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16 julho 2025

Um erro de marketing, com impacto no custo: um caso curioso


Encontrei no Quora

Em 1984, as Olimpíadas voltaram aos Estados Unidos, e o McDonald's investiu pesado em seu patrocínio aos jogos. Para demonstrar confiança na equipe olímpica americana, a rede lançou a promoção "If the U.S. wins, you win!" (“Se os EUA ganharem, você ganha!”). Os clientes recebiam cartões com um evento olímpico impresso; se os americanos ganhassem medalha de ouro, prata ou bronze naquela modalidade, o cliente ganhava um Big Mac, batatas fritas ou Coca-Cola, respectivamente.

Nenhuma empresa lança uma promoção de “ganhe um ___ grátis” sem estimar bem os custos. O McDonald's provavelmente baseou seus cálculos no desempenho dos EUA nos últimos jogos em que participaram, em 1976, quando conquistaram 94 medalhas (34 de ouro). Na época, a União Soviética e a Alemanha Oriental dominaram com 125 e 90 medalhas, respectivamente.

O que o McDonald's não considerou foi que, em 1984, os jogos ocorreriam nos EUA, e a URSS e seus aliados boicotariam as Olimpíadas (em retaliação ao boicote americano em 1980). Sem a competição do bloco oriental, os EUA explodiram no quadro de medalhas, conquistando 174 medalhas no total, sendo 83 de ouro.

Resultado: o McDonald's teve que distribuir muito mais comida do que previa, incluindo mais que o dobro de Big Macs do planejado. Circularam rumores de que algumas lojas ficaram sem Big Macs e até histórias bizarras, como a de que o então CEO do McDonald's teria cuspido pessoalmente em cada 50º sanduíche — supostamente para afastar clientes (embora ninguém saiba se isso realmente aconteceu).
 

Temperatura e o comportamento da pessoas


Quem não se lembra de Tristes Trópicos? Parece que sempre escutamos que a elevada temperatura dos países tropicais influenciam no comportamento das pessoas. Uma nova pesquisa mostra o seguinte:

Evidências acumuladas indicam que a temperatura ambiental afeta substancialmente os resultados econômicos e a violência, mas as razões para essa ligação são apenas parcialmente compreendidas. Nós estudamos se a temperatura influencia diretamente o comportamento, avaliando o efeito do estresse térmico em múltiplas dimensões da tomada de decisão econômica, do julgamento e do comportamento destrutivo com 2.000 participantes no Quênia e nos Estados Unidos, que foram aleatoriamente designados para diferentes temperaturas em um laboratório. O principal achado é que a maioria das dimensões importantes da tomada de decisão econômica não é afetada pela temperatura. Também constatamos que o calor aumenta significativamente a disposição de destruir voluntariamente os ativos de outros participantes na amostra do Quênia. 

Destructive Behaviour, Judgement, and Economic Decision-making under Thermal Stress - Ingvild Almås et al. Economic Journal, forthcoming (Via aqui)

Há outro interesse aqui: com o aquecimento global, o tema passa a ter um relevância adicional, 

Efeito nas receitas públicas da política de Trump


Veja que interessante:

Os parceiros comerciais dos Estados Unidos, em grande parte, não retaliaram contra as amplas tarifas impostas por Donald Trump, permitindo que um presidente zombado por “sempre recuar” arrecadasse quase US$ 50 bilhões em receitas extras de alfândega a um custo relativamente baixo.

Quatro meses após Trump dar o tiro de abertura em sua guerra comercial, apenas China e Canadá ousaram revidar contra Washington, que impôs uma tarifa global mínima de 10%, taxas de 50% sobre aço e alumínio e 25% sobre automóveis.

Ao mesmo tempo, as receitas dos EUA provenientes de tarifas alfandegárias atingiram um recorde de US$ 64 bilhões no segundo trimestre — US$ 47 bilhões a mais do que no mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados pelo Tesouro dos EUA na sexta-feira.

As tarifas retaliatórias da China sobre importações americanas, as mais consistentes e significativas entre todos os países, não tiveram o mesmo efeito, com a receita geral proveniente de tarifas alfandegárias apenas 1,9% maior em maio de 2025 do que no ano anterior.
 

Não tinha lido isso na imprensa brasileira. O fato de não ter existido retaliação seria por receio de começar uma guerra econômica ou por acharem que Trump irá recuar?  Imagem aqui

Foi provisionado ou não?

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, deve depor em um julgamento de US$ 8 bilhões movido por acionistas que o acusam, junto com outros executivos, de operar o Facebook de forma ilegal ao violar um acordo de 2012 com a FTC para proteger dados de usuários. O caso está relacionado ao escândalo da Cambridge Analytica, que, em 2018, acessou indevidamente dados de milhões de pessoas para fins políticos. Os acionistas exigem que Zuckerberg e os réus reembolsem a Meta pelos custos e multas, incluindo um pagamento recorde de US$ 5 bilhões à FTC em 2019.


Entre os acusados estão Sheryl Sandberg, Marc Andreessen, Peter Thiel e Reed Hastings. O julgamento, em Delaware, será sem júri e deve durar oito dias. Os investidores alegam que Zuckerberg e outros executivos falharam no dever de supervisão e mantiveram práticas enganosas de privacidade. A defesa nega as acusações e argumenta que o Facebook criou equipes de compliance e foi enganado pela Cambridge Analytica.

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui
 

15 julho 2025

CPC 51 finalmente disponível (IFRS 18)

Depois de levar quase um ano para "traduzir" uma norma, a CVM colocou em audiência pública o documento. E concedeu dois meses e meio para discussão e manifestação da norma. 

O documento pode ser obtido aqui 

Lacuna Tributária Britânica

Relatórios recentes revelam que empresas estrangeiras operando no Reino Unido deixaram de pagar cerca de £19 bilhões em impostos, um valor que pode indicar que a lacuna tributária britânica (tax gap) está significativamente subestimada. Os dados, obtidos pela consultoria UHY Hacker Young e baseados em números da HMRC, apontam que empresas norte-americanas são responsáveis por £8,8 bilhões desse montante, o que representa aproximadamente 46% do total.

O blog Tax Research UK argumenta que o valor oficial da lacuna tributária divulgado pela HMRC não leva em conta toda a evasão de grandes corporações internacionais, sugerindo que o déficit real pode ser muito maior.


Já o Accountancy Daily destaca que a maior parte do valor corresponde a impostos corporativos subdeclarados por multinacionais, sobretudo do setor de tecnologia e serviços.