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18 janeiro 2020

Barcelona primeiro

O ranking dos maiores clubes de futebol do mundo aponta, pela primeira vez, o Barcelona em primeiro lugar. O clube espanhol ultrapassou o United e o Real Madrid, que dominavam a classificação feita pela Deloitte. A tabela abaixo mostra a evolução da receita do time em três grandes grupos: renda dos jogos, transmissão dos jogos e comercial. O que garantiu a posição do Barcelona foi a parte comercial, que duplicou em dez anos.

Mas a evolução dos outros dois grupos também foi importante. Veja, em termos comparativos, os dados do Real Madrid, o grande adversário do Barcelona na Espanha. A receita dos jogos do Real aumentou 12% (versus 63% do Barcelona). Os direitos de transmissão apresentaram um comportamento similar, mas a evolução do grupo "comercial" no Real foi de 187%, versus 215% do Barcelona.

Concentração no futebol

Usando as informações contábeis, a UEFA chegou a conclusão que o futebol está altamente concentrado.

Depois de Deloitte e KPMG divulgarem seus relatórios financeiros em relação ao futebol europeu, foi a vez de a Uefa apresentar a sua própria compilação de dados, mas relativos a 2018. E o recorte da federação também foi diferente, apontando para um problema no panorama geral do futebol europeu: a discrepância financeira entre os principais clubes e o restante é uma ameaça ao sucesso do futebol no continente. O relatório aponta que os 30 clubes mais ricos geraram basicamente o mesmo que os outros 682 juntos.

Mas a concentração também ocorre nas ligas. O mesmo fato está ocorrendo no Brasil, onde os campeonatos estaduais irão deixar de ter relevância, sendo substituído pelo campeonato nacional. E neste campeonato, o número de clubes favoritos reduz a cada dia.

Rir é o melhor remédio

Submissão de um artigo

17 janeiro 2020

Projeto de lei visando custo menor para captação de pequena empresa

O governo quer ressuscitar uma proposta que permite a redução dos custos de captação de recursos no mercado de capitais para pequenas e médias empresas. Uma minuta de projeto de lei já está pronta para ser encaminhada ainda este ano ao Congresso Nacional, alterando a Lei das Sociedades Anônimas para conferir à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a possibilidade de aplicar descontos regulatórios às companhias com faturamento bruto anual inferior a R$ 500 milhões. [...]

Segundo pontos da minuta repassados ao Valor, a CVM poderá dar descontos em procedimentos no que se refere à obtenção do registro de emissor; distribuições públicas, no mercado primário ou secundário, de valores mobiliários (inclusive com relação à possibilidade de dispensa da participação de instituição intermediária); prestação de informações periódicas e eventuais (de modo a, por exemplo, reduzir a periodicidade das demonstrações contábeis ou flexibilizar a exigência de que sejam auditadas).

Além disso, isenções e descontos poderão ser concedidos no caso de distribuição obrigatória de dividendos, além da obrigação de realização de oferta pública de aquisição de ações para cancelamento do registro de companhia aberta e por aumento de participação. Segundo o subsecretário, às vezes alguns custos são justificados e proporcionais para uma empresa grande, mas acabam inviabilizando o acesso das pequenas ao mercado de capitais. [...]

Outra medida para reduzir custos de pequenas e médias empresas é a criação de lei específica para disciplinar a nota comercial como valor mobiliário desvinculado da nota promissória. [...]

Outras medidas foram acordadas no ano passado do âmbito IMK para serem implementadas em 2020 com o objetivo de modernizar instrumentos financeiros. [...] Entre elas, está a possibilidade de emissão das Letra Imobiliária Garantidas (LIG) no exterior. No lado tributário, após consenso no IMK, será debatido com a Receita Federal a isenção de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) para as contribuições extraordinárias cobradas dos participantes dos fundos de pensão para restabelecer o equilíbrio financeiro e garantir a sustentabilidade dos pagamentos.

Fonte: Aqui

Alphabet se torna 4ª empresa nos EUA a atingir US$ 1 trilhão em valor de mercado

Fonte: aqui
A Alphabet, empresa mãe do Google, se tornou a 4ª empresa a atingir valor de mercado de US$ 1 trilhão nos Estados Unidos nesta quinta-feira (16). As ações da companhia subiram 0,8%.

Com o feito, a Alphabet se junta a outras empresas, todas do setor de tecnologia, que já tinham alcançado esse valor: Apple, Microsoft e Amazon, que tecnicamente nunca terminou um pregão valendo mais de US$ 1 trilhão.

Apple atingiu o valor em 2018, assim como a Amazon. A Microsoft alcançou a marca em abril do ano passado.

Os ganhos mostram a dominância das empresas de tecnologia no mercado acionário. As cinco maiores empresas do índice S&P 500 — Amazon, Microsoft, Alphabet, Apple e Facebook — respondem por 19% do peso do índice, uma alta de 7 pontos em relação a 5 anos atrás.

A Alphabet foi oficialmente criada em 2015, quando o Google decidiu separar o negócio principal da empresa — baseado em buscas de internet e venda de publicidade — de outras iniciativas, como carros autônomos, produtos para casa conectada e até o YouTube.

Fonte: Aqui

Método ou Metodologia

Malcolm Smith, em Research Methods in Accounting, faz a distinção entre método e metodologia:

Método de pesquisa diz respeito as questões técnicas associadas com a condução da pesquisa; metodologia da pesquisa está interessada com as filosofias associadas com a escolha do método da pesquisa (p. xiii, 4a ed)

Parece que sempre trocamos isto nos artigos, não? 

Ambiente é preocupação do Fórum Econômico Global

Um relatório sobre o risco global produzido pelo Fórum Econômico Global traz como grande preocupação a questão ambiental. Um resumo do documento, em língua portuguesa, pode ser obtido aqui.

Sobre a Amazônia, segundo o Jornal de Negócios, a questão também é preocupante:

Em terra, o “desaparecimento” da Amazónia também foi identificado como outro grande risco ambiental com forte impacto na economia. Nos últimos 50 anos, a floresta amazónica “perdeu 17% do tamanho”. “A Amazónia absorve agora um terço menos de carbono do que há uma década”, referiu o relatório.

Outro sinal de alarme sobre o desaparecimento da Amazónia foi dado a conhecer por uns cientistas que descobriram que se a grande floresta perder mais 20% a 25% do seu tamanho, “chegaria a um ponto sem retorno, em que um ciclo vicioso de seca, incêndios e cobertura florestal perdida seria irrecuperável”.

As consequências do desaparecimento da Amazónia, além de pôr em causa 10% das espécies terrestres que aí vivem, também significaria que o ser humano iria deixar de descobrir potências curas para doenças e criaria as condições para “incêndios e inundações na região mais intensos, assim como padrões imprevisíveis de períodos de chuva ou seca”.

“Isto colocaria em causa a produção de alimentos, aumentar a escassez da água e reduzir a geração de hidroenergia, com custos económicos superiores a três biliões de dólares [2,6 biliões de euros]”, referiu o relatório.

Executivos e Fraude Contábil

Veja o que apareceu no NYTimes sobre o que deve ocorrer em 2020:

Processos criminais por fraude contábil são incomuns, mas no final do ano passado, os promotores assumiram uma posição mais agressiva ao acusar os executivos seniores de violarem as regras contábeis.

Em dezembro, os promotores federais indiciaram um co-fundador da Outcome Health, Rishi Shah; o ex-presidente da empresa, Shradha Agarwal; e seu diretor financeiro, Brad Purdy, de lavagem de dinheiro e fraude postal e eletrônica por fazer declarações falsas a um banco para obter quase US $ 1 bilhão em empréstimos e investimentos patrimoniais.

O Departamento de Justiça também acusou os ex-executivos da MiMedx, Praker Petit e William Taylor, de "encher os canais" vendendo mais produtos aos distribuidores do que precisavam (...) 


Se os promotores federais puderem convencer um júri de que os réus violaram a lei de valores mobiliários, é provável que haja condições substanciais de prisão.

A questão para a BMW é se o relatório de vendas de veículos também enganou os investidores. A SEC está investigando se a empresa manipulou números para torná-lo mais saudável do que era. Se isto for encontrado, a empresa poderá sofrer uma penalidade substancial.

Em setembro, a Fiat Chrysler pagou US $ 40 milhões para resolver alegações de que usava práticas duvidosas para aumentar suas vendas. A SEC concluiu que a Fiat Chrysler havia fornecido informações imprecisas aos investidores, violando as leis federais de valores mobiliários.

Rir é o melhor remédio

PEPS

16 janeiro 2020

DRE de uma equipe de fórmula 1

A estrutura de custos de uma equipe de Fórmula 1 é muito mais transparente do que poderíamos imaginar. A maioria possui sede na Grã-Bretanha e precisam depositar demonstrações financeiras anuais já que possuem uma receita acima de 10,2 milhões de libras e mais de 50 funcionários. As equipes com sede na Itália também precisam divulgar. Somente a Alfa Romeo suíça não tem esta obrigação, mas a Ferrari divulga junto com a montadora.

A melhor divulgação é da Toro Rosso, que tem sede na Itália, mas possui uma operação na Grã-Bretanha. A demonstração da equipe encontra-se abaixo:

A principal receita é o patrocínio da Red Bull, que colocou 83 milhões de dólares na equipe. Há outras receitas de 30 milhões, que inclui patrocínio e outros. Os prêmios representam 60 milhões e dependem do desempenho. Assim, a receita total da equipe é de 184 milhões de dólares.

Um custo elevado é o de “compras de materiais usados ​​para fabricar carros de F1, roupas de equipe, adesivos para carros de F1 e outros consumíveis”, com um valor de 56 milhões. Custos com pessoal (quatro gerentes, 14 gerentes juniores, 190 trabalhadores de colarinho branco e 102 colares azuis, totalizando 310) significa US $ 40 milhões.Os "custos com serviços de transporte de carro, motorista de carro de corrida e despesas de viagem e hospedagem da equipe” também é elevado. Os motores, fabricados pela Honda, tem um custo de 17 milhões. Aluguel de circuitos de teste tem um valor de 23 milhões.

No final, a equipe tem um lucro operacional de 2,5 milhões, indicando uma margem operacional de 1,3%

Fonte: Aqui

Propósito de uma entidade

Uma das discussões recentes do Iasb é sobre o propósito de uma entidade. O relato da discussão pode ser acessado aqui. Os membros do Iasb sabem que muitas vezes o objetivo declarado de uma entidade é muito mais uma ferramenta de marketing, com pouca conexão com a forma de gerar fluxos de caixa e criar valor da entidade. Veja por exemplo o propósito da BP:

Our purpose is to deliver products and services that will add value to your business today and tomorrow.

Veja da Petrobras:

Provide energy that ensures prosperity in an ethical, safe and competitive way.

[sem risos, por favor]

Esta é a crítica do Iasb: é uma ferramenta de marketing. Outra questão é que muitas entidades não possuem um objetivo declarado. Mas neste ponto o Iasb realmente surpreendeu: alguns membros expressaram a opinião que o propósito final de uma entidade orientada para o lucro é GANHAR DINHEIRO. Bingo.

Mas

Alguns membros comentaram que há uma tendência cada vez maior para que o objetivo não seja expresso em termos de criação de valor para a entidade, mas para outras partes interessadas.

No geral, os membros concordaram que a Declaração de Prática revisada deve permitir que as entidades discutam seus propósitos, mesmo que seja declarado amplamente sem conexão com a geração de fluxos de caixa, porque isso daria aos usuários uma visão da identidade.

Adnoc, estatal do petróleo do Abu Dhabi

A tentativa da Aramco de se tornar uma empresa diversificada e moderna, através de uma oferta pública de ações, ofuscou outra empresa: a Companhia Nacional de Petróleo de Abu Dhabi ou ADNOC. Está empresa é a sétima maior produtora de petróleo do mundo, com 97,8 bilhões de barris.

Mas assim como a Aramco, a Adnoc tem planos de modernização e diversificação, buscando lucratividade. Mas a busca por recurso da Adnoc é um pouco diferente da Aramco. A empresa saudita buscou ofertar ações, inicialmente no mercado internacional para investidores estrangeiros. Mas a recepção dos investidores não foi muito agradável, e a Aramco terminou fazendo uma oferta voltada principalmente para os investidores domésticos.

Já a Adnoc foi mais “criativa”. Talvez por isto não foi muito notada. Segundo a Reuters, nos últimos três anos a empresa obteve 19 bilhões de dólares (versus quase 30 bilhões da Aramco) com investidores estrangeiros. Entre os investidores, o fundo BlackRock e a empresa de investimento KKR.

Resta ver que abordagem para atrair investimentos será mais proveitosa nos próximos anos. Mas está em jogo a capacidade das empresas de diversificar com sucesso da produção de petróleo e, de maneira mais ampla, para as economias domésticas que dependem delas para resistir a choques nos preços do petróleo.
Junto, o governo está procurando mudar a empresa, focando no desempenho dos funcionários. A empresa já demitiu seis mil funcionários e pretende mudar a cultura conservadora existente.