O resumo:
Como as empresas globais [leia-se Big Four] gerenciam públicos conflitantes em mercados complexos? As quatro grandes firmas de auditoria expandiram tanto em tamanho quanto em escopo a ponto de precisarem se relacionar simultaneamente com diferentes públicos, por vezes em questões controversas. Isso é particularmente relevante diante de sua atuação em planejamento tributário agressivo, em paralelo a suas obrigações profissionais tradicionais, o que gera um conflito entre a discrição oferecida a clientes “offshore” e a responsabilidade oferecida a outros stakeholders. Isso exige uma duplicidade estratégica — envio de sinais diferenciados para públicos distintos. Sugerimos que as firmas utilizam o fracionamento organizacional em estruturas jurídicas e geografias para viabilizar essa duplicidade. Testamos essa hipótese com um conjunto único de dados sobre estruturas de propriedade e número de funcionários das Big 4 em todas as localidades, mostrando que suas organizações são fortemente segmentadas. Demonstramos que elas utilizam essa diferenciação geográfica e legal para enviar sinais contrastantes: aos stakeholders “onshore”, um sinal de transparência, e aos “offshore”, um sinal de discrição. Essa dualidade lhes permite atuar em questões controversas com públicos conflitantes.
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Eis o número de funcionários pela população:

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