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26 março 2021

Taxa de Retorno sobre Imóveis

Resumo:

Real estate—housing in particular—is a less profitable investment in the long run than previously thought. We hand-collect property-level financial data for the institutional real estate portfolios of four large Oxbridge colleges over the period 1901–1983. Gross income yields initially fluctuate around 5%, but then trend downward (upward) for agricultural and residential (commercial) real estate. Long-term real income growth rates are close to zero for all property types. Our findings imply annualized real total returns, net of costs, ranging from approximately 2.3% for residential to 4.5% for agricultural real estate.

Chambers, David and Spaenjers, Christophe and Steiner, Eva Maria, The Rate of Return on Real Estate: Long-Run Micro-Level Evidence (January 5, 2021). HEC Paris Research Paper No. FIN-2019-1342, Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=3407236 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.3407236



25 março 2021

Finalmente o Brasil está preocupado com o Covid?

 

O Google Trends mostra o número de vezes que uma palavra é pesquisada no Google. No gráfico de cima, o termo Covid no Brasil. O ponto máximo na pesquisa no Google está ocorrendo agora. Parece que nosso país realmente ficou preocupado com o Covid. 

O resultado do resto do mundo está abaixo do primeiro gráfico. Veja que o maior volume de pesquisa mundial ocorreu no surgimento da doença.

Eis o gráfico da Itália


Portugal


Espanha
Estados Unidos






Para sua próxima reunião de negócios

 Uma transação transformacional 

 Um racional estratégico convincente 

 Forte complementaridade geográfica 

 Uma oportunidade única de aprimorar e expandir nosso ecossistema

 um player estratégico 

 uma proposta de valor premium 

 um ecossistema poderoso, omnicanal e integrado 

 maximiza a monetização 

  nosso ecossistema o tornará mais forte e abrangente 

  Act for food 

  nos permitirá capturar um maior Share of Wallet dos clientes 

  Desenvolver ainda mais o e-commerce graças ao aumento da capilaridade 

  A transação irá desbloquear um valor adicional significativo 

  O componente em ações suportará a performance do negócio 

  forte incentivo para uma rápida captura de sinergias

Gostou? Sugestão: anote para sua próxima reunião de negócios. 

Frases dos slides de apresentação da aquisição do BIG pelo Carrefour. 



Rir é o melhor remédio


Menos tempo de tela na pandemia. Como?

 

24 março 2021

UGC, Petrobras, CVM, CPC ... - 2



A Refinaria Abreu e Lima teve um estudo da área técnica da empresa Petrobras e um primeiro relatório trouxe um valor presente líquido negativo de 3,067 bilhões de dólares. Quando este valor é negativo significa dizer que a riqueza que será gerada pelo investimento é menor que o valor deste investimento. Em situação de racionalidade você não deve fazer este investimento.

A diretoria da Petrobras fez algo diferente. Modificou alguns itens dos cálculos e incluiu uma maior utilização da refinaria, uma redução na taxa, considerou a possibilidade de obter uma desoneração fiscal e calculou que se não fizesse a refinaria perderia 0,722 bilhão de mercado. Todos estes novos itens "melhoraram" os números apresentados e a Refinaria passou a ter um valor presente líquido positivo de 0,076 bilhão. O seja, bem próximo do limite mínimo. 

Em tais situações, talvez um pouco de cautela fosse necessário. A história mostrou que a desoneração fiscal não aconteceu e isto significava US$1,251 bilhão no cálculo. E isto era uma das novidades do novo cálculo. 

UGC, Petrobras, CVM, CPC ...

 No final do ano passado, a Comissão de Valores Mobiliários reuniu seus diretores para julgar os procedimentos contábeis da Petrobras relacionados com o teste de impairment e a atuação dos seus executivos, que assinaram as demonstrações contábeis. 

A questão começou quando denúncias de corrupção na Petrobras começaram a aparecer no noticiário policial e político. Haveria uma esquema, onde alguns diretores receberiam uma percentagem pelas decisões que seriam realizadas na empresa. Alguns fornecedores, interessados em vender para a Petrobras, pagavam uma comissão sobre o valor da transação e este dinheiro era usado para fins políticos e particulares. 

Mas como isto passava pela contabilidade da empresa? O valor adicional nas compras é complicado de ser rastreado, mas fez com que os eventos fossem registrados incluindo a comissão cobrada pelos diretores. Descoberto o esquema, este adicional deveria ser considerado como uma despesa. Diante da recusa do auditor em assinar um balanço onde o ativo estaria superestimado em razão da comissão cobrada, a gestão da empresa finalmente concordou em levar a resultado uma grande parcela do ativo sob a forma do teste de impairment. 

Este teste obriga a empresa a comparar o valor registrado na contabilidade com aquele usado nas transações do mercado e com o fluxo de caixa que será gerado, trazido a valor presente. Se o valor existente na contabilidade estiver superestimado, isto deveria ter sido considerado no resultado da empresa ao longo do tempo. E realmente isto aconteceu, já que nos anos anteriores a Petrobras tinha feito decisões de investimento inadequadas, colocando recursos em projetos inviáveis financeiramente. 

Como o teste de impairment é uma espécie de alerta para os usuários da informação de que a empresa tomou decisões inadequadas no passado, em geral não é bem aceita pelo mercado. Assim, há uma regra informal na contabilidade de tentar ser reprovado no teste. Em outras palavras, o nome "teste" não é gratuito: se houver lançamento como despesa é sinal de que a empresa foi reprovada no teste em razão de decisões passadas ruins. 

A questão da Petrobras é o gigantismo dos números. Em 2015 a empresa publicou seus resultados com perdas de 45 bilhões de reais. Uma perda tão grande não aparece do nada. 

A área técnica da CVM resolveu investigar as demonstrações de 2010 a 2014. Depois de analisar documentos da empresa, a área técnica fez alguns questionamentos para as pessoas que comandavam a Petrobras no período. Com a resposta, alguns pontos nebulosos surgiram e o caso foi levado para julgamento. A decisão se a empresa agiu corretamente ou não deveria ser dos diretores da entidade que regula o mercado de capitais. 

O grande problema é que o teste de impairment é muito subjetivo. Sua aplicação deve ser feita pelas empresas, usando uma comparação de três valores: o valor que está registrado na contabilidade, o valor usado no mercado e a riqueza que será gerada a valor presente. O primeiro valor é bem objetivo. O segundo é um pouco menos, dependendo do que estiver sendo mensurado. Mas o terceiro é muito subjetivo e depende da opinião de quem está fazendo o teste. 

Se o teste fosse usado para cada item que a empresa possui, o custo de seu cálculo tornaria impraticável o procedimento. Em lugar disto, é possível juntar os itens em grandes "unidades", chamada de geradora de caixa (UGC é a sigla usada). E assim calcular as três medidas necessárias para cada UGC da empresa. Há um requisito necessário para fazer isto: é preciso "coerência" por parte da empresa. Em termos práticos, a coerência significa que um item que estava em uma UGC não deve ir para outra UGC ou ficar de fora do teste. 

Foi exatamente isto que ocorreu na Petrobras entre 2010 e 2014, conforme comprovou a área técnica da CVM. Olhando a UGC chamada de refino, a Refinaria Abreu e Lima e o Complexo do Rio de Janeiro, a área técnica percebeu grandes incoerências nos procedimentos da Petrobras. 

Veja o caso da Refinaria Abreu e Lima. Em 2010, quando começou o teste de impairment no Brasil, não foi feito o teste para esta Refinaria. No ano seguinte, a Petrobras fez o teste e concluiu que a Refinaria tinha "passado". Em outras palavras, o valor da contabilidade era menor que a riqueza que a unidade iria gerar no futuro, conforme a estimativa da empresa. Em 2012, a Refinaria foi incluída dentro da UGC Refino e foi feito um único teste. Nada de anormal foi constatado. Isto também ocorreu nos anos seguintes. 

Quando começaram a surgir as notícias dos escândalos da Petrobras, a contabilidade separou a Refinaria Abreu e Lima. Isto não era "coerente" com o procedimento anterior. Uma parte continuou na UGC Refino e o teste não acusou nada. Mas a outra parte, correspondente ao "2o. trem de refino" da unidade, foi testada e foi reprovada. Enquanto a contabilidade tinha um registro de 16,5 bilhões de reais para esta parte da refinaria, o teste chegou a um resultado de 7,4 bilhões. Diante do teste, a contabilidade registra o novo valor e a diferença aparece no resultado da empresa, com um sinal negativo. Veja que o valor do teste é menos que a metade do valor registrado e a Petrobras só percebeu isto após surgirem as notícias informando dos desvios de recursos. 

O caso do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro também é parecido. Em 2010, a Petrobras não fez o teste. Em 2011, a empresa fez um teste parcial, do primeiro trem de refino somente. O resultado foi um "aprovado". Em 2012, o primeiro trem foi novamente testado, agora dentro da UGC Refino. Mas o segundo trem não foi testado. No ano seguinte, o Comperj foi testado na sua globalidade, dentro da UGC Refino.

O ano de 2014 foi um divisor para a empresa. Com um teste isolado da UGC Refino, o Complexo Petroquímico chegou a um resultado de 4 bilhões de reais. Ao olhar no registro contábil era possível perceber um valor de R$25,8 bilhões. E esta diferença só foi percebida em 2014. 

Mesmo diante deste números, os diretores e membros dos conselhos da empresa alegaram que isto tudo era muito técnico. E como a área técnica da empresa era bastante competente e estava seguindo as regras internas da empresa, confiaram nos valores apresentados. Para finalizar, lembraram que isto passou pelo olhar dos auditores, que não reclamaram do que estava ocorrendo na empresa. 

Todas as alegações foram, de certa forma, aceitas pelos diretores da Comissão de Valores Mobiliários. Pode parecer que este tenha sido o grande problema deste caso, mas realmente não foi. Como afirmado antes, o teste não é objetivo. Vale o valor colocado pela empresa e o responsável pela correção do teste, aqui a CVM, não pode reprovar, mesmo que a situação tenha sido tão surreal. 

Capítulo adicional de Steinhoff


A empresa Steinhoff apresentou alguns problemas no final de 2017. Eis um resumo, publicado no blog:

Originalmente é uma empresa alemã, fundada em 1964. Em 1997, a Steinhoff comprou parte de uma empresa da África do Sul e terminou por mudar sua sede, atraída pelos baixos custos de produção. Também tornou-se uma empresa com ações negociadas na bolsa de Joanesburgo. 

Na década seguinte, a empresa comprou a empresa Conforama, com atuação em diversos países da Europa e mais de 200 lojas. Em dezembro de 2015 passou a ter ações negociadas na bolsa de Frankfurt, embora a gestão continuasse na África. Sua atuação cobre mais de 30 países, 40 marcas, com uma forte presença na Europa. No dia 8 de dezembro a empresa informou que estava cancelando uma reunião anual com banqueiros em Londres, originalmente marcada para esta segunda, reprogramando para o dia 19 de dezembro. Dois dias antes, no dia 6 de dezembro, seu principal executivo tinha renunciado ao cargo depois que a empresa anunciou irregularidades contábeis. Além disto, a empresa informou que estava adiando a divulgação dos relatórios contábeis. 

Mas não somente isto. Anteriormente, a Steinhoff adquiriu uma empresa, a Mattress, de varejo de colchões.

Agora, algumas seguradoras, que tinham apólices de responsabilidade para a gestão da empresa, concordaram em efetuar um pagamento de 93 milhões de dólares. Este dinheiro será oferecido aos acionistas prejudicados com os eventos ocorridos

Rir é o melhor remédio

 

Terminando a prova

2020 foi um ano estranho

 

O gráfico mostra o resultado divulgado até o momento para as empresas de capital aberto no Brasil. Do lado esquerdo, queda no lucro líquido das empresas e na receita operacional. Tudo normal, conforme o ambiente de pandemia que vivemos no ano. Mas do lado direito, aumento no valor de mercado. Enquanto a receita caiu 9%, o valor de mercado aumentou 8,5%. O lucro diminuiu em quase 25%. Faz sentido? 

(Dados obtidos na base Economática, no dia de ontem. Somente foram consideradas as empresas com informação disponível. Assim, o número de empresas é diferente entre cada variável, apesar de ser constante ao longo do tempo)

23 março 2021

Palavras são palavras: o caso da arbitragem da Eldorado


Eis a notícia 
A 2a Vara Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo suspendeu ontem (21) a transferência do controle da Eldorado Brasil Celulose para a Paper Excellence, de acordo com um fato relevante da empresa. Segundo a comunicação da Eldorado, o juiz da 2a Vara Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo decidiu suspender todos os procedimentos para a transferência de controle da empresa de celulose da J&F Investimentos para a Paper Excellence. 

A Paper Excellence ganhou o processo de arbitragem contra a J&F em fevereiro, após mais de três anos de discussões, e obteve o direito de concluir os procedimentos acertados na venda da Eldorado, em 2017. A suspensão foi concedida numa ação em que a J&F pede a anulação do processo de arbitragem. 

A arbitragem é um consenso entre as duas partes para facilitar a resolução de um conflito. Quando uma partes perde, não faz sentido pedir a anulação. Mais ainda um juiz suspender o processo. Ou será que eu perdi alguma coisa ...

Imagem: aqui

Grupo de trabalho criado pela Fundação IFRS para a sustentabilidade


Os curadores da Fundação IFRS (International Financial Reporting Standards) formaram um grupo de trabalho para trabalhar na harmonização dos padrões globais dos relatórios de sustentabilidade. O resultado esperado serão recomendações técnicas para um novo conselho de padrões. 

Aparentemente há um clamor para que os padrões existentes na área ambiental, social e de governança sejam consistentes e coerentes. O interesse de investidores encontra, na prática, um grande número de padrões potenciais. Em outubro do ano passado, cinco destas organizações que já emitiram padrões na área resolveram tentar fazer um processo de harmonização. Estas entidades são o Sustainability Accounting Standards Board, o International Integrated Reporting Council, o Global Reporting Initiative, o Climate Disclosure Standards Board e o Carbon Disclosure Project. 

A entidade que reúne as bolsas de valores e a Federação Internacional de Contadores encorajaram a Fundação IFRS a organizar um conselho de padrões para a área, sob a supervisão da Fundação. A primeira reunião do grupo de trabalho deverá ocorrer no próximo mês. 

Mais aqui

Volkswagen é uma grande surpresa do mercado


A empresa alemã Volkswagen manipulou a emissão de carbono nos seus veículos. O escândalo custou uma mancha na sua reputação e muitos milhões de multa. Mas agora a Volkswagen renasce e parece ser a grande aposta do mercado para concorrer com a Tesla. 

Nos últimos dias, a empresa teve uma grande valorização no mercado acionário. Com um preço sobre lucro de 13, a ação saiu de 150 euros, em janeiro, para 230, agora (gráfico).  O Deutsche Bank informou que sua avaliação da empresa, negócio de carros elétricos, é de 230 bilhões de dólares. O valor atual é bem inferior a esta cotação. Alguns analistas calcularam um preço de 270 euros para empresa. 

Atualmente, a Volks é a maior empresa em negociação no mercado alemão, acima da SAP. Uma das razões do otimista é que a empresa deverá ultrapassar a Tesla na entrega de veículos elétricos (EV), já que lançou um SUV compacto mundialmente. E a empresa tem planos de transformar a fábrica de Barcelona, produzindo 500 mil veículos ano.

Rir é o melhor remédio

 

Depois de um ano de pandemia ...

22 março 2021

Auditoria deve detectar fraude?

Ainda texto do Digg sobre a proposta do Reino Unido de reforma na contabilidade. Uma questão interessante é qual o objetivo da auditoria. Eis um trecho interessante:

Em março de 2007, o ex-presidente da PwC dos EUA, Dennis Nally, foi entrevistado pelo WSJ:

WSJ: O trabalho de um auditor é tentar encontrar fraudes?

Nally: Com certeza. Temos a responsabilidade de executar procedimentos que detectem fraudes, assim como temos a responsabilidade de executar procedimentos para detectar erros nas demonstrações financeiras.

WSJ: Você parece bem certo, mas as empresas como um todo frequentemente evitam alguma responsabilidade por encontrar fraudes, especialmente em tribunais.

Nally: A profissão de auditoria sempre foi responsável pela detecção de fraudes. O debate sempre foi até onde você carrega isso, que tipo de procedimentos você tem que desenvolver e em que ambiente. A questão clássica passa a ser o custo-benefício de tudo isso e é por isso que acho que existe essa lacuna de expectativa.

Em 2011, Nally mudou de tom. Helen Thomas, do Financial Times, perguntou ao presidente global da PwC, Nally: “E quanto a fraude ou contabilidade fraudulenta?

(...) Existem padrões profissionais lá fora [e] uma auditoria não é projetada sob esses padrões para detectar fraude ", [Nally] diz, apontando que a detecção de comportamento fraudulento depende de outras indicações, incluindo a governança da empresa, tom de gestão e sistemas de controle. As razões pelas quais isso foi feito é porque, embora sempre ouçamos e lemos sobre fraudes de alto perfil, o número dessas situações que você realmente encontra na prática é mínimo.

Proposta do Reino Unido tem chance de dar resultado?

Após ler no Digg um longo comentário, a resposta da pergunta seria Não. 

Recentemente , o Reino Unido apresentou uma proposta de reforma da regulação contábil, com foco nas grandes empresas de auditoria. Mas o texto é crítico

Seria um grande erro para o Reino Unido modelar suas reformas - aquelas que têm tanto ímpeto e necessidade urgente - após a reforma dos auditores dos EUA que falhou tão miseravelmente. Os investidores do Reino Unido merecem mais. Escrevi em 2012, dez anos após a aprovação da Lei Sarbanes-Oxley, que a lei e a fraca aplicação dela não conseguiram restaurar a confiança dos investidores nas firmas de auditoria após o fracasso da Arthur Andersen em mitigar a fraude na Enron. Quase vinte anos depois do meu veredicto é ainda mais severo. A lei Sarbanes-Oxley revelou-se uma mistura negociada de regras que mal foram aplicadas e gradualmente diluídas até um centímetro de sua intenção original, tudo para reduzir custos para empresas e aumentar novas listagens de ações.

Qual a razão desta opinião? 

Isso porque as maiores firmas de auditoria globais capturaram totalmente o governo e o aparato regulatório por meio da porta giratória e têm um objetivo comum de sustentar o mercado de ações e as empresas, independentemente do custo para os trabalhadores e pequenos investidores. Após a crise de 2008, quase nenhum auditor foi multado ou preso por não alertar a sociedade.

A base da proposta foi um relatório feito por Brydon, ex-presidente da Bolsa de Londres, que recomendava

incluindo a proposta de uma nova definição do objetivo de uma auditoria corporativa . Ele também enfatizou por que se deve esperar que os auditores ajam como “cães de caça” que detectam fraudes corporativas. 

O texto é crítico com a possibilidade da proposta gerar resultado. O relatório final é longo, irá a consulta pública até julho e deve gerar muitos e-mails. 


Rir é o melhor remédio

 

Manequim verdadeiro

21 março 2021

Língua alemã e o Coronavírus

A língua alemã tem um vocabulário enorme e a todo momento está criando novas palavras, a partir da junção de palavras já existentes. Além de uma gramática complexa, o alemão tem no vocabulário um desafio para quem deseja aprender a língua.

O Coronavírus permitiu a junção de palavras, com o aumento no vocabulário. O Leibnitz Institute afirmou que mais de mil palavras novas foram criadas. A seguir, algumas delas (via aqui)

Máscara facial para proteger do vírus. Junção com a palavra Kondom (camisinha)
Pessoa que age como hamsters
Esta é boa: ansiedade causada pelo Corona. 
Típico de nosso tempo: estilo de cabelo provocado pelo corte doméstico
Beber cerveja respeitando a distância social
Em lugar do aperto de mão, o toque dos pés.


Rir é o melhor remédio

 

Depois de trabalhar em uma empresa de auditoria

Horas de sono

 

Estudo publicado (via aqui) mostra que os holandeses dormem, em média, 5 minutos a mais do que as oito horas recomendadas. O brasileiro tem um déficit de sono de 26 minutos. Japão e Cingapura são piores. 

20 março 2021

NFT é um ativo?

 


Bom, em primeiro lugar é importante entender o que significa NFT. Eis um texto do Estado de S. Paulo sobre o assunto:

(...) NFT, uma tecnologia que promete mudar a percepção de propriedade e comercialização de bens digitais.   

É difícil imaginar como um arquivo, que pode ser replicado infinitas vezes, tenha o status de obra de museus, pois o que caracteriza peças do tipo é a aura de serem únicas. Muitas vezes, o que garante a originalidade dessas obras são certificados de autenticidade. O NFT (sigla para “token não fungível”) funciona da mesma maneira: é um registro de que uma peça é única e tem dono. Ou seja, quem compra uma arte digital via NFT não está levando um arquivo que pode ser submetido com facilidade aos comandos de copiar e colar — está levando um certificado único, que não pode ser substituído.  

Os certificados de NFT usam a estrutura da tecnologia de blockchain, que, assim como acontece com o bitcoin, oferece um registro seguro, transparente e descentralizado. Quando o sistema anota que uma pessoa é dona de um bem digital, é impossível apagar ou duplicar o registro — e todo o histórico de transações envolvendo esse NFT fica disponível. 

Isso não significa que apenas o dono do NFT possa ter acesso ao arquivo JPEG — a obra recordista do Beeple poderá ser reproduzida em infinitos celulares e computadores. Da mesma forma que a Mona Lisa é reproduzida em diferentes formatos, as obras certificadas com NFT podem ganhar cópias. Porém, assim como o museu do Louvre é dono do certificado de autenticidade da obra mais famosa de Leonardo Da Vinci, apenas uma única pessoa é dona do NFT da obra de Beeple.

O conceito de ativo inclui a geração de riqueza, baseado em uma transação que ocorreu no passado. E esta riqueza está sob o controle da entidade. Seria o NFT um ativo? Um adendo:

Para quem planeja entrar nesse mercado com expectativas de lucros nas mais variadas frentes possíveis, os especialistas lembram que o NFT não garante o direito autoral da obra em questão — embora ainda existam muitas questões a serem debatidas na área. A princípio, o NFT é apenas o registro de compra de um item colecionável, como acontece na aquisição de um quadro no mundo físico — a não ser que no contrato esteja especificado algum direito em relação à obra. Olhando para o mundo real: ter uma foto original de Sebastião Salgado não garante ao detentor o direito de vender livros e camisetas com aquela imagem. 

“É um mercado que ainda está em fase de experimentação. Mas há uma boa razão para acreditar que colecionáveis digitais podem valer mais que colecionáveis físicos. Eles são mais líquidos: a venda é mais simples (qualquer um na internet pode participar) e a aquisição é instantânea, sem necessidade de logística”, explica Pakman. Pode parecer loucura, mas o NFT não altera uma premissa básica da arte: a beleza — e o valor — está nos olhos de quem vê. 

A Imagem acima foi vendida em leilão por 69 milhões de dólares.