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06 maio 2009

Doping Financeiro

Os clubes de futebol da Inglaterra apresentam hoje elevados níveis de endividamento.

Conforme o jornal Gaceta de los Negocios:

EL fenómeno del dopaje ha trascendido del ámbito de la salud para calar en el aspecto financiero. Obtener una ventaja competitiva respecto a los rivales mediante técnicas insanas que ponen en peligro el futuro de quien las lleva a cabo es una definición tan aplicable al deporte como a la economía. Unos se inyectan EPO para ganar y otros liquidez.

Así lo ha denunciado una comisión parlamentaria británica, que acusa a los grandes clubes ingleses del momento (léase Manchester United, Chelsea, Liverpool y Arsenal) de dopaje financiero . Es lo que ellos llaman contraer un alto nivel de deuda para mantenerse en la elite, aun a riesgo de poner en peligro el futuro de entidades centenarias.


Segundo o jornal, o endividamento preocupa as esferas políticas. A estimativa de dívida geral dos clubes que participam da Premier League é de 4,5 bilhões de euros, sendo 2,8 nos quatro grandes. O Manchester United é o mais endividado, com 990 milhões de euros, apesar do clube ter um balanço relativamente saudável quando Malcolm Glazer assumiu o clube em 2005.

La razón del abultado pasivo de uno de los mejores equipos del mundo responde a las técnicas de ingeniería financiera llevadas a cabo por su nuevo dueño. Al comprar el club, Glazer puso la cantidad que había pagado (que superaba los mil millones) como deuda del equipo para ir amortizándola año a año con los beneficios que genere la entidad.


O texto lembra que os clubes espanhóis também apresentam endividamento preocupante:

Con todo, no son los ingleses los únicos que se dopan financieramente hablando. Sin llegar a los niveles de deuda británicos, los clubes españoles también sufren desequilibrio presupuestario. Según un estudio del profesor de Economía Financ iera y Contabilidad de la Universidad de Barcelona, José María Gay de Liébana, los equipos de la Liga deben más de 3.400 millones. Lo más grave es que el 49,2% de este m onto son deudas a corto plazo que vencen en un año, mientras que sólo el 9% lo obtienen de financiación propia, con lo que la supervivenc ia queda en incógnita. O en manos del dopaje.


Fonte: Acusan a los clubes ingleses de ‘dopaje financiero’ - Carlos Quirós
Gaceta de los Negocios - 6/5/2009 - 33

09 abril 2009

Quem é endividado?

Há cinquenta anos o setor financeiro da maior economia mundial tinha uma divida de 21 bilhões de dólares, o que representava 6% da economia (PIB). Hoje, a dívida é de 17,2 trilhões ou 121% da economia. Aumentou a dívida com as novas formas de passivo.

E o tão acusado governo? Em 1958 suas dívidas eram de 60% do PIB. Cinquenta anos depois a proporção é a mesma.

Em comparação com os bancos, as família possuíam uma dívida de 13,8 trilhões no final de 2008.

Fonte: Who’s Most Indebted? Banks, Not Consumers, New York Times, 3/4/2009

26 fevereiro 2009

Dívida pública e Crise

Uma consequência inesperada da crise é a atuação dos governos democráticos no sentido de evitar que grandes instituições fechem suas portas. Isto significa que esta participação, pelas regras da contabilidade nacional (ONS conjures up a statistical shocker; Public sector debt, 20/2/2009 - Financial Times - London Ed1 – 02) devem ser consideradas como dívida pública.

19 dezembro 2008

Um Default Idiota


Assim definiu Felix Salmon em Ecuador's Idiotic Default(13/12/2008) referindo-se a medida do Equador de suspender os pagamentos aos credores (default). Alguns fatos listados por Salmon:

=> O país deixará de pagar 30,6 milhões de dólares em juros
=> O Equador possui 5,65 bilhões em reservas em dinheiro
=> O serviço da dívida representa somente 1% do PIB do Equador

O Equador não exporta só petróleo, mas também bananas, flores e outros produtos. Default corta a confiança do cliente e do fornecedor. Cria problemas jurídicos internacionais e gera custos (inclusive jurídicos) elevados. Uma das possíveis conseqüências da medida é que o Equador talvez tenha que pagar não somente os juros da dívida, mas também o seu principal.

Existe ainda o impacto político. Será que compensa? E o governo brasileiro, ainda deve ter como parceiros comerciais este tipo de político?
Mais, aqui e aqui. Fonte da Foto: Estadão

19 novembro 2008

Equador

Auditoria quer default da dívida externa do Equador
Valor Econômico – 18/11/2008

A comissão que auditou a dívida externa equatoriana disse que detectou irregularidades vinculadas a quase todas as emissões de bônus pelo país e que recomendará que o Equador declare default de sua dívida de US$ 10,3 bilhões. Após um ano de investigações, auditores descobriram "sinais de ilegalidade, abusos e ilegitimidade" nos contratos de empréstimos e processos de negociação, disse Hugo Arias, coordenador da Comissão Especial de Auditoria da Dívida Externa. Arias disse que a dívida tornou-se "um monstro gigante e impagável" e o não-pagamento dos compromissos relacionados com os bônus - em poder de governos estrangeiros, investidores privados e organizações multilaterais - será "um marco histórico para o país". No sábado, o Equador adiou o pagamento de US$ 30,6 milhões em juros relativos a bônus com vencimento em 2012, valendo-se de um período de carência de 30 dias para avaliar os resultados da auditoria que gerou um relatório de 30 mil páginas e deverá ser divulgado amanhã.

O anúncio fez despencar os bônus referenciais equatorianos e provavelmente congelará os já apertados fluxos de crédito e freará o interesse dos investidores nos setores petrolífero e minerador do país. Com a notícia, a Standard & Poor´s rebaixou em três níveis a classificação da dívida de longo prazo do Equador, para CCC. (...)


O texto é claramente favorável ao default da dívida. Mas Salmon (Ecuador Approaches Default, Felix Salmon, 18/11/2008) lembra que os títulos já estão por um preço baixo e que talvez o default não seja considerado em razão do elevado custo econômico (comércio multilateral, linha de crédito e problemas internacionais) para uma dívida relativamente pequena.

Mas o mercado está considerando isto fortemente pois o spread dos títulos do Equador (EMBI) é de 4.457 sobre o título do tesouro dos EUA (mais arriscado que o Paquistão - 2073 – ou Argentina, 1834). E agora o Equador não tem uma assessoria de advogados compatível com a dificuldade da discussão atual.

18 setembro 2008

Dívidas e Entidade


A tendência em responsabilizar os administradores por atos ilícitos cometidos durante a gestão tem crescido e tornado-se cada vez mais rígida. Dispositivos previstos no novo Código Civil, como o artigo 50, que prevê a responsabilização dos administradores em caso de abuso da pessoa jurídica, caracterizado pela confusão patrimonial, podem gerar efeitos que se estendem até os bens particulares dos administradores ou sócios da empresa.
Por outro lado, ele [Cesar Amendolara, do Velloza, Girotto e Lindenbojm Advogados Associados] diz acreditar que o que mais assusta os profissionais não é a legislação ou a fiscalização, de órgãos como a do Conselho de Valores Mobiliários (CVM) ou Superintendência de Seguros Privados (Susep), mas sim as possíveis ações trabalhistas e previdenciárias que podem surgir.
Bens pessoais são usados para pagar dívida de empresas
12 September 2008
Gazeta Mercantil - Caderno A - Pág. 12 - Andrezza Queiroga

28 maio 2008

Salários em atraso

Futebol: Liga - Salários em atraso passam a impedir participação nos campeonatos
Agência Lusa - Serviço Desporto - 27/5/2008

Lisboa, 27 Mai (Lusa) - A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) passa a exigir a inexistência de dívidas salariais a jogadores e treinadores relativas à época passada nos pressupostos financeiros para a inscrição na temporada de 2008/2009.

Esta exigência foi aprovada na reunião da Comissão Executiva da Liga realizada segunda-feira, depois de parecer prévio favorável da Comissão Técnica de Estudos e Auditoria, e consta no comunicado oficial 216/07-08, hoje enviado aos clubes, ao qual a Agência Lusa teve acesso.

O incumprimento dos pressupostos financeiros é "fundamento para o impedimento de participação, desclassificação para a divisão inferior, perda do direito de promoção ou da exclusão das competições profissionais".

O novo requisito consiste numa "declaração emitida pelo clube [ou SAD], subscrita pelos seus legais representantes, e certificada por Revisor Oficial de Contas ou Sociedade Revisora de Contas, da inexistência da situação de dívidas salariais a jogadores e treinadores com referência à época de 2007/2008".

A Direcção da Liga aprovou este novo pressuposto depois de vários clubes terem considerado, publicamente, que a existência de salários em atraso era uma forma de concorrência desleal.

Além de pretender prevenir a concorrência desleal nas competições profissionais, a Liga tem como objectivo assegurar que os clubes participem nos campeonatos em igualdade de circunstâncias.


Este pressuposto, um mecanismo que é utilizado pela maioria das Ligas europeias, procura ainda ser uma forma de encorajar os clubes a adoptarem uma gestão mais rigorosa e equilibrada na relação entre os objectivos desportivos e financeiros.


Aqui, mostrando que o atraso de salários não é privilégio do Brasil.

21 maio 2008

Confiança Gerencial e Efeito sobre a Empresa


Pesquisa de Ben-David, Graham e Harvey (Managerial Overconfidence and Corporate Policies) empresas com executivos mais confiantes tendem a usar uma taxa de desconto para o seu fluxo de caixa menor. Isso significa que essas empresas investem mais, usam mais dívidas, pagam menos dividendos, compram mais ações e usam mais dívidas de longo prazo. Na primeira parte do texto, os autores investigam se os CFO são confiantes nas previsões. Na segunda parte, associam essa confiança as políticas das empresas. A pesquisa sobre a confiança é muito interessante. Os autores perguntaram o provável comportamento do mercado (SP 500).

Mais uma pesquisa que comprova que o comportamento dos indivíduos afeta as políticas das empresas. (Foto: Flick)

24 dezembro 2007

Dívida do Estado

Uma reportagem muito interessante sobre a dívida do Governo Português com os seus fornecedores. Seria interessante um estudo deste tipo no Brasil?

Estado deve mais de dois mil milhões a fornecedores
Bruno Faria Lopes
Diário Económico 22/12/2007

As dívidas do Estado aos fornecedores cresceram 332 milhões de euros em 2006, uma variação de 19% face ao ano anterior impulsionadas pela subida superior a 32% das dívidas de entidades ligadas ao ministério da Saúde, apontou ontem o Tribunal de Contas.

Segundo o parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2006, a dívida total a fornecedores no final desse ano ascendia a cerca de 2,02 mil milhões de euros, mais de metade já vencida, ou seja, em atraso. Do total desta dívida continuavam por pagar no final da primeira metade deste ano cerca de 873 milhões de euros, mais de 62" dos quais já vencidos.

O Tribunal de Contas - que há um ano levou a cabo pela, primeira vez, a identificação dos principais credores do Estado - realça os efeitos que os atrasos nos pagamentos têm nas contas públicas e na actividade das empresas. O relatório destaca que "quando estão em causa as PME [pequenas e médias empresas], os atrasos nos pagamentos influenciam negativamente a competitividade das empresas". No caso da despesa pública, esta é penalizada pelos "encargos acrescidos" com os juros pagos como compensação pelo atraso. O prazo médio de pagamentos da Administração Pública em Portugal é de 152,5 dias, contra uma média europeia de 68,9 dias, de acordo com dados da Intrum Justitia, uma empresa de recuperação de créditos.

No Orçamento do Estado para 2008, o Governo assumiu como prioridade a execução de um Programa de Redução de Prazos de Pagamento, cujos detalhes deverão ser conhecidos no princípio do próximo ano. uma iniciativa considerada "positiva" pela instituição liderada por Guilherme d'Oliveira Martins.

Explicações do Ministério da Saúde são "inaceitáveis"

Segundo o relatório ontem divulgado e entregue na Assembleia da República, o ministério da Saúde é responsável por quase dois terços (72,4%) da dívida do Estado e por grande parte da subida verificada em 2006, com um aumento de 359 milhões de euros.

O Tribunal de Contas considerou "sob o ponto de vista técnico, inaceitável" o argumento invocado pelo ministério de Correia de Campos, segundo o qual a dívida da Saúde se deveria medir em termos líquidos - ou seja, o montante devido subtraído das disponibilidades - o que diminuiria substancialmente os valores em causa.

Com a excepção da Estradas de Portugal e da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, a maioria dos grandes devedores são entidades ligadas à Saúde, com destaque para os hospitais-empresa. Entre os principais credores - com montantes superiores a cinco milhões de euros - dominam os laboratórios farmacêuticos e a Associação Nacional de Farmácias.

A maioria das dívidas ao Estado, quase 80%, é inferior a 100 mil euros - contudo, a minoria de maiores devedores representa o grosso (30%) do valor em dívida, cerca de 590 milhões de euros.

Em reacção ao parecer do Tribunal de Contas, o ministério das Finanças optou por desvalorizar as críticas e sublinhar as melhorias identificadas pelo relatório na contabilidade pública.

Pontos-chave do parecer do Tribunal de Contas1 - Despesa cresce mais que receita entre 2002 e 2006

Entre 2002 e 2006 as despesas da Administração Central cresceram a um ritmo médio anual de 3,4% - ligeiramente inferior ao aumento médio do PIB, que registou 3,5%. No entanto, o aumento das despesas foi neste período superior ao das receitas, que se ficou por uma subida média anual de 2,8%. A diferença entre o crescimento médio da receita e da despesa resultou num aumento do défice em 1.761,9 milhões de euros nestes quatro anos (de -4.452,5 milhões de euros em 2002 para -6.214,4 milhões de euros em 2006). A evolução entre 2005 e 2006 foi mais positiva, mas as despesas continuam a representar uma percentagem do PIB superior à das receitas. De 2005 para 2006 as despesas passaram de 35,7% para 34,5% do PIB, enquanto a receita se manteve nos 30,5% do PIB. A diminuição da despesa permitiu que de um ano para o outro o défice recuasse 1.551,7 milhões de euros, de -5,2% para -4%.

22 maio 2007

Clubes de Futebol

Duas reportagens sobre as demonstrações contábeis dos clubes de futebol no Brasil. A primeira afirma que a dívida destes clubes está aumentando e atualmente é de 1,344 bilhão.

Dos 10 clubes, 6 registravam débitos acima de R$ 100 milhões no final de 2006: Atlético-MG, Botafogo, Flamengo, Grêmio, Santos e Vasco. Com o caso do atacante Nilmar em 2007 -que gera dívida de R$ 22 milhões-, o Corinthians também ultrapassa hoje o patamar.

Os compromissos fiscais representam a maior fatia das pendência dos clubes. (...) Ao contrário dos débitos com TV, federações e atletas, as dívidas fiscais não geram dependência financeira, pois o governo não faz exigências aos cartolas. Mas podem gerar penhoras de rendas e bens.


A outra reportagem mostra que a dívida elevada aumenta a dependência dos clubes. O título é bastante informativo: Balanços mostram futebol refém de TV, federações e agentes de jogadores

O ciclo começa pelo caixa vazio. A primeira opção dos cartolas é pedir adiantamentos à Globo, que detém a maior parte dos direitos de TV no país. Há também o apelo aos patrocinadores. Até o final de 2006, os dez times tinham recebido antecipadamente cerca de R$ 150 milhões dessa forma.

Por contrato, a emissora adiantou R$ 43 milhões do Brasileiro-2007 antes de a temporada começar. Só que, por intermédio de federações ou do Clube dos 13, os clubes acabaram captando bem mais.

Oficialmente, o C13 nega que adiantamentos possam interferir, por exemplo, na renovação contratual com a Globo -a Record tenta tomar o campeonato a partir de 2009. Nos bastidores, porém, cartolas admitem que a emissora carioca fica mais forte na hora de discutir.


Clique aqui e aqui para ler texto completo

14 janeiro 2007

Dívida perdoada

Da Veja dessa semana (via blog do Reinaldo Azevedo):

Num dos períodos mais lucrativos para os usineiros de cana-de-açúcar no país, o Banco do Brasil concedeu ao setor perdão de dívidas superior a R$ 1 bilhão, segundo documentos obtidos pela Folha.O benefício foi garantido em repactuações de débitos fechadas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobretudo entre 2004 e 2006, referentes a empréstimos e financiamentos contraídos ou renegociados na década de 90.De 2003 para cá, o banco selou acordo com pelo menos 20 produtores, a maior parte do Nordeste. Apenas em quatro casos, a redução no valor alcança cerca de R$ 400 milhões.Dois advogados ouvidos pela Folha com vários clientes nessa situação, que pediram para não ter seus nomes divulgados, disseram que o perdão para os 20 usineiros ultrapassa facilmente R$ 1 bilhão. O grupo pernambucano União, por exemplo, pagou apenas 1,77% (R$ 3,7 milhões) dos R$ 208,63 milhões que devia originalmente.

Eu costumo usar o exemplo dos usineiros em sala da aula para comentar como é difícil fazer análise de balanços. A frase que fazer dívida é ruim (consequentemente endividamento quanto menor, melhor) não é válida. E cito o exemplo dos usineiros, que fazem dívida e não pagam. Fazer dívida pode ser bom.