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30 agosto 2007

Novas regras para brinquedos e seu impacto

Controle mais rigoroso pode fazer subir preço de brinquedo no varejo
Valor Econômico - 30/08/2007

As novas regras do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para aumentar a segurança dos brinquedos importados, divulgadas na segunda-feira, podem ter reflexos no preço final dos produtos e no prazo para chegada das mercadorias às lojas. Segundo as determinações do órgão, os brinquedos trazidos do exterior precisarão ser testados lote a lote. Por outro lado, a demanda por certificação irá aumentar, fazendo com que novos laboratórios passem a oferecer o serviço.Celso Pilnik, diretor da rede de varejo PBKIDS, calcula que o prazo para liberação dos lotes de importados pode dobrar para mais de 20 dias. Além disso, se diz preocupado com o impacto nos custos. "Estimamos que os produtos no ponto-de-venda possam ter um preço entre 1% a 2% maior", afirma.

(...) Alfredo Lobo, diretor de qualidade do Inmetro, é categórico quanto à necessidade das novas regras. Ele sabe, no entanto, que não há unanimidade no setor sobre a decisão do órgão. Mas não se preocupa. "A complexidade (do processo de importação), o tempo e o custo vão aumentar. Mas essas são variáveis que eu não posso considerar. Tenho que pensar na segurança. Cabe a eles (importadores) se programarem para minimizar esses efeitos", diz.Antes de ser determinada a certificação lote a lote, era possível enviar uma amostra do produto a um laboratório brasileiro ou do país de origem (que estivesse de acordo com regras internacionais) para obter o selo.


É óbvio que novas regras, mais rigorosas, para os brinquedos terão impacto sobre os custos e os preços. A questão é o mercado informal, que a reportagem não comenta, onde uma grande parcela dos produtos é importada sem passar pelos controles do Inmetro.

A questão da captação de recursos

A empresas brasileiras já estão sentido o efeito da crise do crédito. Algumas adiaram a captação (Usiminas, por exemplo), outras buscaram novas fontes (Gerdau). Isto terá impacto futuro nas despesas financeiras, na competitividade futura, na rentabilidade etc.

Empresas brasileiras de primeira linha já são hoje obrigadas a pagar quase 50% a mais em prêmios de risco pelo crédito externo, como parte do impacto do estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos. Muitas companhias, como a Usiminas, adiam transações que seriam realizadas para investimentos. Outras empresas e fundos, como a Gerdau e o GP Investments, no entanto, foram pegos pela crise bem no meio de processos de aquisição e são forçados a aceitar condições menos favoráveis nos empréstimos, de US$ 4,2 bilhões e US$ 880 milhões, respectivamente.


Empréstimo externo mais caro - Valor Econômico - 30/08/2007

Fortuna de Slim e a ajuda do governo

Uma reportagem do NY Times, publicada no Estado, mostra uma visão da fortuna do bilionário mexicano Slim. Apesar de fazer uma comparação entre o valor de sua fortuna (que corresponderia, a grosso modo, ao ativo) com o PIB do México (que seria o equivalente a receita), uma comparação que os mais puristas não concordam, o texto é ilustrativo dos efeitos do oligopólio.

Fortuna de Slim cresce com ajuda do governo
Empresário ainda é dono de 90% da telefonia fixa no México
Eduardo Porter THE NEW YORK TIMES
O Estado de São Paulo - 29/08/2007

Mexicanos pagam acima da média pela telefonia e pelo acesso à internet

E no início deste mês a revista Fortune informou que Carlos Slim Helú, um mexicano, tinha ultrapassado Bill Gates, tornando-se o homem mais rico do mundo - corroborando uma informação que havia sido divulgada em julho pelo portal mexicano Sentido Común -, com uma fortuna avaliada em US$ 59 bilhões.

Para se ter uma perspectiva desse valor, o tesouro de Slim é equivalente a pouco menos de 7% da produção total de bens e serviços do México - US$ 1 para cada US$ 14 de bens produzidos por toda a população no país. (...)

Como um barão ladrão, um oligarca russo ou um executivo da Enron, Slim faz-nos lembrar as palavras de Honoré de Balzac: "Por trás de cada grande fortuna há um crime." O pecado de Slim, mesmo que tecnicamente ele não seja um criminoso, é como o de Rockefeller, o pecado do monopolista. Em 1990, o governo do presidente Carlos Salinas de Gortari vendeu ao amigo Slim a empresa telefônica estatal mexicana Telmex, tendo sido firmado um compromisso de que ele ficaria com o seu monopólio por anos. E depois concedeu à Telmex a única licença nacional para explorar a telefonia celular.

Quando os concorrentes conseguiram finalmente entrar no mercado, a Telmex os manteve à distância usando alguns subterfúgios bastante criativos, como conseguir que um juiz emitisse um mandado de prisão contra o principal advogado de uma das empresas concorrentes. Hoje, a Telmex ainda controla 90% dos serviços de telefonia por linha terrestre e quase três quartos do mercado de telefonia celular no México.

EXPANSÃO

Os monopólios tendem a gerar muito dinheiro. Slim, um investidor astuto, utilizou esse dinheiro muito bem, comprando centenas de empresas mexicanas e entrando nos mercados de telefonia sem fio em toda a América Latina. Difícil passar um dia sem que um mexicano lhe propicie algum dinheiro.

Mas o México tem pago por isso, e muito. Em 2005, existiam menos de 20 linhas de telefone fixo para cada 100 mexicanos e menos da metade possuía telefones celulares. Apenas 9% das casas tinham acesso à internet. Os mexicanos pagam muito acima da média por todos esses serviços.

29 agosto 2007

Conflito de interesses

Uma notícia interessante do Bluebus mostra a existência de um conflito de interesses entre jornalista da Globo e Bernandinho:

E a ONG de jornalista da Globo recebeu doaçoes da ONG de Bernardinho

Chefe de redaçao dos programas esportivos da Globo, Joao Pedro Paes Leme mantem projeto social que recebeu em 2005 e 2006 cerca de R$ 30 mil por ano da ONG Instituto Compartilhar, de Bernardinho. É o que diz hoje na Folha o colunista Daniel Castro, referindo a prestaçao de contas que o projeto do tecnico publica na internet. A coluna aponta conflito de interesses - "Bernardinho é seu objeto de trabalho", diz sobre Paes Leme. Segundo Daniel, o vinculo entre os projetos do jornalista e do tecnico chama atençao por conta de reportagem exibida no Globo Esporte no ultimo dia 15. Teria sido contraria ao jogador Ricardinho, cortado da seleçao por Bernardinho as vesperas do Pan, e positiva para o tecnico. A Globo declarou a coluna que Paes Leme tem a "confiança irrestrita" da emissora e que as ONGs envolvidas sao independentes. E segundo a TV, o jornalista nao se manifestaria antes da publicaçao da nota na Folha. 27/08 Blue Bus

O que faz um perfeito rebolado?

Depois de um link para um periódico de correlação espúria, nada melhor do que uma pesquisa "diferente":

Pesquisadores descobrem o que faz uma mulher caminhar de modo sexy

Pesquisadores na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, concluiram qual é a receita para um perfeito caminhar rebolando. Os matematicos chegaram a uma relaçao de 0.7 entre a cintura e os quadris - ou seja, a medida da cintura deve ser 70% da medida dos quadris. Quando mais perto disso, mais sexy é o modo de andar. As atrizes Jessica Alba (Quarteto Fantastico) e Sophia Loren, a modelo brasileira Alessandra Ambrosio e a Venus de Milo sao exemplos de medida 0.7. Marilyn Monroe chegava quase lá, 0.69. Dica do Gizmodo. 28/08 Blue Bus

E os contadores estão preocupados com a mensuração do ativo? Cambridge mostra que existem outras mensurações interessantes.

Links

1. Viés do Otimismo e Decisão de investimento

2. Otimismo e investimento

3. The Journal of Spurious Correlations

4. Ranking de Periódicos em Economia

5. Estudo diz: não faça muitas coisas ao mesmo tempo. Você não é um computador

Os endereços mais populares de Finanças

1 Forbes.com
2 CNN Money.com
3 Yahoo! Finance.com
4 MarketWatch.com
5 MSN Money
6 Business.com
7 Fool.com
8 BankRate.com
9 Wall Street Journal.com
10 TheStreet.com
11 BusinessWeek.com
12 BizJournals.com
13 Bloomberg.com
14 Hoovers.com
15 Entrepreneur.com
16 FT.com
17 BusinessWire.com
18 Google Finance.com
19 CNBC.com
20 FastCompany.com
21 Kiplinger.com
22 Investors.com
23 Economist.com
24 SeekingAlpha.com
25 Barrons.com

Consulto, regularmente, somente 4 destes endereços. Quem lê tanta notícia?

Fonte: Aqui

Regra básica da economia: incentivos e pessoas

Uma regra geral do comportamento econômico das pessoas: elas reagem aos incentivos.

Mankiw conta que uma universidade norte-americana tem todas as classes de introdução a economia, sem exceção, com 49 alunos. Qual a razão deste número? O ranking do US News penaliza universidades com turmas com 50 ou mais estudantes.

Fotos de um panda bebê







Realmente, o panda é o animal mais cativante do mundo. Clique aqui para ver o album completo.

Wikipedia: o tamanho desta enciclopédia


A figura mostra o tamanho de uma Wikipedia impressa. O cálculo foi feito por aproximação. Fonte: Aqui e aqui

Origem dos furacões


A origem dos furacões. O número 1 relata o furacão Catarina, de 2004, próximo a Torres, RS. Fonte: Aqui

Limite do Valor Justo

As normas internacionais e norte-americanas exigem tipicamente que ativos fixos seja avaliados pelo custo e sujeitos a testes periódicos de impairment. Ativos financeiros, no entanto, são geralmente avaliados pelo "valor justo" - o preço que uma terceira parte poderia pagar por eles. Existem exceções. (...)

Valor justo funciona bem para títulos que podem ser comercializados a um preço de mercado. Mas quando os ativos são raramente comercializados ou altamente complexos, o valor justo é obscuro. Derivativos são geralmente avaliados usando modelos administrativos, que são algumas vezes "verificados" por terceiros. (...)

Primeiro, o desempenho pode ser "suavizado", mascarando a volatilidade real (...); segundo, a administração pode resistir em reconhecer as perdas. (...)

The limits of fair value - Financial Times - 28/08/2007 - London Ed1 - Page 12

Vale, Cade e tempo é dinheiro


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou por quatro votos a zero um recurso da Companhia Vale do Rio Doce para impedir uma determinação do Conselho Administrativo de Defesa (Cade), tomada em agosto de 2005, quanto à aquisição de oito mineradoras pela empresa. Segundo a decisão do Cade, mantida pela primeira turma do STJ na tarde de ontem, a Vale terá de escolher entre se desfazer da mineradora Ferteco ou abrir mão do seu direito de preferência na compra de produção excedente da mina Casa de Pedra, da CSN.


Vale perde ação contra o Cade no STJ por quatro votos a zero - Valor Econômico - 29/08/2007

No mundo dos negócios, tempo é dinheiro. Foram 24 meses para fechar este ciclo (e olha que a empresa ainda tem possibilidade de recurso)

28 agosto 2007

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Existe problema de infra-estrutura?

Esta pergunta do blog do WSJ

A queda da ponte em Minneapolis criou um debate nacional sobre a crise nas estradas e pontes dos Estados Unidos (observe a similaridade com a nossa situação).

O economista Gary Becker lembra que o risco do terrorismo e de uma queda de uma ponte é pequeno em relação aos acidentes de automóveis. Motorista dirigindo bêbado deve provacar de 15 mil a 40 mil mortes por ano nos EUA. O dinheiro gasto numa política pública neste sentido teria mais efeito sobre a segurança nas estradas.

Já Posner lembra que engenheiros civis tem interesse em declarar que estradas e pontes não são seguras. E os governos tendem a preferir gastar o dinheiro dos impostos com programas de benefícios imediatos.

Onde o executivo ganha mais


Fonte: The Economist, via Captain Capitalism. Exclui opções e bônus. Observe que os executivos em países mais "complicados" recebem melhor.

Mil e uma utilidades

Parece propaganda, mas o mercado acionário possui mil e uma utilidades. O paper Detecting Illegal Arms Trade (clique aqui), de Stefano DellaVigna e Eliana La Ferrara tenta verificar a existência de comércio com armas ilegais através do mercado de ações. Tendo como foco o embargo das Nações Unidas no período de 1990 a 2005, os autores analisam o impacto de notícias sobre guerra no preço das ações das empresas belicas. O aumento no preço traduziria um aumento na demanda por armas ilegais.

Prestígio

Recebi um e-mail do prof. Alexandre Alcantara sobre este blog:


Quero parabenizá-lo pelo seu Blog "Contabilidade Financeira", foi um excelente achado.

Também sou professor, leciono "Análise de Demonstrações Contábeis", e seu site será uma das indicações para nossos alunos, ex-alunos e demais colegas professores.

Colocarei um link em nosso site pessoal para divulgar seu blog.

Um forte abraço

Alexandre Alcantara


É sempre bom receber um feedback do que está sendo postado aqui. Grato, professor.

Pesquisa e Crime

O reporter Larry Rohter, do New York Times, aquele que disse o que todo mundo falava, mas não publicava, publica no NY Times de 28/08/2007 uma reportagem sobre ciência no Brasil (As Brazil Defends Its Bounty, Rules Ensnare Scientists)

O foco são os cientistas que pesquisam na Amazônia e estão sendo acusados de piratas. O caso de Marc van Roosmalen, que já descobriu 5 espécies de macacos, mas foi condenado a 16 anos de prisão em Manaus.

Os burocratas dizem que estão tentando proteger um patrimônio natural e genético. O medo da pirataria, e a reportagem cita o caso da borracha e do captopril da Squibb, são as razões alegadas.

Clique aqui para ler

Duas posições sobre a IPO: Pessimista

Na postagem anterior (aqui) uma visão otimista do mercado de IPOs. Agora uma reportagem do dia anterior, publicada no Estado de S. Paulo e no Jornal do Commercio, pessimista. Aponta uma crise no setor:

Crise internacional freia a onda de IPOs na Bovespa
Patrícia Cançado e Ricardo Grinbaum
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 27/08/2007

Os recentes tremores no mercado financeiro trouxeram uma nova preocupação para as empresas e os bancos de investimentos brasileiros. Muitos deles foram pegos no contrapé, quando se preparavam para abrir capital e vender suas ações na Bolsa de Valores. Pelas contas de Alfried Plöger, da Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca), o número de estréias na Bolsa (IPOs, sigla em inglês para oferta inicial de ações) não vai mais chegar a 70, como se previa. Do início do ano até agora, já foram feitas 49 ofertas.

"Mesmo que se queira, dificilmente se conseguirá vender tantos papéis", diz Plöger. Ou, em outras palavras: "O gato subiu no telhado, nenhum banco aconselharia uma empresa a vender ações agora", diz o advogado Luiz Octavio Lopes, do escritório Mattos Filho. Para Lopes, a festa de dinheiro farto, que incentivou todo tipo de empresa a vender ações, perdeu o gás. "Está claro que é um novo mercado, os investidores provavelmente estarão mais seletivos e mais duros."

Ninguém sabe ao certo o quanto mudou o humor do mercado, mas, por via das dúvidas, as empresas estão pensando em planos alternativos. É o caso da rede de supermercados G. Barbosa, do Nordeste. Seu dono, o fundo de investimentos americano Acon, estudava duas alternativas para vender a empresa: uma oferta de ações na Bolsa ou uma negociação com alguma grande rede, como Pão de Açúcar, Wal-Mart ou Carrefour. Agora, a segunda opção ficou mais próxima.

"O IPO desacelerou.O que se questiona é se o momento é adequado para entrar na Bolsa", diz uma fonte ligada às negociações. O medo dos donos do G. Barbosa é não conseguir vender a empresa na Bolsa de Valores pelo que eles acham que ela vale, entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões.

A empresa de shopping centers Aliansce, que tem como um de seus principais sócios a Gávea, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, estava fazendo seu "road show" - apresentação a investidores - no dia em que as bolsas desabaram. A Aliansce cancelou os compromissos e pediu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para interromper o processo. O pedido de abertura de capital foi suspenso por 60 dias. É tempo suficiente para avaliar se o mercado vai se recuperar ou não. Adiar ou cancelar um processo de abertura de capital tem seus custos - e eles podem ser ainda mais altos que se imagina. Antes da crise, havia dinheiro fácil para as empresas se prepararem para o IPO. Num ambiente feroz de competição, os bancos de investimentos vinham emprestando muito dinheiro para engordar as empresas e deixá-las mais atraentes na hora de vender ações. Esse tipo de operação é conhecida, em geral, como ponte para o IPO. Enquanto o mercado ia bem, o pagamento da dívida e das comissões dos bancos estava garantido porque era descontado do dinheiro levantado na venda de ações.

O risco dessa operação é que a ponte não leve a lugar nenhum, uma vez que não haja ambiente para abrir capital. Nesse caso, as empresas podem ter dificuldade para pagar os empréstimos e os bancos ficarem com um mico em suas carteiras. Empresas que já pegaram dinheiro emprestado para se preparar para um IPO podem ser levadas a mudar de estratégia.

No início do ano, o banco mineiro Bonsucesso e seus donos - a família Pentagna Guimarães - pegaram dois empréstimos, no valor de R$ 230 milhões, com o banco de investimentos UBS Pactual. O Bonsucesso estava às vésperas de abrir o capital quando a crise estourou. O IPO não saiu.

Segundo o Bonsucesso, o banco perdeu o prazo para a entrega de documentos à CVM. Agora, deverá fazer nova tentativa só no final de setembro ou início de outubro, "devido à crise de liquidez", diz o presidente do Bonsucesso, Paulo Henrique Pentagna Guimarães.

A questão agora é saber se os investidores terão o mesmo apetite que antes para comprar ações do Bonsucesso e, assim, dar os recursos necessários para pagar o UBS Pactual. O Bonsucesso não é o único caso. Um dos maiores bancos de investimentos do País emprestou mais de R$ 700 milhões em um ano para viabilizar aberturas de capital. Foi um sucesso. Por enquanto.


Observe que o foco da reportagem são os bancos e as empresas. A mensagem é: esperar.