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27 julho 2020

Ciência Aberta


Já está no ar o Episódio #2 – Comportamento Desonesto dos Indivíduos nas Decisões em Grupo – da Série Ciência Aberta!

Neste episódio, conversamos sobre a pesquisa de tese de doutorado (PPGCont/UnB) - Honest Individuals, (Dis) Honest Groups? Experiments about the Influence of the Collective on Individual Behavior - da Pesquisadora e Profa. Dra. Mariana Bonfim (UFF), orientado pelo Prof. Dr. César Augusto Tibúrcio Silva (PPGCont/UnB) e com apresentação das discentes de graduação em Ciências Contábeis, Maria Eloisa Jerônimo Rodrigues e Sofia Dias Novais (UnB).

Esta pesquisa foi indicada pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis - PPGCONT/UnB à premiação de melhor Tese 2018, no Edital/UnB/DPG no 008/2020 - Prêmio UnB de Dissertação e Tese 2018 e 2019.

Esta Série é uma parceria entre o Projeto de Extensão – Contabilidade num Ambiente Conectad@ com a Sociedade (Contabilidade Conectada) - e o Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis - PPGCONT/UnB.

Serão episódios de podcast, apresentando de forma prática e objetiva a produção e o conhecimento científico gerados nos cursos de graduação e pós-graduação em Ciências Contábeis da UnB, numa linguagem clara e acessível.

Siga as mídias sociais do Contabilidade Conectada e saiba de todas as novidades e agora, em podcasts.

Acusação com glossário

Um notícia portuguesa sobre o processo de investigação do Espírito Santo, um dos escândalos ocorridos no país europeu.

A acusação no Universo Espírito Santo tem 4.117 páginas. Um processo denso com 25 acusados: 18 pessoas e 7 empresas, acusadas de 348 crimes.

Sendo um processo técnico em termos económicos, o Ministério Público optou por colocar um glossário antes de explicar a acusação. E só para esse fim ocupa 37 páginas, mais de 40 mil caracteres.


O Jornal Econômico fez uma listagem dos termos. Note que um texto com mais de 40 mil caracteres corresponde a cinco artigos científicos, aproximadamente.

Cartoon aqui

Dez regras para conversar melhor


Quando seu trabalho depende de sua habilidade de conversar com as pessoas, você aprende muito sobre como conversar, e aprende que a maioria de nós não sabemos conversar muito bem. Celeste Headlee comanda um programa de rádio há décadas e conhece os ingredientes para uma boa conversa: honestidade, concisão, clareza e uma boa dose de escuta. Nesta palestra tão sagaz, ela compartilha conosco dez regras bastante úteis para termos conversas melhores. "Saiam, conversem com as pessoas, ouçam as pessoas", ela diz. "E, mais importante, estejam preparados para se surpreenderem".

Rir é o melhor remédio

Analisando as Demonstrações Contábeis

26 julho 2020

Uma imagem vale mais que mil palavras

Uma imagem vale mais do que mil palavras. No caso, uma fotografia da Reuters (via aqui) com dois barcos que fazem passeio turístico em Niágara. Com cores vermelhas, um barco canadense, com capacidade para 700 pessoas, com seis à bordo. O outro barco, com capacidade de 500 pessoas, dos Estados Unidos, estava lotado. Nada de distanciamento social em tempos de pandemia.

Contabilidade - Isto me lembrou de um trabalho com o título "Mais que mil palavras" (TCC sob orientação de Fernanda Fernandes Rodrigues), de autoria de Ysmael J C da Silva. A contabilidade utiliza dos números e das palavras na apresentação do seu trabalho. Mas precisa aprender a usar as imagens também.

Rir é o melhor remédio

Se a Legislação Tributária fosse um carro

25 julho 2020

Covid e Ensino Superior

O texto Are American Colleges and Universities the Next Covid Casualties? analisa a influencia do Covid sobre a educação superior. Apesar do texto ter uma forte referência a questão social dos Estados Unidos, alguns aspectos podem ser usados para pensar a realidade brasileira. A questão do diploma universitário como uma forma de ascensão social é válida para os dois países. A estratificação do ensino, onde a elite dos EUA focava nas universidades famosas - mas nem sempre gratuitas, também existe no Brasil. O problema do financiamento, que no Brasil sustentou o boom das faculdades particulares, também é necessário resolver.

Há grandes divergências. Lá ocorreu uma redução do corpo docente permanente, embora aqui isto sempre esteve presente nas faculdades particulares, mas não nas universidades públicas. Nos Estados Unidos parte da questão financeira foi solucionada, nos últimos anos, com os alunos estrangeiros, o que não ocorreu no Brasil.

com a pandemia do Covid 19, o aperto financeiro de longo prazo ameaça se transformar da noite para o dia em genuína insolvência, enquanto as instituições lutam para descobrir como executar com segurança sistemas instrucionais dependentes de atividades pessoais e sistemas de apoio que lembram demais os navios de cruzeiro. O presidente da Duke University, Vincent Price, enviou recentemente ao conselho, corpo docente e funcionários um memorando afirmando que a Duke precisaria encontrar entre US $ 150 milhões e US $ 200 milhões adicionais para passar pelo próximo ano acadêmico. Os administradores da Universidade de Michigan e da Universidade de Stanford projetam perdas em uma escala semelhante. 

(...) faculdades e universidades geralmente recebem importantes receitas com pagamentos de estudantes por serviços de dormitórios e refeições. 

Neste ambiente, surge a possibilidade da expansão da instrução on-line. Apesar disto ser possível em alguns nichos, os MOOCs (Massive Open Online Courses) estão na moda. Há um debate interessante sobre este assunto, que passa pela discussão sobre o tamanho ideal de turmas (há alguns estudos que consideram que turmas menores promovem melhor aprendizado). Ao mesmo tempo, a pandemia popularizou estes MOOCS: a inscrição no Coursera aumentou 640% entre março e abril.

Contabilidade - Há muitos aspectos contábeis nesta discussão. A questão dos custos (curso presencial versus on-line) está presente. A fonte de financiamento das instituições - que inclui um necessário debate sobre finanças públicas para o caso brasileiro - também pode ter na contabilidade um instrumento para propor soluções.

Imagem aqui

Evento


Rir é o melhor remédio





24 julho 2020

Documento do IFAC sobre Ética e Auditoria

O IFAC deu conhecimento de um documento chamado "Fortalecendo o Sistema Internacional de Auditoria e Ética". O documento trata, entre outros pontos, do processo de desenvolvimento de padrões em auditoria no IFAC. O Documento pode ser encontrado aqui

Tributos sobre Empresas no Brasil

Os dados estão no Corporate Tax Statistics Database da OCDE  e consideram impostos sobre a renda das empresas do governo central e dos governos regionais. 
São disponibilizados dados para 108 países: 36 pertencentes à OCDE e 72 não-pertencentes. 
As alíquotas mais altas estão na Índia, 48,3%, seguida pela República Democrática do Congo e por Malta, 35%, e pelo Brasil com 34%. É isso mesmo: as empresas brasileiras pagam a quarta maior alíquota de impostos sobre renda entre os 108 países avaliados pela OCDE. E piora: em nenhum país da OCDE a alíquota é maior que no Brasil. Chega perto, como é o caso da França, mas não é maior.Vale repetir para enfatizar: o Brasil tributa mais as empresas do que todos os países ricos da OCDE. (Isso não é exatamente uma novidade para os leitores deste site. Este artigo, por exemplo, mostra que, após todos os impostos, uma empresa fica com apenas 3% de seu faturamento.)
Considerando todos os países da amostra de 108 países, a alíquota média é de 20,7%. 
Retirando os 11 países onde a alíquota dos impostos sobre a renda das empresas é zero – nenhum deles pertence à OCDE —, a alíquota média sobe para 23%. 
Para os países que não pertencem à OCDE e cobram alíquotas maiores do que zero, a alíquota média é de 22,8% e a mediana é de 25%. 
A figura abaixo mostra as alíquotas desses 61 países que não pertencem à OCDE, com o Brasil em destaque.


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Já na amostra com apenas os países da OCDE, a alíquota média é de 23,3% e a mediana é de 23,5%. A figura abaixo mostra essa amostra de países adicionada ao Brasil. Fica claro que as alíquotas de impostos sobre a renda enfrentadas pelas empresas brasileiras são bem maiores que as de outros países, inclusive de países ricos.


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Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio

Previsão em 2020

23 julho 2020

Prazo adicional para ITR do segundo semestre

Companhias abertas com exercício social findo em 31/12/2019 têm 15 dias adicionais para divulgarem informações referentes ao segundo trimestre de 2020

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) edita hoje, 23/7/2020, a Deliberação CVM 862, que estende em 15 dias o prazo de entrega do formulário trimestral referente ao trimestre encerrado em 30/06/2020 para as companhias abertas registradas na CVM com exercício social findo em 31/12.

O adiamento da entrega considera, de um lado, os impactos sobre a atividade econômica e a produção de informações por parte das companhias abertas. De outro lado, a prorrogação por apenas 15 dias levou em conta a importância de os participantes do mercado de capitais tomarem conhecimento da exata dimensão dos impactos da pandemia da Covid-19 sobre as companhias abertas.


Estas demonstrações são relevantes. Considerando que a pandemia começou em meados de marços, as demonstrações do primeiro trimestre tiveram baixo reflexo do problema. Os impactos maiores devem aparecer no segundo trimestre.

Maior Tributação do Mundo

A alíquota de 12% proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para o novo imposto federal que pretende substituir o PIS/Cofins pode fazer com que a tributação final sobre o consumo no Brasil seja a maior do mundo.

O novo imposto seria chamado de Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), com uma alíquota única de 12%.

Ao se juntar os tributos estaduais e municipais, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) final chegaria a 35%, nas contas do presidente do Sindifisco Nacional, sindicato dos auditores da Receita. “Será o maior IVA do mundo. O governo não está aumentando a tributação, mas revelando o tamanho da carga tributária”, avalia Kleber Cabral.

Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS ...

Avaliando as intervenções públicas com a Covid

O IFAC e a Universidade de Zurique publicaram uma ferramenta para governos para analisar programas relacionados com o Covid-19. O instrumento permite analisar as intervenções dos governos versus os impactos nas finanças públicas. Isto inclui a avaliação das intervenções e como isto afeta a informação contábil.

“Governos com informações contábeis por competência estão melhor posicionados para entender a verdadeira imagem de suas finanças públicas”, afirmou Ross Smith, diretor do Programa e Técnico da IPSASB. "Compreender o impacto da pandemia nas finanças do governo é especialmente importante quando se considera a necessidade e a capacidade de fornecer intervenções adicionais no futuro".


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Taxa de Câmbio e Política Monetária

Resumo:

We document that a trading strategy that is short the U.S. dollar and long other currencies exhibits significantly larger excess returns on days with scheduled Federal Open Market Committee (FOMC) announcements. We show that these excess returns (i) are higher for currencies with higher interest rate differentials vis-a-vis the United ` States, (ii) increase with uncertainty about monetary policy, and (iii) increase further when the Federal Reserve adopts a policy of monetary easing. We interpret these excess returns as compensation for monetary policy uncertainty within a parsimonious model of constrained financiers who intermediate global demand for currencies.

Exchange Rates and Monetary Policy Uncertainty(with Philippe Mueller and Andrea Vedolin)Journal of Finance, 72(3): 1213–1252, 2017.

Exchange Rates and Monetary Policy Uncertainty | Semantic Scholar

Live: o novo normal e o futuro profissional contábil

O que é o novo normal? Como ele afeta o futuro profissional contábil?

Participe da live hoje (23/07), às 19h30, no canal do Instagram professor Dr. Ednilto Pereira Tavares Júnior.


Rir é o melhor remédio

Que dia é hoje?

22 julho 2020

IBS ou CBS?

É difícil de entender por que o governo seria contra uma reforma ampla, que inclua o ICMS e o ISS

Segundo a imprensa, o governo deve enviar ao Congresso Nacional, ainda hoje (21 de julho), uma proposta prevendo a substituição de duas contribuições federais (PIS e Cofins) por uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Uma análise mais precisa da proposta do governo só poderá ser feita quando o projeto for conhecido, mas ainda assim é possível fazer alguns comentários sobre o que já foi divulgado.

Em particular, vale contrapor o projeto do governo às propostas de reforma tributária em análise no Congresso Nacional (PEC 45, da Câmara dos Deputados, e PEC 110, do Senado), que são mais amplas e propõem substituir cinco tributos federais, estaduais e municipais (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por um único Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Pelo que foi divulgado até agora, a CBS, que substituiria o PIS e a Cofins, teria as características de um bom imposto sobre o valor adicionado (IVA), com incidência não cumulativa – a uma alíquota uniforme – sobre uma base abrangente de bens e serviços, crédito amplo e garantia de ressarcimento de créditos acumulados. Se essa for de fato a proposta do governo, são características muito semelhantes às do IBS previsto na PEC 45.

A principal diferença parece estar no escopo da CBS e do IBS, que é mais amplo, pois substitui também o IPI, o ICMS e o ISS. Qual seria, nesse contexto, a melhor proposta? Tendo por base uma análise de custo-benefício, certamente o IBS é muito superior à CBS.

Do ponto de vista dos benefícios, a vantagem do IBS é gritante. Segundo estudo do economista Bráulio Borges, a aprovação da PEC 45 elevaria o PIB potencial do Brasil em cerca de 20 pontos porcentuais em 15 anos. Uma reforma apenas do PIS/Cofins teria um efeito muito mais restrito, no máximo de 10% ou 20% daquele esperado de uma reforma ampla que alcance o ICMS – que é o pior imposto do Brasil.

O argumento do governo é de que os custos políticos de uma reforma apenas do PIS/Cofins seriam muito menores, o que facilitaria sua aprovação. Será que isso é verdade? Por um lado, a oposição do setor de serviços (em larga medida infundada) se coloca tanto ao IBS quanto à CBS. De fato, o impacto para o setor de serviços pode até ser maior no caso da CBS, por causa de uma transição mais curta e porque esse é o setor que mais se beneficia do aumento do potencial de crescimento que advém da reforma ampla.

Por outro lado, alguns setores que defendem o IBS podem ser prejudicados pela CBS. Este é o caso, por exemplo, do setor de higiene pessoal, que hoje é beneficiado por um tratamento favorecido no PIS/Cofins, mas é prejudicado por alta tributação no ICMS.

Por fim, o argumento de que o IBS tende a gerar resistências federativas deve ser relativizado. Pela primeira vez, desde a Constituinte, todos os secretários estaduais de Fazenda, por intermédio de seu órgão representativo (Comsefaz), estão apoiando uma reforma ampla, que contempla a substituição do ICMS pelo IBS. Adicionalmente, há hoje um ambiente bastante favorável no Congresso Nacional para a discussão de uma reforma tributária abrangente.

É difícil de entender por que o governo seria contra uma reforma ampla, que inclua o ICMS e o ISS, até porque o impacto positivo da aprovação de tal reforma sobre o ambiente de negócios certamente contribuiria muito para a recuperação do País na saída da crise atual. Há, é verdade, a discussão sobre o financiamento de um Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), que pode ter algum custo para a União, mas, desde que o valor do FDR seja razoável, esse custo tende a ser muito menor que os benefícios gerados pelo maior crescimento.

Na hipótese de as negociações sobre a reforma ampla chegarem a um impasse, até é compreensível que se opte por uma mudança mais restrita. Mas esse não parece ser o motivo definidor da posição do governo. A PEC 45 está sendo debatida desde abril do ano passado e até agora o governo não mostrou interesse em participar da discussão. No debate político nem sempre o que prevalece é a racionalidade.


Bernard Appy* - IBS ou CBS?

Fonte: Aqui

elena landau 🇧🇷💜 (@elenalandau) | Twitter

Live: mestrado e doutorado para quem está no serviço público


Se você já é servidor público e tem interesse em saber como cursar um mestrado ou um doutorado, não perca a live do professor Dr. Giovanni Pacelli hoje (22/07) às 20h no canal do @3rcapacita no YouTube.