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Mostrando postagens classificadas por data para a consulta David Albrecht. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
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11 maio 2011

Crise nas IFRS?

Tom Selling escreve que a adoção das normas internacionais acabou (IFRS Adoption is Dead! (I Think)). Mas sem muita certeza, como se nota no parênteses. Analisando a história recente da convergência entre Fasb e Iasb, Selling relembra que a SEC foi muita passiva no processo e, ao mesmo tempo, omissa. Mais recentemente a SEC anunciou que estaria discutindo a “incorporação das IFRS no US GAAP”.

Este termo é realmente interessante e mostra que os Estados Unidos não estão dispostos a adaptarem-se as normas internacionais. Por isto a dúvida de Selling.

David Albrecht lembra a afirmativa de Orlik: a IFRS está começando a desmoronar e os problemas estão aparecendo.

É interessante que este tipo de discussão não chegou no Brasil. Talvez o fato de que nossa contabilidade estava “atrasada” em relação as IFRS tenha ajudado; isto não ocorre com os Estados Unidos, já que o US GAAP parece ser superior as IFRS. Mas resolvemos adotar um padrão menos testado.

Outro aspecto importante, e que poucos comentam, é que a rigor o Brasil não adotou as IFRS plenamente. Por dois motivos: a) o Banco Central não endossou as normas do CPC; b) as normas do CPC não refletem integralmente as normas internacionais (reavaliação, por exemplo).

15 fevereiro 2011

Links

Poema de David Albrecht para o Dia dos Namorados

A era do petróleo barato acabou

Ministério público investiga BNDES + JBS

Alunos de Oxford e Cambridge ganham o título de mestre sem esforço (dica de Pedro Correia)

Crescimento populacional com Lego (dica de Pedro Correia)

Prejuízo na refinaria da Petrobrás no Japão

Efeito da redução do fumo: redução no número de incêndios

Relação entre governança corporativa e recomendação dos analistas

24 janeiro 2011

Links

Contabilidade de opções: controvérsia entre Floyd Norris e David Albrecht 
A Lei de Benford aplicada a fraudes 

Regras contábeis, política, tempo no Fasb e padrões rigorosos 

"Como eu fiz Arafat perder 2 milhões de dólares" 

Manual da redação da Câmara 

17 dezembro 2010

Como Consertar o Modelo de Auditoria

Para David Albrecht, o atual modelo de auditoria está quebrado. Ele sugere três medidas polêmicas (e interessantes) sobre o assunto:

1. O governo pagaria um bônus para todo problema identificado por uma empresa de auditoria. A lógica é que “auditores e empresas de auditoria são motivadas pelo dinheiro”.
2. Acabar com a política do passivo limitado para o auditor. Atualmente, quando um erro é cometido, uma empresa de auditoria é penalizada de forma limitada. Albrecht sugere que o passivo seja da empresa e se for o caso, fazer fechar a auditoria pelos seus erros
3. Banir as empresas de auditoria. Neste caso, as empresas e seus serviços seriam substituídos por empregados do governo, que emitiriam opiniões. Para ele, funcionários públicos não podem ser piores do que as atuais empresas.

Particularmente acho a terceira alternativa muito ruim.

14 dezembro 2010

Doze dicas para maximizar o seu potencial

Doze dicas para maximizar o seu potencial - Por Isabel Sales

O professor Ph.D. David Albrecht escreveu um artigo publicado na American Journal of Business Education no qual sugere 12 dicas para que os alunos maximizem seu potencial em aulas de contabilidade, o qual recomendo.

Ele conta a história de uma de suas alunas, Brenda, que não se destacava em suas aulas até tirar uma nota baixa, se irritar e afirmar que ainda daria a volta por cima nessa matéria. Claro que o professor não acreditou tendo em vista que, em sua experiência, aquilo era um grave e comum caso de maus hábitos estudantis. Mesmo que alguns alunos tentem uma reviravolta, não conseguem, simplesmente por não saberem estudar apropriadamente para uma aula de contabilidade. Essa doença pode ser curada, mas é necessária uma mudança no panorama, assim como um considerável esforço.

Felizmente Brenda ganhou destaque como uma das alunas preferidas do professor Albrecht. Ela se tornou mais participativa em aula e rapidamente seus comentários refletiam pontos-de-vista fantásticos. Conseguiu, ainda, tirar a nota máxima nas duas avaliações subseqüentes e encerrou o semestre com uma das maiores pontuações.

Muitas vezes os alunos perguntam aos professores como alcançar um bom desempenho nas matérias de contabilidade. Para ajudar, seguem as 12 dicas de Albrecht:

1. Saiba o que o professor espera: Os professores de contabilidade, quase sem exceções, se importam com seus alunos e ficam ansiosos para que se saiam bem nas avaliações. É possível tirar notas máximas, desde que os alunos entendam e identifiquem os conceitos, além de aplicá-los corretamente a qualquer pergunta que o professor fizer. Isso depende mais de boas técnicas de estudo do que de uma excelente inteligência.

2. Aprenda sozinho: A função do professor é apresentar o conteúdo do curso e explicá-lo. Não é responsabilidade dele que você aprenda o material, mas sim que o conteúdo seja apresentado de uma forma que possibilite o aprendizado. Aceite a responsabilidade e seja seu próprio professor.

3. Se empenhe desde o primeiro dia: Não procrastine e deixe o estudo apenas para a véspera das avaliações. Estudar de forma distribuída entre diversos dias ajuda a pensar sobre a matéria, contemplar potenciais aplicações, associar o conhecimento aos conceitos e deixar o subconsciente trabalhar no aprendizado. Estudar na véspera ocasiona ansiedade e estresse que são, comprovadamente, prejudiciais à atividade do lóbulo frontal (onde o aprendizado acontece).

4. Frequente todas as aulas: Há alta correlação entre a frequência regular de alunos e as notas finais. Assim, pense no tempo gasto em aula como tempo de estudo intensificado. Se a sua mente divagar, puxe-a de volta. Mesmo que você saiba a matéria, quanto mais repassar o assunto, maior será o conhecimento, a lembrança e a precisão.

5. Faça boas anotações: Em geral as anotações feitas por alunos não são boas o suficiente. Se esforce para que a sua seja. Anote o que o professor fala e, especialmente, o que coloca no quadro. Dentro das próximas 24h reescreva tudo, isso reforçará os pontos-chave. Se as aulas forem com base em apresentações de slides, confie nos arquivos do professor. Nesse caso o foco deverá ser voltado para o estudo do livro-texto.

6. Participe da aula: Se dois alunos estudarem o mesmo tanto, terá desempenho melhor o que participar ativamente das aulas. Quando o professor falar, imagine que ele está se dirigindo diretamente a você. Se importe, pois aquela é a sua aula. Não tenha medo de participar e dar respostas erradas, você poderá aprender com seus erros.

7. Leia e releia o livro-texto várias vezes: A primeira leitura deverá ser prazerosa, identificando os tópicos do capítulo. A segunda deve ser bem detalhada, com duração de cerca de duas a quatro horas. Ao resolver o dever de casa faça a terceira leitura e volte aos pontos-chave. Após o tópico ser apresentado em aula, leia o capítulo pela quarta vez.

8. Procure padrões: Após fazer boas anotações e ler o livro de forma crítica, você está em uma ótima posição para identificar padrões-chave. Comece enumerando os passos utilizados nas resoluções de problemas. Em seguida, utilize essa lista como guia e inicie a resolução de novas questões. Se você não conseguir completar o exercício com precisão com base nessa lista inicial, acrescente alguma mensagem explicativa ou pontos adicionais.

9. Faça o dever de casa: As regras contábeis foram feitas pelos homens e, nem sempre evidentes por si só, precisam ser aprendidas com base em um processo que inclui repetição e reforço. Resolva todos os exercícios e problemas do livro-texto.

10. Estude com amigos: Pratique a explicação e compreensão estudando com outros colegas. Como benefício adicional, o ato de analisar se o que o seu colega está elucidando é correto ajuda o desenvolvimento do seu senso crítico.

11. Estude muito e com determinação para cada prova: Recomenda-se 15 horas de estudo com foco apenas nas provas. Isso pode aparentar muito esforço, mas ser um bom aluno acarreta um alto custo de oportunidade. Se você não se preparar adequadamente para as avaliações prejudicará uma das principais razões em se fazer uma faculdade. De tal modo, identifique o que o professor espera que você saiba e quão bem, identifique o formato da prova (discursiva, múltipla escolha), refaça provas antigas, reveja suas anotações, trabalhe cada problema, se concentre nos princípios e padrões, assim como em sua aplicabilidade em cenários variados.

12. Tenha uma vida saudável: O lobo frontal do seu cérebro pode reagir negativamente a um estilo de vida prejudicial. Portanto, durma bem, pratique exercícios, beba muita água, se alimente de forma saudável, tome banhos de sol.

Aí estão as dicas para que você se torne um aluno melhor. Te desejo uma boa jornada!

04 junho 2010

Convergência


Em uma declaração conjunta, o FASB e o IASB disseram que o projeto de convergência deve permanecer no prazo de 30 de junho de 2011, mas que a concretização das metas de alguns projetos deve ser estendida para além do segundo semestre de 2011.


Fonte: CPA Sucess

Aqui o texto do Iasb e do Fasb aos membros do G20. Aqui declaração conjunta anunciando a prioridade na convergência.

David Albrecht considerou que estas declarações correspondem a um retrocesso no processo.

Malcolm McKay também considerou que a declaração do Fasb/Iasb que não irão cumprir o prazo de 30 de junho de 2011 para convergência, conforme solicitado por G20, um retrocesso.

Já Rachel Sanderson, do Financial Times, em Deadline setback for global accounting rules, 3 de junho de 2010, afirma que:

Na verdade, para alguns contadores, o principal perdedor pode ser Sir David Tweedie, presidente do International Accounting Standards Board, cuja aposentadoria data deveria coincidir com o prazo de junho 2011, uma situação que teria adicionado brilho ao seu legado.


Foto: Design You

12 fevereiro 2010

Representatividade dos investidores no Iasb

Na semana passada, duas pessoas com background corporativos foram nomeados para o IASB. (...)

Historicamente, os investidores raramente têm uma representação adequada no IASB e nas organizações antecessoras. Normalmente, os membros do IASB têm um background de uma grande empresa de auditoria, mas uma grande minoria dos membros tem origem na contabilidade das empresas. Dos atuais 15 membros do grupo, apenas dois ou três membros possuem um background de um fundo de investimento. (...)

Este é um evento significativo, com implicações graves. Empresas preferem regras contábeis flexíveis, de modo que as transações semelhantes podem ser contabilizadas de forma diferente por empresas ou mesmo por uma única empresa. Os investidores preferem regras contábeis mais rígidas, para que as transações são contabilizadas de maneira uniforme.

Corporações e os auditores afirmam que a contabilidade flexível irá fornecer divulgações mais informativas. Os investidores estão céticos (...)

Investidores nos Estados Unidos devem estar cientes da diferença de foco entre as regras contábeis do FASB e do IASB. Nos Estados Unidos, o objetivo da contabilidade financeira é visto amplamente como o fornecimento de informações aos investidores para que eles possam tomar as melhores decisões de investimento. Em contraste, a finalidade da contabilidade financeira no âmbito do IASB é ajudar as empresas a levantar capital. Na prática, as regras contábeis podem diferir significativamente nas duas ênfases. (...)

Fonte: Investors dissed as Two Appointed to Iasb, David Albrecht, 6 de fevereiro de 2010-02-11

26 janeiro 2010

Frase

Trata-se de saber se os E.U.A. devem adotar as IFRSs. Teóricos da contabilidade (incluindo alguns dos professores mais inteligentes do mundo da contabilidade) e contabilistas e investores estadunidenses dizem que não.

David Albrecht

21 dezembro 2009

Rir é o melhor remédio

Postei anteriormente uma figura sobre o copo de água. Retirei a idéia do blog de David Albrecht, que acompanho sempre. Como meus conhecimentos em programas de imagem correspondem somente ao básico, usei o Paint para fazer a adaptação da idéia de Albrecht. Obviamente a figura ficou um pouco tosca. Para minha surpresa, ecebi um gentil e-mail dele com a figura e os seguintes dizeres:

Cesar,

The font I used couldn't take an accent mark.

Dave

Eis a figura melhorada.

18 março 2009

Outro argumento na discussão IFRS x US GAAP

Tenho acompanhado de perto do blog de David Albrecht, que apresenta sempre uma visão crítica da adoção da IFRS nos EUA. Numa postagem recente, Albrecht, em minha opinião, apresentou um argumento pouco convincente.

Para David, para montar um sistema financeiro global é necessário a livre circulação de capitais e, como conseqüência, regras entre os países que sejam razoavelmente equivalentes. Isto inclui a adoção de uma norma contábil única, a IFRS. Entretanto, para David Albrecht, o capital de uma nação deveria ser considerado um recurso estratégico, como um mineral precioso ou as armas do exército. Finalizando seu raciocínio, Albrecht argumenta que:

A minha conclusão é que se você acredita que o capital pode ser considerado um recurso nacional, então você deve apoiar a manutenção do US GAAP. Se você acredita no fluxo livre de capital, então você apóia a IFRS para os EUA.

22 janeiro 2009

Contabilidade como Língua

Linguagem não é estática. Mais, não existe uma melhor forma para uma língua. (...) Similarmente, não existe uma boa razão para que os EUA discontinue a língua contábil (GAAP) e troque pelo IFRS. Ter múltiplas línguas contábeis no mundo é uma inconveniência menor e a despesas de tradução são, em geral, triviais.
David Albrecht - One world-wide accounting language? - 20/1/2009

07 janeiro 2009

Por que os professores de contabilidade não Blogam?

Esta pergunta foi feita por David Albrecht (Why Accounting Professors Don´t Blog) e a discussão pode ser extendida para o Brasil. Com efeito, existem pouquíssimos blogs de contabilidade no Brasil (do Alexandre Alcântara, do Marcos César, do Lino Martins, entre outros). Para uma profissão com mais de 500 mil profissionais registrados é muito pouco.

Enquanto nos Estados Unidos existem mais de 50 blogs em medicina, 100 em direito e uma grande quantidade em economia, o número em contabilidade é muito reduzido. Albrecht considera que os professores dos Estados Unidos não blogam pelas seguintes razões:

a) A atividade de blogar não conta na carreira acadêmica, ao contrário de publicar artigos em periódicos ou mesmo “dar aula”
b) Ênfase, por parte da elite acadêmica, na “accountics”. Este modelo de pesquisa e publicação na contabilidade deixa de lado o juízo de valor e a opinião, valores que são enfatizados na atividade de ter um blog
c) A natureza dos professores de contabilidade, que são conservadores e tradicionais, resistindo às mudanças.

Analisando os argumentos de Albrecht podemos dizer que são válidos também para o Brasil. Ter um blog não conta na Capes ou numa carreira acadêmica (sequer é considerado relevante. Veja, a título de exemplo, a página do meu departamento , da Universidade de Brasília, que não tem um vínculo para este blog.)

O segundo argumento também é válido. Hoje os professores pesquisadores estão mais preocupados em baixar dados da Economática, fazer testes estatísticos e, a partir daí, tentar propor uma teoria.

O terceiro aspecto também é válido. O conhecimento de internet é escasso e alguns sequer sabem que construir um blog é muito simples nos dias de hoje. Alguns sequer conhecem os instrumentos de agregação de notícias, como o Google Reader (se o leitor não conhece, vale a pena conhecer. Entre na página do Google, cadastre usando um e-mail e faça um link para seus endereços preferidos, incluindo este, obviamente. Toda vez que tiver uma alteração no seu endereço você pode ter acesso através do Reader. Para vocês terem uma idéia, no meu Reader eu recebo em torno de 800 a 1000 alterações por dia, alterações que me ajudam a fazer atualizações diárias no Contabilidade Financeira.).

Acrescento um quarto elemento à lista de Albrecht. Ter um blog requer muito trabalho e dedicação. Temos que ter uma rotina diária, que muitas vezes consome um bom tempo.

30 dezembro 2008

Política e Contabilidade

(...) Eu previ que Obama iria apoiar o IFRS quando eleito. Desde sua eleição, Obama não desapontou em termos do IFRS, nomeando um amigo da IFRS para a cadeira da SEC e fazendo promessas para mudanças radicais na regulação do mercado financeiro.

É verdade, eu escrevi muito como as grandes empresas contábeis apoiam a IFRS por causa do lucro que obtem tão obscenamente. Poderia existir um possível vínculo entre Obama e grandes interesses para os padrões contábeis? Infelizmente, parece que a resposta é sim.

Antes da eleição, Accountancy Age rastreou as contribuições das grandes empresas de contabilidade. Contadores são conservadores e tradicionalmente apoiam os republicanos em geral. Eu poderia esperar que este padrão fosse continuar em 2008. Exceto por duas coisas: McCain opôs-se e Obama está aberto a mudança.

Eu não estou dizendo que Obama poderia ser comprado pelas doações da campanha, mas é verdade que as doações influenciam os políticos. E políticos tendem a apoiar a visão dos seus contribuintes.
Relatou a Accountancy Age em Big Four Staff Put Money on Obama, os empregados das Big 4 apoiaram Obama por uma margem de 2 a 1 em termos das doações da campanha. O montante em dólar não parece ser grande o suficiente para ser significativo, mas o que é significativo?

(...) Empresas contábeis tem certamente feito seu dever de casa e feito pressão para candidatos que mais provavelmente irão adotar IFRS.


Accounting Firms Lobbied Obama for IFRS
David Albrecht – 23/12/2008

23 dezembro 2008

A adoção do IASB

Textos de alunos do prof. David Albrecht discutem se os EUA devem ou não adotar o IFRS.

Aqui o primeiro;

aqui o segundo,

aqui o terceiro e o

quarto.

30 novembro 2008

Suavização do Lucro


Se executivos corporativos possuem uma liberdade para relatar qualquer número que desejar nas demonstrações financeiras, então o que deveria ser o(s) princípio(s) norteador (s) por atrás de suas escolhas? A resposta, fiéis leitores, é que temos de novo a Suavização do Lucro (Income Smoothing) vindo para os Estados Unidos.
Era uma vez nos Estados Unidos, a Suavização do Lucro foi uma prática comum nos Estados Unidos. Suavização do Lucro, pura e simplesmente é uso de manobras contábeis para mudar os relatórios contábeis para que diga uma história desejada. Na sua forma mais pura, toma uma série temporal de lucro líquidos suaviza relataram que até é uma tendência aparente. Os picos são amassados, vales estão preenchidos, e uma linha estética tendência aparece.

(…)Historicamente, verificou-se um debate sobre esta prática. O consenso que surgiu foi que a suavizaçao do lucro aproxima-se da fraude. (...)
O FASB foi bem sucedido em que termina-lo. Seu sucesso pode ser medido através dos muitos exemplos de como desobediência dos executivos corporativos que propositadamente optaram por não seguir as regras contábeis. (...) Ambos os grupos internacionais [Iasb e Iasc] decidiram não lutar contra a suavização do lucro, mas a adotá-la como fundamento para a apresentação de informações financeiras. (...)


Accounting Education Under IFRS - David Albrecht

30 outubro 2008

Mais critica a IFRS

Continuando seu conjunto de textos sobre autores críticos a IFRS, David Albrecht trata de Bob Jensen (Bob Jensen–IFRS Critic, 24/10/2008).
As críticas de Jensen são as seguintes:
1. As IFRS é um conjunto de normas financeiras mais fracas do que os US GAAP promulgados pelo FASB. Isso resultará em um campo para os executivos manipularem os resultados das operações
2. A rápida adopção IFRS não passa no "teste cheiro." (aqui refere-se ao poderoso lobby das empresas de auditoria)
3. O padrão adotado pelo IASB não atenderá às necessidades dos investidores. E será tão ineficaz como as Nações Unidas.

23 outubro 2008

Criticas a Convergência

Continuando sua cruzada contra as normas internacionais, David Albrecht apresenta o pensamento de Ed Ketz (Ed Ketz–IFRS Critic, 17/10/2008). Não achei as idéias tão interessantes quanto as apresentadas por Ball, por exemplo. Mas é sempre bom ver todos os lados de uma mesma questão. Ketz destaca que adotar “princípios” numa contabilidade com uma visão de curto prazo como a dos EUA pode ser perigoso.
Os proponentes da IFRS ignoram as realidades locais, afirma Ketz. Ele critica o Chairman da SEC, considerando-o responsável pela crise financeira.

Ele promove uma contabilidade baseada em princípios então os administradores não têm que seguir regras contábeis e tem mais flexibilidade para manipular suas demonstrações contábeis.

David também faz uma análise da crítica de Tom Selling (Tom Selling–IFRS Critic) que escreveu sobre as razões pela qual adotar a IFRS é uma idéia horrível. A listagem é a seguinte:

Reason 1. IFRS adoption will encounter many similar problems to SOX-404 adoption.
Reason 2. By pushing for IFRS, financial stewards are acting in their own self-interest instead of fulfilling their trust to investors.
Reason 3. IFRS Is No More “Principles-Based” Than US GAAP.
Reason 4. Academic research verifies the value of U.S. GAAP.
Reason 5. GAAP Is Better Than the IFRS.
Reason 6. IFRS is not the best way to improve U.S. GAAP.
Reason 7. IFRS Is Not Compatible with US-Style Corporate Governance.
Reason 8. Would You Have the United Nations Rewrite the US Uniform Commercial Code?
Reason 9. If It Ain’t Broke, Don’t Fix It!

16 outubro 2008

Críticos da Convergência


David Albrecht continua a saga para provar os problemas da convergência das normas dos Estados Unidos com o Iasb analisando textos de Charles Niemeier e Ray Ball.

Charles Niemeier é do PCAOB, entidade criada pela Sarbox para regular o mercado de auditoria. As críticas feitas por Niemeier são diversas e listarei aqui somente aquelas que eu julguei interessante.

Niemeier ataca a afirmação de que a IFRS é baseada em princípios e o US GAAP não. A abordagem conceitual do Fasb é tipicamente uma abordagem fundamentada nos princípios. Ele também não acredita que a adoção da IFRS aumente a comparabilidade dos relatórios financeiros em razão das dificuldades de implantação das normas nos diversos países.

Outro ataque de Niemeier (comprovado pela recente posição do Iasb) é que a normatização da IFRS está mais sujeita as pressões políticas que o GAAP. Veja, por exemplo, o link de hoje.

O texto é longo e você pode ter acesso aqui.

A análise mais interessante é da posição de Raymond Ball. Ball é um dos maiores da pesquisa contábil (seu paper de 1968 é um clássico e divisor de águas na pesquisa contábil). (A análise de Ball pode ser obtida aqui)

Ball cita três razões para não esperar uniformidade nas regras contábeis: (a) diferenças de usuários e necessidades de informações, diferenças nas empresas e setores, diferenças entre países e suas culturas mostram que é difícil imaginar um único padrão para todos os casos; (b) os padrões gerais existem em razão da complexidade do mundo e é difícil cobrir todos os aspectos; (c) as políticas de cada país e a forma de imposição das regras tornam difícil supor que seja possível otimizar o interesse público de todos os agentes.

“A despeito da indubitável integração que ocorreu, notavelmente no mercado de capitais e produtos, muitos mercados e forças políticas ainda são locais e irão permanecer assim por um futuro distante. Consequentemente, não está claro quanto da convergência na prática contábil irá (poderá) ocorrer”


Isto significa dizer que os incentivos dos atores envolvidos no processo de convergência ainda será principalmente local.

09 outubro 2008

Shyam Sunder, crítico da IFRS

David Albrecht, no seu blog, se propõe a analisar 6 críticos da adoção da IFRS nos EUA: Sunder, Niemeier, Ball, Selling, Jensen e o próprio. O primeiro a ser analisado é o PhD Shyam Sunder, professor de Yale, com seis livros publicados (tenho na minha pequena biblioteca pessoal um deles) e 150 artigos. Foi presidente da American Accounting Association, grupo de professors dos EUA de contabilidade.

A análise é feita com três obras de Sunder. Este blog já publicou alguns artigos de Sunder (aqui) sendo que um destes artigos é analisado por Albrecht.
A análise é muito longa, mas recomendo fortemente que leiam o texto aqui