Translate

05 julho 2016

Normas do Novo Relatório do Auditor Independente


As auditorias de demonstrações contábeis para períodos que se encerram em 31 de dezembro de 2016, ou após essa data, estarão sujeitas a um novo conjunto de Normas Brasileiras de Contabilidade de Auditoria Independente (NBC TA).

As seis primeiras Normas que compõem esse conjunto, chamado de Novo Relatório do Auditor Independente (NRA), foram publicadas nesta segunda-feira (4), no Diário Oficial da União (DOU), pelo Conselho Federal de Contabilidade.


As seis normas publicadas são: NBC TA 260 (R2) – Comunicação com os Responsáveis pela Governança; NBC TA 570 – Continuidade Operacional; NBC TA 700 – Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis; NBC TA 701 – Comunicação dos Principais Assuntos de Auditoria no Relatório do Auditor Independente; NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente; e NBC TA 706 – Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no Relatório do Auditor Independente.

O NRA é constituído por normas convergidas das International Standards on Auditing (ISAs), emitidas pela Federação Internacional de Contabilidade (Ifac, na sigla em inglês). Após a tradução das ISAs, feita pelo CFC e pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), as minutas passaram por audiência pública no site do CFC. O processo de avaliação das sugestões recebidas na audiência foi realizado pela Câmara Técnica e, na reunião plenária do dia 17 de junho, os conselheiros aprovaram as seis NBCs.

Com a aprovação dessas novas normas, segundo explica o vice-presidente Técnico do CFC, Zulmir Ivânio Breda, houve a necessidade de se alterar um conjunto de outras que estavam em vigência. Por isso, foram colocadas em audiência pública 17 NBCs.

O Novo Relatório do Auditor é composto por normas que haviam sido alteradas durante processo de revisão das ISAs, realizado pela Ifac em 2015. Como as alterações efetuadas pela Ifac foram substanciais, Breda explica que têm ocorrido vários debates para preparar as empresas e os auditores para a aplicação do NRA.

O vice-presidente Técnico destaca que, entre as principais alterações previstas no relatório, está a inclusão dos pontos-chave de auditoria, que são os principais assuntos encontrados na empresa em análise. “Tudo o que o auditor achar de importante, vai ter que colocar no relatório”, explica Breda.

Ainda segundo ele, o NRA responde a uma necessidade de maior transparência nas informações emitidas ao mercado, pois os investidores e outros usuários serão beneficiados com dados que antes não eram de conhecimento público.

Fonte: CFC

Cemig contrata bancos para vender hidrelétricas e negócio de gás

A companhia energética mineira Cemig contratou ao menos três bancos de investimento para preparar a venda de pequenas centrais hidrelétricas e uma unidade de distribuição de gás, disseram três fontes com conhecimento direto dos planos.

A iniciativa é parte dos esforços da segunda maior empresa de distribuição de energia do Brasil para reduzir sua dívida.

A Cemig, controlada pelo governo do Estado de Minas Gerais, contratou o Itaú BBA para preparar a venda da unidade de gás, conhecida como Gasmig[...]. A Cemig espera levantar 1,7 bilhão de reais com a venda da unidade.

[...]
A Cemig está vendendo ativos com retornos decepcionantes ou que demandem muito capital, num esforço para reduzir a dívida, que atingiu mais de 13 bilhões de reais no final de março.

A Reuters publicou recentemente que a Light, controlada da Cemig, está negociando a venda de uma fatia de 16 por cento na Renova Energia, atraindo o interesse das chinesas State Grid, Three Gorges e CGGC Energy.

As ações preferenciais da Cemig subiram 29 por cento no mês passado em meio a especulações sobre a venda potencial de ativos. No ano, os papéis acumulam alta de 35 por cento Segundo as três fontes, o governo mineiro, maior acionista da Cemig, não tem dinheiro para injetar na empresa.

Os governos regionais estão lutando com déficits orçamentários recordes, o que levou o governo federal em junho a refinanciar 81 bilhões de reais de dívidas estaduais.

O movimento da Cemig pode dar impulso a uma onda de fusões e aquisições no setor elétrico. A State Grid anunciou na semana passada a compra de 23 por cento da CPFL Energia, maior empresa privada de energia por 5,85 bilhões de reais.

Fonte: Agência Reuters-05/07/2016 via Ibracon

Links

Cientistas versus Greenpeace e a segurança dos transgênicos

Gráfico: Guerra com horas de conflito e mortes por hora

Um lenço que torna as celebridades (quase) invisíveis (foto)

Mercado de noivas (ciganas) da Bulgária

Platão não era grande; ele só nasceu primeiro

Rir é o melhor remédio


04 julho 2016

Investimentos em infraestrutura: problemas e soluções

Há três décadas o Brasil investe de 2,0% a 2,5% do PIB em infraestrutura. Deveria investir pelo menos o dobro disso, aproximando-se da taxa média dos BRICS. Sem isso, a falta de infraestrutura continuará limitando nosso crescimento, reduzindo a produtividade empresarial e a qualidade de vida da população.

Apesar de a taxa de retorno de projetos de infraestrutura ser em teoria alta no Brasil, o risco também é muito alto. Isso desincentiva a participação privada no setor.

Para o investidor, um projeto de infraestrutura é um fluxo de caixa. De início há saídas substantivas de caixa, conforme o investimento é feito, sendo este depois remunerado por décadas por receitas de serviços e, conforme o caso, transferências governamentais. Isso também ocorre em outros projetos. Porém, dois fatores diferenciam os de infraestrutura, além do elevado volume de capital que requerem.

Primeiro, executar as obras necessárias à realização do projeto envolve inúmeras relações com variadas esferas do poder público. São necessárias licenças ambientais diversas, resolução de interferências (por exemplo, alterar a localização de tubos de gás ou postes de luz), desapropriações etc. Os órgãos de controle acompanham e interferem nos projetos, sejam os Tribunais de Contas ou o Ministério Público. Tudo isso faz com que o custo efetivo de realizar o projeto e a data em que esse começará a gerar receitas sejam incertos.

Segundo, as receitas que remuneram o projeto dependem da regulação estatal. Isso ocorre porque os setores de infraestrutura em geral são regulados e as tarifas cobradas parcialmente determinadas pelo setor público. Também pode ocorrer, porém, de as receitas serem alteradas por decisões judiciais, como às vezes ocorre em relação à cobrança de pedágio nas rodovias.

Tudo isso faz com que a taxa de retorno de um projeto de infraestrutura dependa muito de inúmeras decisões tomadas pelo poder público ao longo de diferentes administrações. A experiência mostra que no Brasil o risco de decisões que reduzam a rentabilidade de um projeto de infraestrutura uma vez esse iniciado é muito alto.

O governo Dilma tentou compensar o elevado risco político-regulatório, que aumentou em 2011-14, via créditos subsidiados do BNDES e participações minoritárias de estatais no capital das concessões. Esses mecanismos elevaram significativamente o retorno alavancado do acionista controlador. Ocorre que o espaço para o Tesouro bancar esses subsídios se esgotou. E é impensável que se possa dobrar a taxa de investimento em infraestrutura dessa forma.

O governo Temer promete atuar sobre o risco político-regulatório nas duas dimensões vistas acima. Seria interessante, porém, avançar também na facilitação do financiamento privado desses investimentos, especialmente via mercado de capitais. Além de reduzir o risco político-regulatório, a que os credores de um projeto de infraestrutura também são sensíveis, há três questões especialmente relevantes.
Primeiro, o investidor de mercado de capitais não tem como selecionar e monitorar projetos na sua fase de execução. Essa deveria ser a etapa prioritária de atuação dos bancos, em especial BNDES, Banco Mundial e BID. Passada essa fase, os bancos deveriam securitizar seus recebíveis e utilizar os recursos captados para financiar novos projetos.

Segundo, mesmo que não precise, o investidor institucional precisa ter o conforto de poder sair do investimento antes do seu prazo final, mesmo que dando um desconto no preço. Para isso se necessita de um mercado secundário com liquidez. Para o desenvolvimento desse mercado seria importante, entre outras coisas, pulverizar e padronizar a emissão de papéis, desenvolver a infraestrutura de negociação (homebrokers), fazer a precificação autônoma de títulos, e dispor de instituições prontas a comprar e vender papéis (market makers).

Terceiro, as garantias dadas aos investidores do mercado de capitais não podem ser de menor qualidade do que as dadas aos bancos. O BNDES já pratica um sistema de garantias cruzadas que deveria ser universalizado. Por isso, essas instituições não deveriam securitizar todos seus recebíveis, mantendo um interesse permanente nos projetos.

A ampliação dos investimentos em infraestrutura beneficiará muito o país. Porém, para viabilizá-la serão necessárias reformas profundas e uma grande mudança cultural, dentro e fora do setor público. O financiamento é uma das áreas em que isso é mais crítico.



FINANCIAMENTO DA INFRAESTRUTURA- Armando Castelar- Correio Braziliense em 29 de junho de 2016.

Exercício de contabilidade

Eis um bom estudo de caso para os que estão iniciando em contabilidade:

A primeira meta de Dilma Rousseff em sua ‘vaquinha virtual’ para custear viagens de avião é de 500 000 reais. Sendo mantido o ritmo de doações, em pouco tempo o valor será alcançado [já foi]. Dilma, no entanto, não ficará com todo o dinheiro. Do montante, 20 000 reais serão usados para o pagamento de impostos e 65 000 é a taxa que ficará com o site que serve de plataforma para a arrecadação.  Noves fora, Dilma ficará com 415 000 reais para viajar.

(Fonte: MAGALHÃES, Vera. Quando ‘vaquinha virtual’ bater meta, Dilma receberá 415 mil reais. Veja. Radar on-line.

Faça a demonstração do resultado da Dilma.

Resposta: Receita de Doação = 500.000; Despesa de Imposto = 20.000; Despesa Operacional = 65.000; Resultado = 415.000. No momento que pagar as passagens dos aviões, isto deverá fazer parte da DR da política.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

03 julho 2016

Links

O que fazem as pessoas fazerem escolhas estúpidas quando os especialistas dizem o contrário?

A importância de estar sozinho na área da conexão

Uma fórmula de 1949 sobre a previsão de uma guerra

O que o Google conhece de você

Extrovertidos escolhem praia; introvertidos, montanha

Retorno da educação

Engenharia, ciência da computação e matemática oferecem melhor retorno na graduação dos Estados Unidos. A seguir negócios e economia. Fonte: The Economist via aqui

State Grid compra fatia da Camargo Corrêa na CPFL

O grupo chinês State Grid comprou a participação da Camargo Corrêa na CPFL Energia, de 23%. O valor do negócio é avaliado em cerca de R$ 6 bilhões (ou R$ 25 por ação). Com essa aquisição, o grupo chinês, que já é a maior companhia de energia elétrica do mundo, entra no mercado de distribuição e geração de elétrica no Brasil.

O interesse da State Grid na CPFL é antigo, mas as negociações entre os dois grupos se intensificaram nos últimos seis meses, apurou o Estado. Há, pelo menos quatro anos, a Camargo Corrêa já tinha sido sondada para vender sua fatia no negócio para os chineses. O Bank of America Merrill Lynch assessorou o grupo chinês na operação, com ajuda do Santander.

Com o negócio, a State Grid fará parte do bloco de controle da CPFL, que tem como acionistas os fundos de pensão Previ (do Banco do Brasil) e outros fundos reunidos na Bonaire Participações - Petros (da Petrobrás), Fundação Cesp, Sistel e Sabesprev. Esses acionistas poderão ter direito a fazer o "tag along", ou seja, participar da compra de ações nas mesmas condições oferecidas a Camargo Corrêa.

O valor da transação é avaliado em cerca de US$ 13 bilhões - a companhia tem valor mercado de R$ 20 bilhões, mas se incluir o prêmio pago pela entrada no bloco de controle, o negócio é estimada em R$ 25 bilhões.

No ano passado, a Camargo Corrêa retomou a venda de seus ativos para reforçar seu caixa. Em novembro, vendeu a Alpargatas (dona da Havaiana), para o grupo J&F, da família Batista, controladora da JBS (Friboi), por R$ 2,7 bilhões. O Estado antecipou que a construtora tinha a intenção de se desfazer de sua fatia na CPFL.

Estratégico

Fontes afirmaram ao Estado que o grupo State Grid tem forte interesse de avançar no mercado de energia do País. "Essa aquisição reforça a estratégia do grupo em expandir seus negócios no País. A CPFL, que tem oito distribuidoras e várias usinas de geração de energia, é considerada um ativo importante para essa expansão. No mês passado, a holding CPFL Energia anunciou acordo para aquisição da distribuidora gaúcha AES Sul, controlada pela americana AES, por um valor total de cerca de R$ 1,7 bilhão, sujeito a ajustes.

Essa operação ocorre em um momento em que a AES lida com dificuldades em suas operações de distribuição de energia no Brasil, que incluem a AES Sul e a Eletropaulo, enquanto a CPFL tem falado frequentemente em expansão no segmento via aquisições. Segundo comunicado da CPFL, a aquisição fez com que o grupo alcance uma participação total de 14,3% o no mercado brasileiro de distribuição de eletricidade, ante 13% atualmente.

Do lado da empresa chinesa, o apetite pelo setor elétrico começou em 2010, quando a empresa comprou sete companhias de transmissão de energia de uma subsidiária da estatal Cemig, por quase US$ 1 bilhão. A companhia tem 5.785 quilômetros de linhas de transmissão no País.

Mas há algum tempo o interesse da State Grid extrapolou a área de transmissão e passou a incluir a geração e distribuição de energia no Brasil. Além da CPFL, ela também está de olho na participação da Light na Renova Energia, uma das maiores empresas de geração eólica no País. Nesse caso, no entanto, há concorrentes na disputa, incluindo outros grupos chineses.

Segundo fontes do mercado, a companhia asiática avalia ainda o controle da Santo Antônio Energia, concessionária que administra a Hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia. Há cerca de dez dias, a Odebrecht, sócia da concessionária, viajou para a China para iniciar as negociações de venda de sua participação.

A State Grid também já confirmou interesse pelos ativos da espanhola Abengoa, no Brasil. A companhia está em recuperação judicial na Europa e não tem condições de levar adiante importantes projetos arrematados nos últimos anos, como é o caso da linha de transmissão para conectar a Hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, ao sistema interligado nacional.

Fonte: Aqui

Samarco

São Paulo - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu ontem o acordo de R$ 20 bilhões assinado entre os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo com as empresas Vale e BHP Billiton para a recuperação dos prejuízos ambientais causados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em novembro, que resultou em 18 mortos e 1 desaparecido.

[...]diante da extensão dos danos, seria "recomendável o mais amplo debate" para a solução do problema causado, com a realização de audiências públicas, com a participação dos cidadãos, da sociedade civil organizada, da comunidade científica e de representantes locais.

Homologado no dia 5 de maio, o acordo, a ser implementado no prazo de 15 anos, prevê a criação de uma fundação privada com a finalidade de adotar programas socioeconômicos, de infraestrutura, recuperação ambiental, além de medidas nas áreas da saúde, educação, cultura e lazer para a população atingida pela tragédia de 5 de novembro - 3,2 milhões de pessoas tiveram as vidas afetadas pelo mar de lama e rejeitos, de acordo com a estimativa inicial.

O acerto incluiu ainda entidades federais (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama -, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Agência Nacional de Águas, Departamento Nacional de Produção Mineral e Fundação Nacional do Índio).

[...]
A Samarco informou que vai recorrer da decisão. A mineradora disse ainda "que a decisão não afeta as obrigações contidas no acordo, que continuarão sendo integralmente cumpridas, inclusive no que diz respeito à instituição da fundação de direito privado prevista no documento". Notas semelhantes foram divulgadas pela Vale e pela BHP. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Aqui

Brené Brown: Escutando a vergonha



A vergonha é uma epidemia silenciosa, o segredo por trás de várias formas de desvios comportamentais. Brené Brown, cuja palestra anterior sobre vulnerabilidade tornou-se sucesso viral, explora o que pode acontecer quando as pessoas se confrontam com suas vergonhas. Seu próprio humor, humanidade e vulnerabilidade brilham através de cada palavra.

Há uma ótima citação que me salvou ano passado, de Theodore Roosevelt. Muitas pessoas se referem a ela como a citação do "Homem na Arena". E é assim: "Quem importa não é o que critica. Não é o homem que fica sentado apontando como o outro poderia ter feito melhor e como ele tropeça e cai. O crédito vai para o homem na arena cuja face está marcada por poeira, sangue e suor. Mas quando ele está na arena, na melhor das hipóteses, ele vence, e na pior, ele perde, mas quando ele fracassa, quando ele perde, ele o faz com grande ousadia."

O primeiro vídeo dela, intitulado "O Poder da Vulnerabilidade", foi gravado em 2010:

Rir é o melhor remédio

Ainda: o Google como um cara. Só porque eu tenho um resultado não significa que é verdadeiro...

02 julho 2016

Propaganda contra o preconceito


Propaganda contra o preconceito da Moldávia: Currie, Mercury e Hawking



Fato da Semana: Responsabilidade civil dos Auditores Independentes


Fato
: Auditor Independente não tem responsabilidade civil sobre desvio de funcionário

Data: 27 junho de 2016

Fonte: Superior Tribunal de Justiça

Precedentes
2001 = O MASP da cidade de São Paulo contrata a Tufani, Reis e Soares Auditores Independentes
jan/04 = Identificado um déficit. A direção do Museu identificou que o desvio foi realizado por um funcionário.
2004 = O Museu manda correspondência para a empresa de auditoria, notifica o desvio e rescinde o contrato. E cobra o valor do desvio.
2004 a 2015 = O juiz da Vara Civel julga improcedente o pedido do Masp. O museu recorre ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que mantem a sentença do juiz. O museu recorre ao STJ.
27/06/2016 = O STJ, na sua quarta turma, decide a favor da empresa de auditoria.

Notícia boa para contabilidade? - Sim. O fato de ser julgado num tribunal superior encerra uma discussão que pode estar ocorrendo nas instâncias inferiores: a empresa de auditoria não é responsável civil por fraudes.

Desdobramentos - As ações que estão ocorrendo em diversos tribunais do país sobre o mesmo assunto poderão ser julgadas mais facilmente, abrindo uma perspectiva favorável para as auditorias.

Mas a semana só teve isto? Não. Destaque para três outros fatos: a consolidação da aquisição do HSBC pelo Bradesco, o envolvimento da KPMG na operação Boca Livre da Polícia Federal e a persistência da crise de empregos no setor contábil.

Plantas são sensíveis a riscos

Imagine you’re offered a choice between $800 or a coin toss to win $1000. Heads, you end up with the full $1000; tails, you lose everything. For most of us, it’s a no-brainer. We take the $800. But you would likely toss the coin if you were stuck on a desert island with no money, and needed $900 for a flight out. Pea plants, it turns out, make the same decision. When faced with hard times, the species gambles, scientists report. The discovery is the first to show that plants—not just animals—have the ability to switch from being risk-avoiders to risk-takers.

[...]

Humans, primates, birds, and social insects take fewer risks when faced with a steady supply of food. But when the supply is uncertain, they switch strategies and take more risks. For instance, in lab experiments, honey bees turn to gambling when they’re starving, choosing to sip nectar from a tube that may dispense plentiful amounts or nothing. And dark-eyed juncos (small songbirds) that are cold will ignore a seed dispenser that regularly releases three seeds, and choose one that may give out six—or zero.

To find out whether plants do the same, Dener and his colleagues carried out a series of experiments on pea plants (Pisum sativum) raised in a greenhouse. The plants were grown with roots split between two pots. Each pot contained the same concentration and type of nutrients. But the level of nutrients in one pot was constant, whereas it varied in the other. After 12 weeks, the scientists measured the plants’ root mass and their allocation of roots inside each pot.

They found that the plants varied their distribution of roots depending on the nutrient level in each. In some tests, the plants faced a choice between a pot with a steady supply of high nutrients and one with variable levels. These plants, not surprisingly, were risk-averse, and grew most of their roots in the constant pot.

But plants switched strategies when faced with a choice between a dicey pot with variable levels of nutrients and a pot with constant but low amounts of nutrients—so low, they were below what a plant needs to survive. In this case, the plants, like the person on a desert island, gambled. They sent out more roots in the variable pot, basically tossing a coin to see whether they would get lucky and encounter the nutrients they needed to survive, the scientists report today in Current Biology. Thus, normally risk-averse, pea plants become risk-prone when growing in dire conditions.


Figure thumbnail fx1

“To our knowledge, this is the first demonstration” of this kind of risk response in an organism without a nervous system,” Kacelnik says. He adds that this doesn’t mean the “plants are intelligent” in the way that we think of humans or other animals. But they do have some way of sensing or evaluating the different conditions in the pots, although the scientists do not yet know what this is.

[...]

Fonte: aqui, estudo aqui

Conselho de Warren Buffett para uma vida plena

Faça uma lista das coisas que você quer fazer na sua vida. ... Uma graduação em um curso diferente, mestrado, doutorado, estudar (ou morar) fora, lecionar, escrever um livro best seller, aprender a pilotar um helicóptero, mudar de carreira, mexer com política, fazer trabalho voluntário na Somália, participar do Habitats for Humanity, fazer trabalhos voluntários diversos,

Da lista que você criou, circule os cinco mais importantes para você.

Em seguida assista ao vídeo.



Segundo Warren Buffett os itens não circulados devem ser evitados a qualquer custo. Provavelmente há um tema que pode ser observado nos seus cinco objetivos prioritários e essa é a sua meta. É o que dá sentido a sua vida. Com isso você pode colocar mais energia nas coisas mais importantes para a sua vida.

Essa lista pode ser usada em situações diversas e pode te ajudar a limpar e organizar a sua vida.

Rir é o melhor remédio

O que as pessoas fazem após uma prova...



01 julho 2016

Samarco busca capital com reservas esgotando

A Samarco, joint venture brasileira de mineração da BHP e da Vale, procura injeções de capital de suas acionistas enquanto sofre com esgotamento de reservas após o desastre que paralisou a produção, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto.

O caixa da Samarco acabará em agosto e serão necessárias contribuições da BHP e da Vale para a empresa seguir de pé [...].. A Samarco já começou conversas sobre a reestruturação de cerca de US$ 1,6 bilhão em empréstimos com bancos e pode adiar o pagamento de bonds até retomar as operações [...]

A atividade de mineração está interrompida desde novembro, quando o rompimento de uma barragem de rejeitos matou 19 pessoas e contaminou rios.

Após chegar a um acordo de vários bilhões de dólares com o governo em março, a empresa esperava garantir licenças para retomar as operações neste ano, mas provavelmente terá que esperar até 2017.

Enquanto isso, o estoque de minério acabou e a empresa está enfrentando ações civis e os esforços do Ministério Público Federal para impugnar o acordo de março.

A Samarco não quis comentar as discussões entre seus acionistas, a BHP não quis comentar a situação financeira da Samarco e a Vale se referiu a comentários feitos pelo diretor de Relações com Investidores, Rogério Nogueira, em 16 de junho, em que disse que a Vale só injetaria dinheiro se houvesse perspectivas de a Samarco retomar as operações.* 

A dívida da joint venture não é garantida por suas acionistas, que não pretendem fazer pagamentos em nome da empresa [...]

A Samarco contratou o JPMorgan Chase & Co para ajudá-la com as negociações de reestruturação, a BHP contratou o Rothschild & Co., a Vale está sendo assessorada pelo Moelis & Co., e os bancos que detêm a dívida da mineradora estão trabalhando com a FTI Consulting [...].

Os R$ 2,2 bilhões em títulos da venture têm pagamentos de cupom agendados para o início de setembro. As notas geraram um prejuízo de mais de 20 por cento para os investidores em junho, o pior desempenho entre as dívidas emitidas por empresas de mineração e metal monitoradas pela Bloomberg.

A Samarco informou cerca de R$ 15 bilhões (US$ 4,7 bilhões) em dívida no fim de 2015 e R$ 1,8 bilhão em caixa. Suas obrigações incluem R$ 328 milhões em pagamentos neste ano e R$ 324 milhões em 2017, disse a empresa.

“Ficar sem dinheiro é um bom motivo para reestruturar os títulos”, disse Omar Zeolla, analista da Oppenheimer & Co. em Nova York. “Mas eu acho que as acionistas apoiariam a empresa. As despesas anuais com juros não são tão altas”.

O acordo de março da Samarco inclui R$ 4,4 bilhões durante os três primeiros anos e cerca de R$ 12 bilhões durante 15 anos, com a Vale e a BHP se oferecendo para financiar qualquer insuficiência de recursos.

Na quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça emitiu uma liminar suspendendo uma ratificação desse acordo emitida por um tribunal regional e restaurou uma ação civil de R$ 20 bilhões. A BHP disse que vai apelar da decisão do STJ.

A Samarco tinha programado demitir cerca de 1.200 funcionários depois de junho.

*Isso também foi publicado no Relatório Anual de 2015: a expectativa de retomada de operações da Samarco.

Fonte: Aqui

Bradesco paga R$16 bilhões e conclui compra do HSBC Brasil

O Banco Bradesco informa que foi concluída nesta sexta-feira, 1, a aquisição de 100% do capital social do HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo e HSBC Serviços e Participações Ltda (em conjunto HSBC Brasil).

Segundo o banco, o montante pago foi de R$ 16 bilhões. O valor, no entanto, está sujeito a ajuste pós-fechamento com base no balanço do HSBC Brasil a ser levantado na data de hoje (base IFRS).
[...]

Considerando dados de março de 2016 para o Bradesco e dezembro de 2015 para o HSBC, as duas instituições juntas têm ativos totais de R$ 1,276 trilhão, o que representa uma evolução de 15,9% para o Bradesco.

Os depósitos totais dos dois bancos somam R$ 245,4 bilhões, avanço de 29,7% em relação ao que o Bradesco tinha sem o HSBC. A carteira de crédito, por sua vez, avança 15,4%, para R$ 534,5 bilhões. Os recursos captados e administrados chegam a R$ 1,829 trilhão, uma alta de 15,1% ante o registrado pelo Bradesco ao final de março.

O Bradesco informa ainda que o número de correntistas avança 19,5% com o HSBC para 30,6 milhões. O número de agências, por sua vez, tem evolução de 18,9% para 5.360 unidades, enquanto os postos de atendimento somam 3.983, um crescimento de 12,7%.

Na nota, o Bradesco destaca ainda que essa aquisição é a maior já realizada pelo banco, o que "consolida sua posição de destaque no cenário financeiro nacional". Segundo o banco, a operação reafirma ainda a confiança da instituição na economia brasileira.

Fonte: Aqui

Links

Nojo: as pessoas não gostam de beber água reciclada

OAS publica seu balanço

Fecha junina em escola não paga Ecad

Conselho de profissão não pode fixar aumento acima do teto legal (Aproveitando, uma postagem nossa sobre o assunto)

Aniversário do primeiro comercial de TV: 75 anos

Terra das cobras

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

30 junho 2016

Cocaína: Acusados executivos, banqueiros e contadores

The Manhattan district attorney's office has charged more than a dozen people, including high-profile executives, bankers, and accountants, in a massive New York City cocaine sting.

Three people were charged for allegedly operating the cocaine-trafficking ring out of Manhattan's Lower East Side: Kenny Hernandez, 35, Felix Nunez, 27, and Oscar Almonte, 29.

The operation is accused of selling at least $75,000 in cocaine in one year, according to indictment papers obtained by Business Insider.

Eighteen "key repeat buyers" were also charged, including Christopher Dodson, a client associate at Merrill Lynch; Mark Crumpacker, chief marketing and development officer for Chipotle; Katie Welnhofer, a Fox Business producer who works on "Mornings with Maria;" and Austin Dodson, an associate at real estate firm Cushman & Wakefield.

Merrill Lynch, Chipotle, Cushman and Wakefield, and Fox Business did not immediately respond to requests for comment.

An 88-page charging document details hundreds of texts and calls between the buyers and sellers between June 2015 and June 2016.

All of the alleged buyers were charged with criminal possession of a controlled substance.

Customers regularly paid between $200 and $300 for the delivery service, and bought the drugs in bodegas, hotels, and Duane Reade convenience stores across Manhattan, according to the indictment papers.

According to the Manhattan district attorney's office:
"Members of the ring allegedly used car services to deliver the drugs to buyers, including to delis, restaurants, bars, apartments, hotels, and the buyers' workplaces. The defendants delivered to locations across Manhattan, including the Lower East Side, the Upper East Side, Chelsea, the Financial District, and Midtown, as well as areas of Brooklyn and Queens. Many of the sales took place in delis or Duane Reade and CVS pharmacies. Customers generally paid between $200 and $300 per transaction."

Fonte: Aqui

Deterioração das contas públicas

O setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 18,1 bilhões em maio, ligeiramente pior que a nossa estimativa (17 bi) e do mercado (15,8 bi). O resultado do governo central foi ligeiramente melhor que a nossa estimativa (R$ -15,5 bilhões; nossa estimativa: R$ -17,0 bilhões), enquanto os governos regionais tiveram pequeno déficit primário de R$ 0,2 bilhão no mês (nossa estimativa: superávit de R$ 1 bilhão). A tendência desfavorável dos resultados fiscais reforça a necessidade da aprovação de reformas estruturais, como a proposta do limite para o crescimento dos gastos, que é capaz de alterar a dinâmica de elevação nas despesas do governo e reverter a trajetória desfavorável da dívida pública.



Os governos regionais tiveram um pequeno déficit de R$ 0,2 bilhão em maio. No acumulado do ano, o primário dos governos regionais continua piorando em relação a 2015 e 2014 (ver gráfico). Como forma de aliviar a situação fiscal dos estados, o governo aceitou alongar em 20 anos as dívidas estaduais com a União, e conceder um percentual de carência por 24 meses no pagamento das parcelas mensais das mesmas. A medida tem impacto acumulado estimado pela equipe econômica de R$ 50 bilhões até 2018. Como contrapartida, os estados também terão de respeitar o de teto de gastos, o que aumentará a potência da medida e ajudará no retorno de uma trajetória equilibrada para as contas públicas.



O déficit nominal e a dívida pública mantiveram-se em tendência de alta em maio. No acumulado em 12 meses, a despesa de juros diminuiu de -7,8% para -7,6% do PIB, enquanto o déficit nominal ficou estável em -10,1% do PIB, com as despesas com os swaps cambiais caindo de 0,3% para 0,0% do PIB. Excluindo as operações de swaps, o déficit nominal acumulado em 12 meses aumentou de -9,8% para -10,1% do PIB em maio, enquanto as despesas de juros aumentaram de -7,4% para -7,5% do PIB (ver 1o gráfico). Com a tendência ruim do resultado nominal, a dívida pública continuou em elevação (ver 2o gráfico). A dívida bruta do governo geral aumentou de 67,6% para 68,6% do PIB, enquanto a dívida líquida do setor público aumentou de 39,5% para 39,6% do PIB. A dinâmica da dívida pública continuará desfavorável em 2016, dado que déficit primário, despesa de juros e contração do PIB serão elevados.


[...]

Fonte: aqui




Brexit e Contabilidade 2

Postamos anteriormente que a saída do Reino Unido da comunidade europeia poderia ter algumas consequências contábeis. Afirmamos:

A comunidade europeia foi um projeto de transformar países com grandes diferenças num único mercado. Certamente contribuiu muito como fonte inspiradora para a proposta de criar um mesmo conjunto de regras contábeis entre os diversos países, expresso no International Accounting Standards Board. E é importante lembrar que a sede do Iasb encontra-se em Londres. Outro ponto relevante é os membros do Iasb são 14, sendo dois do Reino Unido. Existe também um representante da França, outro da Alemanha, além do chairman, que é holandês. A presença do Reino Unido só é menor que a dos Estados Unidos. A questão relevante é: será que o referendo irá mudar a posição do Reino Unido no Iasb?

A Bloomberg afirmou que diversas entidades da contabilidade afirmaram a necessidade de continuar a colaboração internacional, apesar da Brexit. A entidade do Reino Unido Financial Reporting Council (FRC) afirmou que a sua posição continua inalterada. Isto é relevante pela representatividade da FRC. De igual modo, o Instituto de Contadores da Inglaterra e País de Gales (ICAEW) também afirmou que irá continuar a parceria com a Comunidade Europeia. O instituto, inclusive, possui um escritório em Bruxelas, sede da Comunidade.

O IFAC também defendeu a manutenção da cooperação.

Mas o parlamento do Reino Unido pode derrubar as eventuais decisões da Comunidade Europeia, o que inclui normas contábeis. Outro aspecto importante lembrado pela Bloomberg é que a FRC faz parte do grupo conhecido como EFRAG, que incorpora as decisões contábeis do IASB. A decisão do Reino Unido poderá implicar na sua saída do EFRAG. Como o prazo previsto para saída definitiva do Reino Unido é de dois anos, até lá haverá um período de incerteza quanto aos efeitos na contabilidade.

Inteligência Artificial

Um texto do Washington Times afirma que os profissionais contábeis enfrentarão, em breve, uma nova concorrência: a inteligência artificial. A afirmação é baseada numa startup especializada em processos financeiros, que obteve um capital de risco de 3,5 milhões de dólares. O sistema de IA permitirá a geração de relatórios de liquidez.

Toffler

Alvin Toffler, autor de algunas de las predicciones más lúcidas sobre el cambio tecnológico de la segunda mitad del siglo XX y la adaptación de las sociedades a la tecnología, murió este lunes en su casa de Los Ángeles a los 87 años. Toffler alcanzó fama mundial en 1970 con el libro El shock del futuro, al que siguió La tercera ola (1980), en los que describía los cambios a los que se enfrentarían los países industrializados, cuyas economías pasarían a ser posindustriales y basadas en el conocimiento, y el impacto de los cambios tecnológicos rápidos en la sociedad. (Fonte: El País)

Lucros contábeis e previsão do PIB

Resumo:

We document that aggregate accounting earnings growth is an incrementally significant leading indicator of growth in nominal Gross Domestic Product (GDP). Professional macro forecasters, however, do not fully incorporate the predictive content embedded in publicly available accounting earnings data. As a result, future nominal GDP growth forecast errors are predictable based on accounting earnings data that are available to professional macro forecasters in real time.


Fonte: Yaniv Konchitchki, Panos N. Patatoukas, Accounting earnings and gross domestic product, Journal of Accounting and Economics, Volume 57, Issue 1, February 2014, Pages 76-88, ISSN 0165-4101, http://dx.doi.org/10.1016/j.jacceco.2013.10.001.(http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S016541011300058X)

Rir é o melhor remédio

Se o Google ainda fosse um cara... e o Bing.


29 junho 2016

Como funciona o mercado de capitais?

Muito legal o vídeo. Antigo é verdade.

Links

Fazendo Mochi (com vídeo)

História: a descoberta do "ir a praia"

Razões para algumas profissões ganharem gorjeta e outras não 

PwC investigada no Reino Unido pela venda da BHS

Propaganda do El Cronista usa Dilma e sua declaração sobre Temer (foto)

Descobre câncer usando o Google

Alienados

Os estadunidenses são considerados alienados. Não se preocupam com o que ocorre no mundo. Mas quais os países que mais despertam interesse dos gringos? Usando a ferramenta de pesquisa do Google é possível saber o grau de interesse deles. O primeiro colocado é uma surpresa, pois não se trata do parceiro histórico e origem do país, o Reino Unido, mas sim o polêmico, para eles, México. O segundo colocado na lista de pesquisa é mais surpreendente ainda: a Índia, que desperta mais interesse que o Canadá (terceiro), Japão (quinto) ou China (sexto). É também uma surpresa a Indonésia, em sétimo.

Brasil? Em 13º, na frente de França e Espanha. Eis a lista:

1 – México
2 – Índia
3 – Canadá
4 – Reino Unido
5 - Japão
6 - China
7 - Indonésia
8 - Itália
9 - Austrália
10 – Rússia
12 - Alemanha
13 – Brasil
14 – França
15 – Espanha
16 - Turquia

Inteligência Artificial pode melhorar a qualidade da Auditoria

[...]

One of the hottest areas of innovation today is the field of artificial intelligence (AI). AI is the theory and development of computer systems able to perform tasks that normally require human intelligence. Because AI technologies—also called cognitive technologies—extend the power of information technology to tasks traditionally performed by humans, they enable users to break prevailing tradeoffs between speed, cost, and quality.

Such technologies can enable auditors to automate tasks that have been conducted manually for decades, such as counting inventories or processing confirmation responses. And as a result, auditors can be liberated to focus on enhancing quality by evaluating advanced analytics, spending more time exercising their professional judgment, and providing greater insights.

One specific area in which auditors are taking advantage of the benefits of cognitive technologies is document review. Reading through stacks of contracts to extract key terms has traditionally been a time-consuming, manual process. Cognitive technologies are already being deployed by forward-thinking firms to largely automate this process. Natural language processing (NLP) technology reads and understands key concepts in the documents. And machine-learning technology makes it possible to train the system on a set of sample contracts so that it learns how to identify and extract key terms.

Contract review powered by cognitive technologies can now take a fraction of the time it used to. AI allows an auditor to review and assess larger samples—even up to 100% of the documents. And it makes it possible to do lightning-fast analytics—automating the separation of documents that contain escalation clauses from those that don’t, for instance, and visualizing the degree of variability from a standard form across a population of documents. This contributes to enhanced quality and delivery of insights to audit committees faster.

And this is just the beginning. We’re using information technology to accelerate and enhance many other parts of the audit process as well. And we see many opportunities to innovate and advance the profession with cognitive technologies to take audit quality and insight to the next level.

For instance, we are using workflow automation technology to streamline the confirmations process by providing stakeholders with a single digital environment to prepare, authorize, distribute, collect, manage, and evaluate the results of the confirmations process.
In the future, machine learning could be used to recognize, extract, and process values from the many supporting documents typically attached to a confirmation, automatically confirming the transaction without significant auditor intervention. And NLP could enable the system to handle anomalies and exceptions automatically by reading and understanding free-form textual responses from counterparties and recommending appropriate action.
Using cognitive technologies, auditors may soon be able to provide clients with new ways to uncover risk hiding in plain sight in financial statements. Today, our professionals use tools that parse financial statements automatically, making it easy to find footnotes and conduct thorough peer comparisons.
In the future, machine learning and natural language processing could make it possible to scan financial statements and suggest risks associated with the text while linking disclosures to Securities and Exchange Commission comment letters, analyst reports, and social media sentiment.

Researchers have already shown that it’s possible to predict the volatility of a company’s stock price by applying automated analysis, powered by natural language processing and machine learning, to a company’s financial statements. It’s not hard to imagine generalizing this approach to surface other types of risk.

Finally, consider how AI might change the inventory count process, a task that is typically as old-fashioned as it gets: visiting a client and taking inventory of materials and finished goods, clipboard in hand. Today, we are equipping staff with tablet and smartphone applications that collect and automatically consolidate inventory count results to the group auditor in real-time.

I can imagine turbocharging the inventory process by using smartphone cameras and computer vision to automatically identify and count items, spot patterns, and flag anomalies. This kind of application already exists in health care, where visiting nurses can snap a photo of a home-bound patient’s medications, automatically identifying them and ensuring the patient has what she needs.

Using cognitive technologies to evolve the audit process by making it smarter, more insightful, and more efficient is just one of the ways the audit profession is innovating. This isn’t self-driving cars. It is the future of the audit profession. And the users of financial statements deserve it.

Fonte: Jon Raphael is chief innovation officer at Deloitte & Touche LLP.


Rir é o melhor remédio

Reflexo da vida

28 junho 2016

Loterias

Com respeito aos conselhos sobre como ganhar na loteria, a minha turma de doutorado escreveu o seguinte texto coletivo:


No vídeo em questão, Richard Lustig, ganhador por 7 vezes da loteria americana e escritor do livro “Learn how to increase your changes of winning the lottery”, aconselha sobre como ficar rico apostando em jogos de loteria. Lustig fornece três conselhos:


1º Conselho: Buy as many tickets as you can afford. Comprar tantos bilhetes de loteria quanto você consiga pagar.


Quando se aumenta a quantidade de bilhetes comprados, maior se torna a probabilidade de acertar os números sorteados. Entretanto, observando estatisticamente, a chance de ganhar na loteria seria insignificante, tendendo a zero. Considerando que no Powerball, loteria americana, a chance de ganho é de 1 em 292.201.338 e o custo da aposta é de US$ 3,00, para se obter 100% de certeza de ganho seria necessário um investimento de US$ 876.604.014,00, sendo que a maior aposta individual já paga pelo Powerball foi de US$ 370,9 milhões realizada por Gloria MacKenzie, ganhadora em 2013. Deve-se ter em mente também que, na tentativa de ganhar a loteria, muitos apostadores gastam recursos além do disponível, visando aumentar a probabilidade de ganho, afetando, por muitas vezes, seu orçamento pessoal, portanto um limite de gasto deve ser estabelecido. Sob a ótica de investimentos, a chance de retorno dos recursos alocados, estatisticamente, também se aproxima de zero. O que demonstra não ser uma boa estratégia de alocação de recursos, mas também observa-se que, por ser um investimento de alto retorno, as chances de acertar os números são baixas e, portanto, os riscos são altos.



2º Conselho: Don’t buy quick picks. Não terceirizar (quick picks) a escolha dos números, ou seja, não deixe o computador escolher seus números.

Segundo Lustig, cada vez que se utiliza os recursos de um computador para definir suas apostas o jogador esta esquecendo a sua estratégia de ganho, ou seja, não faz pesquisas ou analisar os resultados obtidos de forma a executar uma estratégia que possa levá-lo ao sucesso, portanto o computador vai oferecer as piores chances de ganhar. Observa-se que apesar dos números definidos por programas de apostas serem considerados aleatórios, a programação que executa a escolha é feita através de algoritmos pré-definidos e, também, que as chances de um bilhete fornecido por um computador e os feitos por qualquer pessoa individualmente têm a mesma probabilidade estatística de ganho.


3º Conselho: Pick numbers and never change them. Escolha os seus números e nunca os mude.


Você deverá escolher seus números, sempre jogar os mesmos números, nunca mudá-los e jogar em todos os concursos disponíveis, pois, em algum momento, eles serão sorteados, ou seja, um dos segredos é a persistência. Segundo Damodaran (2015) os ativos devem ser adquiridos com base em sua expectativa dos fluxos de caixa futuros e sua incerteza. Aplicando de forma restrita este conceito, dado o tamanho da incerteza contida na compra de um bilhete de loteria, tal ativo não deveria ser adquirido. A decisão de investimento envolve alocação de recursos para geração de fluxos de caixa positivos. O retorno dos fluxos de caixa decorrentes das apostas em loterias acontece ao acaso, o que inviabiliza sua análise pela ótica de investimentos. Realizar este tipo de investimento é apostar no acaso.


[Acredito que faltou um aspecto importante da questão: a moeda não possui memória. Ou seja, o sorteio de números no passado não garante o seu "não sorteio" no futuro]

Boca Livre

Com respeito a uma investigação da Polícia Federal, envolvendo a KPMG, a empresa informou

“A KPMG no Brasil informa que não é objeto de investigação na denominada Operação Boca Livre conduzida pela Polícia Federal. O fato da PF comparecer ao nosso escritório se deu pelo cumprimento de diligência para coletar documentos referentes a contratos com empresas de publicidade e propaganda (alvos da investigação) e que prestaram serviços para a KPMG no apoio a projetos culturais.

A KPMG, certa de que não cometeu qualquer ato ilícito, está e continuará a contribuir com as autoridades de maneira transparente para o fornecimento das informações necessárias.”

Masp e o auditor independente

Eis uma decisão do STJ que interessa a todos os auditores:

Auditor independente não tem responsabilidade civil por desvio fraudulento realizado por funcionário da empresa auditada, durante o contrato de prestação de serviço, segundo decisão unânime da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Entre 2001 e 2004, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp) contratou a empresa Tufani, Reis e Soares Auditores Independentes para ampliar o controle de quatro lojas abertas pela entidade para divulgação e comercialização de objetos de arte.

Em janeiro 2004, no entanto, foi identificado um deficit de R$ 190 mil. A direção do Masp realizou uma revisão das contas e descobriu que o prejuízo foi resultado de desvio feito por funcionária do próprio museu.

Após detectar a fraude, o Masp enviou correspondência para a empresa de auditoria, notificando o desvio e rescindindo o contrato de prestação de serviços, além de cobrar o valor desviado. A disputa foi parar na Justiça.

O juiz da 39ª Vara Cível do Estado de São Paulo julgou improcedente o pedido do Masp. Inconformado, o museu recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que manteve a sentença do juiz. Para o tribunal paulista, o desvio foi feito por funcionária do museu e não houve “descumprimento de obrigação contratual” por parte da empresa de autoria.

Relator

O Masp recorreu então ao STJ, cabendo a relatoria do caso ao ministro Luis Felipe Salomão, da Quarta Turma, especializada em direito privado. No voto, o ministro sublinhou que a auditoria tem por objetivo verificar os registros contábeis da empresa auditada e sua conformidade com os princípios de contabilidade.

Segundo o ministro, a auditoria consiste em controlar áreas-chaves nas empresas para que se possam evitar situações que provoquem fraudes, desfalques e subornos, por meio de verificações regulares nos controles internos específicos de cada organização.

“Dessa feita, para se constatar a responsabilidade civil subjetiva do auditor, em função de ato doloso ou culposo por ele praticado, há que se demonstrar não apenas o dano sofrido, mas também deve haver um nexo de causalidade com a emissão do parecer ou relatório de auditoria”, disse o relator.

Para o ministro, não cabe ao auditor independente executar ação dentro da empresa, ao constatar fraude ou erro nos registros. “A incumbência, no caso, é estritamente ligada a esta (empresa), que detém o know-how do seu próprio empreendimento”, afirmou o ministro, ao manter a decisão do TJSP.

10 regras simples para o uso efetivo da Estatística

Fiz uma síntese apertada de cada uma das regras, quais sejam:

Rule 1: Statistical Methods Should Enable Data to Answer Scientific Questions

O pesquisador deve estar preocupado com as questões científicas que ele deseja investigar e não somente com os testes ou tecnicas estatísticas.

Rule 2: Signals Always Come with Noise

A estatística está preocupada em analisar o sinal dos dados na presença do ruído, ou seja, visa modelar a variabilidade que importa.

Rule 3: Plan Ahead, Really Ahead

Faça o planejamento de todos os possíveis estágios da sua análise.

Rule 4: Worry about Data Quality

Certifique a qualidade dos dados e faça uma análise exaustiva de suas características.

Rule 5: Statistical Analysis Is More Than a Set of Computations

A análise estatística deve ser interpretada dentro do contexto da questão científica que está sendo estudada. A estatísitica auxilia a análise, mas não a define.

Rule 6: Keep it Simple

Comece com tecnicas ou algortimos simples, mesmo se o problema for complexo.

Rule 7: Provide Assessments of Variability

Sempre reporte análises sobre a incerteza dos dados, como: erro-padrão ou intervalo de confiança.

Rule 8: Check Your Assumptions

Verifique as hipóteses do modelo estatístico que você está usando. Em geral, os softwares não destacam essas hipóteses.

Rule 9: When Possible, Replicate!

Replique seu estudo em outra base de dado ou em experimentos parecidos para evitar ou minimizar o efeito  Data Snooping, que consiste em encontrar padrões espúrios (inexistentes) nos dados.

Rule 10: Make Your Analysis Reproducible

Torne o seu trabalho reprodutível, fornecendo todas as etapas, dados ou códigos utilizados.

Fonte: Kass RE, Caffo BS, Davidian M, Meng X-L, Yu B, Reid N (2016) Ten Simple Rules for Effective Statistical Practice. PLoS Comput Biol 12(6): e1004961. doi:10.1371/journal.pcbi.1004961 




Rir é o melhor remédio

Se o Google fosse um cara...


Indicado por Renata Henriques, a quem agradecemos.

27 junho 2016

Acrônimos

Usamos siglas na contabilidade sem perceber que as mesmas podem ter outro significado.

AC = Acre; Corrente alternada
ANC = Assembleia Nacional Constituinte
BP = Brad Pitt
CFC = Centro de Formação de Condutores ou clorofluorcarbono, componente usado em gás de refrigeração, um dos responsáveis pelo buraco na camada de ozônio ou Coritiba Football Club
CMV = citomegalovírus (vírus da família da herpes)
CPC = Código de Processo Civil
CRC = Certificado de registro cadastral; Cyclic Redundancy Check
DMPL = Linguagem de processamento do microprocessador digital
DR = Discutir a relação
PC = Partido Comunista; Paulo César; Per Capita; pós coito
PL = Liga Pokémon (em inglês); Partido Liberal; Plutônio;
PNC = Parceiros no Crime; Probabilidade de não conformidade

Processo Eletrônico

Sobre a implantação do processo eletrônico na Universidade de Brasília:

A adoção do processo eletrônico trouxe algumas consequências positivas bem claras. Em primeiro lugar, é inegável a melhoria na prestação dos serviços e o ganho de eficiência. Se anteriormente um processo orçamentário de interesse da Faculdade do Gama tinha que ser transportado por mais de quarenta quilômetros, hoje isto é feito usando o comando “enviar processo”. E a partir daí a Faculdade do Gama pode acompanhar o andamento do processo em todas as instâncias e os despachos que foram realizados.

Outro benefício é a economia de recursos. Para criar um processo ou fazer um despacho não é mais necessário imprimir os documentos. Com o fim das idas e vindas do papel físico, as pessoas podem se dedicar a tarefas mais nobres. Neste momento não sabemos ainda qual o impacto em termos monetários da decisão, mas acreditamos que existe e não é desprezível.

Não é possível esquecer a transparência, com a possibilidade de acompanhar os processos e verificar os despachos que foram feitos. Este é um ganho imensurável para o usuário. E isto pode ser feito a partir da tela do computador, sendo possível comparar o tempo de tramitação do seu processo com os outros em andamento.

Finalmente, o processo eletrônico é uma garantia na integralidade dos documentos. Alguns processos importantes que tramitam pela UnB possuem mais de mil páginas. No processo físico é muito difícil garantir a integralidade do mesmo; no digital, a incorporação de um documento impede que o mesmo seja retirado ou trocado, trazendo uma grande tranquilidade para o gestor.


Continue lendo aqui

Complexidade: o segredo da juventude

Excelente artigo do professor Lewis A. Lipsitz da Escola de Medicina de Harvard. Ele explica que à medida que as pessoas envelhecem seus corpos e cérebros perdem complexidade.

Simplicity, simplicity, simplicity!” Henry David Thoreau exhorted in his 1854 memoirWalden, in which he extolled the virtues of a “Spartan-like” life. Saint Thomas Aquinas preached that simplicity brings one closer to God. Isaac Newton believed it leads to truth. The process of simplification, we’re told, can illuminate beauty, strip away needless clutter and stress, and help us focus on what really matters.

It can also be a sign of aging. Youthful health and vigor depend, in many ways, on complexity. Bones get strength from elaborate scaffolds of connective tissue. Mental acuity arises from interconnected webs of neurons. Even seemingly simple bodily functions like heartbeat rely on interacting networks of metabolic controls, signaling pathways, genetic switches, and circadian rhythms. As our bodies age, these anatomic structures and physiologic processes lose complexity, making them less resilient and ultimately leading to frailty and disease.

[...]

Continua aqui

Lipsitz_BR-2

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

26 junho 2016

Como os homens podem ajudar? Melhorem.



Na semana passada, durante o United States of Women Summit, Oprah Winfrey perguntou à Michelle Obama como os homens podem ajudar na luta pela igualdade de gêneros.

A resposta da Primeira Dama dos Estados Unidos foi pequena e amável:

"Melhorem. Melhorem em tudo".



Sajay Samuel: Como os empréstimos estudantis exploram os estudantes visando o lucro

"Houve um tempo, nos Estados Unidos," diz o professor Sajay Samuel, "em que fazer faculdade não significava formar-se com dívidas." Hoje, o ensino superior se tornou um bem de consumo. Os custos dispararam, impondo aos estudantes uma dívida total de mais de US$ 1 trilhão, enquanto as universidades e empresas financeiras lucram massivamente. Samuel propõe uma solução radical: associar os custos das taxas universitárias aos vencimentos esperados para a formação, de forma que os estudantes possam tomar decisões baseados em informações sobre seu futuro, restabelecendo o amor pelos estudos e contribuindo para o mundo de forma significativa.

Links

Fisco dos EUA ainda na idade do mainframe da IBM

Problema de irregularidade não ocorre só no Brasil. Veja o caso do México

Vocal de "God only Knows" isolado 

A história da fotografia mais famosa do mundo

Links

Gráficos:

Gráficos do Wall Street Journal

4 erros comuns na construção de um gráfico

Tipos de gráficos: vantagens e desvantagens

Pessoas lembram de sentimentos, não de números

Visualização que funciona

Continua a Crise de Emprego na área Contábil

Segundo os dados compilados por este blog, a partir das informações de emprego formal do Caged (Ministério do Trabalho), a redução dos postos de trabalho na área contábil continua ocorrendo. Desde outubro de 2015 o número de desligados é superior ao de admitidos para contadores, auditores, técnicos em contabilidade e escriturários. No último mês foram 7.731 admitidos e 9126 demitidos, o que significa uma redução de 1.395 postos formais de trabalho.

Tomando janeiro de 2014 como base, o número de admitidos foi de 277.618 e de demitidos atingiu a 298.868, significando uma redução de 21.250 postos de trabalho. Se considerarmos um quantitativo de registro no conselho de contabilidade de 500 mil, a redução de postos de trabalho corresponde a quase 5% dos profissionais de contabilidade.

Como é praxe, o salário médio mensal dos demitidos é muito superior ao dos admitidos. Em maio a diferença foi novamente de quase 20%: enquanto os admitidos tinham um salário médio de 2.147 reais, os demitidos possuíam um salário médio mensal de 2.555 reais, uma diferença superior a 400 reais. O tempo de emprego dos demitidos, que em abril era de 29,4 meses, aumentou para 33,6 meses, indicando que trabalhadores mais experientes estão sendo demitidos no setor. As empresas continuam demitindo os mais idosos (média de 32,1 anos) e contratando mais novos (30,2 anos). As mulheres estão sendo mais prejudicadas, como já ocorreu em abril: a perda de posto de trabalhos para o gênero feminino é mais do que o dobro.

Os trabalhadores com ensino médio completo também foram os mais atingidos, com redução de 820 postos de trabalho, de um total de 1.395.

Rir é o melhor remédio


25 junho 2016

Fato da Semana: Oi

Fato: Pedido de recuperação judicial da Oi

Data: 20 de junho de 2016

Fonte: Empresa

Precedentes
2008 - A empresa adquire a Brasil Telecom e com ela 5 bilhões em passivos. Recebe apoio do governo para ser uma campeã nacional.
2013 - Anúncio da fusão com a Portugal Telecom. E mais 30 bilhões de dívidas.
2014 - Quebra da Portugal Telecom.
2015 - Tentativa de fusão com a TIM.
Março de 2016 - Começa uma tentativa de reestruturação de dívida
10/06/2016 -O presidente renuncia já que não obteve o apoio do conselho.

Notícia boa para contabilidade? Trata-se do maior pedido de recuperação judicial. Existem algumas questões contábeis interessantes, como o valor da provisão dos bancos. Além de ser um teste para a legislação brasileira.

Desdobramentos: A negociação com os credores será longa. Mas os financiadores externos irão pressionar para um acordo mais favorável. A reação do governo pode ser fundamental no destino da empresa.

Mas a semana só teve isto? A saída do Reino Unido da Comunidade Europeia e os problemas dos fundos de pensão foram dois eventos relevantes da semana.

Rir é o melhor remédio


24 junho 2016

Brexit e a Contabilidade

O Reino Unido decidiu sair da comunidade europeia num plebiscito, num movimento denominado Brexit. Qual seria o efeito deste fato na contabilidade?

A comunidade europeia foi um projeto de transformar países com grandes diferenças num único mercado. Certamente contribuiu muito como fonte inspiradora para a proposta de criar um mesmo conjunto de regras contábeis entre os diversos países, expresso no International Accounting Standards Board. E é importante lembrar que a sede do Iasb encontra-se em Londres. Outro ponto relevante é os membros do Iasb são 14, sendo dois do Reino Unido. Existe também um representante da França, outro da Alemanha, além do chairman, que é holandês. A presença do Reino Unido só é menor que a dos Estados Unidos. A questão relevante é: será que o referendo irá mudar a posição do Reino Unido no Iasb?

Sendo otimista, não. É bom lembrar que o país que tem mais resistência em adotar as normas contábeis é aquele que possui mais representante (estamos falando dos EUA). Além disto, a mudança de sede é muito trabalhosa e envolve custos, algo que deve ser levado em consideração nas decisões futuras do Iasb. Adicione a isto o fato de que o Iasb já resistiu a pressões políticas no passado, como a perspectiva de mudar as normas contábeis de valor justo. E existem fortes interesses em manter a convergência internacional. Para finalizar, é bom lembrar que das quatro principais empresas contábeis, duas estão fortemente vinculadas ao Reino Unido: EY e PwC, que possuem sede em Londres. E estas empresas são importantes financiadoras do Iasb e interessadas diretas na convergência pelos efeitos nos seus ganhos de escala.

Mas existe o outro lado. O Brexit pode ser o início de um movimento de separação e acirramento de isolamento. A saída de outros países da comunidade europeia pode influenciar novos rumos na convergência. Será que os países europeus irão aceitar a excessiva representação do Reino Unido no Iasb? Talvez isto não seja relevante, mas estamos falando de decisões que muitas vezes não são completamente racionais. Outro aspecto é que o Reino Unido tinha uma contabilidade bem desenvolvida antes do Iasb. A entrada na entidade de regulação contábil representou uma redução na qualidade contábil. Já relatamos aqui no blog divergências entre os britânicos e as normas do Iasb. O movimento separatista pode contaminar as entidades do Reino Unido, exigindo a saída do Iasb, numa posição extrema.

Talvez ainda seja cedo para comentar sobre este assunto. Aguardemos os próximos capítulos.

A década da Índia: 2014 à 2024



India has the potential to be the fastest growing economy over the coming decade, according to new growth projections presented by researchers at the Center for International Development at Harvard University(CID). The researchers use their newly updated measure of economic complexity, which captures the diversity and sophistication of productive capabilities embedded in a country’s exports, to generate the growth projections. The projections reflect the latest 2014 trade data available. The global landscape for economic growth that results shows greatest potential for rapid growth in South Asia and East Africa. Conversely, oil economies and other commodity-driven economies face the slowest growth outlook.

India tops the global list for predicted annual growth rate for the coming decade, at 7.0 percent. This far outpaces projections for its northern neighbor and economic rival, China, which the researchers expect to face a continued slowdown to 4.3 percent growth annually to 2024.

“India has made important gains in productive capabilities, allowing it to diversify its exports into more complex products, including pharmaceuticals, vehicles, even electronics,” said Ricardo Hausmann, Professor of the Practice of Economic Development at Harvard Kennedy School (HKS), the leading researcher of The Atlas of Economic Complexity, and the director of CID.

Hausmann notes these gains in economic complexity have historically translated into higher incomes. “China has already realized many of these gains, doubling per capita income in less than a decade. We expect that India’s recent gains in complexity, coupled with its ability to continue improving it will drive higher incomes, positioning India to lead global economic growth over the coming decade,” Hausmann said.

[...]


Fonte: aqui


Como os governos lidam com a dívida pública?

ThE GREAT RECESSION fades from memory, but its effects linger. Nations around the globe still carry its legacy in the form of substantial public and private debt. How governments have dealt with such “debt overhangs” in the past 200 years is the subject of a paper by Carmen Reinhart, Zombanakis professor of the international financial system at Harvard Kennedy School; Vincent Reinhart of the American Enterprise Institute; and Kenneth S. Rogoff, Cabot professor of public policy. The authors say that many observers have forgotten about some of the tools that even advanced economies have used in the past to lessen their obligations.

The aftermath of the recent recession was unusual, Carmen Reinhart pointed out in an interview, in that the levels of debt incurred were more characteristic of the accrued sums confronted in postwar periods like those following World Wars I and II, but the inherent recovery mechanisms typically seen at war’s end—the return of a larger labor force, the deployment of resources to economic goods rather than wartime production—did not apply. The reason that debt levels are now so high has everything to do with context, she explained. In addition to government debt, there was massive private borrowing by individuals and the financial sector in advanced economies around the world before the crisis; they took advantage of low interest rates to finance spending—a process now repeating itself in emerging Asia and elsewhere, she said. When sub-prime borrowers defaulted on their mortgage payments, financial institutions were left with the debt. Pension funds also carry large liabilities on their books, mainly related to demographic pressures associated with an aging workforce.

[...]

Fonte: aqui

Resumo:

This paper explores the menu of options for renormalizing public debt levels relative to nominal activity in the long run, should governments eventually decide to do so. Orthodox ones for medium-term debt stabilization, the standard fare of officialdom, include enhancing growth, running primary budget surpluses, and privatizing government assets. Heterodox polices include restructuring debt contracts, generating unexpected inflation, taxing wealth, and repressing private finance. We examine 70 episodes across 22 advanced economies from 1800 to 2014 where there were significant and sustained reductions in public debt relative to nominal GDP. In the event, advanced countries have relied far more on heterodox approaches than many observers choose to remember.

“Dealing with Debt,” (with Vincent Reinhart and Kenneth Rogoff), Journal of International Economics, Vol. 86(1), April 2015, 543-555.