Translate

23 novembro 2015

Simples Doméstico e eSocial

A Receita Federal terá que publicar novas versões do Simples Doméstico para solucionar falhas do sistema, como a guia para pagamento do 13º terceiro salário, que vai ser disponibilizada só em 1º de dezembro. O Simples Doméstico, com vencimento da primeira parcela em 30 de novembro, deve fazer a arrecadação do governo crescer perto de R$ 100 milhões. Segundo cálculos do Instituto Doméstica Legal, com base na arrecadação do emprego doméstico registrada no mês de agosto, a receita dos impostos e contribuições deve alcançar perto de R$ 350 milhões em outubro.

Com a redução da alíquota do empregador de 12% para 8%, a contribuição ao INSS e seguro acidente de trabalho deve encolher próximo a R$ 40 milhões, frente aos R$ 250,4 milhões recolhidos em agosto, mas no conjunto, a arrecadação vai engordar. O FGTS e a multa rescisória devem somar R$ 140 milhões. “A arrecadação vai crescer assim como a formalização no emprego doméstico”, aposta Mário Avelino, presidente do Instituto.

A primeira atualização no sistema do eSocial está em curso e pretende viabilizar o recolhimento do décimo terceiro salário. Conforme adiantou o Estado de Minas, a guia do tributo não foi prevista na primeira versão do programa. Entre 1º e 7 de dezembro, cerca de 1,3 milhão de empregadores cadastrados no sistema terão que emitir a guia para pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) sobre a primeira parcela do benefício, que deve ser paga à empregada até o dia 30 desse mês.

Além do FGTS deve ser recolhido sobre o décimo terceiro o Imposto de Renda (IR), quando devido. Segundo a Receita Federal, o pagamento será feito em guia única, junto com a competência de novembro. Quanto à segunda parcela do 13º terceiro salário, o documento ainda está sendo desenvolvido pela Receita e deve ser quitado em 7 de janeiro, quando vai ser recolhida a contribuição também sobre o INSS de dezembro.

Outras pendências do e-Social dizem respeito a guia única para pagamentos, que não indica os valores da contribuição e recolhimento de impostos para cada empregado, no caso de haver mais de um funcionário por residência. Segundo a Receita, nas “futuras” versões do eSocial serão implementadas novas funções que devem permitir a discriminação da parcela paga para cada empregado. Outra função que entra na série de ajustes do sistema, para o registro de demissões.

A analista de informática Rosa Magalhães, emprega há seis anos a mesma funcionária. Ela já emitiu a guia e se prepara para quitar o Simples nos próximos dias. Rosa conta que vai pagar o seu décimo terceiro em uma só parcela no dia 10 de dezembro. Na tarde de ontem a analista tentou visualizar a guia para recolhimento do imposto e não conseguiu.

Ainda sem maiores informações sobre DAE para o 13º terceiro a empregadora estranhou a guia ainda não estar disponível no sistema já que o prazo para pagamento está próximo e diz que enfrentou também problemas para cadastrar o PIS de sua empregada. “Alguma inconsistência na base de dados não estava permitindo que o número fosse reconhecido. Precisei ir pessoalmente à Caixa por duas vezes.”

Sandra Batista, representante do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) lamenta que a guia para pagamento do 13º terceiro ainda não tenha sido disponibilizada. “O empregador deverá ficar atento para não perder os prazos. O recolhimento do FGTS deve ser feito até 7 de dezembro”, reforçou.
O EM recebeu reclamações de outros empregadores com a mesma queixa. A reportagem entrou em contato com a Caixa, mas até o fechamento da edição não obteve retorno. Na véspera do vencimento da primeira parcela do Simples Doméstico em 7 de dezembro, a Receita foi obrigada a prorrogar o prazo do Simples diante das falhas apresentadas pelo sistema, os empregadores não conseguiam gerar a guia para pagamento.

FORMALIZAÇÃO

A média salarial no emprego doméstico é de R$ 1.051,43 no Brasil. No país, cerca 2 milhões de empregadas trabalham com a carteira assinada, diante de um contingente de 6,4 milhões na atividade. “O Simples Doméstico vai aumentar a arrecadação do governo, mas deve contribuir para aumentar a formalização”, aponta Avelino. Segundo ele também é grande o contingente de empregadores inadimplentes.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad), do IBGE, divulgada no último dia 11, diante de um contingente de 2 milhões de empregados formais, 800 mil estavam inadimplentes quanto ao recolhimento do INSS. A pesquisa também aponta que o contingente de empregadas domésticas cresceu 0,27% entre 2013 e 2014, mais caiu 10% frente a 2009.

De acordo com a arrecadação da Receita Federal o salário médio da empregada doméstica cresceu 10% entre setembro de 2014 e agosto de 2015.

Fonte: Aqui
O governo aprovou novas regras para estimular a aplicação em infraestrutura por investidores institucionais, incluindo entidades de previdência complementar, tanto abertas quanto os fundos de pensão, além de seguradoras, resseguradoras, sociedades de capitalização e Fundos de Aposentadoria Programada Individual (FAPIs).

Em resolução publicada nesta sexta-feira, o Conselho Monetário Nacional (CMN) prevê maior espaço para investimento em debêntures de infraestrutura quando estas tiverem pelo menos 30 por cento dos pagamentos de principal garantidos por títulos públicos federais de propriedade da empresa que as estiver emitindo para financiar seu empreendimento.

Segundo o Ministério da Fazenda, a garantia por títulos públicos federais torna essa alternativa de aplicação "mais atraente, padronizada e com maior liquidez, à medida que permitirá que investidores institucionais possam alocar maior fatia de seu patrimônio para o financiamento de infraestrutura".

Em nota, a pasta explicou que o objetivo é reduzir o risco dos investidores ao aproximar o risco da aplicação em debêntures ao risco da dívida soberana, que é menor. "

Somada à criação de limites específicos e mais amplos, essa redução do risco, por sua vez, tende a deixar os investidores mais confortáveis para ampliar seus investimentos em infraestrutura, importantes para retomada do crescimento econômico", disse a Fazenda.

Na semana passada, o governo já havia flexibilizado regras para aplicação dos recursos relativos às provisões das entidades abertas de previdência complementar e sobre a carteira dos Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), além das seguradoras, resseguradoras e sociedades de capitalização, abrindo espaço para aumentar investimentos em projetos de infraestrutura.

MAIS CRÉDITO PARA OLIMPÍADA

Em outra resolução também publicada nesta sexta-feira, o CMN elevou o limite de contratação de crédito para projetos de infraestrutura no país no âmbito das regras para financiamentos ao setor público para até 11,6 bilhões de reais, sendo até 3,6 bilhões de reais para os que forem associados aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, por meio de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Antes, o limite global para os projetos de infraestrutura era de 10,8 bilhões de reais, sendo até 8 bilhões de reais para projetos de mobilidade urbana ligados à Copa do Mundo de Futebol de 2014 e até 2,8 bilhões de reais para os que fossem associados à Olimpíada.

Reuters

22 novembro 2015

Rir é o melhor remédio


Melhor que ontem

Não seja aquela pessoa que reclama sobre o quanto está infeliz e não faz nada para mudar a situação.


Consumo menor reduz chance de contratação de temporários

O desaquecimento do consumo, registrado por estudos como a Pesquisa Mensal do Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve impedir uma inflexão maior na taxa de desemprego ao fim deste ano.

"Como a gente vê pelos dados do próprio IBGE um desaquecimento das vendas, provavelmente não deve haver uma enxurrada de trabalho temporário. Por menor que seja esse trabalho temporário, ele ocorre. O que a gente não sabe é se ele será o suficiente para absorver todas as pessoas que estão buscando (emprego) e para fazer a inflexão da taxa (de desocupação) no fim do ano", avaliou Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

No mês de outubro, costuma começar uma redução mais acentuada na taxa de desemprego por um movimento sazonal, que é a contratação de trabalhadores temporários para dar conta do aumento na demanda por bens e serviços no fim do ano.

Na passagem de setembro para outubro deste ano, houve aumento na fila do desemprego pela primeira vez, dentro da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), iniciada em 2002.

"Há mais pessoas buscando (trabalho) e outras estão sendo dispensadas. É o único outubro em que a desocupação cresce na PME", confirmou Adriana.

O aumento na taxa de desemprego em outubro foi puxada pela população jovem, na faixa etária de 18 a 24 anos. A taxa de desemprego entre essa população aumentou de 18,4% em setembro para 19,5% em outubro. Em outubro de 2014, essa taxa era de 11,8%.

[...]


Na faixa etária de 25 a 49 anos, a taxa de desemprego saiu de 6,3% em setembro para 6,6% em outubro. Em outubro de 2014 o resultado era de 3,8%. No total de pessoas com 50 anos ou mais de idade, a taxa de desemprego manteve-se em 3,5% em setembro e outubro. Em outubro do ano passado, a taxa era de 2,2%.

Setores
De acordo com a PME, A indústria cortou 130 mil vagas na passagem de setembro para outubro, uma redução de 3,9% no total de ocupados. Em relação a outubro de 2014, o número de empregados caiu 8,7%, 305 mil a menos.

"A gente percebe, desde meados de 2014, esse comportamento da indústria de redução da população ocupada. Agora esse movimento vem sendo acompanhado pela construção", disse Adriana Beringuy.

Na construção, a queda na ocupação foi de 0,6% em outubro ante setembro, 11 mil vagas a menos. Em relação a outubro de 2014, o recuo foi de 5,2%, o equivalente à dispensa de 94 mil trabalhadores.

No comércio, o total de ocupados encolheu 2,0% em outubro ante setembro, 87 mil demitidos. Na comparação a outubro do ano passado, a redução foi de 1,5% - 65 mil vagas a menos.

Nos serviços prestados a famílias, houve aumento de 0,9% na ocupação na passagem de setembro para outubro (32 mil funcionários a mais), mas queda de 3,7% em relação a outubro de 2014 (145 mil postos extintos).

Na educação, saúde e administração pública, o total de ocupados caiu 0,7% ante setembro (-28 mil) e recuou 1,1% em relação a outubro de 2014 (-43 mil).

Os serviços domésticos perderam 1,3% dos trabalhadores na comparação com setembro (-18 mil) e encolheram 2,0% ante outubro do ano passado (-28 mil).

Já o segmento de outros serviços registrou aumento de 0,2% na ocupação ante setembro (9 mil trabalhadores a mais), mas queda de 2,9% em relação a outubro do ano anterior (-126 mil vagas).

"Outros serviços é um segmento bem amplo, que inclui serviços de alimentação, alojamento , transporte de carga, serviços pessoais. É um segmento que está muito ligado à questão de poder aquisitivo da população para consumir. A gente tem visto uma queda sucessiva no rendimento", justificou Adriana.

Inflação
Segundo os dados da PME, a inflação puxou a queda na renda do trabalhador em outubro. O recuo de 7,0% em relação a outubro do ano anterior foi o maior para o mês desde 2003.

"Essa queda está associada a um crescimento no rendimento nominal de 2,8%. Claro que, em anos anteriores, esse crescimento era maior. Então, foi o rendimento nominal que cresceu menos, e a perda efetivada quando você transforma esse rendimento de nominal para real, quando desconta a inflação", explicou Adriana Beringuy.

Segundo ela, o poder de barganha dos trabalhadores ocupados por aumentos salariais diminuiu num momento em que há redução no número de vagas e mais pessoas à procura de emprego.

"Provavelmente o poder de barganha das pessoas que continuam ocupadas não é mais o mesmo. As empresas estão dispensando", lembrou.

Mas a própria redução na renda também explica uma maior procura por vaga no mercado de trabalho, pressionando a taxa de desemprego, avaliou Adriana.

Todas as atividades pesquisadas pelo IBGE registraram queda no rendimento real dos ocupados em outubro ante outubro de 2014, com destaque para indústria (-10,3%), construção (-9,4%) e comércio (-8,8%).

Fonte: Aqui

Links

Adolescente desafia tabu e se torna 1ª maestrina do Afeganistão

Pearl Jam doará cachê do show em Belo Horizonte para as vítimas de Mariana

Dependente da mineração, MG vive paradoxo após tragédia

Leilão de hidrelétricas está mantido para a próxima semana:
Globo.com; IstoéDinheiro; Jornal do Brasil.

Mozilla vai remover grupos de abas e alguns temas do Firefox

Sites ajudam a monitorar descontos da Black Friday

Prêmio da Mega-Sena vale um Barusco, ex-gerente da Petrobras.

Biblioteca do CFC

Você já leu a entrevista com a bibliotecária Lúcia Helena de Figueiredo Soares, do Conselho Federal de Contabilidade (CFC)? É muito boa e, para quem mora em Brasília ou pode vir para cá de vez em quando, é uma leitura imprescindível.


Não sei se é do conhecimento de todos os interessados, mas seguem abaixo informações sobre como enviar livros, teses, dissertações e afins para a biblioteca do CFC.

Solicitamos aos autores e aos editores de obras impressas e eletrônicas publicadas em qualquer ponto do país, na área contábil e em áreas afins, seja qual for a sua natureza e sistema de reprodução tais como: livros, brochuras, cd-roms, dissertações de mestrado e teses de doutorado, que doem alguns exemplares para o nosso acervo bibliográfico. Pretendemos reunir as publicações da área contábil e áreas afins, permitindo torná-las acessíveis, além de preservar o patrimônio científico/cultural produzido no País.

Objetivos:
a) Constituir, organizar e conservar as publicações da área contábil;
b) Enriquecer a nossa Biblioteca com as principais publicações da área contábil e áreas afins;
c) Divulgar para classe contábil a produção intelectual da área contábil e áreas afins;
d) Assegurar a constituição de importante e riquíssimo fundo bibliográfico para gerações futuras.

Endereço para doação:
Conselho Federal de Contabilidade
A/C: Biblioteca
SAS Quadra 5 Lote 3 Bloco J
Brasília – DF 70.070-920
Tel: (61) 3314 9612
Email: biblioteca.cfc@cfc.org.br

21 novembro 2015

Rir é o melhor remédio


Fato da Semana: Eleições dos Conselhos (47 de 2015)

Fato da Semana: Mais de 350 mil pessoas entraram no sítio do conselho e votaram para eleição dos Conselhos Regionais. Mas a eleição foi marcada pelo baixo comparecimento e um grande quantidade de votos em branco. A análise do resultado revela que o número de votos em brancos esteve relacionado com o número de chapas (quanto maior a disputa, menor este número) e do tamanho do conselho (em conselhos com um grande número de eleitores os votos em branco cresceram).

Qual a relevância disto? É preciso entender que parte deste resultado é decorrente da própria descrença das pessoas com a política e a representação. E do aumento de desemprego, como mostramos mensalmente nas estatísticas apresentadas com exclusividade por este blog. Ou das acusações recentes contra o atual mandatário do Federal. Talvez a falta de proposta das chapas tenha também construído; é bom lembrar que este blog tentou entrevistar os candidatos e somente dois responderam. Mas quem sabe tudo isto seja a explicação para o fato de que os eleitos conseguiram seus cargos com 55% dos profissionais aptos a votar.

Positivo ou Negativo? Negativo, por ser a expressão do descontentamento dos eleitores. Mas quem sabe possamos transformar o limão numa limonada?

Desdobramentos - A ciência política, com Robert Michels, ensina que as representações populares costumam afastar da base, através da construção da oligarquia. Michels mostrou isto há mais de cem anos. Será que a pirâmide deseja realmente aproximar-se das bases?

Robyn Stein Deluca: A boa notícia sobre a TPM




Todo mundo sabe que a maioria das mulheres enlouquecem um pouco antes de ficarem menstruadas, que os hormônios reprodutivos fazem com que suas emoções variem drasticamente. Porém, há pouco consenso científico sobre a síndrome pré-menstrual. "A ciência não concorda sobre a definição, causa, tratamento ou mesmo a existência da TPM", diz a psicóloga Robyn Stein Deluca. Ela explora o que sabemos e o que não sabemos sobre isso, e porque este mito popular tem persistido.

20 novembro 2015

Rir é o melhor remédio





Eleições da Apatia

No início da semana milhares de profissionais votaram para presidente dos conselhos regionais de contabilidade. Segundo relatório divulgado um pouco mais de 350 mil pessoas votaram nestas eleições. Segundo um texto de 2014, existem no país 490 mil profissionais e isto indica que 71% dos potenciais eleitores animaram a votar nestas eleições. Se somarmos aqueles que votaram em branco, somente 57% dos potenciais eleitores optaram por uma, duas ou três chapas concorrentes.

Os votos em branco foram realmente o destaque na eleição de 2015. Enquanto no Amapá somente 5% votaram em branco e 95% dos que acessaram o sitio escolheram entre uma das duas chapas, no DF 37% optaram por não votar na única opção. Em dois locais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, existiam três opções; em 12 duas chapas e na maioria, 14 CRCs, somente uma opção.

Quando o analista coloca os dados numa regressão linear, sendo o percentual de votos em branco a variável dependente, o modelo aponta que o “protesto” dos eleitores tem relação com a quantidade de eleitores do Conselho (quanto maior o conselho, maior o número de votos em branco) e o número de chapas existente, particularmente esta variável. O recado é claro: protesto nas unidades com mais profissionais e sem concorrência.

(P.S.: Já tinha escrito esta postagem quando li o texto da Isabel. Optei por manter o texto, considerando que são complementares)

Resultado das eleições CRC e o nosso comportamento

Fonte: Aqui
Quem tiver interesse em olhar os resultados das eleições CRC 2015 Brasil afora, basta clicar aqui e terá acesso a um pdf disponibilizado pelo Conselho Federal de Contabilidade. Observem a quantidade de votos em branco nos locais onde há apenas uma chapa. Como foi no seu estado?

Lembrando que, das 27 unidades federativas:
DF e 15 estados com UMA chapa;
9 estados com duas chapas;
2 estados com três chapas.
Das 27 uf, 59% já sabiam quem seria o representante antes mesmo de qualquer eleição ou votinho ou site entrar no ar ou o que seja. Ahn? É isso mesmo. Só 11 estados puderam escolher!

A Claudia Cruz, do Ideias Contábeis, e eu divulgamos claramente (em mídias sociais) a nossa opção de voto em branco, mas muitas pessoas foram contra pois “não estávamos exercendo a nossa cidadania”. Sim Rio Grande de Sul e Rio de Janeiro, se eu fosse daí concordaria com vocês. Os dois estados que apresentaram TRÊS chapas merecem palmas!!! Os outros tantos com duas chapas merecem um tapinha nas costas. E os com chapa única? Pior: os com chapa única em um local onde os eleitores se esforçaram imensamente para descobrir quem era o representante (independente de ser chapa única, gostaria de saber mais sobre ela antes da votação) e não acharam bulhufas? Ainda são eleitores irresponsáveis por votarem em branco?

Minha Constituição Federal diz que o Brasil é um Estado Democrático de Direito. Diz também que “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente [...]”.

Se você só me apresenta uma opção, ainda é democracia? Não. Aí acrescentam a opção de votar em branco... aí sim. Ficou mais razoável...

Não estou dizendo que as chapas únicas mereçam vaias. Longe disso! Talvez, se houvesse concorrência, eu até teria votado naquela que, no fim das contas, ganhou. E eu não tiro a minha culpa na história. Pensando um pouco sobre tudo isso, admito a minha alienação. Só fiquei sabendo que haveria renovação de 1/3 do pleito quando a carta do Conselho chegou informando a senha temporária, por exemplo. Por que eu não soube disso antes? Por que eu nunca me informei sobre como funcionam os Conselhos, como os representantes são eleitos e quem pode e quando deve se cadastrar? Não sei, só sei que nunca o fiz. Por isso reclamo sim de uma chapa única, mas também me repreendo por não ter ao menos tentando incentivar a existência de outras chapas. Eu conheço algumas pessoas que muito se interessariam e em quem eu orgulhosamente votaria e incentivaria a se inscrever (aqui me refiro especialmente ao amigo Dimas Baldini).

Aí chegamos a outro ponto: por que na maioria do Brasil há apenas uma chapa? O Felipe, do blog Contabilidade & Métodos Quantitativos, questionou o pouco interesse Brasil afora.

Por que tantas chapas únicas?

Qual é a sua opinião sobre o assunto?

Na minha, há falta de divulgação e, mais ainda, de cobrança nossa para que as coisas sejam informadas e divulgadas, na do Felipe não vale a pena se aventurar por 1/3 do pleito. Que hipóteses você acrescentaria?

Esperamos que os representantes eleitos, independente de qualquer coisa, façam um bom trabalho. Agradecemos ao Glauber pelo toque a respeito da disponibilização do arquivo com os resultados, parabenizamos à Erlandia Pimentel que apresentou um pique e disposição que nos deve servir de exemplo e agradecemos, ainda, às chapas que nos concederam entrevistas ou conversaram com a gente de maneira mais informal nessas redes sociais por aí...

Links

Emoji é a palavra do ano, segundo o Dicionário Oxford

Ginevra

O retrato desta postagem é de Ginevra de Benci e foi pintado por Leonardo da Vinci entre 1474 e 1478. Este quadro encontra-se em Washington, na National Gallery of Art. A relação da tela com a contabilidade? Ginevra era filha de Giovanni di Amerigo Benci, um “trust” e contador de Cosimo (ou Cosme) de Médici, banqueiro e político do século XV, fundador da dinastia dos Médici, que governou Florença entre 1429 e 1464.

Leia Mais sobre o retrato aqui. Sobre Benci recomendo o capítulo 3, Medici Magnificence, do livro de Jacob Soll, The Reckoning, que é incisivo na descrição do papel de Benci como contador de Médici.

Curso de Contabilidade Básica: Controles Internos

No Capítulo de Caixa do livro de Contabilidade Básica descrevemos algumas medidas que toda empresa deve tomar para evitar problemas nas suas operações. Quando uma empresa não leva em consideração estes cuidados aumenta os riscos de perdas futuras. Mesmo em ambientes altamente informatizados, a falta de observância destas regras pode comprometer até a continuidade.

Recentemente um grande banco mundial teve problemas relacionados à falha nos controles internos. O Deutsche Bank foi fundado em 1870 e possui receitas de mais de 30 bilhões de euros, com quase cem mil funcionários. Em qualquer critério utilizado, o Deutsche estará entre os maiores bancos do mundo. Mesmo com estas características, o Deutsche passou por um típico erro de empresa imatura: num negócio relacionado a um fundo de investimento, um funcionário digitou o valor bruto da operação, em lugar do valor líquido. Um simples erro de digitação fez o Deutsche pagar, em junho de 2015, seis bilhões de dólares numa mesa de câmbio. Geralmente esta operação é feita por um funcionário de nível inferior, mas conferida pelo seu chefe. Isto é uma das formas que a empresa tem para evitar erros: um faz e outro confere. Mas o problema do Deutsche é que o chefe esta de folga e por algum motivo ninguém verificou o que foi realizado.

A sorte do Deutsche é que o banco conseguiu recuperar o dinheiro no dia seguinte. Mas uma falha tão banal levanta dúvidas sobre os controles existentes na empresa. É bem verdade que situações como esta pode ajudar a empresa a corrigir falhas nos seus controles, mas um profissional contábil sabe como é comum “erros de digitação” e tenta construir alternativas para evitar estes problemas.

Leia mais em ARNOLD, Martin; MARTIN, Katie. Erro de digitação leva Deutsche Bank a ter perda temporária de US$6 bi. Valor Econômico, 20 de out de 2015.

19 novembro 2015

Rir é o melhor remédio

Já acabou, banca!?

Já viu o viral "Já Acabou Jéssica?" Caso não, veja aqui (e assista a versão Bad Blod também).

Ontem o João Estevão, a quem agradecemos, publicou a versão do "Pós-Graduação da Depressão" no Facebook e eu ri um bocado. Compartilhemos:


Novas ideias são o que importam nos periódicos

Os rankings de classificação dos periódicos científicos estão baseados no número de citações. Como a classificação por importância é relevante na ciência, já que geralmente selecionamos aquilo que iremos ler baseado nestas classificações: periódicos bem classificados recebem nossa atenção e desprezamos os periódicos com baixa classificação. O crescimento no número de periódicos torna mais relevante ainda estas classificações.

Uma forma de medir a importância de um artigo ou periódico é o número de citações. Mas esta lógica é circular, já que periódicos bem citados recebem os artigos dos melhores cientistas. Packalen e Bhattacharya, em Neophilia Ranking of Scientific Journals, fazem uma crítica a este modelo e propõe avaliar os periódicos baseados num outro critério: a capacidade de abrir novos campos de pesquisa. Os pesquisadores construíram um novo ranking para determinar o periódico de ajudou com “novas ideias” para área médica. No ranking dos autores os periódicos Current Medical Research and Opinion, American Journal of Chinese Medicine e Translational Research foram os destaques, mas nenhum deles estão entre os mais citados.

Ah, entendi...

Como qualquer brasileiro comum achava estranho a propaganda sobre o fim do sinal analógico de televisão. Toda vez que ligava a TV em casa aparecia a informação que era analógica e que num determinado momento do tempo o sinal seria desligado. Qual a razão disto. Ontem, ao ler uma reportagem, entendi o motivo. O texto tratava das pessoas de Rio Verde, que terão o sinal analógico finalizado no dia 29 de novembro como um teste para o que irá ocorrer no resto do país. Eis o texto que esclareceu tudo:

O "apagão" está marcado para o dia 29 deste mês e abre caminho para o uso do espectro pelas operadoras de telefonia celular (Valor Econômico, Daniel Rittner, Desligamento de sinal analógico de TV provoca incerteza em município goiano, 18 nov 2015)
(Cartoon aqui)

Legado amargo

Segundo Braitner Moreira (Dinheiro ainda escoa em nome da Copa, Correio Braziliense, 16/11/2015) doze centros de treinamento que deveria acolher seleções da Copa do Mundo receberam, no total, 14,6 milhões do Ministério do Esporte. Mas o leitor sabe que a Copa já aconteceu. O interessante é que

Dos centros de treinamento que ainda recebem dinheiro do Estado neste ano, apenas dois sediaram algum time durante a Copa de 2014: a Croácia se hospedou no Centro de Treinamento Praia do Forte, em Mata de São João (BA), e a Bósnia ficou no Estádio Municipal Antonio Fernandes, em Guarujá (SP). Os demais entraram na conta da construção de um legado esportivo para o país. (...)

O local onde a Bósnia treinou para o Mundial, por sinal, segue em obras, mesmo um ano depois da eliminação da equipe europeia: é o caso do Estádio Antonio Fernandes, de Guarujá. A entrega está prevista para 31 de dezembro de 2016, com um ano e meio de atraso.