possíveis explicações. Primeiro lugar, a palavra contabilidade é muito usada como sinônimo de conta. Mas isto não muito sentido quando verificamos o significado da palavra num dicionário: além da ciência, do curso, da atividade do contador (escrituração no meu dicionário Houaiss), do local numa empresa onde o contador faz seu trabalho o dicionário traz dois significados próximos. O primeiro: conjunto de documentos e dos livros para o contabilista fazer a escrituração; o segundo: cálculo e planejamento de despesas e ganhos. Mas é difícil imaginar que sejam estes os significados já que os "livros" apreendidos geralmente são muito mais próximos de listas dos clientes e dos estoques dos produtos do que uma escrituração. Ou seja, a minha primeira possível explicação não é adequada.

A segunda possível explicação eu denomino de "meliante". Um delegado, em lugar de chamar um suspeito de "traficante" e "bandido", utiliza o termo "meliante" ou algo próximo. A palavra "meliante" demonstra muito mais cultura do que usar o termo "suspeito" ou algo do gênero. De igual forma, falar em "listagem de clientes" ou "anotações" é muito simplório; já o termo "contabilidade do tráfico" possui um poder de impressionar maior.

Piano do Mercado

Dica de Pedro Correa (grato): O sítio CNN transformou o comportamento do mercado em 2010 em notas para o piano

As transações diárias de Wall Street determinam o som tocado pelo piano, transformando os altos e baixos do mercado, em 2010, em notas musicais. Usando uma escala de cinco notas com abrangência de 3 oitavas, o ritmo é determinado pelo nível de fechamento de cada dia. O piano tende a tocar suavemente perto de feriados.No dia com maiores transações, que no dia 6 de maio é mais notável, leva para um volume mais alto. Essas notas foram agrupadas em grupos  de 5, para representar os cinco dias da semana. 

Valor Justo

Um dos principais problemas com a utilização do valor justo diz respeito a comparabilidade. Esta é uma função importante das demonstrações contábeis. Conforme aponta J. Weil (em Mark-to-Make-Believe Perfumes Rotten Bank Loans) o problema é que nem todos seguem a mesma definição de valor justo. E muitos investidores não sabem que isto ocorre.

Weil aponta, por exemplo, o fato de que alguns bancos usam o "valor de saída", enquanto outros trabalham com o "valor de entrada". Apesar dos conceitos serem aproximados num mercado ativo e eficiente, isto não ocorre em muitos títulos negociados pelas instituições financeiras. Isto faz com que os valores reportados nas demonstrações contábeis sejam difíceis de serem comparados.

Robô e Concorrência Pública

Postei um trecho da revista Veja sobre o uso de Robô em concorrência pública. Recebi de um leitor anônimo a seguinte mensagem sobre a questão do uso de Robô, sob a ótica do Ministério do Planejamento:

Melhoria do sistema amplia segurança em pregões eletrônicos

O desenvolvimento e o uso de ferramentas digitais para ampliar a segurança e garantir a igualdade de participação dos fornecedores que vendem produtos e serviços ao governo federal é um trabalho constante em torno do Pregão Eletrônico. Esta modalidade de licitação, que completa 10 anos neste mês, já foi acessada até agora por 100.849 concorrentes em todo o País, sem registro de fraudes. 

De acordo com a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento (SLTI/MP), responsável pelas normas que regem os processos de compras da Administração Federal, esse tipo de ação é fundamental e tem sido eficaz no combate de softwares que são criados para simular um operador humano nas rodadas de negociação. "A utilização desses programas, também chamados de robôs, não garante vitória no pregão, pois nosso sistema é preparado para rejeitar lances em intervalos menores dos que são alcançados por uma pessoa", explica a secretária Glória Guimarães.

Em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), o MP tem feito aplicações contínuas para bloquear possíveis "vantagens" oferecidas por softwares que executam comandos automatizados. Todos os fornecedores que participam dos leilões eletrônicos são cadastrados e identificados por CPFs e senhas. Assim, os que tentam também fraudar o sistema são facilmente detectados, pois todas as movimentações são rastreadas durante a operação de compras por meio de um registro que é gerado a cada acesso.

Transparência – Entre as vantagens do pregão informatizado está a transparência, um dos fatores mais relevantes para diminuir o risco de formação de cartel. É também mais ágil: se antes dele eram necessários cerca de 30 dias para concluir uma licitação, agora isso é feito em 17 dias. A competitividade entre os vendedores é maior, pois a ferramenta está disponível na internet. "Outro ponto muito positivo é a possibilidade que qualquer cidadão tem de fiscalizar as negociações feitas", completa a secretária.

 

Piada Velha

Você sabe aquela piada sobre contabilidade? Aquela que diz que "A Solteira é Crédito A Casada é Débito (...)". Uma busca no Google mostrou mais de mil resultados (1.180, para ser mais exato, no dia de hoje).

CRSP

Nas pesquisas na área de contabilidade e de finanças são comuns trabalhos que partem de uma base já pronta para fazer testes estatísticos e provar hipóteses. Tudo isto começou quando um reitor da Universidade de Chicago, Jim Lorie, criou, em 1960, o Centre for Research in Security Prices (CRSP, ou "crisp"). Podemos afirmar que a pesquisa moderna na nossa área tem um divisor: antes e depois do CRSP.

Antes da existe do Centro a pesquisa era mais teórica; após, mais quantitativa, com uso intenso de números. Segundo informação da revista The Economist (Data birth, 18 de novembro de 2010), um terço de todas as pesquisas empíricas nos últimos quarenta anos usou os dados do CRSP. Um dos primeiros trabalhos que aproveitou os dados do CRSP foi o texto de Eugene Fama, sobre a hipótese de mercado eficiente. Fama, na época, encontrou que o mercado segue um caminho aleatório (random walk) no preço das ações.


 

Com a criação da base de dados CRSP os economistas, subitamente, acreditaram que "finanças tornou-se mais científica", diz Robert Shiller, um economista da Universidade de Yale e um cético de longa dada da hipótese do mercado eficiente.

Congresso da Anpcont

A Diretoria da Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis - ANPCONT tem a honra de convidá-lo a participar do V Congresso ANPCONT, a realizar-se em Vitória/ES, no período de 20 a 22/06/2011.
Este ano está prevista uma nova sessão no Congresso para artigos produzidos em redes de pesquisadores, denominada 1° Fast Track ANPCONT. Visite a página e leia a respeito 
Os trabalhos para o V Congresso ANPCONT devem ser submetidos de forma eletrônica no link Submissão de trabalhos

Os trabalhos para o 1° Fast Track ANPCONT devem ser submetidos de forma eletrônica no link Submissão de trabalhos 
Em ambas as modalidades são necessários três arquivos conforme instruções da página. Porém, há diferenças na quantidade de páginas do trabalho.

MBA e Pesquisa

Paul Danos é reitor de Tuck, ligada ao Dartmouth College e deu uma entrevista ao jornal Valor Econômico. Danos afirmou que a maior mudança ocorrida no mercado de MBA é a globalização. Alerta para a necessidade de um número maior de doutores e pesquisadores.


 

Valor: O que mudou nos currículos dos cursos de MBA?

Danos: Em relação às matérias, muitas continuam as mesmas como finanças, contabilidade e marketing. Acrescentamos algumas como o estudo sobre responsabilidade social, ética e liderança. A globalização também está mudando o modo de ensinar. Os professores estudam as melhores práticas e não se prendem apenas ao que é nacional. Eles estudam o que querem, onde bem entendem. Antes, tudo se resumia aos Estados Unidos. Em Tuck, hoje temos 36% de alunos internacionais. Eles não querem conhecer apenas a América, querem saber de tudo e põe pressão nos professores para isso. Ter um currículo globalizado é muito mais do que oferecer um curso sobre economias emergentes ou negócios internacionais. Você não precisa fazer isso para saber como estão os negócios na Indonésia ou na China, porque todo mundo discute assuntos como esse nas escolas de negócios.


 

MBAs sofrem com falta de professores pesquisadores - Stela Campos, de São Paulo. 05/01/2011 – Valor Econômico – Enviado por Alberto Matsumoto, grato.

16 janeiro 2011

Rir é o melhor remédio

Este endereço traz uma listagem de desastres da mídia de 2010. Do executivo da BP que afirma "querer sua vida de volta", passando pelo primeiro-ministro britânico que esqueceu do microfone ligado e incluindo as grosserias de Mel Gibson. Gostei muito da "cola" de Sarah Palin, senadora conservadora pelo Alasca e ex-candidata a vice-presidenta dos Estados Unidos.


Para começar o projeto de pesquisa

Para começar o projeto de pesquisa - por Isabel Sales

O primeiro passo para se iniciar uma dissertação é elaborar um projeto de pesquisa. Começar a escrever talvez seja um dos momentos mais difíceis, no qual a ansiedade e o perfeccionismo conspiram para que o “branco de escritor” predomine. Para ajudar, sugiro o passo-a-passo elaborado por Nicholas Walliton em seu livro “Your Research Project”:

- Faça um levantamento de pesquisas diversas para identificar a sua área de estudo.

Postagens anteriores para inspirar:
Como ler um artigo acadêmico
Como achar um tema para uma pesquisa
Como escolher um tema para a monografia ou TCC


- Concentre-se em sua área, defina um problema de pesquisa e o transforme em uma pergunta ou hipóteses. Com base nisso formule também o título.

- Explique como a sua pesquisa irá se dirigir ao problema de pesquisa. (Como exercício, antes de escrever, explique a sua pesquisa em voz alta. Suas ideias poderão ficar mais claras).

- Decida como o problema pode ser pesquisado e desenvolvido na prática:
De que informações você irá precisar? Onde ou com quem conseguir essas informações? Qual equipamento ou software será adequado?

- Descubra quais técnicas de coleta de dados e qual metodologia de pesquisa serão as mais adequadas para te ajudar.

- Descreva, de forma breve, os resultados esperados e como as conclusões serão apresentadas. Verifique quais são os requisitos que seu programa de pós-graduação exige.

- Apresente a projeção de um cronograma de trabalho. E seja realista.

Lembre-se: primeiro escreva as suas ideias. Preocupe-se com forma e gramática em um momento posterior. Se o seu português não for bom, contrate um profissional para corrigir seus deslizes. Mesmo a mais brilhante das ideias será ofuscada por erros de concordância.

Reservas de Petróleo

Segundo notícias do Valor online (Pré-sal aumenta reservas da Petrobras em 1,281 bilhão de barris), as reservas da Petrobras atingiram 15,3 bilhões de Barris de Óleo Equivalente (BOE). O número parece impressionante, ainda mais quando se afirma que este número era de 14,2 bilhões. Este número é expressivo? De certa forma sim, já que provavelmente isto signifique que as reservas brasileiras talvez sejam superiores hoje as reservas do México e Angola, mas ainda abaixo das reservas chinesas ou dos EUA. Para se ter uma idéia, as reservas da Arábia Saudita estão estimadas em 264 bilhões de BOE.

15 janeiro 2011

Rir é o melhor remédio

Fio de Cabelo




Comparação

Ao apresentar seu relatório, a seguradora Metlife afirmou que não faria comparação de desempenho com a Berkshire Hathaway Inc. (BHI) em razão da diversificação da empresa. Com efeito, a BHI, apesar de ser a maior seguradora em valor de mercado, só gera um terço dos seus lucros com seguros (era de quase dois terços antes da aquisição da ferrovia Burlington Northern).

Mas a atitude da Metlife é questionável. Seria como fingir que a BHI, uma gigante do setor, não existe e não é uma concorrente. Mas pode existir outra razão para isto. Enquanto o principal executivo da BHI, Warren Buffett, recebe 175 mil dólares por gerenciar a BHI, o presidente e CEO da Metlife recebeu 11,6 milhões de dólares em 2009.

Casamento

Estudos recentes mostram que as pessoas casadas têm menos probabilidade de pegar pneumonia, fazer uma cirurgia, ter câncer ou ataques cardíacos, escreve o colunista do New York Times Tara Parker-Pope. O casamento pode até diminuir o risco de demência. Mas os relacionamentos problemáticos são outra história. Eles podem enfraquecer o sistema imunológico e aumentam o risco de pneumonia de ataque cardíaco e câncer.

O texto é do blog Spousonomics, especializado em casamento e economia, que descobri recentemente. As postagens traz casos reais de economistas no seu casamento e algumas discussões interessantes. Veja a seguinte informação:

Uma em cada cinco mulheres casadas, ou 22%, disse que, se pudesse voltar no tempo, elas mudariam seu marido. Apenas 12% dos homens casados afirmaram que havia escolhido a mulher errada.

Esta constatação é discutida sob a ótica econômica. Para o blog, os homens estão mais conscientes da assimetria de informação e, diante do compromisso de longo prazo, fazem uma investigação mais profunda. Mas a atitude dos homens parece "medo do compromisso", quando na verdade estão fazendo uma investigação para evitar os problemas da informação.

Dividendos e Buffett

Um dos segredos da Berkshire Hathaway, a famosa empresa de investimentos de Warren Buffett é não pagar dividendos. Ao mesmo tempo, Buffett escolhe empresas, como Coca-Cola, Proctor & Gamble e Johnson & Johnson que são boas pagadoras de dividendos.

Esta aparente contradição tem uma fundamentação: nas situações de crise, as entradas de dividendos podem reduzir a volatilidade.

Fonte: Business Insider, The three brilliant strategies behinds Warren Buffett´s Success

14 janeiro 2011

Rir é o melhor remédio


Aquecimento global

Ações, 50 Cent e Twitter

O famoso rapper 50 Cent ganhou US$ 8,7 milhões, aproximadamente R$ 15 milhões, em apenas um dia recomendando as ações de uma empresa desconhecida pelo Twitter na segunda-feira, dia 10 de janeiro. O músico enviou a seguinte mensagem aos seus seguidores: "Você pode dobrar seu dinheiro agora mesmo. Compre todas as ações que puder". As ações em questão eram da empresa H&H Imports, uma ação que seria considerada um "mico", utilizando o jargão comum no mercado brasileiro. As ações da companhia subiram quase 300% naquele dia. O que muitos não sabiam era que 50 Cent havia ganho dos controladores da companhia um lote enorme de ações e ainda mais opções sobre essas ações, garantindo lucros ainda mais espetaculares caso o preço delas subissem rapidamente. Analistas comentam que a atitude do músico seria considerada ilegal no Brasil, ainda mais sem deixar claro o jogo de interesses escondido por trás da indicação.
 
Fonte: Newsletter ADVFN

(Encaminhado por Pedro Correa, grato)

Por que os contadores são magros, fracos e usam óculos, nos filmes de Hollywood?

Em primeiro lugar, os filmes de Hollywood objetivam atingir um público muito amplo e que muitas vezes não possuem um discernimento muito elevado. Por isto, Hollywood costuma usar algumas simplificações na caracterização dos personagens para facilitar a compreensão do público. Uma destas simplificações é caracterizar o contador desta forma. Como isto o público já acostumou em ver num personagem tímido, magro, fraco e de óculos um contador.

Em segundo lugar, em geral os contadores não são personagens centrais nos filmes. Colocar um contador bonito e com grande físico certamente chamaria a atenção para o ator, eclipsando o astro principal. Assim, Van Diesel e Denzel Washington irão preferir trabalhar com um coadjuvante que não se destaque.

Terceiro lugar, a imagem que as pessoas possuem do contador já está formada, em parte pelos filmes antigos. Colocar um contador "diferente" desta imagem pode criar uma impressão de "falsidade" para o filme.

Arrecadação e transferência

Recebi um e-mail fazendo uma comparação interessante entre o volume arrecadado por cada unidade da federação e o volume recebido do governo federal. Assim, o Maranhão arrecada 1,9 bilhão e recebe do governo 9,8 bilhões, uma diferença de 7,4. Já São Paulo 204 bilhões e recebe 23 bilhões, contribuindo com 181 bilhões.

Este é o mesmo raciocínio encontrado no livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, de Leandro Narloch. Narloch comenta sobre o Acre e usa a diferença entre arrecadação e volume transferido pela União para o estado para afirmar que não valeu a pena o Brasil ter comprado o Acre. (Um adendo: é um livro muito interessante)

Ambos possuem um grande problema de lógica: o sistema tributário não expressa adequadamente a criação de riqueza em cada unidade da federação. O nosso sistema é excessivamente centralizador na arrecadação da União e depende excessivamente dos impostos indiretos.

Frase

"Prever o futuro da internet é fácil: qualquer coisa que ainda não foi drasticamente alterada, será" (Chris Dixon via Abnormal Returns)

Guia de gestos obscenos


Fonte: Aqui

Mercado em 2010


A figura mostra o comportamento do mercado acionário em 2010. O mercado argentino, apesar de pouco expressivo, apresentou maior evolução no ano, com valorização acima de 40%. Os mercados acionários da Grécia e Espanha tiveram um desempenho ruim, em decorrência da crise desses países. O mercado brasileiro, cujo ganho foi muito pequeno, esteve entre os de pior desempenho em 2010

13 janeiro 2011

Rir é o melhor remédio


Photoshop

Liberdade econômica


Saiu o índice de liberdade econômica. O Brasil ficou em 113o. lugar, com 56,3 pontos. Para fins de comparação, o primeiro lugar da lista, Hong Kong obteve 89,7 pontos. O primeiro da América Latina, o Chile, fez 77,4 pontos (11o. lugar da lista geral).

Apesar da evolução reduzida em comparação ao índice anterior, a pontuação brasileira ainda está distante da obtida no início do milênio, quando ultrapassou os 60 pontos.

Por que o mágico trabalha com uma assistente?

Além de ajudar o mágico nas suas funções, a assistente possui outra função: distrair a platéia para permitir que o mágico faça seu truque sem que a platéia perceba. Em geral a assistente possui certos predicados de beleza e geralmente está vestida de maneira atrativa, que desperte o libido do sexto masculino.

12 janeiro 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste 410

O ex-deputado inglês David Chaytor foi condenado a dezoito meses de prisão por “contabilidade falsa”. O político solicitou reembolso de despesas que não existiam. O valor destas despesas é

menor de 50 mil euros
maior que 50 mil euros e menor que 100 mil euros
maior que 100 mil euros

Resposta do anterior: o clube de futebol Colo Colo. Fonte: El Mercurio, 28 dez 2010, p. b6, Empresario inmobiliario Aníbal Mosa es el nuevo dueño del 11% de Colo Colo