O crime organizado possui uma forte relação com a contabilidade. Com frequência, a imprensa divulga a descoberta de registros contábeis de grupos criminosos. No entanto, além dessa associação direta entre contabilidade e crime, a própria existência do crime organizado pode fomentar negócios ilícitos e impactar negativamente empresas que dependem de um ambiente social estável, livre da ameaça criminosa.
Muito certamente, a existência de crime organizado é ruim para os negócios. O Índice Global do Crime Organizado analisa 193 países com base na escala de atividade criminosa. Sua estrutura está dividida em: a) Influência e estrutura dos atores criminosos: por exemplo, grupos do tipo máfia, redes criminosas, agentes infiltrados no Estado; b) Escala e impacto dos mercados criminosos: por exemplo, tráfico de armas, comércio de heroína, tráfico de pessoas; c) Resiliência de cada país ao crime organizado: por exemplo, sistema judicial, transparência governamental.
Os países recebem uma nota entre 0 e 10, conforme o grau de controle exercido por grupos do crime organizado sobre suas atividades econômicas diretas. A Somália, por exemplo, recebeu, na última avaliação, uma nota 9,5, indicando uma forte presença do crime organizado. A mesma nota de Myanmar, Colômbia e Venezuela. A Itália, terra da Cosa Nostra, recebeu uma nota 9, um ponto a mais que o Brasil.
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