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12 outubro 2019

Papel do orientador

Sobre o Nobel de Economia, é interessante que vários laureados tiveram seus pupilos também premiados. Eis uma relação:

Jan Tinbergen was an adviser of Koopmans.
Paul Samuelson was an adviser for Klein and Merton.
Kenneth Arrow advised the research of Harsanyi, Spence, Maskin, and Myerson.
Wassily Leontief advised Samuelson, Schelling, Solow, and Smith.
Richard Stone supervised the research of both Mirrlees and Deaton.
Franco Modigliani was Shiller’s adviser.
James Tobin advised Phelps.
Merton Miller advised Eugene Fama’s dissertation, and Fama advised Scholes’s.
Robert Solow supervised the work of Diamond, Akerlof, Stiglitz, and Nordhaus.
Thomas Schelling was Spence’s adviser.
Edward Prescott advised Kydland, with whom he shared the 2004 Nobel Prize.
Eric Maskin advised Tirole.
Christopher Sims advised Hansen.
Simon Kuznets supervised both Friedman and Fogel.

Quem não ganhou o Nobel de Economia (mas deveria)

Eis uma lista originária daqui

Frank Knight (1972). One of the founders of the “Chicago School of Economics,” he is best known for his 1921 book, Risk, Uncertainty and Profit.

Alvin Hansen (1975). Macroeconomist and public policy adviser, often referred to as “the American Keynes,” he is most noted for development (with Hicks) of the “investment-savings” and “liquidity preference-money supply” (IS-LM) macroeconomics model.

Oskar Morgenstern (1977). Princeton economist, coauthor of Theory of Games and Economic Behavior (1944, with John von Neumann).

Joan Robinson (1983). Cambridge economist known for her work on monopolistic competition (The Economics of Imperfect Competition, 1933) and coining the term monopsony.

Piero Sraffa (1983). Italian economist and considered the neo-Ricardian school founder owing to his Production of Commodities by Means of Commodities (1960).

Fischer Black (1995), part creator of the Black–Scholes equation on options pricing, surely would have shared the 1997 Nobel with Scholes and Merton for devising a model for the dynamics of a financial market containing derivative investment instruments.

Amos Tversky (1996). A cognitive psychologist, who undoubtedly would have shared the 2002 Nobel Prize with his friend and frequent collaborator Daniel Kahneman (and Vernon Smith).

Zvi Griliches (1999). A student of Schultz and Arnold Harberger at Chicago, he is best known for work on technological change (the diffusion of hybrid corn in particular) and econometrics.

Sherwin Rosen (2001). Labor economist with far-ranging contributions in microeconomics, he is perhaps best known for his 1981 American Economic Review article “The Economics of Superstars,” and his 1974 Journal of Political Economy article outlining how the market solves the problem of matching buyers and sellers of multidimensional goods.

John Muth (2005). Doctoral advisee of Herbert Simon, he is considered—mainly formulated on the microeconomics side—as the originator of “rational expectations” theory.

John Kenneth Galbraith (2006), long-time Harvard economist, was a prolific writer (The Affluent Society (1958), The New Industrial State (1967)), public intellectual, and liberal political activist.

Anna Schwartz (2012). A National Bureau of Economic Research monetary and banking scholar, she was a coauthor with Milton Friedman of A Monetary History of the United States, 1867-1960 (1963).

Martin Shubik (2018). A doctoral advisee of Morgenstern and collaborator with Nash, at Princeton, he was a long-time Yale professor of mathematical economics and outstanding game theorist.


To this list, one could certainly add more of their contemporaries, for example (in alphabetical order), Anthony Atkinson (2017), William Baumol (2017), Harold Demsetz (2019), Evsey Domar (1997), Rudiger Dornbusch (2002), Henry Roy Forbes Harrod (1978), Harold Hotelling (1973), Nicholas Kaldor (1986), Jacob Mincer (2006), Hyman Minsky (1996), and Ludwig von Mises (1973), among many others.

Frase

O [Nobel de Economia] é o único em que duas pessoas podem dividir um Prêmio Nobel por dizer coisas opostas


Vide o prêmio de 1972 (Myrdal e Hayek) ou de 2013 (Fama e Shiller)

Via aqui

09 outubro 2019

Monstro

Um livro de duas jornalistas, ganhadoras do Pulitzer, conta um pouco da história de Weinstein. Para que não lembra, Weinstein era um produto de cinema nos Estados Unidos, responsável por muitos filmes de sucesso e que conseguiu prêmios, como o Oscar de melhor atriz para G Paltrow, através de muita campanha publicitária (muitas vezes nem sempre "razoáveis").

Weinstein foi denunciado por assédio há meses. A pergunta que o livro She Said, de Kantor e Twohey, faz é: qual a razão de ter durado tanto tempo as maldades dele?

Um texto do The Conversation fornece uma possível resposta: a moralidade dos advogados.

O único advogado poupado do julgamento é o advogado interno do The New York Times, David McCraw .

Ele responde a uma ofensiva carta de Weinstein com a certeza de que "qualquer artigo que fizermos cumprirá nossos padrões habituais de precisão e justiça". O artigo de Kantor e Twohey é publicado no dia seguinte.

O livro levanta questões importantes sobre até que ponto a profissão de advogado foi cúmplice em ocultar uma conduta como a de Weinstein ao longo dos anos. Enquanto os advogados do livro são caricaturas, seus colegas mais banais - advogados como eu, que costumavam inserir disposições de confidencialidade em acordos de acordos - não são menos cúmplices.

Diferentemente da ética jornalística, que é rica em tradição e revigorada quando aplicada, as regras éticas legais são codificadas na lei estadual . Como resultado, os advogados não precisam concordar ou mesmo examinar o componente moral do que fazem. (...)


No final, não foram os advogados, que deveriam preservar a justiça, que conseguiram deter Weinstein, mas sim os jornalistas.

Rir é o melhor remédio


08 outubro 2019

18kRonaldinho suspeita de pirâmide financeira

O Ministério Público Federal (MPF) analisa duas representações contra a 18kRonaldinho, uma empresa que, segundo o UOL Esporte, possui indícios de aplicar um golpe conhecido como pirâmide financeira.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entidade que fiscaliza o mercado de investimentos, abriu um processo após receber denúncia contra o negócio. A empresa promete rendimento de até 2% ao dia em bitcoins a clientes que investirem a partir de 30 dólares, além de bônus para indicações.

Pirâmide financeira é uma prática ilegal e considerada crime contra a economia popular. Procurado pelo UOL, o advogado de Ronaldinho disse que o ex-jogador rompeu com a empresa há duas semanas. A 18kRonaldinho declarou que faz marketing multinível e que operações com bitcoins são feitas com capital próprio.

Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio


07 outubro 2019

Redes Sociais

No site do Our World in Data alguns gráficos interessantes sobre as redes sociais:

Para iniciar, o número de pessoas que estão usando as redes é impressionante. Só o Facebook são 2,26 bilhões, um pouco acima do You Tube (1,9 bi).

Este uso varia conforme a idade. Snapchat e Instagram são redes dos jovens. Face e Youtube da turma mais vivida.
O Pin é mais feminino, assim como o Instagram. Reddit é mais masculino. 
O uso de rede social varia conforme o pais. Nos países ricos, quase 100% usam. 
O número de horas diárias em celulares tem aumentado. Nos Estados Unidos, as pessoas passam, em média, mais de seis horas em mídia digital. 
Na Holanda os jovens gastavam seis horas por dia na internet. 
Enquanto o rádio levou anos para ser 100% adotado nas casas dos EUA, o celular já atingiu este percentual em menos de 30 anos. E a rede social em menos de 20 anos. O leitor de livros parece ter estabilizado na faixa de 30%. 
Este é o gráfico de crescimento das redes sociais: Facebook, que nasceu em 2008, é a maior rede. 

06 outubro 2019

A/B Testing em Starups

Recent work argues that experimentation is the appropriate framework for entrepreneurial strategy. We investigate this proposition by exploiting the time-varying adoption of A/B testing technology, which has drastically reduced the cost of experimentally testing business ideas. This paper provides the first evidence of how digital experimentation affects the performance of a large sample of high-technology startups using data that tracks their growth, technology use, and product launches. We find that, despite its prominence in the business press, relatively few firms have adopted A/B testing. However, among those that do, we find increased performance on several critical dimensions, including page views and new product features. Furthermore, A/B testing is positively related to tail outcomes, with younger ventures failing faster and older firms being more likely to scale. Firms with experienced managers also derive more benefits from A/B testing. Our results inform the emerging literature on entrepreneurial strategy and how digitization and data-driven decision-making are shaping strategy. (Experimentation and Startup Performance: Evidence from A/B testing
Rembrand Koning, Sharique Hasan, and Aaron Chatterji, NBER 26278, set 2019)

O A/B testing tem sido muito usado no mundo atual. Funciona da seguinte maneira: é feita uma mudança em um produto ou serviço. Suponha uma loja na internet. A empresa altera as cores do site. Para metade dos clientes é dado o acesso a esta nova versão; para os demais, a situação atual. Passado alguns dias, compara-se o desempenho do site, nova versão versus anterior. Se ocorreu um ganho nas compras médias ou no tempo de permanência ou na seleção de produtos mais rentáveis, a alteração é implantada. O teste supõe que a empresa deva ter novas ideias para serem testadas.

Os autores tomaram uma base de 35 mil starups de todo o mundo. Foram usadas as bases Chunchbase Pro, Builtwith e SimilarWeb. Os autores concluíram que poucas starups usam o teste. E aquelas que usam terminam por ter vantagens de crescimento.

Um aspecto importante, destacado pelos autores: há uma diferença entre experimentação e A/B testing. A experimentação inclui ter alternativas, testar e selecionar a mais adequada. A queda no custo do teste é um motivador, mas a experimentação só existe com ideias.

05 outubro 2019

Juca Bala, contador e doleiro

Muito interessante esta reportagem, A da Folha tbm.

No esforço de adaptar a família à nova vida, Vinicius Claret Vieira Barreto compareceu em 2004 a um evento da escola dos filhos, em Montevidéu, Uruguai. Ao chegar, foi apresentado pelo diretor do colégio a outro brasileiro, também pai de aluno. Sem combinar nada, ambos expressaram surpresa. Era puro fingimento. Já se conheciam havia tempo das mesas de câmbio paralelas do Brasil. Eram doleiros e, depois do escândalo provocado pelo caso Banestado, tiveram de se mudar às pressas para o país vizinho, a fim de continuarem operando sob o manto do paraíso fiscal. Na nova vida, a clandestinidade era um cuidado fundamental.

Embora se incomode um pouco com o apelido, Barreto é Juca Bala, o doleiro que — ao lado do sócio Cláudio Fernando Barboza de Souza, o Tony — operou do Uruguai, durante 13 anos, US$ 1,65 bilhão em contas milionárias de brasileiros. Um deles foi o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que teria confiado à dupla US$ 100 milhões de sua máquina de fabricar propina. Para agirem tanto tempo impunemente, eles seguiram duas regras primordiais: segredo e confiança. O sistema da dupla operava com uma contabilidade em que até os centavos tinham de bater. Outro cuidado era agir na invisibilidade, quase nunca saindo e jamais recebendo visitantes ou organizando festas em casa no Uruguai.

[...]

Resultado de imagem para juca bala doleiro

04 outubro 2019

Rir é o melhor remédio


Melhores cursos de ciências contábeis do Brasil

Se você é daqueles que acredita em rating, eis a relação do pessoal que substituiu o Guia do Estudante e agora publicada no Estadão:





O que acho? É uma lista grande, com muitas instituições que não conheço. Mas há ausências que comprometem a seriedade do raking: onde está a UnB, a UFPB, a UFRJ, a UFRGS, entre outras. A UFRN aparece no campus de Caicó, mas não de Natal. Tudo tão estranho. E erros grosseiros, como colocar a UFCG, de Sousa, no Pará. 

Como foram muitas instituições analisadas, talvez para cada uma delas tenha existido somente um avaliador. Outra possível explicação: em geral o e-mail é encaminha para o setor responsável da administração da universidade. Este distribui entre os coordenadores. Pode ter existido falta de empenho (ou desinteresse) do setor no processo.