O diretor da Escola de Saúde Pública de Harvard, Andrea A. Baccarelli, recebeu pelo menos US$ 150.000 para testemunhar contra a fabricante do Tylenol em 2023 — dois anos antes de publicar uma pesquisa usada pelo governo Trump para relacionar o medicamento ao autismo, uma conexão que especialistas dizem ser, na melhor das hipóteses, frágil.
Baccarelli atuou como testemunha especialista em nome de pais e responsáveis por crianças que processavam a Johnson & Johnson, então fabricante do Tylenol. A juíza Denise L. Cote, do Tribunal Distrital dos EUA, rejeitou o caso no ano passado por falta de evidências científicas, descartando o testemunho de Baccarelli no processo.
“Ele selecionou e distorceu resultados de estudos e se recusou a reconhecer o papel da genética na etiologia” do transtorno do espectro autista ou do TDAH, escreveu Cote em sua decisão, que desde então foi apelada pelos autores da ação.
Via aqui. A participação de especialistas em processos judiciais não deixa de ser interessante. A questão é quando a remuneração provoca uma atitude questionável, como foi o caso de Baccarelli. Isto é comum em diversas áreas, inclusive na contabilidade.
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