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10 fevereiro 2021

Relação custo-benefício

Segundo um levantamento (via aqui), a legislação contra lavagem de dinheiro consegue interceptar 3 bilhões de dólares por ano de um total estimado de recursos de 3 trilhões. Ou seja, uma taxa de sucesso de 0,1%. O custo estimado para bancos e outras empresas é de 300 bilhões, incluindo os custos de conformidade. Ou, 100 vezes o montante recuperado. 

Se as autoridades recuperam cerca de US$ 3 bilhões por ano de criminosos, enquanto impõem custos de conformidade de US$ 300 bilhões e penalizam as empresas com outros US$ 8 bilhões por ano, é razoável perguntar se o verdadeiro alvo das leis contra a lavagem de dinheiro são as empresas legítimas e não as empresas criminosas.

Há um elemento faltante nesta análise: sem a legislação, talvez os fundos poderiam ser maiores que os 3 trilhões estimados. Isto deveria ser contemplado nos benefícios. De qualquer forma, os números demandam um questionamento sobre a necessidade das leis deste tipo. (Fonte imagem aqui)

Idade dos CEOs


 Ainda sobre a idade (antes, aqui), a idade média dos CEOs está aumentando. Também, via aqui

Rir é o melhor remédio

 

Geração de telefone

Sobra de caixa

 Eis uma notícia talvez inesperada:


Apesar da pandemia do novo coronavírus, estados e municípios fecharam 2020 com quase o dobro de dinheiro em caixa em relação ao ano anterior, segundo dados do Tesouro Nacional e do Banco Central. De acordo com as duas instituições, o saldo de estados e municípios passou de R$ 42,7 bilhões em 2019 para R$ 82,8 bilhões, no fim do ano passado, uma alta de 94%. Trata-se da maior disponibilidade de caixa para prefeitos e governadores em ao menos 19 anos (...). 

 “Esse fôlego ocorreu graças a três eventos extraordinários — à transferência realizada pela União; ao pagamento do auxílio emergencial; e à suspensão da dívida dos estados. É uma melhora real, porém, passageira, absolutamente transitória. A preocupação com a situação fiscal dos estados continua”, declarou [presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Rafael Fonteles, secretário da Fazenda do Piauí]. Ao todo, estados e municípios receberam R$ 60 bilhões em quatro parcelas, pagas entre junho e setembro, segundo os dados do Tesouro. Como contrapartida, os entes da federação ficaram proibidos de conceder reajustes salariais aos servidores até o fim de 2021.

Há outras possíveis explicações; lembro de eleições municipais (e restrições aos gastos) e economia proporcionada pelo Covid (gasto de energia e outros). 

09 fevereiro 2021

Felicidade e Idade

 

Será possível medir a "felicidade"? Bom, se for possível, eis um gráfico interessante que associa felicidade com a idade (via aqui). Quando estamos na adolescência, somos imensamente felizes. Mas vamos envelhecendo e ganhando responsabilidades e nosso nível de felicidade diminui. A idade dos 50 é muito ruim mesmo: percebemos que estamos envelhecendo e somos um fracasso. Mas depois disto, a felicidade aumenta de forma surpreendente. 

A felicidade tem um formato de U. Ou talvez seja a expressão dos nossos lábios, ao sorrir. 

Democracia e pandemia

A deterioração global da democracia precede a pandemia, mas foi acentuada por ela. É o diagnóstico do Índice da Democracia anual da Economist Intelligence Unit, com base em indicadores como processo eleitoral, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades civis. A média global atingiu de longe a pior marca na série iniciada em 2006. “A pandemia resultou numa supressão das liberdades civis em escala massiva e abasteceu uma tendência existente de intolerância e censura das opiniões dissidentes.”

(....) a América Latina – com apenas três democracias plenas (Uruguai, Chile e Costa Rica) – regrediu pelo quinto ano consecutivo. “A emergência de saúde pública serviu para escamotear alguns abusos de poder familiares nos últimos anos”, como uma cultura política frágil, dificuldades em criar instituições de salvaguarda do Estado de Direito e uma corrupção endêmica. O desempenho do Brasil (na 49.ª posição) é excelente em termos de Processo eleitoral e pluralismo (9,58pontos em 10); razoável em Liberdades civis (7,94); medíocre em Participação política (6,11); e pobre em Funcionamento de governo (5,71) e Cultura política (5,63).

A pandemia exerceu formidável pressão sobre a vida das nações. “A pandemia precipitou a maior contração nas liberdades individuais jamais implementada pelos governos em períodos de paz (e talvez mesmo em períodos de guerra)”. É impossível prever se a democracia do século 21 será resistente a esse tipo de choque ou se ele deixará deformidades permanentes. Tudo depende do vigor dos democratas desta geração.

Como as democracias adoecem, O Estado de S.Paulo 06 de fevereiro de 2021 | 22h29

Árvore

 

O fotógrafo australiano Derry Moroney usou um drone para fazer esta imagem do Lago Cakora, em Nova Gales do Sul. A coloração da água, depois de uma tempestade, lembra uma árvore. 

Política e Doação

Há um mês, um grupo de pessoas invadiu o Capitólio, em Washington, Estados Unidos. O que aconteceu ali fez com que as empresas fossem mais cautelosas no processo de doação de dinheiro para os políticos. Talvez isto seja somente momentâneo, mas o NYTimes (via newsletter) observa que centenas de grandes empresas pararam suas doações para legisladores, especialmente aqueles que motivaram a invasão. 

A história da relação entre empresa e política nos Estados Unidos é bastante antiga. Em 1907, a Lei Tillman  proibia as contribuições diretas das empresas para os candidatos. Em 1971, uma lei sobre campanha eleitoral, posteriormente emendada em 1974, por conta do Watergate, obrigou a divulgação dos doadores, criou limites de valores para doação e para as despesas. Também exigiu relatórios, que ainda são obrigatórios nos Estados Unidos. Esta lei, denominada de FECA, foi questionada na Suprema Corte, cinco anos depois de ser aprovada. Em 2010, a mesma corte permitiu que empresas pudessem “falar politicamente”, arrecadando fundos 

Mas a invasão do Capitólio cobrou das empresas uma explicação da arrecadação de fundos, especialmente através de um mecanismo chamado PAC. A Microsoft é uma das empresas; a empresa de software anunciou que irá suspender doações para os políticos que apoiaram a invasão. Parece também existir um movimento, por parte de alguns acionistas, para maior divulgação das doações. 

Imagem: aqui

Interesse por Andy Jassy

 Tão logo Andy Jassy foi "anunciado" como substituto de Jeff Bezos na Amazon, o volume de pesquisa sobre ele explodiu, segundo o Google Trends. Andy conduziu os negócios de computação nas nuvens da empresa.



08 fevereiro 2021

Paraíso Fiscal de Luxemburgo


Um consórcio de jornalismo investigativo, integrado por diversos veículos de comunicação e liderado pelo Le Monde, conseguiu acesso ao banco de dados oficial com empresas registradas no paraíso fiscal de Luxemburgo. Isto inclui o nome dos beneficiário das empresas. O consórcio organizou a documentação e no Brasil a revista Piauí divulgou a investigação. 

Nos documentos aparecem 358 brasileiros ou estrangeiros com residência no Brasil como beneficiárias de 448 empresas registradas em Luxemburgo. Este país europeu é um paraíso fiscal. Em valor, isto significa empresas com ativos de 112,6 bilhões de euros. Na lista, políticos, empresários e doleiros. 

Possuir bens e direitos no exterior não é ilegal, desde que isso esteja devidamente declarado no imposto de renda. Se houver mais de 1 milhão de dólares de patrimônio, deve-se ainda informar o Banco Central. “Residentes no Brasil devem informar anualmente à Receita Federal os bens e direitos que detenham no exterior, com exceções para aqueles de pequeno valor, como bens móveis abaixo de 5 mil reais, saldos de contas correntes e aplicações financeiras abaixo de 140 reais e ações e quotas de uma empresa, negociadas ou não em bolsa de valores, de até 1 mil reais”, explica o professor de direito tributário da FGV Flavio Rubinstein. 

Leia o texto aqui. Imagem daqui

Rir é o melhor remédio

 

Vício em celular

07 fevereiro 2021

Selos e Contabilidade

A Filatelia já foi algo mais popular. Mas não deixa de ser interessante que, por diversas vezes, a contabilidade esteve presente nos selos. Em 1953, os Correios lançaram um selo comemorativo ao Congresso de Contabilidade que estava acontecendo em Porto Alegre em fevereiro. Eis as características do selo, conforme publicado na Cigarra de maio de 1953, p. 103:

Há alguns anos recebi, da Isabel e do Pedro, este selo (na verdade uma quadra, mais valioso ainda). Um presente bem bacana, não é mesmo? Eis a fotografia dos selos:



Assegure seu futuro


 Em 1947, o Instituo Universal Brasileiro anunciava:

Assegure o seu futuro estudando Contabilidade. (...) Aproveite suas horas de folga, aprendendo em sua casa, a lucrativa profissão de guarda livros.

A promessa era em 25 semanas aprender a profissão. 

(Da revista A Cigarra, ed 154, p. 59, abril)

06 fevereiro 2021

Rir é o melhor remédio

 Quando você comemora antes

O computador afirmando que nunca será obsoleto:

Hillary Clinton dizendo que será a futura presidente
A cidade da República Checa que fez uma fez, em julho, pelo fim da pandemia (e abaixo o gráfico mostrando que os números pioraram depois)
A influenciadora digital relatando as vantagens de viver em Bali, antes de ser deportada. 

O texto do NY Times, de 1924, dizendo que Hitler deveria voltar para Áustria. 


05 fevereiro 2021

04 fevereiro 2021

Resposta à pandemia - 2

 No final de janeiro foi divulgado um ranking de resposta de cada país em relação a grave crise mundial de saúde. Divulgamos o índice aqui. O Brasil não estava bem. Agora, um gráfico uniu um índice global de segurança de saúde e o número de falecimentos provocados pela pandemia. 

Entretanto, o Brasil, um país relativamente preparado, teve um grande número de mortes. Mas saiu melhor que a Espanha, por exemplo. Veja a Suécia, um país que adotou um política mais liberal em termos de saúde, cujo resultado não é bom. 

Acordos bilionários


A Vale e autoridades de Minas Gerais assinaram hoje (4) um acordo de R$ 37,69 bilhões para a reparação de danos coletivos causados pelo rompimento da barragem de Brumadinho há cerca de dois anos. A decisão, que tem o objetivo de reparar danos socioeconômicos e socioambientais, não interfere ou prejudica as ações individuais por indenizações e os pleitos criminais, que seguem tramitando, nem um teto financeiro a ser gasto com a reparação do meio ambiente, que ficará a cargo da Vale. Ou seja, o prejuízo ainda é incalculável e certamente será muito maior. 

Veja (...) 6 acordos bilionários fechados na última década: 

 Petrobras x SEC: R$ 3,4 bilhões Depois de acertar as contas com investidores norte-americanos em janeiro de 2018, a petroleira desembolsou mais R$ 3,4 bilhões (US$ 853,2 milhões) em acertos com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a SEC (o equivalente a CVM no Brasil). O acordo encerrou definitivamente as investigações que as autoridades norte-americanas conduziam também relacionadas à operação Lava Jato. Cerca de 80% dos recursos foram destinados a programas sociais e educacionais voltados à promoção da transparência no setor público. 

Oi x Governo Brasileiro: R$ 7,2 bilhões A operadora de telefonia era alvo de 1,7 mil processos que se arrastavam há anos na justiça, ocasionando uma bola de neve em multas. Em dezembro do ano passado, a Advocacia-Geral da União (AGU), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Ministério das Comunicações formalizaram uma transação para garantir a recuperação de R$ 7,2 bilhões – valor que, embora alto, representou um desconto de 50% sobre as dívidas originais. Com o acordo, 1.117 ações de execuções fiscais foram extintas, além de 199 ações anulatórias, 82 ações cautelares e 300 embargos à execução. 

Petrobras x Investidores Estrangeiros: R$ 9,6 bilhões A petroleira brasileira encerrou, em janeiro de 2018, o imbróglio com investidores estrangeiros ao anunciar um acordo extrajudicial com o regulador do mercado de valores norte-americano de US$ 2,95 bilhões (R$ 9,6 bilhões na época). O montante serviu para indenizar os investidores afetados pelos escândalos de suborno e corrupção da companhia no âmbito da operação Lava Jato e encerrar uma ação coletiva que se estendia por três anos. 

Boeing x Departamento de Justiça dos Estados Unidos: R$ 14 bilhões No início de janeiro deste ano, a companhia aérea norte-americana aceitou pagar US$ 2,5 bilhões (R$ 14 bilhões na cotação do dia) para encerrar as acusações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de que teria conspirado para cometer fraude por não ter fornecido as informações necessárias para o processo de aprovação do 737 MAX – aeronave responsável por dois acidentes que vitimaram, no total, 346 pessoas. O acordo encerrou a ação criminal, avaliada em US$ 234 milhões, de clientes, que incluía outros US$ 1,7 bilhão, e destinou US$ 500 milhões para um fundo de indenizações para familiares das vítimas. 

Apple x Governo da Irlanda: R$ 47 bilhões Um acordo fiscal entre a Apple e o governo da Irlanda foi considerado ilegal pela Comissão Europeia em 2014, e obrigou a gigante de tecnologia a pagar, retroativamente, US$ 14,5 bilhões em impostos devidos (R$ 47 bilhões no valor do câmbio da época). Segundo o entendimento inicial, a fabricante do iPhone pagaria uma taxa máxima de 1% sobre as vendas de seus produtos na Irlanda, em vez dos tradicionais 12,5%. Entretanto, a empresa criada por Steve Jobs registrou todas as vendas realizadas na União Europeia como se tivessem sido na Irlanda. Na prática, a companhia pagava um imposto efetivo de 0,005% sobre a venda de seus produtos na Europa. 

Bayer x Governo dos Estados Unidos: R$ 53 bilhões A empresa alemã fechou, em meados do ano passado, um acordo com o governo norte-americano no valor de US$ 10,9 bilhões (ou R$ 53 bilhões no câmbio do dia) para encerrar os processos que corriam nos Estados Unidos alegando que o Roundup causa câncer. A companhia herdou a disputa legal com a aquisição da Monsanto em 2018.

Fonte: aqui

Fazendo 50 anos


Eis uma lista de coisas que fazem 50 anos em 2021:

1. E-mail

2. Nasdaq

3. Greenpace

4. Disquete

5. Fedex

6. Calculadora de bolsa

Mais alguns aqui