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04 novembro 2016

Mercado

As pesquisas eleitorais são relevantes para uma campanha. Se as pesquisas mostram que um candidato está ganhando, isto pode aumentar o volume de doações; mas se as pesquisas mostram que a derrota é eminente, isto reduz a moral, o dinheiro e a participação dos adeptos. Como diz o economista Rajiv Sethi,

A probabilidade real de vitória não é independente das crenças sobre essa probabilidade.

Sethi lança uma discussão sobre o mercado de previsão e a probabilidade de manipulação. Em alguns “mercados” de aposta, pequenas alterações no preço pode mudar as chances anunciadas. Ou seja, cria-se incentivos para manipular os preços das apostas. Um comentário de um leitor apresenta uma questão adicional: o fato de que alguns mercados de previsão são pouco capitalizados, criando oportunidades para manipulação. E isto faz com que estas “previsões de mercado” sejam pouco confiáveis.

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03 novembro 2016

Wells Fargo e KPMG

Recentemente descobriu-se que o tradicional banco Wells Fargo criou contas para seus clientes sem a sua autorização. Isto serviu para que os funcionários cumprissem as metas estabelecidas pela gestão, mas inflou o desempenho dos bancos. Em razão do porte da instituição financeira, o problema está sendo analisado com detalhes pela imprensa.

Um artigo da Forbes (Elizabeth Warren Sends Misguided Letter To KPMG About Wells Fargo)
apresenta um aspecto interessante relacionado com a auditoria. O autor lembra que a criação de contas falsas no Wells Fargo já era de conhecimento público. O jornal LA Times já tinha informado esta prática em 2013. O ponto que o artigo desenvolve é o papel da empresa de auditoria, a KPMG, neste ponto. Será que a denúncia do jornal não foi suficiente para que a KPMG modificasse sua auditoria? Esta questão envolve uma discussão polêmica sobre o papel da auditoria: inclui ou não identificar fraudes. Mas neste caso, a KPMG deveria saber do assunto, que era público desde 2013, e não alterou seu parecer, inclusive na questão dos controles internos da instituição financeira.

Caixa e FGTS

O Estado de S Paulo divulga um estudo de um assessor do legislativo federal. Marcos Kohler identificou um problema na gestão do FGTS e a Caixa:

Ao fazer uma análise dos balanços do FGTS, Köhler identificou que um grande volume de recursos são sacados do Fundo especificamente para pagar o chamado “subsídio financeiro” – espécie de subvenção criada para reduzir os juros dos financiamentos a famílias de baixa renda dentro do Minha Casa Minha Vida. Essa ajuda foi criada para deixar a prestação mensal da casa própria mais barata e caber no bolso do comprador.

Cruzando as normas do Conselho Curador do FGTS, os saques no Fundo e os dados do balanço da Caixa, o economista concluiu que o volume de subsídios financeiros é elevado porque o FGTS paga tudo à vista para Caixa. Na avaliação dele, esse detalhe, por si só, já seria controverso. Mas ele constatou que o procedimento abriu espaço para duas outras práticas que considera mais graves.

A primeira é que os valores, apesar de serem pagos à vista, hoje, são engordados pelos juros do futuro. “O certo seria, como se diz no jargão da contabilidade, trazer a valor presente: descontar o efeito de juros, e isso faria com que o valor pago fosse bem menor”, diz Köhler, que fez várias projeções para chegar a essa conclusão.

O segundo problema, na avaliação dele, é que a Caixa registra tudo de uma vez só no balanço, o que não é permitido. Pela circular 1.273 do Banco Central, que rege o Plano Contábil do Sistema Financeiro (Cosif), receitas e despesas devem ser registradas no período em que elas ocorrem (dentro do regime de competência, como se diz no jargão da contabilidade), e não na data do efetivo ingresso ou desembolso. Pela regra que regula a sua concessão, o subsídio financeiro é calculado levando-se em consideração “a taxa de administração” que cabe à Caixa e “o diferencial de juros” ao longo de todo o período do financiamento, que pode se prolongar por até 30 anos.


O autor do artigo do jornal procurou a Caixa e outros técnicos para analisar o estudo de Kohler. A Caixa considera que o pagamento adiantado tem como objetivo "Ressarcir os custos administrativos e operacionais, os riscos e a alocação de capital incorridos pelos agentes essencialmente até o momento da contração da operação".

Em razão das elevadas taxas de juros praticadas no Brasil, e isto inclui a Selic, TR e caderneta de poupança, e do prazo longo das operações, os valores são elevados. Kohler estimou um valor adicional de 15 bilhões. Comparado ao ativo total da Caixa não é muito. Mas não deixa de ser uma transferência de renda dos depositantes do FGTS, os trabalhadores, para o acionista controlador da Caixa, o governo.

Links

Descubra se suas informações pessoais foram hackeadas

O estilo do jogador de xadrez muda durante o período do dia ( ou como a qualidade das nossas decisões são afetadas pelo horário do dia)

Um cachorro e com a camisa do adversário: a reação das pessoas. Propaganda da Pedigree e a campanha dos EUA

Um remédio natural para reduzir o stress e com o custo zero

Iasb planeja dar novas definições para termos financeiros

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02 novembro 2016

Iasb divulga agenda para os próximos cinco anos

O Iasb divulgou um comunicado com a agenda para os próximos cinco anos. Segundo o International Accounting Standards Board o foco das suas atividades será "melhor comunicação" das demonstrações contábeis. Segundo o comunicado, o Iasb irá focar na eficácia da comunicação das demonstrações, com um "novo olhar" sobre a sua apresentação e agrupamento.

Além disto, a entidade pretende:

a) completar os grandes projetos de normas, que inclui as regras sobre seguros e a estrutura conceitual;
b) apoiar a implementação dos novos padrões e os existentes
c) focar nos projetos de pesquisas. Segundo o Iasb, isto significa reduzir o número de tópicos para tentar concluir os estudos no prazo. Nos termos do Iasb:

In order to reduce the burden on stakeholders, we have decided to limit how many topics we work on at any one time. 

Um aspecto interessante, que poderá decepcionar alguns no Brasil, o Iasb considerou "Projects for which no further work is planned" o tópico de inflação.

O documento completo encontra-se aqui

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Fonte: Aqui

01 novembro 2016

Desigualdade de gênero no mercado de trabalho contábil?

Ao postar ontem sobre a questão do desemprego no setor contábil comentamos que "o saldo entre os admitidos e os demitidos é possível notar que a maioria deles é do sexo feminino (-658 versus -188)".  Mas será que isto é algo comum no mercado de trabalho contábil? Lembrando que incluímos no nosso levantamento os contadores, auditores, técnicos de contabilidade e escriturários de contabilidade e a fonte primária da informação é o Caged, que abrange somente o mercado formal de trabalho.

Diante da questão sobre a possibilidade de existir desigualdade de gênero no mercado de trabalho, compilamos os dados de movimentação desde janeiro de 2015, quando começou a crise no setor. O resultado encontra-se na figura a seguir:
A linha vermelha são as mulheres e a azul os homens. Em cada mês é calculado o número de admitidos no mercado de trabalho e o número de demitidos. Quando ocorre mais admissões que demissões tem-se a criação de vagas de trabalho e a informação está acima da linha do "zero" do gráfico. O gráfico permite constatar que geralmente a linha dos homens está em posição acima da linha das mulheres. Como geralmente o número de demitidos tem sido superior ao de admitidos desde início de 2015, isto significa dizer que as mulheres estariam sofrendo mais com a crise de emprego na contabilidade. Ou seja, o empregador ao demitir tem escolhido prioritariamente as mulheres.

Mas como este gráfico mostra o desempenho de cada mês, não fica muito claro se a movimentação mensal seria mais favorável ao homem ou a mulher. O gráfico a seguir mostra o valor acumulado, desde o primeiro mês (janeiro de 2015). Aqui a visão do efeito da crise sobre o mercado de trabalho fica mais claro. E apesar das mulheres terem sido mais poupadas no início do processo, a partir de setembro de 2015 a situação se inverte.
Considerando os valores acumulados, o número de destruição de vagas para o gênero feminino foi de quase quinze mil postos; para o gênero masculino este número aproxima-se de dez mil. Ou seja, uma diferença de 50% a mais para o gênero feminino.

Estes números impressionam. Além da diferença salarial existente entre homens e mulheres, haveria uma diferença no momento de demitir o funcionário.

O problema da análise acima é que não sabemos quantos homens e quantas mulheres são atualmente empregadas no mercado de trabalho contábil. E esta informação é crucial para análise. Se o setor é ocupado principalmente pelos homens, isto é um sinal claro de desigualdade de gênero. Mas se o setor for ocupado prioritariamente pelas mulheres, dependendo da proporção, teríamos ou não um problema de desigualdade de gênero.

Infelizmente não é possível obter esta informação diretamente do Caged. Mas podemos usar alguns aproximações, como o número de horas contratadas, o tempo de emprego, a soma das idades dos trabalhadores e o salário mensal. Com base nestes parâmetros temos que a participação da mulher é de 62%, 60%, 62% e 56%, na ordem. Ou seja, a mulher detém uma parcela em torno de 60% do mercado de trabalho na contabilidade, segundo esta estimativa (de dezembro de 2014). Há uma diferença no salário, mas isto deve ser resultante do fato de salário pago para mulher ser menor que do homem.

Ficando com este percentual de 60%, precisamos determinar se o número do saldo de movimentação também está próximo deste valor. Como o saldo de movimentação acumulado é de 24.674 negativos, de janeiro de 2015 a setembro de 2016, o valor para as mulheres, de menos 14.864, corresponde a 60,2%. Podemos então concluir que o número maior de redução de vagas para as mulheres que está ocorrendo no mercado de trabalho contábil no Brasil nos últimos meses não decorre de preconceito contra a mulher. Infelizmente as demissões estão ocorrendo independente do gênero do trabalhador.

Repatriação de recursos

O Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária oferece incentivos para a declaração de bens mantidos no exterior. Os brasileiros que regularizaram a situação até ontem [31/10] pagaram 15% de Imposto de Renda e 15% de multa.

O valor recuperado com a repatriação permitirá à equipe econômica do governo ampliar a reserva técnica do orçamento e cumprir a meta fiscal de 2016 do setor público consolidado.

Segundo o Valor, a repatriação de ativos resultou em R$ 50,9 bilhões em imposto de renda e multa decorrente da formalização de ativos, que por sua vez totalizaram R$ 169,9 bilhões

As pessoas físicas regularizaram R$ 163,875 bilhões em ativos no exterior, o que correspondeu a R$ 24,581 bilhões em Imposto de Renda e de R$ 24,580 bilhões de multa pela regularização. No caso das pessoas jurídicas, foram regularizados R$ 6,064 bilhões em ativos, o que gerou R$ 909,739 milhões em Imposto de Renda e R$ 909,738 milhões em multa.


O poder da motivação

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31 outubro 2016

Links

Conceito de caixa 2 na política


25 melhores livros de literatura espanhola (e latina) dos últimos anos:

Fortune: muito do que você pensa sobre investimento está errado

Gastos com servidor por estado

Tentando entender o aumento do preço do Bitcoin

Desemprego do setor contábil

Segundo dados primários do Ministério do Trabalho, compilados por este blog, o desemprego do setor contábil continuou refletindo a crise da economia e do setor. Em setembro, o número de demitidos foi 776 a mais do que o número de admitidos. Considerando o acumulado desde janeiro de 2014, este número chega a quase 26 mil profissionais, mais precisamente 25.719. O gráfico abaixo permite visualizar que as demissões são maiores que as admissões há meses, desde novembro de 2015.


Em razão do comportamento do ano passado, este blog acredita que o próximo mês será decisivo para saber se a crise já está finalizando ou não. O gráfico também permite notar que dezembro é um mês ruim para o emprego no setor contábil, já que as duas grandes baixas nas admissões ocorreram justamente neste mês em anos anteriores.


Como tem sido praxe desde que começamos a coletar estes dados, o salário médio dos admitidos tem sido bem inferior ao salário médio dos demitidos. Mas a distância aumentou em setembro de 2016, para 24,94% (versus 19,98% do mês anterior). Na realidade, a diferença dos salários foi a quarta maior desde janeiro de 2014. Os demitidos tinham em média 34,11 meses de emprego e 30,12 anos de idade, versus uma idade média dos admitidos de 32,19 anos. A exemplo dos meses anteriores, a contratação tem ocorrido mais fortemente nos profissionais com maior idade.

Analisando o saldo entre os admitidos e os demitidos é possível notar quue a maioria deles é do sexo feminino (-658 versus -188), com ensino médio completo e escriturários. Outro ponto relevante é que dos 8.072 demitidos, 77% foram sem justa causa. Este percentual é bem superior aos dos meses anteriores.

Professores - Conforme explicamos em postagem anterior, a questão do desemprego para professores de contabilidade é analisada utilizando os 12 meses acumulado. E como nos meses anteriores (e desde janeiro deste ano, o número de demitidos tem superado o número dos admitidos, conforme é demonstrado no gráfico.


O tempo médio de emprego dos demitidos está em quase 42 meses. A análise dos dados permite observar que a demissão tem atingido, cada vez mais, os professores mais antigos. Para que se tenha uma ideia, em setembro de 2014 a idade média dos professores demitidos era de 26 meses. Entretanto, o salário médio dos admitidos tem sido superior aos professores demitidos, exatamente contrário ao que ocorre no setor como um todo. Existem duas possíveis explicações para isto: as escolas (instituto, faculdades, universidades etc) estão contratando empregados que lecionam uma maior carga horária; e isto pode ser reflexo da maior qualificação dos docentes.

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Fonte: Aqui

30 outubro 2016

Neha Narula: O futuro do dinheiro

O que acontecerá quando mudar a maneira como compramos, vendemos ou pagamos por coisas, talvez até eliminando a necessidade de bancos ou casas de câmbio ou balcões de câmbio? Esta é a promessa radical de um mundo movido pelas criptomoedas como Bitcoin e Ethereum. Ainda não estamos lá, mas nesta palestra, Neha Narula descreve a ficção coletiva de dinheiro e pinta o retrato de um futuro bem diferente.

Off topic: Belas imagens do espaço

Dê uma olhada neste abismo. O que você está vendo agora é uma das visões mais profundas possíveis do espaço.

Essas fotos foram capturadas pelo telescópio Hubble do cluster de galáxias Abell S1063, durante a última adição à coleção Frontier Fields, que mostra as visões mais longínquas já registradas do espaço, exibindo o grupo de estrelas como elas eram há 4 bilhões de anos. Essas imagens profundas do Hubble se devem em parte ao poder do telescópio, mas também a um estranho fenômeno natural chamado lente gravitacional.
Hubble Frontier Fields view of MACSJ0416.1–2403
Abell S1063 vista com o efeito de lente gravitacional. Imagem por NASA, ESA e J. Loz (STScl)
Na nebulosa carina, um pilar de gás é banhado pela luz de estrelas gigantes e quentes.
Novas estrelas se formam dentro desse pilar. 
A Nebulosa Carina é um dos lugares mais dinâmicos e complexos na Via Láctea, e essa imagem espetacular foi feita a partir de uma montagem com 32 imagens capturadas pelo Hubble. A radiação ultravioleta de estrelas que habitam a nebulosa ajuda a formar esse cenário fantasioso dela. 
Uma coruja meio escondida no meio das estrelas? Não, nad adisso: essa imagem mostra a interação entre as galáxias NGC 2207 e IC 2163. A primeira é a maior delas, enquanto a da direita é a outra. As forças da NGC 2207 distorceram o formato da IC 2163. 

Fonte e mais: Aqui

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29 outubro 2016

Fato da Semana: JBS

Fato: JBS

Data: 22 de outubro e 26 de outubro

História da Empresa
1953 - A empresa nasce no interior de Goiás
2005 - Começa o processo de crescimento da empresa no exterior, com a aquisição da empresa Swift da Argentina
2007 - A empresa abre o capital e se torna a maior empresa do mundo em processamento de carne bovina, comprando a Swift dos EUA e outras aquisições.
2009 -Incorpora a Bertin, no Brasil, e a Pilgrim´s, nos EUA. Este processo de aquisição no exterior irá continuar nos anos seguintes.
2014 - Nas eleições, a JBS torna-se a maior doadora para políticos de diversos partidos.

Relevância


A JBS possui mais de 200 mil empregados e um faturamento acima de 150 bilhões de reais.
Parte da expansão foi realizada com recursos do mercado acionário e parte com dinheiro do BNDES, que se tornou seu acionista minoritário.
Recentemente os acionistas controladores foram presos. Ofereceram uma garantia de 1,5 bilhão de reais para responderem em liberdade e gerenciando a JBS. Para isto colocaram como garantia as ações da Eldorado (existindo controvérsias com respeito a isto).
Também recentemente a empresa propôs um plano para transferir a sede para a Irlanda. A proposta era uma operação que certamente envolvia menor pagamento de imposto e foi recusada pelo BNDES, um importante sócio acionista.

Notícia boa para contabilidade?


A contabilidade pode ajudar a revelar os interesses dos controladores e as doações políticas. Também poderá ser fonte de dados para mensuração do impacto das políticas tributárias da JBS.

Desdobramentos


A investigação sobre os fundos de pensão e a JBS continua e poderá ter consequências. Chama a atenção o pagamento de uma quantia tão elevada para que os controladores pudessem sair da prisão e voltar aos negócios na empresa. Isto não deve ter passado desapercebido pelos investigadores.

Mas a semana só teve isto?

+ Os resultados de algumas empresas (Vale e GPA) também são relevantes.

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28 outubro 2016

Links

Empresas: (1) Vale reverte prejuízo; (2) Via Varejo aumenta prejuízo; (3) Saudi Aramco admite que funcionário foi subornado

Ética e GAAP

170 anos para eliminar a desigualdade de gênero

Os lobistas

JBS desiste

Recentemente o grupo JBS propôs uma reorganização societária, que previa a criação de uma empresa internacional na Irlanda. Por que Irlanda? Este país europeu tem uma estrutura tributária bastante favorável, que tem atraído empresas multinacionais diversas.

A proposta significava menor imposto de renda no futuro e saída da gestão da empresa do país. Poderia ter talvez evitado o constrangimento da prisão dos executivos e controladores da empresa, os irmãos Batista.

Agora o BNDES, que tem uma grande participação na empresa e ajudou substancialmente a sua expansão nos últimos anos, foi contrário a proposta. A negativa do BNDES gerou uma grande perda de valor no mercado acionário e levou o cancelamento da proposta. Fazia sentido esperar que o BNDES aceitasse a proposta? Certamente que não. O contribuinte brasileiro financiou a questionável expansão da empresa, sob a justificativa de criar “campeãs nacionais”. Depois que a empresa consegue esta expansão, os controladores decidem mudar a sede para pagar menos impostos. E longe da fiscalização do banco e das leis brasileiras. É de se questionar como o mercado acreditou que seria possível que isto ocorresse.

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Fonte: Aqui

26 outubro 2016

Garantia

Duas operações da Polícia Federal (Sépsis e Greenfield) destacaram o papel da empresa de celulose Eldorado em pagamentos de propinas para obtenção de empréstimos na Caixa Econômica Federal e nos investimentos dos fundos de pensão. O resultado foi a imposição que os irmãos Joesley e Wesley Batista deveriam deixar as empresas que comandavam, que incluía a JBS Friboi e a Eldorado. Mas um acordo com o Ministério Público Federal impôs um depósito de R$1,5 bilhão como garantia.

No sábado o Estado de S Paulo (J&F dá Eldorado em garantia ao MPF) divulgou que parte da Eldorado foi dada como garantia.

“O problema é que esse valor estaria superavaliado pelo que vale hoje a Eldorado”


Com base neste valor a empresa estaria avaliada em 16 bilhões de reais, 7 bilhões a mais que a Fibria, sua concorrente. Mas no ano passado a empresa encomendou uma avaliação que chegou a um resultado de $25 bilhões. Mas este laudo de avaliação foi encomendado para pressionar os fundos de pensão a colocar mais dinheiro na Eldorado.

Um aspecto que não está claro neste caso é a motivação dos irmãos Batista em manter-se no comando da empresa, estando dispostos a pagar uma grande quantia para isto.

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Fonte: Aqui

25 outubro 2016

Links

Campanha do banco de livros

Cost Disease está morto? (ou a ideia de Baumol ainda é razoável?)

A rebelião contra usar a Mulher Maravilha como embaixadora da Onu

"O que o autor quer dizer?", a pior pergunta numa aula de literatura

A contabilidade dos Zetas

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Adaptado daqui

Cotas

Em "Contas no Ensino Superior (Valor Econômico 21 de outubro de 2016), Naercio Filho divulga um estudo da UnB, talvez a primeira universidade que adotou este sistema. O estudo mostra que o desempenho dos cotistas, entre 2004 a 2013, foi relativamente igual aqueles que entraram pelo sistema universal (sem cotas), ao contrário do que era esperado. Uma das explicações é bastante interessante:

Os jovens nascidos em famílias pobres que estudaram em escolas públicas e mesmo assim conseguem ficar entre os estudantes com as maiores notas no Enem de seu Estado têm, em média, garra e perseverança bem maiores dos que os que nasceram em famílias mais ricas e obtiveram notas um pouco maiores.

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O tempo que eu perdi...
Fonte: Aqui

24 outubro 2016

Embraer paga multa por corrupção

A Embraer chegou nesta segunda-feira, 24, a um acordo com autoridades de Brasil e Estados Unidos para encerrar uma investigação de corrupção, pagando US$ 206 milhões para virar a página sobre evidências de subornos em quatro contratos no exterior. (mais aqui)

É interessante notar que a Embraer foi alvo de uma lei nascida há cinquenta anos, a Foreign Corrupt Pratices. Esta lei, por sua vez, nasceu de um escândalo de corrupção originário na empresa Lockheed, que corrompeu dirigentes da Alemanha, Holanda, Japão e Itália

Links

III Simpósio Internacional sobre Gestão Pública

20 novas séries elogiadas pelos críticos

Já não se faz comédia romantica como antigamente

"A maioria das universidades vão desaparecer"

Petrobras começa a reverter as perdas no mercado de ações

Perdas da Samsung e a estima dos coreanos

Escolher ações é coisa do passado

Os investidores estão abandonando a prática de escolher ações.

Fundos de pensão, dotações, planos de aposentadoria e investidores de varejo estão migrando para os fundos de investimentos passivos, que operam em piloto automático ao imitar o comportamento de um índice. Os profissionais que analisavam e selecionavam ações, arquétipos da Wall Street do século XX, estão sendo deixados de lado.

Nos três anos encerrados em 31 de agosto, investidores adicionaram quase US$ 1,3 trilhão a fundos mútuos passivos e suas extensões — fundos passivos negociados em bolsa — ao mesmo tempo em que drenaram mais de US$ 250 bilhões de fundos ativos, segundo a empresa americana de pesquisa Morningstar Inc.


Defensores dos fundos passivos, ou fundos de índice, costumam citar seu desempenho superior no longo prazo, tarifas menores e simplicidade. Hoje, essa crença foi efetivamente institucionalizada, com reguladores, advogados de defesa de clientes que se dizem prejudicados e dados de desempenho afastando os investidores da seleção ativa de ações.

Nos mercados desenvolvidos, “a pressão ficou tão intensa que os [fundos] passivos se tornaram o padrão”, diz Philip Bullen, ex-diretor de investimento da poderosa gestora ativa de investimentos Fidelity Investments. Ele e outros dizem que a gestão ativa pode ter êxito com ativos de negociação mais restrita.

A mudança está agitando Wall Street. Gestores de fundos de hedge, os clássicos investidores ativos, estão enfrentando saques vultosos, já que têm dificuldade para justificar suas tarifas. Como um grupo, os fundos de hedge, que apostam a favor e contra ações e mercados em todo o mundo e geralmente cobram tarifas mais elevadas que os fundos mútuos, não registram um desempenho superior à bolsa americana desde 2008.
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Gigantes do investimento passivo como a Vanguard Group e a BlackRock Inc. estão atraindo muito dinheiro e conquistando poder entre os acionistas de empresas de capital aberto.

Embora 66% dos ativos de fundos mútuos e de fundos negociados em bolsa, ou ETFs, ainda sejam investidos ativamente, informa a Morningstar, esse volume era de 84% há dez anos. E a queda tem sido acelerada.

O desempenho está alimentando a nova tendência. Nos dez anos encerrados em 30 de junho, entre 71% e 93% dos fundos mútuos ativos de ações dos EUA, dependendo do tipo, ou fecharam ou tiveram um desempenho inferior aos fundos de índice que tentavam superar, segundo a Morningstar.


Além disso, como igualar o desempenho dos índices de ações é bem mais barato que tentar superá-los, as despesas dos fundos de índice são significativamente menores que a tarifa cobrada pelos fundos ativos. Com os juros perto de zero, as tarifas são cada vez mais importantes.

Há uma desvantagem, segundo defensores dos investimentos ativos. Os fundos passivos são criados apenas para igualar os mercados, então os investidores estão desistindo da possibilidade de superá-los. E se menos gerentes estão estudando relatórios financeiros para selecionar as melhores ações e evitar as piores — os fundos de índices compram ações às cegas — isso pode acabar prejudicando a capacidade do mercado de precificar as ações de forma eficiente

[...]


Fonte: aqui

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Poluição e mercado

Uma pesquisa comparou o efeito da poluição do ar sobre o funcionamento do mercado acionário. A pesquisa foi realizada com a bolsa de Nova Iorque e constatou que variações na poluição interferem no movimento do mercado. Os testes mostraram que os resultados são robustos. Os pesquisadores constataram que o efeito é local em razão da existência de pessoas influentes no mercado que moram/atuam em Nova Iorque.

22 outubro 2016

Fato da Semana: O Contador

Fato: Filme O Contador

Data: 20 de outubro de 2016

Hollywood e o Contador:

Os filmes de Hollywood geralmente não falam muito de contadores. E quando o contador aparece é por um papel de burocrata ou de preparador de impostos. Nenhum grande herói. No IMDB, uma base de dados de filmes e séries, a palavra "accountant" apresenta 35 resultados, incluindo personagens e nome de episódios de séries.
Talvez o grande filme onde o contador foi o personagem principal seja Um Sonho de Liberdade. E este é o filme mais bem ranqueado pelo público no próprio IMDB.

Relevância: Por ser um filme com ator de destaque e a grande estreia do cinema esta semana, o filme O Contador pode ter alguns efeitos positivos. Os professores poderão usar os exemplos do filme em sala de aula, a visão do contador como um figurante magro e de óculos pode ser alterada.

Notícia boa para contabilidade? Sem dúvida. Imagine, a título de exemplo, um jovem que a partir deste filme se interesse pela área e considere realmente a possibilidade de exercer esta profissão.

Desdobramentos - Já existe um "comentário" sobre a sequência, mas ainda é cedo.

Mas a semana só teve isto? A semana teve pouca notícia sobre a contabilidade com destaque para a criação de despesa pelo legislativo para Petrobras e a decisão do Supremo sobre anuidades dos conselhos.

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Dica de finanças pessoais deste sábado...



21 outubro 2016

Links

Petrobras tem uma despesa retroativa aprovada no legislativo

PwC estima o custo da corrupção na Nigéria: 37% do PIB

Como a máquina aprende a ser racista


Tim Harford: a importância do Ig Nobel (que já premiou pesquisas revolucionárias) (inclui, por exemplo, Dunning-Kruger)

Estados escondem rombo na previdência de 18 bilhões

Troféu Transparência da Anefac 2016

Encontrando desvios no divórcio

Você acha que o seu cônjuge pode estar tentando esconder renda ou ativos em seu divórcio? Um dos cônjuges normalmente tem o controle sobre o dinheiro no casamento, seja em virtude de ser o principal rendimento do casal ou por meio do controle de gastos ou ambos. O cônjuge na posição financeira pior deve tomar medidas proativas imediatas para se proteger no divórcio. Estando ciente de alguns dos esquemas mais comuns utilizados para esconder rendimentos e bens você pode ser mais propenso a ver os sinais. 

Alguns dos esquemas mais comuns usados para esconder o dinheiro em divórcios incluem:

• Esconder dinheiro - Não é incomum um cônjuge começar a esconder dinheiro na casa, em um cofre, com amigos ou parentes de confiança. Por não manter os fundos em uma conta bancária ou de investimento, o cônjuge espera que você não vai saber da existência do dinheiro. Preste muita atenção às transações que envolvem dinheiro evaporando: grandes saques em caixas eletrônicos, a venda de ativos sem rastro de papel ou nenhum depósito para contas conhecidas.

• Compra de itens que são facilmente ignorados ou subvalorizadas - Todos notam uma nova casa ou um carro novo, mas quem presta atenção para obras de arte, artigos de decoração valiosas ou brinquedos tecnológicos? Enquanto alguns cônjuges estão prestando atenção a esses tipos de coisas, outros não, e esta é uma ótima maneira de reduzir o dinheiro, secretamente aumentando ativos ocultos.

• Subnotificação de renda nas declarações de renda – cônjuges em processo de divórcio podem deliberadamente diminuir a renda em suas declarações de imposto de renda, na esperança de privar o outro cônjuge da sua parte da renda. Técnicas de contabilidade forense podem ser usadas para descobrir tal truque.

• Tendo um empregador, reter pagamentos de comissões ou bônus - Particularmente em empresas de capital fechado (se o seu cônjuge é o proprietário ou um empregado) existe o perigo de que a gestão irá reter pagamento a pedido do cônjuge, influenciando negativamente qualquer apoio à criança ou pensão alimentícia, que pode ser devido. Uma vez que o divórcio ou apoio à criança ação é resolvido, o empregador paga a totalidade do salário retido. Esteja ciente deste problema, especialmente se o seu cônjuge de repente reduziu seu salário ou não recebeu um bônus ou comissão normal.

• Credores pagando demais - Não é incomum para um cônjuge criativo pagar a mais a outros credores durante um divórcio, com a intenção de receber um reembolso após o fim o processo de divórcio. O dinheiro é desviado para longe da propriedade conjugal de modo que o cônjuge não pode reivindica-lo, e mais tarde, os pagamentos em excesso são reembolsados em benefício do cônjuge conspirador.

• Estabelecimento de contas em nome de outras pessoas - Cuidado com o risco de que o seu cônjuge pode colocar os ativos em nome de uma criança, uma namorada ou namorado, um membro da família ou um amigo. A intenção é esconder dinheiro na conta e, em seguida, recuperá-lo após o divórcio finalizado. Pode ser difícil de descobrir sobre essas contas, mas muitas vezes há pistas financeiras deixadas para trás.

• Transferência de ativos - Não é incomum para um cônjuge para dar ou vender ativos para um amigo ou parente durante um divórcio. Muitas vezes, a "venda" será inferior a valor de mercado, o que sugere que é uma operação simulada que será revertida após o divórcio finalizado. Fazer listas de ativos conhecidos no início do processo de divórcio é fundamental.

• Outras transações falsas - partes divorciados pedem "empréstimo" a amigos ou a família, "começar um negócio" com alguém (que coincidentemente leva toneladas de dinheiro e bens valiosos que são parte da propriedade civil), ou de outra forma participam de operações destinadas a reduzir ou ocultar bens do cônjuge.

Estar ciente das bandeiras vermelhas de fraude em divórcio é o primeiro passo para desvendar crimes do seu cônjuge. O segundo passo é envolver um contador forense competente, que pode ajudar a investigar estas questões. Você vai precisar de um especialista em rastreamento de fundos e procurar pistas do desvio ou a dissipação de bens. 

Traduzido livremente daqui

Don Tapscott: Como o blockchain está mudando o dinheiro e o mundo dos negócios

O que é o "blockchain"? Se você não sabe, deveria; se você sabe, provavelmente ainda precisa de algum esclarecimento sobre como ele realmente funciona. Don Tapscott está aqui para ajudar, desmistificando essa tecnologia revolucionária, criadora de confiança, a qual, ele diz, representa nada menos do que a segunda geração da internet e traz o potencial para transformar o dinheiro, o mundo dos negócios, os governos e a sociedade.

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20 outubro 2016

Anuidade dos Conselhos

O STF decidiu que os conselhos profissionais não podem aumentar as contribuições anuais sem um parâmetro legal.

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 704292, no qual os ministros decidiram que não cabe aos conselhos de fiscalização profissional fixar ou majorar, sem parâmetro legal, o valor das contribuições anuais devidas por pessoas físicas ou jurídicas. Na sessão desta quarta-feira (19), o Plenário seguiu a proposta do relator, ministro Dias Toffoli, quanto à fixação da tese de repercussão geral e rejeição do pedido de modulação de efeitos da decisão.

A tese de repercussão geral fixada é a seguinte: “É inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade tributária, lei que delega aos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas a competência de fixar ou majorar, sem parâmetro legal, o valor das contribuições de interesse das categorias profissionais e econômicas, usualmente cobradas sob o título de anuidades, vedada, ademais, a atualização desse valor pelos conselhos em percentual superior aos índices legalmente previstos”.


Aqui um estudo sobre a anuidade cobrada pelo CFC, de 1999 a 2016.

O Gap educacional

O gráfico a seguir foi apresentado em 2015 pelo então presidente do Inep, José F. Soares. Trata-se das notas dos alunos da quinta série do ensino fundamental no Brasil onde cada linha representa uma classe social e econômica. A linha de baixo é a menor classe entre os alunos; a linha superior, os alunos com nível socioeconômico mais elevado. Em 2005 a diferença da nota entre a classe mais baixa e a mais alta era de 12%.
A linha temporal mostra que o desempenho dos alunos de maior nível socioeconômico cresceu em 12%, enquanto a nota dos alunos de menor nível aumentou 0,6%. De 2005 a 2013 o governo esteve muito interessado em usar a educação como uma forma de ascensão social e redução das desigualdades. Mas o resultado mostra que ocorreu algo diferente.

O que este gráfico está dizendo é que a diferença educacional entre os mais pobres e os mais ricos aumentou nos últimos anos. Lembrando que este aluno que em 2005 estava na quinta série do ensino fundamental, onze anos depois está saindo do ensino universitário.

Erros de português comuns no trabalho

Falar e escrever corretamente é obrigatório para se dar bem em qualquer profissão. Além de ter uma redação bem estruturada, é preciso dominar a norma culta do português para ser admitido em qualquer processo seletivo, manter-se empregado e alçar novas posições hierárquicas.

Apesar disso, os tropeços na língua são incrivelmente frequentes no mundo corporativo. E-mails, relatórios, artigos e apresentações estão infestados de erros de ortografia, sintaxe, regência, pontuação e conjugação verbal.
[...]

Para não cometer deslizes, é importante cultivar o hábito da leitura de livros, jornais, revistas e sites. Uma revisão cuidadosa e paciente dos seus textos também é fundamental para garantir a sua adequação às regras gramaticais.

Com a ajuda de Cremaschi e Passadori, reunimos 60 erros de português muito comuns no mundo do trabalho. Confira a seguir:

1. “São suficientes” / “É suficiente”
Erro: Cento e cinquenta dólares são suficientes para as diárias no exterior.
Forma correta: Cento e cinquenta dólares é suficiente para as diárias no exterior.
Explicação: O verbo ser é invariável quando indicar quantidade, peso, medida ou preço.

2. “Em vez de” / “Ao invés de”
Erro: Ao invés de mandar um e-mail, resolvi telefonar.
Forma correta: Em vez de mandar um e-mail, resolvi telefonar.
Explicação: “Em vez de” é usado como substituição, enquanto a expressão “ao invés de” é usada como oposição.

3. “A nível de” / “Em nível de”
Erro: A nível de proposta, o assunto deve ser mais discutido”
Forma correta: Em relação à proposta, o assunto deve ser mais discutido.
Explicação: A expressão “a nível de” só está correta quando significar “à mesma altura”. “Hoje, Santos acordou ao nível do mar”. Também podemos usar a expressão “em nível” sempre que houver “níveis”: “Esse problema só pode ser resolvido em nível de diretoria”.

4. “A meu ver” / “Ao meu ver”
Erro: “Ao meu ver, o evento foi um sucesso”.
Forma correta: “ A meu ver, o evento foi um sucesso”.
Explicação: Não se deve usar artigo nessas expressões, em que o substantivo ver significa “opinião, juízo”: a meu ver, a seu ver, a nosso ver. Também não se usa artigo em estar a par: Estavam todos a par (e não ao par) dos últimos acontecimentos.

5. “Maiores informações” / “Mais informações”
Erro: Para maiores informações, entre em contato com a Central de Atendimento.
Forma correta: Para mais informações, entre em contato com a Central de Atendimento.
Explicação: “Maior” é comparativo, portanto não se aplica a esse caso.

6. “A” / “há”
Erro: Trabalho nesta empresa a dez anos.
Forma correta: Trabalho nesta empresa há dez anos.
Explicação: Para indicar tempo passado, usa-se “há”. O “a”, como expressão de tempo, é usado para indicar futuro ou distância. (A empresa fica a dez minutos do centro.)

7. “Acerca de” / “a cerca de”
Erro: Na reunião, discutiu-se a cerca de corte de gastos.
Forma correta: Na reunião, discutiu-se acerca de corte de gastos.
Explicação: “Acerca de” significa a respeito de. A cerca de indica aproximação. (Ex: A empresa fica a cerca de 5 km daqui.)

8. “Meio-dia e meio” / “Meio-dia e meia”
Erro: A reunião começará ao meio-dia e meio.
Forma correta: A reunião começará ao meio-dia e meia.
Explicação: Devemos utilizar a expressão meio-dia e meia sempre que quisermos referir a décima segunda hora do dia mais trinta minutos, ou seja, o meio-dia mais meia hora.

9. “Supérfluo” / “supérfulo”
Erro: Os gastos naquele setor foram supérfulos.
Forma correta: Os gastos naquele setor foram supérfluos.
Explicação: Supérfluo significa demais, desnecessário. Embora seja uma palavra que muitas vezes ouvimos, “supérfulo” não existe.

10. “Em mãos” / “em mão”
Erro: O motorista entregou a carta em mãos.
Forma correta: O motorista entregou a carta em mão.
Explicação: A segunda opção sempre foi considerada a correta, porém, atualmente, as duas formas são aceitas por alguns dicionários.

11. “Segmento” / “Seguimento”
Erro: O seguimento de mercado mostrou-se propício a investimentos.
Forma correta: O segmento de mercado mostrou-se propício a investimentos.
Explicação: Segmento é sinônimo de seção, parte. Seguimento é o ato de seguir. (Ex: O projeto de implantação da ciclovia não teve seguimento.)

12. “Por hora” / “Por ora”
Erro: O diretor afirmou que, por hora, não poderia responder.
Forma correta: O diretor afirmou que, por ora, não poderia responder.
Explicação: A expressão “por hora” refere-se a tempo. “Por ora” expressa o sentido de “por enquanto”.

13. “Meu óculos” / “meus óculos”
Erro: Ele havia esquecido seu óculos no restaurante.
Forma correta: Ele havia esquecido seus óculos no restaurante.
Explicação: As palavras ligadas ao substantivo “óculos” devem ser flexionadas para o plural.

14. “Onde” / “Em que”
Erro: Participei da reunião onde foram tomadas várias decisões sobre os benefícios dos trabalhadores.
Forma correta: Participei da reunião em que (ou na qual) foram tomadas várias decisões sobre os benefícios dos trabalhadores.
Explicação: A palavra onde é um advérbio de lugar e, portanto, só deve ser usada referindo-se a lugar. Em outros sentidos, utilize a expressão em que ou no/a qual.

15. “É proibido” / “É proibida”
Erro: É proibido a entrada de pessoas não autorizadas.
Forma correta: É proibida a entrada de pessoas não autorizadas. ou É proibido entrada de pessoas não autorizadas.
Explicação: Deve-se fazer a concordância somente quando o substantivo estiver acompanhado, por exemplo, de artigo, pronome demonstrativo, pronome possessivo.

16. “A prazo” / “À prazo”
Erro: Os produtos podem ser comprados à vista ou à prazo.
Forma correta: Os produtos podem ser comprados à vista ou a prazo.
Explicação: Não existe crase antes de palavra masculina. Portanto, deve-se escrever: a prazo, a pé, a cavalo, a bordo.

17. “Vem” / “veem”
Erro: Os gerentes vem ao setor todos os dias e vêem o desempenho dos colaboradores.
Forma correta: Os gerentes vêm ao setor todos os dias e veem o desempenho dos colaboradores.
Explicação: Vem corresponde ao verbo VIR e recebe acento na 3ª pessoa do plural do presente do Indicativo. Veem corresponde ao verbo VER e, segundo o Novo Acordo Ortográfico, não recebe mais acento na 3ª pessoa do plural do presente do Indicativo.

18. “Anexo” / “Anexa” / “Em anexo”
Erro: Encaminho anexo os documentos solicitados.
Forma correta: Encaminho anexos os documentos solicitados.
Explicação: Anexo é adjetivo e deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere. Ex: Segue anexa a carta de apresentação. Obs: Muitos gramáticos condenam a locução “em anexo”; portanto, dê preferência à forma sem a preposição.

19. “Eminente” / “Iminente”
Erro: Pedro é uma figura iminente na empresa.
Forma correta: Pedro é uma figura eminente na empresa.
Explicação: Eminente quer dizer notável. Iminente significa prestes a acontecer.

20. “Seção” / “Sessão” / Cessão
Erro: A seção dos direitos autorais desta obra criou polêmica.
Forma correta: A cessão dos direitos autorais desta obra criou polêmica.
Explicação: Seção significa divisão de repartições públicas, parte de um todo, departamento. Sessão significa espaço de tempo de uma reunião deliberativa ou de um espetáculo. Cessão refere-se ao ato de ceder.

21. “Aspirar” / “Aspirar a”
Erro: Ele aspira o cargo de gerente nesta empresa.
Forma correta: Ele aspira ao cargo de gerente nesta empresa.
Explicação: O verbo aspirar no sentido de sorver não admite preposição em sua regência. Aspirar, no sentido de almejar, exige a preposição a.

22. “Online” ou “on-line”
Erro: Haverá um treinamento online para os colaboradores.
Forma correta: Haverá um treinamento on-line para os colaboradores.
Explicação: O “VOLP” – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa – registra “on-line” com hífen.

23. “Curriculum” / Curriculo”
Erro: Os candidatos deverão entregar o curriculo no RH.
Forma correta: Os candidatos deverão entregar o curriculum (ou currículo) no RH.
Explicação: Curriculum vitae é uma expressão latina, mas já foi aportuguesada: currículo. Ambas formas estão corretas: curriculum vitae ou currículo (com acento).

24. “Porque” / “Por que”
Erro: Ninguém soube porque o diretor cancelou a reunião.
Forma correta: Ninguém soube por que o diretor cancelou a reunião.
Explicação: Porque é conjunção e tem a função de unir duas orações coordenadas. Por que é usado em frases interrogativas e, também, aparece nos casos em que puder ser substituído por “pelo qual” ou “por qual razão”.

25. “Este” / “Esse” / “Aquele”
Erro: Na reunião, serão discutidos esses itens a seguir:
Forma correta: Na reunião, serão discutidos estes itens a seguir:
Explicação: Observe a regra: “Estes itens.” (Você ainda irá citar); “Esses itens.” (Você já citou).

26. “Exceção” / “Excessão”
Erro: Para toda regra, há uma excessão.
Forma correta: Para toda regra, há uma exceção.
Explicação: O correto é exceção. Cuidado para não confundir com excesso.

27. “10 a 20 de março” / “10 à 20 de março”
Erro: O curso será de 10 à 20 de março.
Forma correta: O curso será de 10 a 20 de março.
Explicação: Observe que não há artigo combinado com a preposição de; portanto, também não haverá artigo no passo seguinte, estando correto “de tal dia a tal dia”, sem crase.

28. Crase na indicação de páginas
Erro: Os advogados fizeram a leitura da página 5 a 15 do acordo trabalhista.
Forma correta: Os advogados fizeram a leitura da página 5 à 15 do acordo trabalhista.
Explicação: A palavra “página” está implícita após o “à”, o que justifica o acento grave, que indica que há crase (fusão de “a” preposição + “a” artigo feminino.

29. “1,5 milhão” / “1,5 milhões”
Erro: Em 2016, foram gastos no país 1,5 milhões de cartuchos de impressora.
Forma correta: Em 2016, foram gastos no país 1,5 milhão de cartuchos de impressora.
Explicação: A unidade “milhão” só é flexionada para o plural a partir do segundo milhão, ou seja, 2 milhões. Portanto, deve-se observar o número que antecede a vírgula e lembrar que numerais como “milhão”, “bilhão” e “trilhão” devem concordar com esse número.

30. “A todos” / “À todos”
Erro: Bom dia à todos.
Forma correta: Bom dia a todos.
Explicação: Não há crase antes de pronomes indefinidos (muitos, poucos, nenhuma, todos, pouca, alguma).

31. “A partir” / “À partir”
Erro: À partir da próxima semana, não será permitida a entrada sem o crachá de identificação.
Forma correta: A partir da próxima semana, não será permitida a entrada sem o crachá de identificação.
Explicação: Não há crase antes de verbo.

32. “Obrigado” / “Obrigada”
Erro: Obrigado pela ajuda – disse Clara.
Forma correta: Obrigada pela ajuda – disse Clara.
Explicação: “Obrigado” é variável e concorda com a pessoa que fala. A mulher diz “obrigada”. O homem, “obrigado”.

33. “Pagou o engenheiro” / “Pagou ao engenheiro”
Erro: Ao término da obra, a empresa pagou o engenheiro.
Forma correta: Ao término da obra, a empresa pagou ao engenheiro.
Explicação: O verbo “pagar” exige dois complementos – um deles acompanhado de preposição (pessoa) e o outro sem preposição (coisa). Assim: Paguei (o serviço) ao engenheiro.

34. “Houve” / “houveram”
Erro: Houveram dois problemas.
Forma correta: Houve dois problemas.
Explicação: O verbo “haver” no sentido de existir não tem sujeito, por isso fica sempre na terceira pessoa do singular. “Há dez problemas”, “houve dez problemas”. Vale a mesma regra quando os verbos “haver” e “fazer” indicam tempo: “Faz dois anos que nos encontramos”.

35. “Deve haver” / “Devem haver”
Erro: Devem haver muitas pessoas naquele auditório.
Forma correta: Deve haver muitas pessoas naquele auditório.
Explicação: O verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, ou seja, só é usado no singular. Quando acompanhado de um verbo auxiliar, no caso, “deve”, este também se torna impessoal.

36. “Em baixo” / “Embaixo”
Erro: O documento caiu em baixo do móvel.
Forma correta: O documento caiu embaixo do móvel.
Explicação: Embaixo é advérbio de lugar. Em baixo é adjetivo. (Ex: Falavam em baixo tom.)

37. “Voo” / “Vôo”
Erro: Aquelas pessoas quase perderam o vôo.
Forma correta: Aquelas pessoas quase perderam o voo.
Explicação: O Acordo Ortográfico eliminou o acento circunflexo no primeiro “o” do hiato final “oo”. Assim: voo, zoo, perdoo, abençoo etc.

38. “Estender” / “Extender”
Erro: A reunião se extendeu além do tempo previsto.
Forma correta: A reunião se estendeu além do tempo previsto.
Explicação: O correto é estender, que significa prolongar, alongar, alargar. Extender não existe.

39. “Há dois anos” / “Há dois anos atrás”
Erro: Há dois anos atrás, o contrato foi assinado.
Forma correta: Há dois anos, o contrato foi assinado.
Explicação: É redundante dizer “Há dois anos atrás”, pois o “Há” já dá ideia de tempo decorrido.

40. “Bastante” / “Bastantes”
Erro: Há bastante motivos para a demissão daquele colaborador.
Forma correta: Há bastantes motivos para a demissão daquele colaborador.
Explicação: Bastante/Bastantes é pronome indefinido e deve concordar com o substantivo a que se refere. Na dúvida, faça a substituição por “muito/muitos”. Também pode ser advérbio, mas, nesse caso, permanecerá invariável.

41. “Zero hora” / “Zero horas”
Erro: A decisão entra em vigor a partir das zero horas de amanhã.
Forma correta: A decisão entra em vigor a partir da zero hora de amanhã.
Explicação: O substantivo “hora” concorda com o numeral “zero”.

42. “Horas extra” / “Horas extras”
Erro: O colaborador precisou fazer muitas horas extra.
Forma correta: O colaborador precisou fazer muitas horas extras.
Explicação: “Extra” é um adjetivo, portanto deve concordar com o substantivo a que se refere.

43. “Vir” / “Ver”
Erro: Quando você ver seu extrato, identificará o estorno do valor.
Forma correta: Quando você vir seu extrato, identificará o estorno do valor.
Explicação: Vir é a flexão do verbo VER na 3ª pessoa do singular do Futuro do Subjuntivo.

44. “Interviu” / “Interveio”
Erro: A diretora interviu na decisão.
Forma correta: A diretora interveio na decisão.
Explicação: Interveio é a flexão do verbo intervir na 3ª pessoa do singular do Pretérito Perfeito do Indicativo. Significa interferir, participar, interceder.

45. “Através” / “por meio”
Erro: O cliente soube da alteração através do e-mail.
Forma correta: O cliente soube da alteração por meio do e-mail.
Explicação: Por meio significa “por intermédio”. A locução através de expressa a ideia de atravessar. (Ex: Olhou através da janela.)

46. “Clipe” / “clipes”
Erro: Ele fixou os papéis com um clips.
Forma correta: Ele fixou os papéis com um clipe.
Explicação: Clipe é aquela peça de metal usada para prender folhas. Patenteado na Alemanha, é conhecido como clip (pl. clips) nos países de língua inglesa. No Brasil, deve ser chamado de clipe (pl. clipes).

47. “Responder o” / “Responde ao”
Erro: O gerente não respondeu o meu e-mail.
Forma correta: O gerente não respondeu ao meu e-mail.
Explicação: A regência do verbo responder, no sentido de dar a resposta a alguém, exige a preposição “a”.

48. Vírgula entre sujeito e verbo
Erro: O gerente de marketing, copiou as informações.
Forma correta: O gerente de marketing copiou as informações.
Explicação: A vírgula é um sinal de pontuação que marca uma pausa de curta duração. É usada para separar termos dentro de uma oração ou orações dentro de um período, mas nunca deve ser colocada entre o sujeito e o verbo.

49. “No aguardo de” / “Ao aguardo de”
Erro: Ficarei no aguardo de providências.
Forma correta: Ficarei ao aguardo de providências.
Explicação: Ficamos sempre ao aguardo ou à espera de, nunca no aguardo de ninguém ou na espera de alguma coisa.

50. “Mas” / “Mais”
Erro: Ele é dedicado, mais costuma se atrasar.
Forma correta: Ele é dedicado, mas costuma se atrasar.
Explicação: Mas é conjunção adversativa e significa “porém”. Mais é advérbio de intensidade.

51. “Obrigado” / “Obrigados”
Erro: Muito obrigado! – disseram os homens.
Forma correta: Muito obrigados! – disseram os homens.
Explicação: “Obrigado” deve vir no plural caso se refira a mais de uma pessoa.

52. “Imprimido” / “Impresso”
Erro: Ele havia impresso todos os documentos naquele dia.
Forma correta: Ele havia imprimido todos os documentos naquele dia.
Explicação: O verbo imprimir tem duas formas de particípio – impresso e imprimido. Com os verbos ter e haver, deve-se usar a forma “imprimido”, e com os verbos ser e estar, “impresso”. Ex: Os documentos foram impressos naquela máquina.

53. “Precisa-se” / “Precisam-se”
Erro: Precisam-se de motoristas.
Forma correta: Precisa-se de motoristas.
Explicação: Nesse caso, a partícula “se” tem a função de tornar o sujeito indeterminado. Quando isso ocorre, o verbo permanece no singular.

54. “Há pouco” / “A pouco”
Erro: Os gestores chegarão daqui há pouco.
Forma correta: Os gestores chegarão daqui a pouco.
Explicação: “Há pouco” indica tempo decorrido. “A pouco” dá ideia de uma ação futura.

55. “Chego” / “Chegado”
Erro: A secretária havia chego atrasada na reunião.
Forma correta: A secretária havia chegado atrasada na reunião.
Explicação: O particípio do verbo chegar é chegado. Chego é 1ª pessoa do Presente do Indicativo.(Ex: Eu chego na hora do almoço).

56. “Entre eu e você” / “Entre mim e você”
Erro: Entre eu e você, há uma sintonia de ideias.
Forma correta: Entre mim e você, há uma sintonia de ideias.
Explicação: Eu é pronome pessoal do caso reto e só pode ser usado na função de sujeito, ou seja, antes de um verbo no infinitivo, como no caso: “Não há nada entre eu pagar e você usufruir também.”

57. “Senão” / “Se não”
Erro: É melhor ele comparecer, se não irá perder a vaga.
Forma correta: É melhor ele comparecer, senão irá perder a vaga.
Explicação: Senão significa “caso contrário”. Se não é usado no sentido de condição. (Ex: Se não chover, poderemos sair.)

58. “Deu” / “Deram” tantas horas
Erro: Deu dez da noite e ele ainda não chegou.
Forma correta: Deram dez da noite e ele ainda não chegou.
Explicação: Os verbos dar, bater e soar concordam com as horas. Porém, se houver sujeito, deve-se fazer a concordância: “O sino bateu dez horas.”

59. “Chove” / “Chovem”
Erro: Chove reclamações quando há aumento no preço do combustível.
Forma correta: Chovem reclamações quando há aumento no preço do combustível.
Explicação: Quando indica um fenômeno natural, o verbo chover é impessoal e fica sempre no singular. No sentido figurado, faz-se a flexão verbal.

60. “Chegar em” / “Chegar a”
Erro: Os estagiários chegaram atrasados na reunião.
Forma correta: Os estagiários chegaram atrasados à reunião.
Explicação: Verbos de movimento exigem a preposição “a”.

Fonte: Aqui

Indicado por Adelino Porto, a quem agradecemos.

Listas: Cidades mais visitadas em 2016

As cidades com mais visitas internacionais em 2016 - mesmo com as Olimpíadas, o Rio de Janeiro não está na lista. Via Fórum Econômico Mundial.

20) Prague, Czech Republic - 5.81 million international visitors

19) Shanghai, China - 6.12 million international visitors

18) Vienna, Austria - 6.69 million international visitors

17) Osaka, Japan - 7.02 million international visitors

16) Rome, Italy - 7.12 million international visitors

15) Taipei, Taiwan - 7.5 million international visitors

14) Milan, Italy - 7.65 million international visitors

13) Amsterdam, Netherlands - 8 million international visitors

12) Barcelona, Spain - 8.20 million international visitors

11) Hong Kong, China - 8.37 million international visitors

10) Seoul, South Korea - 10.20 million international visitors

9) Tokyo, Japan - 11.70 million international visitors

8) Istanbul, Turkey - 11.95 million international visitors

7) Kuala Lumpur, Malaysia - 12.02 million international visitors

6) Singapore - 12.11 million international visitors

5) New York City, USA - 12.75 million international visitors

4) Dubai, United Arab Emirates - 15.27 million international visitors

3) Paris, France - 18.03 million international visitors

2) London, England - 19.88 million international visitors

1) Bangkok, Thailand - 21.47 million international visitors

Rir é o melhor remédio


19 outubro 2016

Procurador questiona a contratação de escritórios contábeis sem licitação

Levantamento preliminar realizado pelo Ministério Público de Contas identificou que apenas oito escritórios de contabilidade foram beneficiários de empenhos no valor de R$ 18.671.295,30 no ano de 2015. Os contratos foram celebrados, sem licitação, com órgãos e fundos das Prefeituras e Câmaras de Vereadores dos Municípios sergipanos.

De acordo com o relatório, o qual foi extraído do sistema de auditoria do TCE/SE, cerca de 87% desse valor foram pagos a dois escritórios (ERPAC Contabilidade Pública e CAT – Consultoria e Contabilidade Pública Ltda.). Juntos, os dois escritórios prestaram serviços a 67 das 75 Prefeituras no Estado, além de outros órgãos.

De acordo com o procurador Eduardo Côrtes, a Lei de Licitações permite a contratação de serviços técnicos especializados sem licitação, mas exige, além da notória especialização do contratado, a “singularidade” do objeto do contrato.

Da mesma forma avalia o conselheiro-presidente Clóvis Barbosa de Melo, que também já demonstrou em sessão plenária do TCE sua preocupação com esse tipo de contratação, tendo em vista a destinação adequada dos recursos públicos.

Segundo o procurador, a concentração de prestadores de serviço nessa área pode indicar “a existência de uma restrição à competitividade no ramo da prestação de serviços contábeis que, ao final, revela-se onerosa e prejudicial ao interesse público”, afirmou.

O procurador lembra que a inexistência de setores contábeis próprios nos órgãos municipais para as atividades contábeis rotineiras e permanentes não tem sido aceita pelos Tribunais de Contas. “É uma situação que dificulta inclusive as fiscalizações do Tribunal, pois muitas prefeituras sequer guardam os documentos consigo, tudo delegando às empresas sediadas na capital do Estado”, afirma o procurador.

[...]

Fonte: Aqui
Indicado pela Eliedna Barbosa, a quem agradecemos

Links

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Pesquisa sobre a "hot hand" no basquete

Tragédia da Corrupção

Muitas vezes as pesquisas científicas desanimam. Eis uma sobre a questão da corrupção:

Mostramos que, apesar do risco social, a busca do interesse individual prevalece e leva à eliminação de funcionários honestos ao longo do tempo. Reduzir o tamanho dos grupos, aumentando a probabilidade de sanção coletiva diminui corruptibilidade dos funcionários, mas não é suficiente para eliminar a tragédia da corrupção (...).