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Mostrando postagens com marcador contabilidade. Mostrar todas as postagens
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13 maio 2016

O contador



O novo filme estrelado por Ben Affleck, "O contador", ganhou seu primeiro trailer nesta quinta-feira (12). Com estreia prevista para o dia 20 de outubro no Brasil, o longa é dirigido por Gavin O'Connor ("Guerreiro").

Na produção, Affleck ("Batman vs. Superman: O despertar da justiça") interpreta um contador com uma síndrome que limita suas habilidades sociais que cuida da contabilidade de organizações criminosas, mas aceita seu primeiro cliente que parece ser legítimo -- e que leva uma vida secreta como assassino profissional.

Além do ator, o elenco ainda conta com Anna Kendrick ("Amor sem escalas"), J. K. Simmons ("Whiplash - Em busca da perfeição"), Jon Bernthal (da série "Demolidor"), Jeffrey Tambor (da série "Transparent") e John Lithgow ("Interestelar").

Indicado pelo nosso querido amigo Glauber. Fonte: aqui.

16 abril 2016

Rir é o melhor remédio


Dois contadores estão em um banco quando bandidos entram armados. Enquanto alguns bandidos pegam dinheiro dos caixas, outros alinham os clientes contra a parede e seguem pegando carteiras, relógios e outros itens valiosos. Meio ao caos, o contador n. 1 enfia algo na mão do contador n. 2. Sem olhar para baixo o contador n. 2 sussurra: "O que é isso?". O contador n. 1 responde: "São os RS 100 que te devo".

22 fevereiro 2016

25 anos do CCA na Universidade de Brasília

Se você fez parte do curso de Ciências Contábeis da Universidade de Brasília, ou se quer dar uma espiada nesses 25 anos do departamento de Ciências Contábeis, entre no grupo do Facebook. Ele está sendo organizado pelo Neander Nazário e pela professora Fernanda Fernandes.

Compartilhe a foto do seu trote, da sua colação ou de um momento legal com a sua turma, os professores ou servidores. A intenção é fazer um mural na FACE e colocar no site do departamento para compartilhar a história do curso.

Parabéns a todos que fazem parte desta história.

Em tempo:
Não é 25 anos do curso, mas do departamento, o CCA. O curso antes pertencia ao departamento de administração.

21 fevereiro 2016

Instagrams de Contabilidade

Além do Instagram do Contabilidade Financeira, há diversas contas relacionadas a contabilidade. Colocamos algumas abaixo.... você indicaria mais alguma?
(Não incluímos contas vinculadas a escritórios ou outros fins comerciais)

- Ensinando Contabilidade: Instagram do Túlio Rocha ligado a conta no YouTube com o propósito de ensinar contabilidade:
Uma foto publicada por Ensinando Contabilidade (@ensinandocontabilidade) em


- Contabilidade Tributária: De um analista tributário para troca de informações

- Amo Contabilidade: é uma conta irmã da nossa, mas que também dá algumas dicas de estudos, além das queridas piadas de contador


- Suficiência Contábil: Ajuda e auxilia (e faz companhia) para quem está estudando para o Exame de Suficiência


10 fevereiro 2016

O papel da contabilidade nas finanças comportamentais

Resumo:

This short letter argues that insights from behavioral accounting are highly relevant for studies examining human aspects in finance. This is important because research focusing on the users of financial information and their characteristics often assumes that financial information in itself is neutral, unbiased and value-free. However, the information used by investors and capital markets participants for making economic decisions is prepared by accountants, who use their professional judgments by interpreting and applying accounting standards.

Fonte: Andreas Hellmann, The role of accounting in behavioral finance, Journal of Behavioral and Experimental Finance, Volume 9, March 2016, Pages 39-42, ISSN 2214-6350.

31 outubro 2015

As 10 mulheres mais poderosas da contabilidade nos EUA


CPA Practice Advisor has announced the recipients of its 2014 Most Powerful Women in Accounting awards, which recognizes each for their significant contributions to the profession. While some are directly engaged in day-to-day client service as a partner or senior member of an accounting practice, others serve in roles as varied as consulting, media, software development, and even in political office.

Alison Ball - Intuit

Beth A. Wood, CPA – North Carolina Office of the State Auditor

Cheri H. Freeh, CPA, CGMA – Hutchinson, Gillahan & Freeh, P.C.

Dawn Brolin, CPA, MSA – Powerful Accounting

DeAnn Hill, CPA, PFS, CGMA – AICPA/DeAnn Auman Hill, CPA

Deborah DeHaas, CPA – Deloitte LLP

Dominique Molina, CPA, CTC – American Institute of Tax Coaches

Edi Osborne, CSPM, CPVA, CPBA – Mentor Plus

Gale Crosley, CPA – Crosley+Company

Geni Whitehouse, CPA.CITP, CSPM – Even a Nerd

Heather Kirkby – Intuit

Jean Rakich – Thomson Reuters

Jennifer Warawa – Sage North America

Jennifer Lee Wilson – Convergence Coaching, LLC

Karen Abramson – Wolters Kluwer Tax & Accounting

Katie Tolin – SS&G

Michelle Long, CPA, MBA – Long for Success, LLC

Monika Miles – Miles Consulting Group, Inc.

Rita Keller – Keller Advisors, LLC

Sally Glick, MBA – Sobel & Co., LLC

Sandi Smith Leyva, CPA, CMA, MBA – Accountant’$ Accelerator

Sandra Wiley – Boomer Consulting, Inc.

Fonte: aqui

23 outubro 2015

Demonstrações Contábeis ainda são úteis? Sim!

As demonstrações contábeis divulgam o desempenho passado das empresas. No entanto, quando os investidores tomam a decisão de comprar ou vender uma ação , eles estão interessados no desempenho futuro. Além disso, a mensuração contábil é sujeita a uma série de escolhas arbitrárias e não é capaz de capturar o valor dos ativos intangíveis. Por consequência, há distorções nos números divulgados, o que pode prejudicar a capacidade de indicar a perfomance de uma empresa.

O mundo vive uma era de abundância de informações. O custo de produzir, disseminar e obter informação diminuiu drasticamente. Assim, os investidores e analistas de mercados têm acesso a uma série de dados, informações e notícias sobre as empresas. Num ambiente como esse, será que as demonstrações contábeis são úteis para alguma coisa?

Para responder essa pergunta Beaver(1968) sugeriu quantificar a nova informação oriunda das demonstrações no momento de sua divulgaão, mensurando a mudança no preço da ação da fima após esse evento. Se a informação for velha, o mercado terá incorporado essa informação e o movimento será mínimo.

Num artigo bem recente  Beaver e colaboradores usaram essa análise com uma amostra de 700 mil demonstrações trimestrais de 1970 a 2011. O objetivo foi verificar se houve movimentação siginificativa das ações após a divulgação da demonstração de resultado. Os autores constataram que as mudanças de preços foram mais expressivas perto do dia de divulgação. A volatilidade dos preço das ações no período de divulgação foi em média de 2,54, enquanto no período que não houve divulgação foi de 1,58. Além disso, observaram que no período de 2002 a 2011 a volatilidade dos preços no dia de anúncio aumentou substancialmente. Em outras palavras, o valor da informação contábil cresceu na era da Internet. Isso talvez possa ser explicado por mudanças nos padrões contabéis e/ou mudanças regulatórias que aumentaram a confiança do público nas informações.

Fonte aqui


The Information Content of Earnings Announcements: New Insights from Intertemporal and Cross-Sectional Behavior
By William H. Beaver, Maureen McNichols, Zach Z. Wang


March 14,2015Working Paper No. 3338

This study examines the information content of quarterly earnings announcements. We first use a nonparametric approach to investigate whether quarterly earnings announcements are informative between 1971 and 2011 and find unequivocal evidence that earnings announcements convey significantly more information relative to non-announcement periods. We also find that the information content increases over time with a dramatic increase from 2001 onward, a period that includes the implementation of Sarbanes Oxley reforms and the worst economic downturn since the Great Depression. We then investigate cross-sectional variation in information content. We find that the information content of earnings announcements is positively associated with profitability, firm size and analyst coverage.

Fonte: aqui

14 setembro 2015

Ranking Universitário Folha - Ciências Contábeis

Foi publicado pela Folha um ranking universitário. Em ordem, os cinco melhores cursos de Ciências Contábeis são da UFMG, USP, UFRJ, PUCSP e UnB.

Em primeiro lugar no quesito "Mestrado/Doutorado" (a proporção de professores com títulos de mestre e doutor) ficou a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

No ENADE a melhor foi a Faculdade Esamc Sorocaba (ESAMC) (em 263 na listagem geral e uma instituição de ensino privada).

Parabéns a todos!

Para mais, veja as tabelas abaixo:






Para consultar a lista completa, clique aqui.

06 setembro 2015

Entrevista: Escritório de contabilidade

Hoje a entrevista é com o Leonardo W. Rocha, com 28 anos, formado em administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e futuro contador. Atualmente ele é gerente administrativo da empresa Rocha Contabilidade.

Blog_CF: Leonardo, como é o escritório em que você trabalha e qual é a história de sua criação?
Leonardo: A Rocha Contabilidade é uma empresa prestadoras de serviços contábeis que atuam no Rio de Janeiro. Em 1972, Amaro Gonçalves da Rocha (meu pai), hoje sócio da empresa, abriu o escritório em uma pequena sala. Com o passar dos anos, o crescimento da empresa a fez ocupar um espaço maior, que consiste no seu atual endereço, localizado no coração de Copacabana, na Av. Nossa Senhora de Copacabana. Além da prestação de assessoria contábil, a partir do ano 2000 a Rocha Contabilidade passou também a atuar na área de assessoria imobiliária, iniciando suas atividades de compra e venda, administração, dentre outras, fidelizando um número de clientes ainda maior. Atualmente contamos com uma equipe de 20 colaboradores especializados para atender um portfólio de 100 clientes cadastrados.


Blog_CF: Qual parte do seu trabalho é a mais chata, a mais difícil e a mais legal?
Leonardo: Sem dúvida a parte mais chata é cobrar uma maior organização e pontualidade dos clientes. Muitos deles ainda não enxergam a importância de passar as informações corretas e nos prazos estabelecidos.
A mais difícil e desafiadora é estar sempre atualizado sobre a legislação. Diariamente são criadas ou modificadas o que causa um grande impacto na contabilidade brasileira. Enquanto não houver uma reforma tributária, essa sem dúvida, será a parte mais difícil no desenvolvimento do trabalho.
A parte mais legal para mim é quando eu consigo satisfazer o desejo do cliente, independente do trabalho que for. Eu gosto muito de auxiliar no planejamento tributário e na declaração de imposto de renda pessoa física

Blog_CF: O que te inspirou a cursar contabilidade e como foi a sua formação?
Leonardo: Quando eu era mais jovem estava na dúvida entre ser professor de matemática, engenharia de produção, administração ou ciências contábeis. Acabei escolhendo, inicialmente, a administração pois tinha um sonho de ter um restaurantes próprio. Depois que comecei a trabalhar na contabilidade e atender restaurante como clientes, eu mudei totalmente a minha ideia e acabei me envolvendo com a contabilidade. Depois de formado em administração, eu iniciei o curso de ciências contábeis. Eu diria 50% da escolha foi influenciada pelo meu pai.

Blog_CF: Atualmente, qual é a relação de vocês com as mídias sociais?
Leonardo: Nós utilizamos o Facebook e tenho perfil pessoal no Linkedin. Por ser uma empresa familiar com pessoas bem tradicionais e não suscetíveis a mudanças, nós discutimos muito sobre isso, porém não consegui convencer os sócios que isso é uma ferramenta para fidelizar e angariar novos clientes, então ainda não adotamos novas plataformas, além das citadas. O controle das mídias sócias é feito por mim, o que não traz tanta eficácia se fosse feito por um profissional competente.

Blog_CF: Atualmente qual o perfil principal de clientes que te procuram?
Leonardo: Nossa empresa trabalha com pequenas empresas, especialmente as que são tributadas pelo SIMPLES (cerca de 90% dos clientes). Dos sócios dessas empresas, nós auxiliamos na declaração de imposto de renda e no contrato de empregadas domésticas, caso possuam.

Blog_CF: Você tem alguma história interessante de clientes?
Leonardo: Temos um cliente que sempre liga perguntando o número da conta corrente, além de nos mandar os extratos bancários fechados, sem ter a maior noção do que a empresa movimenta. Total falta de organização.

Blog_CF: Que dicas você daria para jovens estudantes que pretendem, um dia, montar um escritório de contabilidade? E para recém formados que estão desempregados?
Leonardo: Para os jovens estudantes que pretendem abrir um escritório, o conselho que eu daria é estagiar antes em escritórios de contabilidade, tentando passar pelos diversos departamentos e fazer um bom networking, cuidando da sua imagem para uma futura obtenção de clientes.
Para os desempregados eu aconselho a nunca pararem de estudar. Qualquer curso, seminário, palestra é muito importante para ampliar o conhecimento. Quanto maior o conhecimento, maior a segurança e capacidade de arrumar um emprego.

Blog_CF: Leonardo, agradecemos a sua disposição em nos atender. Uma entrevista com escritórios não é tão acessível quanto imaginávamos e você foi atencioso, oportuno e solicito. Desejo sucesso em sua carreira!

Disclosure: Conhecemos o Leonardo em interações dele com o Blog Contabilidade Financeira (Blog_CF) e ressaltamos que esta entrevista tem objetivo informativo e não comercial.

29 agosto 2015

Contadores nos créditos finais

Isso não acontece no Brasil (ao menos eu fiquei observando e não encontrei), mas nas produções estrangeiras eles listam os contadores nos créditos finais. Já viu?

Créditos da série britânica "Doctor Who"

Créditos da série canadense, irlandesa e húngara "The Borgias"

Créditos do filme estadunidense "Os Indomáveis"

Sim, eu fico esperando as séries e filmes acabarem para ver quem foi o contador. Eu confesso.

Persistente, tentei mais algumas vezes... no documentário brasileiro “Rock Brasília – Era de Ouro” há a assessoria jurídica, mas nada de contadores. Achei o Controller em “Assalto ao Banco Central” e o Assistente Financeiro em "Carandiru", mas estavam desfocados (no Netflix). Mais alguém viu o fenômeno aqui no Brasil?

30 julho 2015

Dados contábeis, valores do mercado e retorno esperado

Resumo:

Under fairly general assumptions, expected stock returns are a linear combination of two firm fundamentals―book-to-market ratio and return on equity. This parsimonious relation is pervasive, producing expected return proxies (ERP) that predict the cross section of out-of-sample returns in 26 of 29 international equity markets. The average slope coefficient on the ERP is a highly significant 1.05. In contrast, factor-model-based proxies fail to exhibit predictive power worldwide. Integrating the model with a dynamic information structure, we show analytically, and verify empirically, that the importance of return on equity in forecasting future stock returns depends on the quality of the accounting information. This extension also reconciles our model with alternative characteristic-based forecasters. These findings suggest that a tractable accounting-based valuation model provides a unifying framework for obtaining reliable proxies of expected returns worldwide.

Chattopadhyay, Akash, Matthew R. Lyle, and Charles C.Y. Wang. "Accounting Data, Market Values, and the Cross Section of Expected Returns Worldwide." Harvard Business School Working Paper, No. 15-092, June 2015.

24 julho 2015

Regime de Competência e Crise do Setor Público Brasileiro

Será que o regime de competência poderia ter antecipado a crise do setor público brasileiro? Esta é uma pergunta instigante e que merece reflexão. Segundo o historiador Jacob Soll (via How good accounting can save the world – including Greece, Adrian Rollins, Intheblack) a boa contabilidade é essencial para a construção de sociedades fortes e prósperas. O argumento de Soll (imagem) encontra respaldo nas cidades italianas, na França antes da revolução e também na moderna Grécia.

O grande problema das finanças públicas brasileira nos anos recentes foi a “pedaladas”. Este termo é a síntese de uma série de manobras que foram realizadas, particularmente a partir da Secretaria do Tesouro Nacional, para obter resultados positivos. Como a contabilidade brasileira funciona basicamente através do regime de caixa, as pedaladas constituiu um mecanismo capaz de atrasar o pagamento das despesas. A adoção de um regime de competência efetivo, sem a lorota de regime misto, seria um obstáculo a estas manobras?

É interessante notar que o governo do ex-presidente Lula tomou-se a decisão de adotar as normas internacionais de contabilidade. E um dos fundamentos destas normas é exatamente o regime de competência. Entretanto, existia uma nítida preocupação de “apuração de custo”. Aqui tivemos, inclusive, uma contradição, já que o espírito propagado era da adoção do custeio direto, “sem rateios” (uma grande balela que a teoria de custos já tinha detonado há anos). Acontece que o custeio direto não é o mais adequado para o regime de competência.

Ao mesmo tempo, a grande quantidade de itens patrimoniais do governo federal inviabilizou a adoção das normas dentro do prazo previsto. Postergação na data de início da adoção da depreciação terminou sendo inevitável. Além disto, não estava clara a razão das normas, já que a decisão de ordem financeira do governo federal ainda continuava vinculada aos critérios políticos (e partidários) e o orçamento ainda era o foco do processo. Em outras palavras, o regime de competência ainda não foi alcançado.

A pedalada caracterizava por postergar a realização financeira de certas despesas. Assim, o governo atrasava o repasse do dinheiro para a Caixa efetuar os pagamentos de benefícios sociais. Em termos de caixa, o que importava era o momento do repasse. Na teoria no regime de competência a despesa deveria ser considerada em confronto com a receita. Esta regra perde o sentido na área pública. De qualquer forma, existindo a contabilidade pela competência seria muito mais provável que a “dívida” do governo com a Caixa aparecesse na contabilidade. Se o balanço patrimonial fosse um pouco mais claro, seria possível perceber o crescimento do passivo com a Caixa. Além disto, poderíamos notar que existia uma diferença entre o fluxo de caixa do governo e as receitas e despesas, conforme a competência.

O aumento da dívida, o descompasso entre superávit/déficit e fluxo de caixa, além da apuração mais rigorosa dos passivos atuariais futuros, a aproximação da contabilidade pública da contabilidade empresarial e outras nuances possíveis poderia certamente ajudar na percepção de que existiam problemas nas finanças públicas brasileiras.

É bem verdade que já se sabia dos problemas antes de 2015: os jornais já discutiam sobre o assunto, os especialistas tentavam compreender os números e as sutilezas da manipulação já tinham se manifestado. Surpresos ficaram aqueles que não conhecem as contas públicas; ou seja, a enorme parcela de brasileiros que não gosta de números, que foram ensinados na escola a odiar a contabilidade e são capazes de acreditar em tecnocratas com vocabulários difíceis.

Em suma, o regime de competência poderia ajudar. Mas sem uma melhoria na compreensibilidade das contas públicas nada disto seria suficiente. Isto estaria compreendido dentro do que Soll chama de boa contabilidade. E boa contabilidade é a chave da prosperidade.

09 julho 2015

Fazer (e continuar) um blog é um ato de amor


Escrever sobre contabilidade no Brasil não é comum. Não sabemos bem o porquê e já questionamos aqui no blog diversas vezes. Talvez seja por falta de incentivos, de tempo, por vergonha ou por falta de interesse mesmo.

Mas eu, pessoalmente, sou fã de blogs e acho estimulante quando leio, por exemplo, sobre o novo presidente do IASB. É o tipo de informação que eu provavelmente nem procuraria ou saberia que esta por aí... Mas a partir do momento que nos informamos, nos tornamos mais conscientes e responsáveis. Quem é o diretor/presidente da CVM? O que ele faz, exatamente? E no que ele é formado? Eu posso ser diretora da CVM um dia? E do IASB? O que está acontecendo com as demonstrações financeiras da Petrobrás? Como a Moldávia chegou a uma situação tão crítica? O que museus e obras de arte estão fazendo em um blog de contabilidade? E a capa da edição de trajes de banho da revista Sports Ilustrated? A resposta comum a todos é que a contabilidade está, de certa forma, em todo lugar.  E essas questões são sim importantes para aflorarmos nosso lado crítico, entendermos o alcance da nossa ciência, para sermos profissionais bem informados. Nada de alienação por aqui e sempre há a busca da contabilidade em tudo.

Como docentes, professores, educadores, se não formos apaixonados por contabilidade, como ensinar com prazer genuíno? Como mostrar que devemos ter orgulho de nossa profissão? Como ir além do débito e crédito? Ou, mais ainda, como mostrar a beleza e simplicidade dos débitos e créditos?

Como alunos, discentes, cidadãos, profissionais, como passar a terceiros a riqueza da nossa ciência? Todos sabem que, quando se necessita de um advogado para uma causa trabalhista, contrata-se um advogado trabalhista. Óbvio. Quando há demanda por um contador trabalhista, por sua vez, (ou fiscal, forense, tributário), porque essas mesmas pessoas, esclarecidas como são, acreditam que qualquer contador serve?? Claro que podemos sim saber trabalhar em diversas áreas e dar conta de diversas demandas, mas o que questiono aqui é a percepção pública de que a contabilidade é algo absurdamente fácil e simples. “Cabe num disquete”, já me falaram. (E na minha opinião a culpa é nossa, mas isso é assunto para outro dia).

Ao ler o blog eu passei a ter um respeito e carinho por certos assuntos que mesmo após uma ótima graduação, uma especialização fresquinha e atual, eu ainda não possuía. E é daí que vem a minha motivação para blogar: tentar repassar aos outros o que eu tive a sorte de receber. “A contabilidade é linda! Deixa eu te mostrar...”

Então nós três (Pedro, eu e professor César) escrevemos por simples paixão. As vezes publico algumas coisas e nem acho que  haverá impacto. Aí alguém comenta, ou manda um e-mail, e até hoje fico deslumbrada com o efeito dessa interação. Como é legal poder escrever sobre o que gostamos, ter pessoas que leem e gostam também. Não só fazemos o que amamos, como somos reconhecidos por isso.

Aí chegamos ontem a três milhões de acessos. Como assim!? Isso é muita coisa! Nem consigo absorver. Como comentei no Instagram isso é alcançado em pouco tempo por outros tipos de blogueiros... mas escrevendo sobre contabilidade? Uau! É muita coisa! Muita. A maior parte disso é certamente devido ao professor César, que é um gigante. Ele é criativo, inteligente, cheio de energia e iniciativa. O Pedro e eu nos sentimos sortudos por estar por perto, por poder aprender e se inspirar.

Mas aí, quem nos acompanha, compartilha toda essa sorte. Isso é fantástico! Independente de onde você more, basta ter acesso a internet para aprender tudo o que é publicado, discutido e desenvolvido aqui.

Por outro lado, você também poderia muito bem nos ignorar e ir fazer outra coisa. Mas você vem. E participa. E lê. *.* Muito obrigada por tudo isso. Somos eternamente gratos por todo apoio que recebemos e participar do blog, junto com você, é uma experiência incrível.

Tim Tim!


Leia aqui uma postagem do professor César sobre o marco "Dois Milhões"*
*que na verdade foram mais, já que o contador surgiu bem mais recentemente

26 junho 2015

Lei de Benford, demonstrações financeiras e desempenho

Link permanente da imagem incorporada 


Deutsche Bank is recommending a pretty simple math trick that can give you at least an indication whether something is up, even if it doesn't tell you precisely what's wrong. It all rests around Benford's Law, also known as the law of natural numbers. Named after physicist Frank Benford, the law says that in a set of data gathered from real life, such as stock prices, birth rates, and electricity bills, the number "one" will appear most frequently as the first digit of numbers — for example 12, 145, or 1,012. Numbers starting with two to nine then occur much less frequently, getting less common the higher you get.

To give an example, if I took 20 stock prices at random, Benford's Law says about 30%, or six, would begin with the digit one — 110 pence, 134 pence, and 154 pence let's say. The frequency of numbers beginning with digits two, three, four, and so on would decline in probability until we reach nine, the first digit in less than 5% of numbers in real-life data sets.

Whatever is behind the law, Deutsche Bank thinks it can be used to spot companies to steer clear of. In a note sent out Thursday the bank says the law applies equally well to balance sheets and income statements as it does other data sets. Deutsche is by no means the first to suggest this.
If the figures deviate from the law — one is the first digit in 60% of numbers or all digits are equally frequent, say — this "may signal accounting irregularities."
Even if the numbers aren't dodgy, Deutsche Bank's analysis says companies that don't adhere to the law tend to underperform the market anyway, so it's still best to steer clear of them.

Outros estudos sobre o mesmo tema podem ser encontrados aqui

Contabilidade do tráfico

Saiu na rede:


Uma modalidade nova, organizada. Assim foi definida a ação de um advogado acusado de negociar a venda de drogas pelo aplicativo WhatsApp [...]. Carlos, que foi preso na noite de segunda-feira em casa, num condomínio luxuoso na praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, foi indiciado por tráfico de drogas, cuja pena pode chegar a 15 anos de prisão. Ele era investigado há um mês.

De acordo com o delegado Antenor Lopes, da Delegacia de Combate às Drogas, no apartamento do advogado, no condomínio Atlântico Sul, na Avenida Lúcio Costa — avaliado em R$ 3 milhões — os agentes apreenderam meio quilo de cocaína, haxixe, material para endolação, duas balanças de precisão, além de ser encontrada, no celular dele, a contabilidade do tráfico.

“Ele tinha um celular e um iphone, e mais oito chips. Trocava o chip toda hora para confundir a investigação. Ele fez um grupo fechado no WhatsApp com mais de 100 clientes e só participava quem era indicado por algum integrante. Em três meses nesta delegacia, nunca vi grupo tão sofisticado”, garantiu Antenor, acrescentando que ele faturava R$ 50 mil por mês com o tráfico.
Segundo o delegado, Brutus vendia para usuários de classe média alta na Barra, Recreio e Zona Sul, em academias, praias e consultórios. Em fotos no celular, o acusado exibe uma rotina de luxo. Há imagens de lancha e da varanda do apartamento dele que tem piscina.

Segundo levantamento inicial da polícia, entre os usuários que faziam parte do grupo no aplicativo estão médicos, engenheiros, modelos, professores, dois funcionários de uma emissora de televisão e de uma prefeitura do estado, entre outros.

“Vamos monitorar esses usuários, que a princípio não estão indiciados. Ainda queremos saber de onde o advogado comprava as drogas”, contou o delegado Antenor Lopes, frisando que Brutus já possui uma passagem por tráfico.

No celular dele, policiais encontraram a contabilidade do tráfico e os clientes eram identificados por apelidos. “Para identificar um funcionário da prefeitura, chamava de prefeito, por exemplo. Era tudo muito bem articulado”, afirmou Lopes.[...]

Lembram dela? A contabilidade do tráfico? Já falamos diversas vezes sobre isso (aqui, aqui, aqui).

Na sua opinião, porque chamam a lsita de clientes e vendas como "contabilidade do tráfico"?

A nossa possível explicação:
A segunda possível explicação eu denomino de "meliante". Um delegado, em lugar de chamar um suspeito de "traficante" e "bandido", utiliza o termo "meliante" ou algo próximo. A palavra "meliante" demonstra muito mais cultura do que usar o termo "suspeito" ou algo do gênero. De igual forma, falar em "listagem de clientes" ou "anotações" é muito simplório; já o termo "contabilidade do tráfico" possui um poder de impressionar maior.