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18 maio 2015

Finanças Pessoais: Recomendação 2

Na semana passada comentamos sobre a recomendação do gerente de banco. Agora vamos rapidamente comentar sobre as pessoas que aparecem nos jornais, televisão, blogs, livros etc apresentando conselhos sobre investimento. Em especial, recomendando investir numa determinada ação ou um tipo de investimento.

O primeiro cuidado que devemos ter é verificar qual a qualificação da pessoa. Isto já tratamos anteriormente qual tratamos das pessoas famosas que apresentam dicas de investimento. O segundo cuidado é descobrir a vinculação da pessoa. Assim, se um jornal consulta um correto de imóveis, ele provavelmente irá falar que imóvel é uma boa opção de investimento; se for um corretor, indicará uma ação ou um fundo de ação; e assim por diante.

Seja o caso do corretor imobiliário. Se o mercado estiver em crise, recomendar a compra de imóvel pode ser interessante já que isto ajudaria o corretor a vender sua carteira. Mas se comprar imóvel num período de crise pode significar adquirir por um preço mais reduzido, a liquidez do investimento é muito menor que num outro período. Assim, a recomendação do corretor trata somente do lado positivo. Além de deixar de considerar que a crise pode ser de longo prazo, prejudicando os investimentos nos próximos anos.

O que ocorre com o corretor imobiliário também funciona para o empregado de um fundo de investimento. Se seu fundo possui um grande número de ações de uma empresa com pouca perspectiva de venda, a recomendação é uma forma de resolver o problema dele. É por este motivo que os especialistas que fornecem conselhos sobre empresas fazem questão de indicar se possuem investimentos aplicados naquela empresa.

O comportamento apresentado aqui é natural de toda relação de compra e venda. Quando você vai a um comércio e pede uma sugestão ao balconista, ele pode estar indicando um produto que ele ganha uma comissão melhor. Se você vai a um restaurante e pede sugestão de prato ao garçom – eu faço isto muito – existe grande chance dele irá indicar um prato caro, já que a gorjeta será proporcional ao valor da conta.

É bem verdade que muitos conselhos também são dados de forma despretensiosa. Mas se você aceita, lembre-se que a decisão foi sua. Procurar saber se o conselheiro tem algum tipo de interesse na sua decisão financeira é uma forma de melhorar a sua decisão.

Aproveitando: esta seção semanal do blog surgiu de uma solicitação de um leitor. Não temos interesse em indicar investimento específicos e não indicamos ativos com outros interesses.

17 maio 2015

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

História da Contabilidade: Escravos

Nos dias de hoje sabemos que recursos humanos podem ser considerados como ativo, já que contribuem com o aumento da riqueza futura das entidades. No passado, no Brasil, o recurso humano foi visto como ativo por uma razão ignóbil: os escravos eram considerados como uma peça na engrenagem de produção, sendo considerado de fato como uma coisa, um ativo. Durante a época da escravidão era comum compra e venda de pessoas.

No império construiu-se a Casa de Correição. Uma pesquisa nos jornais da época mostra uma grande evidenciação deste estabelecimento, podendo ser um interessante objeto de estudos. Em 1834 a instituição divulgou sua conta de receita e despesa das suas obras, no mês de outubro (1). Lista-se as receitas e as despesas e entre estas as “despeza dos Africanos”:
Os valores gastos com os “africanos” eram no sentido de manter os “ativos” em funcionamento. A explicação que vem logo a seguir mostra, claramente, que os escravos eram objetos, sendo comparados aos bois:


(1) Correio Oficial, 21 nov 1834, Ed 120, p. 2.

16 maio 2015

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Fato da Semana: Declaração da SEC (semana 19 de 2015)

Fato da Semana: Desde o início do século, as duas entidades contábeis mais influentes do mundo, o IASB e o FASB, tentam aproximar suas normas contábeis. A adesão de muitos países as normas internacionais do Iasb, incluindo o Brasil e a Comunidade Europeia, levava a crer que os Estados Unidos, que utilizam as normas do Fasb, tentariam chegar a um acordo. Entretanto, a crise financeira, a desconfiança política dos gringos e os problemas das IFRS esfriaram a relação entre as duas entidades. Isto, apesar dos projetos conjuntos.

Mas a entidade que fiscaliza o mercado financeiro mais desenvolvido do mundo, que adota as normas do Fasb, fez uma análise crítica da entidade com sede em Londres. Na verdade, muito crítica. Isto esfriou uma série de projetos conjuntos. Além disto, as diferenças de filosofia, autonomia, cultura etc tornaram-se muito mais evidente.

Nesta semana, o contador chefe da SEC (foto) disse recentemente que provavelmente não recomendaria a adoção das normas internacionais. Não deixa de ser uma surpresa, já que as normas internacionais possuem, nas Big Four, um grande lobby.

Qual a relevância disto? A convergência seria o grande projeto do Iasb. A ausência de grandes mercados, como EUA, Japão, China (até certo ponto) ou Índia, reduz as IFRS à Europa, Canadá e alguns outros poucos países, inclusive o Brasil.

Positivo ou Negativo – Depende de que lado o leitor estiver da convergência. É bom notar que a convergência possui vantagens e desvantagens (apesar de algumas pessoas, no Brasil, esquecerem destas). Neutro.

Desdobramentos – A notícia ainda não é definitiva. Mas os termos induzem a pensar que a SEC não somente não irá adotar as IFRS como forçará o recuo da adoção das empresas estrangeiras que atuam no mercado dos EUA, que atualmente podem usar as IFRS (e geralmente não usam).

15 maio 2015

Petrobras



A empresa Petrobras divulgou os resultados do primeiro trimestre. A divulgação faz parte do esforço da empresa de recuperar a imagem perante o mercado. E, uma vez que ocorreram valores expressivos de amortizações no último exercício, o resultado naturalmente “mostra” uma evolução da empresa. 

A redução nos investimentos é decorrente do momento em que vive o Brasil e a empresa. De igual forma, o endividamento também aumentou em razão destes fatores. Destaca-se o anúncio que a empresa está aumentando o número de pessoas no comitê de auditoria, procurando dar mais voz aos minoritários.

Rir é o melhor remédio

Muito café

Artigos clássicos que foram rejeitados

The authors asked the world's leading economists to describe instances in which journals rejected their articles. More than sixty essays, by a broadly diverse group that includes fifteen Nobel Prize winners, indicate that most have suffered publication rejection, often frequently. Indeed, journals have rejected many papers that later became classics. The authors discuss the prize-winners' experiences, other notable cases, and rejections by John Maynard Keynes when he edited the Economic Journal. Finally, they search in economists' almost universal experience of rejection for patterns and lessons about the publication process.

Gans, Joshua S., and George B. Shepherd. 1994. "How Are the Mighty Fallen: Rejected Classic Articles by Leading Economists." Journal of Economic Perspectives,8(1): 165-179.

Links

Lava-jato e resultados, segundo a imprensa: OAS, Gutierrez e Galvão

Cantor contempla a plateia, observando o impacto da sua música (vídeo)

Popcorn versus uTorrent

Onde o Facebook domina e onde não domina (mapa)

Fox News censura pintura de Picasso  (foto ao lado)

Cenas dos desenhos da Disney recicladas (vídeo)

Roubo do século: ocorreu na Moldávia

As melhores fontes para usar no Currículo (Helvética) e as piores (Comic Sans)

14 maio 2015

Modelo de modelagem científica

We propose a formal model of scienti c modeling, geared to ap-lications of decision theory and game theory. The model highlights the freedom that modelers have in conceptualizing social phenomena using general paradigms in these elds. It may shed some light on the distinctions between (i) refutation of a theory and a paradigm, (ii)notions of rationality, (iii) modes of application of decision models, and (iv) roles of economics as an academic discipline. Moreover, the model suggests that all four distinctions have some common features that are captured by the model.

Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Evidenciação

O Valor divulgou uma notícia sobre o prejuízo da empresa OAS. Quem tiver interesse nos número, basta consultar no endereço da empresa. Deveria ser assim. Mas ao clicar em "Relações com Investidores" surge a seguinte tela:
Ou: Área Restrita. Para acessá-la, preencha seus dados nos campos abaixo. Caso não os possua, faça o cadastro e avaliaremos sua solicitação.

Simpático, não?

Curso de Contabilidade Básica: Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa

Quando uma empresa possui contas a receber, muito provavelmente parte destes valores não será recebida. O motivo principal é o fato de que a outra parte pode não efetuar o pagamento devido. Assim, um pedaço do ativo “conta a receber” não pode ser considerado ativo, já que existe esta possibilidade da não entrada de caixa. Em razão disto, procede-se a estimativa da provisão para crédito de liquidação duvidosa (PCLD).

A estimativa da PCLD trata-se de uma hipótese, baseada na experiência histórica da empresa ou nas chances de cada cliente efetuar o pagamento. Neste caso, a estimativa pode (a) ser exatamente o que ocorreu posteriormente; (b) ser maior do que não foi pago; (c) ser menor. A primeira hipótese é rara de acontecer, já que para isto ou a bola de cristal está calibrada ou a empresa possui poucos clientes. Assim, é muito provável que a PCLD não corresponda ao ocorrido, sendo necessários ajustes, para mais ou menos, ao final de cada exercício.

Vamos considerar o caso da Companhia de Jesus, mais conhecida como Jesuítas. Durante o ano de 2014 os Jesuítas apresentam o seguinte detalhamento das contas a receber:

Os jesuítas tiveram, em 2014, uma receita 12,5 milhões, sendo 1,6 milhão referente à reversão de PCLD. Os Jesuítas não explicam, na sua demonstração, esta reversão. Mas tudo leva a crer que se trata do recebimento pela venda de um imóvel e a expectativa do não recebimento. No exercício anterior a entidade foi conservadora. No final de 2014 a entidade resolveu reduzir esta provisão e isto aumentou sua receita, sem afetar o caixa das operações.

13 maio 2015

Rir é o melhor remédio




Fotografias

Resenha

Na semana passada a Isabel comentou sobre Mad Man. A série é bem feita, com capricho na reconstituição da época e personagens cativantes. Tudo que uma boa série de televisão deveria ser.

Danger 5 é uma produção australiana e é exatamente o oposto de Mad Man. Talvez a grande coincidência das duas seja o fato de serem históricas. Mas Danger 5 se passa na segunda guerra mundial, quando um grupo de espiões recebem missões difíceis de serem realizadas, todas envolvendo combater os nazistas e, se for possível, matar Hitler.


No segundo episódio de Danger 5 a história é a seguinte: dinossauros gigantes nazistas aparecem na Europa (foto). A equipe de Danger 5 recebe a missão de descobrir sua origem, o que inclui combate-los. Isto é feito: os dinossauros foram criados por Mengele na Antártida. A equipe viaja para a selva tropical, onde enfrenta Mengele, amazonas, nazistas, monstros e Hitler. Como o leitor pode perceber, Danger 5 é uma maluquice.

Danger 5 é uma série muito ruim. Os efeitos especiais são realmente toscos, o roteiro é doido, a interpretação é forçada, não existe muita lógica. Talvez por isto ela tenha a nota 8,5 (de dez) no IMBD.