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26 fevereiro 2019

B3 e a Montanha Mágica 3


  • O desempenho da B3 deve considerar que a empresa é um monopólio
  • Além disto, nos últimos anos, enquanto a receita aumentava, o número de empresas que participava do mercado de capitais diminuía
  • Isto é incoerente com a missão da empresa e com o que a sociedade espera de uma bolsa de valores

Nós postamos que o desempenho financeiro da B3 é entre muito bom e excelente. Mostramos que seus índices correspondem a um bônus AAA; mostramos que a margem líquida média é acima de 50%.

Dois aspectos importantes sobre esta discussão. Em primeiro lugar, a B3 é um monopólio. Tem conseguido barrar a entrada de concorrentes e é praticamente a única porta de entrada para uma empresa que deseje abrir o capital no Brasil ou para um investidor que deseje investir em ação. Sendo monopólio, o desempenho só pode ser ameaçado quando existem novos competidores. Observe que enquanto a margem da B3 é de 50%, a margem de um supermercado é menos de 5%; uma grande diferença entre a empresa e o comércio varejista é justamente a competição.

O segundo aspecto refere-se a missão da empresa. No site da B3 nos encontramos a missão da empresa:

promover a sustentabilidade e o investimento social privado alinhados à estratégia, contribuindo para o fortalecimento institucional da B3

Se um dos objetivos é promover o investimento social privado, será que a B3 está cumprindo com sua missão? Neste sentido, busquei o número de empresas com ações negociadas na bolsa (fonte: Séries Temporais, Banco Central) e calculei a correlação com a receita líquida da empresa. A correlação mede a relação, direta, inversa ou inexistente, entre duas variáveis. Atenção: a correlação não mede a relação de causa ou efeito entre duas variáveis. O valor da receita foi corrigido pela inflação, usei o IPCA do IBGE, e transformado em logaritmo.

A relação entre as duas variáveis foi de -0,4411. Como foram usadas 42 observações, o parâmetro crítico, a 5%, era de 0,3044, positivo ou negativo. Ou seja, existe correlação entre a geração de receita por parte da B3 e o número de empresas que participam do mercado acionário no Brasil. Até aqui, tudo bem. O problema está no sinal negativo. Ele indica que quanto maior a receita da B3, menor é o número de empresas participantes no mercado acionário brasileiro. No período, quando o número de empresas estava diminuindo - caiu de 396 empresas em 2008 para 339 em 2018 - a receita da B3 estava aumentando. E o lucro em níveis elevados.

Em razão do monopólio, das elevadas margens líquidas da empresa e do número decrescente de empresas com ações na bolsa, caberia a pergunta: será que a B3 está promovendo o investimento social privado? Não seria melhor, para o mercado de capitais brasileiro, que a empresa reduzisse sua “receita”, prejudicando seus “acionistas”, mas beneficiando a sociedade (acreditando que um mercado de capitais fortalecido é importante para um país)?

Nota Técnica: calculei a correlação entre a receita líquida da B3 e o valor total do mercado acionário brasileiro e o resultado não foi significativo (correlação igual a 0,288). Mas usar o comportamento do mercado como um todo pode ser complicado, em razão das grandes variações ocorridas durante o período: crise financeira de 2008/2009, problemas políticos no Brasil, recessão etc.
Fiz também o cálculo de modelos de regressão e as conclusões obtidas foram aproximadamente as mesmas que foram relatadas aqui.
A série histórica da B3 é afetada nos últimos anos pelo fato da empresa ter abocanhado outras entidades. Levei em consideração este fato, mas não encontrei relevância nos dados, já que afeta somente os dois últimos anos da série.

B3 e a Montanha Mágica 2


  • A análise da B3 ao longo do tempo, de 2008 até 2018, revela um empresa com uma margem líquida média de 58%.
  • Em média, a B3 obtem um lucro líquido de 416 milhões de reais por trimestre
  • Os números mostram que o desempenho da B3 é excepcional

O gráfico abaixo apresenta a serie histórica de quatro variáveis contábeis da B3: ativo total, receita líquida, lucro líquido e caixa das operações (Fonte: economática)


Os números mostram uma grande variação nos anos mais recentes, provavelmente resultante de negociações realizadas pela B3. Isto fez a receita média aumentasse de 0,7 bilhão por trimestre para 1,2 bilhão. Todos os números foram corrigidos pelo IPCA do IBGE para final de dezembro de 2018. Ou seja, já está sendo considerado a inflação desde o início da série, em setembro de 2008.

Nos 42 trimestres da série, a B3 teve um lucro de 17,5 bilhões, uma média de 416 milhões de lucro por trimestre. No período, o caixa gerado com as operações foi de 24,5 bilhões de reais, tudo corrigido para dezembro de 2018. O desempenho da empresa é bastante consistente, tanto é assim que a margem líquida, resultado da divisão do lucro líquido pela receita, foi de 58% no período. É muito raro uma empresa ter uma margem tão elevada.

B3 e a Montanha Mágica - 1


  • O desempenho da B3 em 2018 foi excepcional, tanto em termos de lucratividade, quanto na distribuição de dividendos aos acionistas
  • Atualmente, a situação da empresa é equiparada a uma nota AAA de bônus, a melhor possível

Com um ativo de 38 bilhões de reais, sendo 2/3 financiados por capital próprio, e margem líquida de 43%, o desempenho da B3 realmente foi invejável em 2018. Os acionistas agradecem, pois irão receber 1,4 bilhão de JSCP. Parece tudo ótimo com o balanço apresentado empresa empresa. Eis o que diz o release da empresa (via aqui):

No ano de 2018, a receita total da B3 atingiu R$5.351,9 milhões, alta de 20,6% em relação a 2017. Na mesma comparação, o EBITDA recorrente cresceu 28,8% e totalizou R$3.424,5 milhões em 2018, enquanto o lucro líquido recorrente foi 26,4% maior e somou R$2.634,5 milhões.


Mais ainda:

Buscaremos manter e fortalecer nossas capacidades em operações e gestão de risco, tecnologia de ponta e inovação, relacionamento e atendimento aos clientes, engajamento com os reguladores e desenvolvimento e retenção de talentos. Ainda em 2018, demos início a uma série de projetos e ações concretas que suportam a execução desse plano. Continuaremos trabalhando com determinação para oferecer aos clientes e reguladores soluções que excedam as suas expectativas e, assim, continuar a ser a plataforma escolhida pelo mercado para a maior parte das suas necessidades”.

Se você usar o indicador de Altman para o mercado emergente, a B3 teria uma classificação de bônus correspondente a 7,95 ou AAA. A melhor nota possível.

Parece que a B3 está cumprindo com sua missão.

Fonte: Altman, E. An emerging market credit scoring system for corporate bonds. Emerging Markets Review 6 (2005) 311 –323

Rir é o melhor remédio


25 fevereiro 2019

Contabilidade pública: Caixa ou Competência


  • A adoção do regime de competência na área pública é tida como desejável
  • Entretanto, a maioria dos países adota o regime de caixa
  • Isto não significa que a contabilidade pelo regime de caixa não seja útil

Misch et al (2018), ao discutir o uso de dados diários fiscais na área pública, informa que


Mesmo que o país use o regime de caixa, o que significa não ter informações sobre contas a pagar, contas a receber, ativos não financeiros e outros, ainda assim o uso de relatórios fiscais diários seria importante:

However, despite the absence of balance sheet information (which is also often absent in formal fiscal reports for countries that use a cash basis for public accounting), access to immediate and reliable cash-based data offers many benefits, including real-time information on major fiscal aggregates. In addition, many governments are transitioning from cash- to accruals-based accounting standards, facilitated by the availability of FMIS that have full accruals-based accounting systems. It is therefore likely that over time the ability to track all stocks and flows, more or less in real time, will steadily improve as this transition takes hold.

Kraft Heinz e o modelo de gestão

  • A Kraft Heinz divulgou um problema contábil de 25 milhões de dólares, que afetou a credibilidade da empresa
  • Ao mesmo tempo, registrou uma amortização de 15 bilhões de dólares, o que levou muitos investidores a questionar o modelo de negócios baseado em aquisições e corte de custos
  • O resultado prejudicou também um acionista conhecido da empresa, Warren Buffett, que registrou seu descontentamento com uma norma contábil recente

Durante anos, o modelo de negócios da empresa 3G era bastante conhecido por trazer bons resultados: tomar empréstimo, comprar um empresa de grande porte, adotar estratégias para cortar custos (orçamento base zero e remuneração por desempenho) e gerar valor. No passado, a Kraft comprou a empresa de alimentos Heinz e adotou a mesma cartilha.

No final da semana passada, duras notícas para aqueles que acreditavam que o modelo funcionaria sempre. Em primeiro lugar, uma investigação da SEC, a entidade que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos, mostrou alguns problemas contábeis. A investigação revelou que parte dos resultados do passado deveriam ser revistos. Apesar do valor ser muito pequeno, US$25 milhões para uma empresa que fatura bilhões, a questão crucial é a credibilidade. Dito de outra forma por Jon Baumunk, professor da San Diego State University,

Em termos absolutos, 25$ milhões não é um número grande, mas põe em questão a administração

Muito pouco foi esclarecido sobre o problema contábil, mas pode ser que a pressão interna por resultado tenha levado aos erros cometidos.

A segunda notícia ruim tem sua origem na contabilidade da empresa. Os resultados do quarto trimestre estavam acompanhados de uma amortização de 15 bilhões de dólares em razão do teste de imparidade em operações nos Estados Unidos e Canadá e nas marcas Kraft e Oscar Mayer. A imprensa e os investidores estão questionando se isto não seria resultado do modelo de negócios da 3G. A falta de investimentos em marca, a mudança no mercado consumidor e o baixo crescimento das receitas seriam consequência da filosofia 3G de gestão.

Os anúncios levaram a uma queda no preço de mercado da empresa. A queda no valor de mercado indicaria uma avaliação negativa dos investidores. Os gestores apontaram, indiretamente, a forma como pretendem responder às críticas: insistindo no modelo 3G. Conforme lembrou a Bloomberg, o CEO da empresa citou a consolidação do setor na apresentação dos resultados e isto não foi gratuito.

Warren Buffett, o investidor que possui, através de sua empresa, 27% da Kraft Heinz, evidenciou os problemas no balanço anual, divulgado no sábado: perda de 25 bilhões de dólares no quarto trimestre de 2018. Mesmo assim, a empresa de Buffett teve um desempenho melhor que o mercado, crescendo no valor em 2,8%. Mas Buffett não está satisfeito com as normas contábeis:

A new GAAP rule requires us to include [ganhos/perdas contábeis não realizados] that last item in earnings. As I emphasized in the 2017 annual report, neither Berkshire’s Vice Chairman, Charlie Munger, nor I believe that rule to be sensible.

Sobre o resultado da Telefonica


  • O resultado recorde da Telefonica ocorreu muito mais em razão de uma decisão judicial do que do crescimento das receitas nos negócios de maior valor e da eficiência dos custos
  • O efeito na nova norma de reconhecimento da receita na empresa foi muito pequeno

Nas demonstrações contábeis da Telefonica, divulgado na semana passada, dois aspectos importantes. Em primeiro lugar, uma grande parcela do desempenho da empresa está relacionada com uma decisão judicial sobre tributação do PIS e COFINS. De um lucro de 8,9 bilhões, recorde para empresa, mais de 3 bilhões estão relacionados com este fator. Sutilmente, no release, a empresa reduz um pouco a influencia deste fato:

Crescimento das receitas nos negócios de maior valor e eficiência em custos, aliados a efeitos não recorrentes no período, levam a lucro recorde de R$8,9 bilhões em 2018.

O crescimento das receitas totais foi de 0,6%, abaixo da inflação. Mas o texto fala em crescimento nos negócios de maior valor. O custo dos serviços prestados e mercadorias vendidas aumentou de 20,3 para 21 bilhões. Eficiência em custos?

O fluxo de caixa das operações, que não sofre influencia da decisão judicial, reduziu, de 12,6 bilhões para 11,9. Todos os dados são do balanço consolidado.


Outro aspecto interessante é que a empresa fez um comparativo sobre o valor da receita, com e sem o IFRS 15. A partir de 2018, as empresas tiveram que mudar o reconhecimento da receita, segundo uma nova norma do Iasb, adotada no Brasil. Há uma reclamação generalizada sobre a complexidade da norma e o seu custo. O balanço da Telefonica, em conjunto com outras empresas, pode lançar uma luz sobre a influência da norma no resultado das empresas. No caso da Telefonica o efeito foi praticamente nulo: a receita mudou 0,03% ou 15 milhões de reais em um total de 43 bilhões.

Diferença de gênero


  • O livro Dataclisma analisa o ser humano a partir de dados de sites de namoro
  • Destacamos dois dados sobre a diferença entre gêneros

O livro Dataclisma foi escrito por um dos fundadores do site de namoro OkCupid, Christian Rudder. A temática é muito próxima do Everybody Lies: o uso de dados da internet para tentar mostrar como o ser humano se comporta. Na capa, dois subtítutos: “quem somos” e “quando achamos que ninguém está vendo”.

O livro explora as semelhanças (parte 1), as diferenças (parte 2) e as características dos seres humanos (parte 3) e Rudder usa os dados do site de namoro para explorar os temas apresentados. A primeira parte é a melhor do livro e destaco aqui a diferença entre a avaliação que os homens fazem da sua parceiras e vice-versa. Rudder mostra que a curva de avaliação das mulheres, por parte do homens, segue uma distribuição normal; mas a avaliação dos homens, por parte das mulheres, é assimetrica à esquerda. O que significa isto? Que as mulheres são mais exigentes ao avaliar seus parceiros no site de namoro. Este fato está expresso no gráfico abaixo, onde as notas são plotadas por gênero.
Outro aspecto interessante que Rudder apresenta na obra é que as mulheres de uma determinada idade possuem preferências por parceiros de idade similar. O gráfico abaixo mostra, no eixo, a idade da mulher e em vermelho, a sua preferência por parceiros, segundo a idade. O gráfico possui uma tendência que está na linha que faz um ângulo de 45 graus.

Mas esta informação para o homem é diferente. A idade novamente é apresentada no eixo e sua preferência, em termos da idade das mulheres, encontra-se em vermelho. Os valores se afastam da linha, indicando um viés. Este tipo de informação pode ser um indicativo de que o que as pessoas fazem na internet é diferente de suas crenças confessadas.


RUDDER, C. Dataclisma. Rio de Janeiro, BestSeller, 2015.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

24 fevereiro 2019

Accounting Review retira artigo polêmico sobre tributação


  • Uma pesquisa sobre evasão fiscal foi publicada em 2017 no principal periódico de contabilidade do mundo, o The Accounting Review
  • Um pesquisador, Alex Young, com dúvidas sobre a pesquisa, solicitou, sem sucesso, acesso aos dados e códigos usados, publicando suas dúvidas no EJW
  • Agora, o The Accounting Review retirou o artigo de sua edição

Uma pesquisa sobre evasão fiscal, de autoria de dois pesquisadores da prestigiosa Carnegie Mellon, publicado no periódico contábil mais reconhecido, The Accounting Review, sobre um tema “quente”, evasão fiscal, foi questionado e, finalmente, retirado por conta das dúvidas sobre a validade dos dados (fonte das informações a seguir: Retraction Watch).

O resumo do artigo publicado é o seguinte:

We implement a regression discontinuity design to examine the effect of institutional ownership on tax avoidance. Positive shocks to institutional ownership around Russell index reconstitutions lead, on average, to significant decreases in effective tax rates (ETRs) and greater use of international tax planning using tax haven subsidiaries. These effects are smaller for firms with initially strong governance and high executive equity compensation, suggesting poor governance as an explanation for the undersheltering puzzle, and appear to come about as a result of improved managerial incentives and increased monitoring by institutional investors. Furthermore, we observe the largest decreases among high ETR firms, and increases for low ETR firms, consistent with institutional ownership pushing firms towards a common level of tax avoidance.

A questão sobre o artigo levou mais de um ano, após uma longa discussão sobre a existência de problemas na análise dos dados. Em janeiro de 2018, em uma edição do Econ Journal Watch, Alex Young, da North Dakota State University, tentou reproduzir os dados do artigo publicado em 2017 e uma versão da pesquisa de 2015. Voltando no tempo, em outubro de 2015, Young participou de uma apresentação de uma versão do artigo. Ele questionou um dos autores, Bird, sobre alguns aspectos da pesquisa. Quando o artigo foi publicado, Young percebeu que algumas especificações tinham mudado, “corrigindo” os pontos levantados na conferência, mas os dados eram os mesmos em todas as tabelas.

Young encaminhou um e-mail para Bird lembrando da conversa que teve com ele em 2015 e solicitando os dados e códigos. Dois dias depois, Karolyi respondeu brevemente, ignorando o pedido. Em maio, Young encaminhou um e-mail para um editor da The Accounting Review, indicando as preocupações. Quatro dias depois, o editor encaminhou uma mensagem para o editor sênior. Em novembro, o editor da Econ Journal Watch mandou um e-mail para os pesquisadores, solicitando o compartilhamento dos dados. A resposta ocorreu no dia seguinte, mas os dados não foram compartilhados. O editor da Econ Journal Watch repetiu a solicitação, que foi recusada.

No mesmo mês, a professora Mary Barth, editora sênior da The Accounting Review, enviou um e-mail para Young para dizer que estava iniciando uma investigação de possível desvio de conduta por parte dos autores.

Em janeiro de 2018, após a publicação do artigo de Young no Econ Journal Watch, Bird e Karolyi, os autores do artigo, afirmaram que Young tinha reproduzido as principais descobertas dos autores. Informaram que, em resposta as acusações de Young, afirmaram que as versões distintas da pesquisa, entre 2015 e 2017, foi decorrente de uma revisão de uma descrição potencialmente confusa da metodologia.

Mas a explicação dos autores parece não ter convencido a The Accounting Review, que decidiu retirar o artigo, colocando o seguinte aviso:

(...) os autores não conseguiram fornecer os dados e o código originais solicitados pelo editor que reproduzem os resultados, conforme mostrado nas tabelas do artigo, apoiando esta afirmação. Assim, o artigo foi recolhido.

Poluição e evidenciação

O que explica a evidenciação de empresas poluidoras no Brasil? Segundo a uma pesquisa com empresas com ações negociadas na Bolsa, com 182 empresas, o tamanho, a lucratividade, a internacionalização, endividamento e o relatório de sustentabilidade da empresa são fatores explicativos desta evidenciação.

Eis o abstract:

This research aims at identifying explanatory factors of the environmental disclosure of potentially polluting Brazilian companies listed on the São Paulo Security, Commodities, and Futures Exchange (BM&FBOVESPA), from 2005 to 2015. Financial and environmental disclosure information of 182 Brazilian companies of the high-, medium-, and low-polluting potential sectors were collected. Data were analyzed through content analysis of documents and Regression with Panel Data. Results indicate that the company’s size, profitability, internationalization, and sustainability report are explanatory factors of the disclosure of environmental information, while indebtedness presents an inverse relationship. This study concludes that the explanatory factors of environmental disclosure of potentially polluting Brazilian companies are, with a higher weight, the publication of the sustainability report and stock market internationalization and, with lower weight, size, indebtedness, and profitability. This study discusses the relevance of environmental disclosure to companies that perform potentially polluting activities to provide support for different agents linked to these companies they may have access. It presents as theoretical contribution the explanatory variables for environmental disclosure of potentially polluting companies, an analysis not yet carried out in the literature. The practical contribution is to present information to interested users that potentially polluting companies, larger in size, internationalized, and with more profitability, disclose their environmental information.

Amor e Lucro

Os acionistas do Match Group receberam uma notícia de que a empresa teve crescimento de receita e o seu maior lucro anual, de 500 milhões de dólares. O Match é dono do Tinder e OkCupid.

Além de fazer uma grande diversificação nos seus produtos (Tinder U é um exemplo), o grupo está comprando todos os sites de relacionamentos possíveis: Match quer ter o monopólio do amor

Atualmente, 60% dos encontros amorosos originários em sites de namoros e aplicativos dos EUA tiveram sua origem em um dos aplicativos do grupo.

Uma pesquisa interna realizada pela empresa sugere que os solteiros usam uma média de quatro aplicativos de encontros simultaneamente; Match quer possuir todos eles.

O Tinder é o aplicativo de encontros mais baixado e de maior faturamento do mundo, gerando quase metade da receita da Match. O aplicativo adicionou 1,2 milhão de usuários no ano passado, dobrou sua receita e está expandindo internacionalmente, inclusive na Índia, Japão e Coréia do Sul. O Tinder Gold e o Tinder Plus, que oferecem recursos como curtidas ilimitadas e melhor visibilidade do perfil por uma taxa, estão gerando dinheiro.