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14 junho 2012

Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos

Hoje eu vou tomar o blog meio que por sequestro para uma postagem bem pessoal. Vamos lá: eu não sou perfeita. Nós não somos. Com orgulho! Então perdoem o meu momentâneo egoísmo para anunciar algo que eu sempre soube, mas muitos duvidaram. Um sentimento de família quanto a uma questão pública. O resultado do julgamento de um dos envolvidos na “CPI das ONGs”.

Vou usar este espaço porque quando há acusações, todos os veículos se alimentam da história: O Jornal de Brasília, o Jornal Nacional, a revista Época... são alguns dos que eu me lembro claramente. Mas será que o resultado das acusações vai ser tão estrondosamente anunciado? Sabemos que não e assim me justifico.

Em uma dinâmica me perguntaram quem eu escolheria ser, que não fosse eu. Qualquer personalidade era válida. Eu escolhi o meu tio: Antônio. Atualmente ele é professor de Engenharia Mecânica na Universidade de Brasília, meu exemplo em muitos, muitos aspectos da vida. Ele não é perfeito (longe disso, lembrem-se que aqui, somos orgulhosamente imperfeitos). Mas é uma pessoa não apenas boa e abençoada – como também especial. Daquelas que encontramos uma ou outra vez em toda uma vida, daquelas que nos marcam e mudam positivamente.

Coisas da vida aconteceram, as quais não entrarão na postagem, mas em momento absurdamente não oportuno (e não é sempre assim?) o professor Antônio, presidente do Conselho Fiscal da Fundação, foi acusado de certas falcatruas relacionadas a Finatec.

Fica a dica: o maior seguidor do caso, fã incondicional do meu tio, foi o professor Marcelo Hermes, autor do blog Ciência Brasil, que não deixou de publicar linha alguma sobre o caso. Ou de repetir as publicações. E as críticas. Várias – e várias vezes. [Portanto, quem quiser saber melhor sobre as acusações, com um toque de sarcasmo, clique aqui.] – Ah! Ele já fez uma arrumação na casa dele. Poxa. Perderam a acidez do rapaz.

Não acho necessário escrever muito porque não pretendo convencer os descrentes. O meu propósito é simplesmente anunciar que todas, todas, TODAS as acusações eram falsas. Haha!!! O Professor Doutor Antônio Manoel Dias Henriques, um dos instituidores da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos, foi inocentado de todas as acusações. Inclusive a de lavagem de dinheiro, que o sentenciava a 12 anos de prisão. Inclusive a que o acusou de utilizar recursos de forma imprópria para cursar o doutorado. Inclusive por irregularidades contábeis. Que mais? Inclusive por isso aí também. Não houve samba na academia, não houve desrespeito por parte do meu tio, não houve viagem de jatinho, muito menos de barquinho.

Todos nós sabemos como a vida acadêmica é complicada no Brasil. O quanto de amor e dedicação é necessário. Temos que dar aulas, orientar, pesquisar – enquanto em países desenvolvidos os pesquisadores são incentivados não apenas com dinheiro, mas também com disponibilidade de tempo, para desenvolver projetos e focar em seus trabalhos. Eu tenho orgulho do meu tio que sempre foi um belo defensor da pesquisa acadêmica, que muito necessita de benfeitores no Brasil. Assim como de todos que vestem a camisa pela educação brasileira, que se envolvem, que abdicam de si para construir algo maior – a ponto de correr o risco de cair nas artimanhas de quem quer ver um circo pegar fogo.

Sinceramente não sei como anda o caso da CPI das ONGs de forma geral. Aguardo notícias de quem mais souber. Confesso estar absurdamente satisfeita por saber que a justiça funcionou e inocentou um dos que nada tem a ver com o que há de corrupção neste país. Espero que o atraso que esse acontecimento causou na concessão de bolsas de pesquisa e de programas de financiamento sejam compensados com o tempo. Espero que eu, você, meus alunos, meus professores, lutem sempre com muita garra e contribuamos positivamente com a educação brasileira.

A foto que ilustra a postagem tem como fonte o blog Ciência Brasil (postagem: os amigos da Finatec).

O lindo é o meu tio. ;) Beleza e charme que correm na família.

Rir é o melhor remédio






Leasing: acordo entre Iasb e Fasb 2

Sobre o acordo para contabilidade de Leasing, anunciado no dia 13 de junho, eis o artigo de Norris para o NY Times:

A contabilidade do leasing é uma daquelas coisas que conduzem alguns analistas até uma parede, e corrigi-lo está há muito tempo na lista de coisas que os criadores de regras contábeis devem fazer. Mas quando eles tentaram, as pessoas ficaram furiosos, e os criadores de regras voltou para a prancheta.

Hoje, o Financial Accounting Standards Board, que estabelece regras americanas [dos Estados Unidos], e do International Accounting Standards Board disseram que tinham chegado a acordo sobre uma nova abordagem. Vamos ver como ela voa.

O problema é que os arrendamentos, para fins práticos, muitas vezes são maneiras de possuir algo sem mostrá-lo como um ativo e sem mostrar os pagamentos exigidos como um passivo. Os balanços de companhias aéreas muitas vezes mostram que eles possuem poucos, ou nenhum, aviões e têm uma dívida relativamente pequena. Todo mundo sabe que é enganosa [a contabilidade].

Colocar a maioria dos arrendamentos no balanço como ativos, com dívidas [passivo] de contrapartida parecia uma coisa óbvia a fazer. A grande controvérsia veio com o tratamento na demonstração do resultado.

Ao invés de apenas tomar os pagamentos da locação de cada mês como a despesa, a proposta original previa que os cálculos que trataram a transação como uma compra e um empréstimo. Quando você pede dinheiro emprestado, você paga mais juros no início do empréstimo, de modo que as despesas seriam maiores. Assinar um contrato de cinco anos para um escritório, em US$ 10.000 por mês, a sua despesa nas regras contábeis seria bem mais de $ 10.000 no primeiro mês e, gradualmente, em declínio, mesmo que esse seja o valor do cheque que você emitiu a cada mês. Houve um monte de gritos em protesto.

A solução dos boards foi propor fatiar a questão em duas partes. Se a locação realmente equivale a propriedade, como acontece com a maioria dos contratos de arrendamento de aviões ou equipamentos pesados, então ele seria tratado como na proposta original. Mas, disse Leslie Seidman, a presidente da FASB, "decidimos que concessões que transmitem uma percentagem relativamente pequena da vida ou do valor do bem arrendado deve ser reconhecido uniformemente ao longo do prazo da locação."

Então locações que não são como propriedade receberia o tratamento em linha reta que as pessoas queriam. Esse arrendamento do escritório teria uma despesa de US $ 10.000 por mês.

E como você sabe o quão grande "uma percentagem relativamente pequena da vida ou o valor do bem arrendado" pode ser? Isso vai ser divulgado mais tarde. A esperança é ter uma proposta elaborada este ano e pronta para implementar em 2013.

Quando eles implementam uma nova regra, muitos balanços corporativos, de repente, incham, acrescentando uma grande quantidade de ativos e um monte de dívidas. As empresas terão de gastar muito tempo para tranquilizar os investidores que eles não são mais arriscados de repente e que a dívida estava sempre lá, mesmo que não tenha sido previamente mostrado no balanço.

Leasing: acordo entre Iasb e Fasb

Comentamos em postagem anterior que Iasb e Fasb estavam chegando a um consenso com respeito a norma para leasing, apesar do lobby contrário. Ontem foi anunciado que as entidades chegaram a um acordo, como parte de um projeto de revisão de algumas grandes normas contábeis dos Estados Unidos e do Iasb. Entretanto, o comunicado divulgado mostra que, apesar de muitas operações de arrendamento não serem registradas no balanço patrimonial, a decisão obtida é preliminar. Um projeto de minuta conjunta será lançado no quarto trimestre deste ano.

A decisão é considerar os arrendamentos no balanço, mas ainda continuar discutindo a classificação como despesa na DRE. Os boards decidiram que alguns contratos serão contabilizados de maneira semelhante a minuta proposta em 2010 e alguns operações usando um despesa linear. Ou seja, adotou-se uma solução intermediária entre as abordagens A e D.

Como tornar um viral

Uma análise de sete mil artigos publicados no New York Times durante três meses tentou descobrir o que torna um texto "viral". O gráfico abaixo resume as conclusões obtidas.


Artigos que induzem a ansiedade possuem 21% a mais de chance de tornar um viral. Artigos que provocam raiva produzem uma chance de 34% a mais. Outras características: conteúdo positivo (+13%), emoção (+18%), praticidade (+30%), tempo no topo da home page (+20%) e surpresa (14%).

Caixa da Nokia

Uma reportagem da Reuters (Nokia queima reservas de caixa e faz crescer preocupação) levanta a suspeita para as dificuldades da empresa Nokia com a geração de caixa. Segundo o texto, a empresa está "consumindo suas reservas de caixa em ritmo insustentável e gerando questões que alguns analistas consideram sérias sobre sua capacidade de sobreviver nos próximos meses". Mais ainda, "os analistas mais pessimistas dizem que a empresa pode estar em risco de quebra, se não conseguir desacelerar sua queima de reservas".

O melhor é verificar as demonstrações contábeis. Usando os dados que obtive aqui, a situação da empresa não é tão grave. Vamos aos fatos (e aos números):

=> no último trimestre (1o. de 2012) a empresa teve um fluxo das operações negativo (preocupante), de 786 milhões de dólares. Neste período, a mudança no caixa foi de 663 milhões, negativo (idem).
=> no último trimestre de 2011 os valores foram contrários a esta tendência: fluxo de caixa das operações positivo de 801 milhões e mudança no caixa de 1,02 bilhão.
=> há um ano, no primeiro trimestre de 2012, a empresa teve um caixa das operações negativo em 246 milhões e uma mudança no caixa de 38,2 milhões. Ou seja, o resultado do primeiro trimestre de 2012 foi pior que no mesmo período de 2011. Isto é preocupante.
=> analisando os valores anuais, em 2011 a empresa gerou 1,48 bilhão nas operações e aumentou o caixa em 2,13 bilhões. Em 2010 os números foram 6,4 bilhões e 2,24 bilhões, na ordem.

É bem verdade que o desempenho atual da empresa é muito pior que em 2007, quando gerou 11,5 bilhões de caixa nas operações, com um lucro de 10,5 bilhões.

Conclusão: até o momento não existe nada que possa indicar que a empresa está consumindo as reservas de caixa num ritmo insustentável ou que esteja em risco de quebra.

Ganhando peso

Se você anda sentindo que o manequim tem aumentado nos últimos tempos, uma explicação está no seu trabalho. Ao menos é o que aponta estudo do CareerBuilder, conduzido pela Harris Interactive com 5.700 trabalhadores, que revelou quais são as profissões que mais geram ganho de peso.

De acordo com o levantamento, quem trabalha como agente de viagens ou procurador/ juiz, por exemplo, tem mais chances de engordar. Veja abaixo as dez profissões que mais aumentam o número de manequim.

Agente de viagens
Procurador/ juiz
Assistente social
Professor
Artista/ designer/ arquiteto
Assistente administrativo
Médico
Serviços de proteção (polícia, bombeiro
Marketing/ relações públicas profissionais
Tecnologia da informação profissional


Fonte: Aqui

Música contra guerra

Fonte: Aqui

13 junho 2012

Rir é o melhor remédio

Abaixo a foto oficial do time da Inglaterra que está jogando a Eurocopa:

Observem e contem: dez jogadores !! A explicação no GIF abaixo:

Fonte: Aqui

Teste 564

Qual destes poetas iniciou a vida como contador?

Aristóteles
Boccaccio
Dante

Resposta do Anterior: Astronauta. Fonte: The Telegraph

Demontração do Iasb

Sobre a possibilidade do Brasil perder o assento nos trustees e no Iasb (já que os mandatos de Malan e Amaro encerram em dezembro de 2012 e junho de 2013), o Brasil é o único país da América Latina que faz doações para o Iasb.

Demonstração do IASB 2

Aqueles que trabalham para o Iasb são bem remunerados. O seu presidente recebe 527 mil libras por ano, o que equivale a R$1,6 milhão. Os membros full-time recebem 435,2 mil libras ou 1,4 milhão de reais por ano ou um pouco mais de 110 mil reais por mês. Quem recebe isto por mês? Aqui a pergunta com a resposta!

Demonstrações do Iasb

Saíram as demonstrações contábeis do Iasb. Em 2011 a entidade recebeu 20,6 milhões de libras de doações, sendo 229 mil libras provenientes do Brasil (ou 1%). Desta doação, 100 mil libras foi proveniente do Comite de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e 25 mil do Banco Central (que não adota as IFRS integralmente. Ironia, não?). Existe uma expectativa que a contribuição brasileira aumente este ano, graças ao CPC e ao BNDES, com mais de 200 mil libras a serem doadas.

Novamente a entidade teve como fonte de doação as empresas internacionais de contabilidade (leia-se "big four": KPMG, Deloitte, E&Y e Price), que contribuíram com 5,8 milhões de libras ou 28% das doações recebidas).

Em termos financeiros, o desempenho do Iasb foi melhor que no ano passado, quando ocorreu um prejuízo e a entidade não gerou caixa com as operações.

Contágio

BMG, Bonsucesso e Paraná Banco serão as instituições financeiras mais afetadas pela intervenção do Banco Central no Cruzeiro do Sul, de acordo com relatório da agência de classificação de risco Moody's. Segundo o documento, a intervenção do BC tem efeito negativo para bancos especializados, porque aumenta a aversão ao risco e prejudica o acesso a financiamento e a confiança do investidor no segmento em que atuam.

"Nós acreditamos que esse evento vai reduzir a disponibilidade (de crédito) e aumentar o custo de financiamento de bancos pequenos e médios, que precisam de confiança institucional e mercados interbancários", indica a Moody's. BMG, Bonsucesso e Paraná Banco, assim como instituições financeiras menores, vão ter mais dificuldade de financiar a originação de empréstimos ou de securitizar seus empréstimos a terceiros.

A intervenção no Cruzeiro do Sul deve ter pouco impacto no mercado financeiro brasileiro, visto que o banco detém somente 0,22% de todos os ativos no sistema bancário nacional (...) (Fonte: aqui)


A última frase contradiz o afirmado anteriormente. Há um risco de contágio e a mera participação do Cruzeiro do Sul no sistema financeiro não é uma medida confiável da influência sobre o mercado.

Malan e Amaro

Em dezembro de 2013 termina o mandato de Pedro Malan como trustees. A presença de Malan é importante para contabilidade brasileira. Como o brasileiro está representando a América do Sul, a possibilidade de condução de uma pessoa de outro país é real.

Seis meses depois termina o mandato de Amaro Gomes no Iasb. Novamente o risco de substituição por alguém de qualquer país da América do Sul.

(Lembrando que a América Latina não possui representante no Comitê de Interpretação)

Contabilidade da Parmalat

A CVM aplicou multa com respeito a administração da Parmalat Alimentos, incluindo o colegiado. Mas eis um aspecto interessante para a contabilidade:

Além disso, a CVM julgou Andrea Ventura responsável por não observar os princípios de contabilidade, nem o pronunciamento do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil sobre transações entre partes relacionadas.

Assim, Andrea Ventura, que era diretor responsável pela elaboração das demonstrações financeiras da Parmalat Alimentos, terá que pagar uma outra multa de R$ 200 mil.

Ventura e a Parmalat Participações foram absolvidos da responsabilidade de terem elaborado demonstrações financeiras "maquiadas".

Segundo a CVM, os acusados podem apresentam recurso, com efeito suspensivo, ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

Custo

O diretor-presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), José Márcio Monsão Mollo, criticou nesta quarta-feira a forma como a Petrobras estabelece o preço do Querosene de Aviação (QAV) no Brasil, que, segundo ele, é o mais caro do mundo.


"Apesar de 80% do querosene de aviação ser produzido pela própria Petrobras, localmente, o preço é estabelecido como se ele fosse 100% importado, incluindo custo de frete e de nacionalização", disse Mollo durante seminário sobre transporte aéreo realizado nesta quarta-feira pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). "Isso é uma caixa preta que a Petrobras não abre de forma alguma". Ainda de acordo com o executivo do SNEA, os 20% restantes são importados da região do Caribe e abastecem as regiões Norte e Nordeste do Brasil.


As despesas com combustíveis representam mais de 30% dos custos totais das companhias aéreas. Segundo Mollo, ao longo de 2011, o preço do QAV no Brasil subiu 33,55% e, neste ano, até maio, a alta acumulada é de 9,19%. A Petrobras reajusta mensalmente o preço do querosene de aviação.

Aéreas criticam cálculo da Petrobras para querosene - Por Silvana Mautone

A questão diz respeito muito mais a ausência de concorrentes do que planilha de custos.

12 junho 2012

Rir é o melhor remédio



E que tenhamos um dia cheio de amor...

Normas Internacionais

Precisamos ser mais críticos. Não aceitar passivamente o que dizem sobre os benefícios de certas decisões, sem analisar criticamente o assunto.

Um artigo publicado no Financial Times compara a adoção das normas internacionais de contabilidade (IFRS) com a adoção do Euro como moeda única para Europa. A questão da uniformidade é que os efeitos de sua aplicação não são uniformes:

(...) Incapacidade de reconhecer e gerenciar os riscos associados com a uniformidade tem impulsionado a União Monetária Europeia para um crítico precipício. Riscos semelhantes aplicam-se nos esforços do International Accounting Standards Board (IASB) , a profissão contábil e alguns reguladores internacionais em adotar as IFRS em termos globais.

O IASB e o FASB se comprometeram desde 2002 chegar a um acordo sobre normas de contabilidade comuns. Apesar de seus esforços, IFRS não foram aprovados pela Securities and Exchange Commission para a adoção dos EUA. A SEC não pode arriscar a reação política de ceder o controle de sua contabilidade para um organismo estrangeiro. Podemos aprender com o fracasso do euro e avaliar não só se a visão de um conjunto de normas contábeis globais é viável, mas também se é desejável.

As normas de contabilidade interagem com a legislação, os códigos comerciais e as normas sociais em diferentes países, em muitos aspectos. O IASB tem empurrado a sua agenda à frente sem tomar responsabilidade por consequências recorrentes inesperadas. O desastre de alguns bancos, esgotando seu capital mediante o pagamento de bônus e dividendos com lucros falsos, gerados no âmbito do IFRS (...) é um bom exemplo. (...)

A complexidade e a interatividade dos sistemas sociais e os mercados tornam praticamente impossível para um grupo de especialistas obter uma solução da contabilidade "melhor" que servirá economias divergentes. Mesmo se fosse possível, ela só pode ser desenvolvida através de evolução bottom-up da contabilidade e não através de imposição de cima para baixo de um único método selecionado por uma comissão de especialista com responsabilidade limitada.(...)

Embora os grandes jogadores obter economias de escala de aplicação de IFRS em suas atividades internacionais, acionistas e outras partes interessadas, particularmente no setor bancário, não foram bem servido pelos resultados de normas IFRS.

Por isso, apelamos a SEC para não prosseguir com as IFRS nos EUA. (...)

Sugerimos que o G20 abandone o seu apoio aos padrões de contabilidade globais. (...)


Global Accounting Rules – An Unfeasible Aim - Stella Fearnley & Shyam Sunder via aqui. Sunder é autor de Theory of Accounting and Control, onde afirma: "padronização afeta inovação" (página 165). Uma leitura fundamental para analisar as vantagens e desvantagens da padronização.

Cingapura

Cingapura é um país com uma área de 710 km2. Isto corresponde a metade da área da cidade de São Paulo. Com uma população de 5 milhões de habitantes e um PIB de 239 bilhões de dólares, a renda per capita é de US$51 mil. São Paulo possui mais do dobro de pessoas e um PIB de 390 milhões de reais (ou 200 bilhões de dólares).

Um dos problemas de Cingapura é a falta de espaço. Para resolver os problemas devido a elevada densidade populacional, a cidade restringe o número de automóveis, para reduzir a poluição e o congestionamento. Os compradores de automóveis devem pagar, além do preço do veículo, uma taxa que permite usá-lo. O custo desta "autorização" é elevadíssimo (67 mil dólares), o que faz com que Cingapura tenha um dos mais elevados preços de automóveis do mundo. O resultado é que apenas um de cada dez habitantes possuem automóvel, apesar da elevada renda per capita.

Por este motivo, a maioria das pessoas andam ou usam bicicletas, ônibus e outros transportes. Mas o aumento recente da riqueza da população elevou o preço da licença em 10 vezes nos últimos três anos. Diante disto, o governo decidiu adiar os planos de reduzir o número de licenças.