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06 março 2012

Rir é o melhor remédio

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Retorno Sobre o Investimento - ROI

Definição – relaciona o lucro operacional com o investimento da empresa. O retorno sobre o investimento, também denominado de ROI, mostra a taxa de retorno obtida pela empresa para seus financiadores, seja capital próprio ou capital de terceiros.

Quanto maior o ROI maior o retorno obtido.


Fórmula – Retorno sobre o Investimento = (Lucro Operacional/Investimento) x 100

Sendo
Lucro Operacional = lucro obtido pela empresa antes de remunerar seus financiadores. Existem algumas controvérsias sobre o que se deve considerar ou não no lucro operacional. Basicamente todo resultado decorrente do investimento realizado na empresa deve entrar no lucro operacional. Isto inclui as receitas financeiras e o resultado de investimentos em outras empresas, mas não as despesas financeiras, que devem ser excluídas.

Investimento = também denominado de ativo líquido. Diz respeito ao valor do ativo menos os passivos não onerosos (passivos de funcionamento), que inclui fornecedores, salários e encargos, impostos a pagar.

Os dados são obtidos no balanço patrimonial e na demonstração de resultado de cada empresa. Para algumas situações, as notas explicativas também são importantes, quando a empresa não divulga, de maneira segregada, as despesas das receitas financeiras.

Por dividir uma informação de um período (lucro operacional) por uma informação de uma data (investimento), o retorno sobre investimento refere-se a um período de tempo, como um ano específico ou um trimestre.

Unidade de Medida – Ao dividir um valor monetário por outro valor monetário, o resultado não possui uma medida específica. Entretanto, ao multiplicarmos por cem estamos considerando esta medida em percentual. Assim, pode-se comparar o retorno do investimento de uma empresa com outros retornos, com um título sem risco. Mas é importante lembrar que ao usar o lucro operacional de um trimestre, por exemplo, o retorno obtido será o retorno do trimestre.

Intervalo da medida – Como o lucro operacional pode variar entre um número negativo e um número positivo, o intervalo esperado da medida varia entre menos 100% até infinito. Usualmente o resultado deve ser positivo.

Como calcular – A figura a seguir mostra o balanço de 31 de dezembro de 2011 da B2W, em milhões de reais.


A seguir, a demonstração de resultado no quarto trimestre de 2011, também em milhões de reais:

Para calcular o lucro operacional temos que separar tudo que é proveniente do ativo líquido (investimento) daquilo que é decorrente dos financiadores (terceiros e próprio). Partindo do Resultado Operacional antes do Resultado Financeiro temos que adicionar as receitas financeiras, a equivalência patrimonial e outras despesas operacionais:

Lucro Operacional = Resultado Operacional Antes do Resultado Financeiro + Receitas Financeiras + Equivalência Patrimonial + Outras receitas (despesas) não operacionais

O investimento é obtido retirando do ativo os passivos não onerosos. No caso da empresa

Investimento = Ativo – Fornecedores – Salários, provisões e Contribuições Sociais


O cálculo do ROI é obtido através da relação dos dois valores encontrados:

ROI = (72,8 / 2.802,8) x 100 = 2,6% ao trimestre

Isto corresponde a um retorno anual de 10,8%. É possível comparar este rendimento com outras empresas e até mesmo, com as devidas ressalvas, com outros investimentos.

Grau de utilidade – Elevado. Esta é uma das medidas de desempenho mais relevantes de uma empresa. É importante para comparar empresas de setores diferentes.

Controvérsia de Medida – A forma como se calcula o ROI pode variar conforme o analista, tanto pelo denominador quanto pelo numerador.

Cuidados Adicionais

a) Pelo menos na teoria pode ocorrer uma situação esdrúxula onde o ativo líquido seria negativo. Nestes casos é preferível não usar o ROI.

b) A medida do lucro operacional varia na literatura. No passado a legislação brasileira considerava as despesas financeiras como parte do lucro operacional, o que não faz nenhum sentido lógico. Alguns optam por não considerar as receitas e despesas não operacionais. Como a classificação deste item é questionável e tende a cair em desuso, é aconselhável que os valores sejam considerados no lucro operacional. Da mesma forma, em países mais desenvolvidos, é comum retirar do ativo todo passivo circulante. Assim, o investimento corresponderia ao ativo menos o passivo circulante. Em razão do grande volume de empréstimo e financiamento de curto prazo ainda presente na estrutura das empresas brasileiras, aconselha a considerar somente o passivo não oneroso.

c) O Retorno sobre o investimento também é conhecido como índice Du Pont. Historicamente este índice era usado na Du Pont para fazer análise de desempenho das empresas do grupo, que era bastante diversificado.

d) Uma forma de enriquecer a análise do ROI é usar a expressão de cálculo mais expandida:

ROI = Lucro Operacional / Investimento Líquido
ROI = (Lucro Operacional / Investimento Líquido) x (Vendas/Vendas)
ROI = (Lucro Operacional / Vendas) x (Vendas/Investimento Líquido)
ROI = Margem Operacional x Giro do Ativo

Veja também:

Entrevista com Jeffrey Sachs



Jeffrey Sachs, um dos economistas mais importantes e influentes do mundo, concedeu entrevista ao Valor Econômico, onde trata de desenvolvimento sustentável e da Rio+20. Eis alguns pontos interessantes:

Valor: O senhor disse em discurso nas Nações Unidas que a Rio+20 deveria ser honesta e admitir as mais de duas décadas de fracasso global na área ambiental. O que quis dizer?

Jeffrey Sachs: A conferência do Rio em 1992 foi uma grande conquista da legislação ambiental internacional. Três grandes tratados ambientais saíram de lá: a Convenção do Clima, a da Biodiversidade e a do Combate à Desertificação. Quando olhamos para tudo isso 20 anos depois, temos três fundamentos da lei internacional, mas sem muito resultado. A mudança climática piorou dramaticamente e não temos um arcabouço no qual trabalhar. Registramos perdas gigantes em biodiversidade e enfrentamos secas cada vez mais fortes nas regiões áridas. Acho que é justo dizer que nos últimos 20 anos houve muito debate sobre legislação e acordos, mas não muito progresso em ações concretas. Penso que teríamos de sair da Rio+20 com caminhos práticos. Em outras palavras: esses problemas não devem ser deixados mais ao crivo de advogados. É preciso encontrar abordagens de desenvolvimento sustentável que façam sentido, que sejam mensuráveis e possíveis de replicar. É disso que se trata.

Valor: Mudando de assunto: o Brasil descobriu um volume imenso de petróleo no mar. Poderia trilhar o caminho errado, do passado?

Sachs: Há dois pontos bem diferentes quando se pensa sobre o que fazer com o petróleo no mar. O primeiro é como explorar esse petróleo de maneira segura. Os EUA viveram um enorme desastre nesse campo em 2010 e frequentemente essas empresas são desonestas, míopes, corrompem os legisladores. Os EUA têm um sistema regulatório todo corrompido por empresas que cortaram custos onde não deviam, comportaram-se mal e terminamos com um grande desastre. Mesmo em um país como o Japão, vimos como o sistema que controlava uma usina nuclear era horrivelmente mal gerenciado. Então, a primeira coisa que eu diria é que o Brasil deveria ter um sistema de gerenciamento ambiental muito sério, capacitado e técnico. O segundo ponto é sobre o que vamos fazer com o petróleo nesse mundo. Claro, continuaremos usando petróleo por algumas décadas ainda e evidentemente o Brasil vai explorar seu petróleo. Mas é preciso colocar a questão do combustível fóssil dentro de uma moldura climática séria.

Valor: Estamos vivendo o fim do capitalismo?

Sachs: Penso que precisamos modernizar o capitalismo. Veja as economias que, na minha opinião, têm o melhor desempenho: Noruega, Suécia, Dinamarca, Holanda e Alemanha.

Valor: Por que o senhor escolhe essas?

Sachs: Porque equilibram mercado com políticas sociais e ambientais. Fazem isso de maneiras diferentes e não são perfeitas, mas são países altamente produtivos, orientados pelo mercado, com baixa desigualdade, taxas bem baixas de pobreza, igualdade entre homens e mulheres. São generosos nas licenças-maternidade e paternidade e nas férias porque acreditam em uma vida equilibrada. São economias baseadas em mercados dentro de regimes capitalistas, mas não são a face implacável do capitalismo. Os governos dos países escandinavos têm níveis de corrupção muito baixos porque não deixam os negócios ditarem a política, deixam os governos regulamentarem os negócios. Acho que são bons modelos. Não são perfeitos, mas mostram que podemos ter uma economia de mercado e ao mesmo tempo uma sociedade muito humana. Os EUA são um modelo muito pobre neste momento. É corrupto, altamente desigual, ambientalmente negligente e tem preços excessivos no sistema de saúde porque deixaram o setor privado dominar a nossa política. É um exemplo de mercado que foi longe demais. Os modelos escandinavos são de sociedades equilibradas, éticas e moderadas. Espero que esses países continuem muito prósperos. Neste momento eles estão muito bem, dão ótimas condições de vida às pessoas, mostram como evitar a corrupção e provam, no meu ponto de vista, que é possível ter um capitalismo não imprudente. Eles usam a bandeira da social-democracia. Isso, na minha cabeça, são boas descrições.

Guerra dos Tronos

Eu tenho alguns vícios. Um deles é... Assistir séries. Anteriormente já foram postados tópicos sobre Numb3rs e Lie To Me. Atualmente falei sobre Os Simpsons e New Girl. Ainda não existe esquema de 10 passos para a cura, então ótimo. Vou continuar postando algumas coisas aqui, vez ou outra.

O lema dos seriadores anônimos (ou não tão anônimos) é: trocamos 40 minutos de sono por um episódio de série. (Tão bom encontrar gente como a gente!).

Pois bem. Estamos (Erika Chad, Frederico Batista, eu e vários outros nerds super estilosos e fofos) lendo os 5 livros que já saíram de as “Crônicas de Gelo e Fogo”, do escritor George R. R. Martin. O primeiro livro, “Guerra dos Tronos” se tornou uma série famosíssima.
Posteriormente, cada livro será uma temporada (mas sabe-se lá porque a série ganhou o título do primeiro livro apenas).
A abertura original é genial. Muito bem feita! Vejam só:


Mas hoje? Vim mesmo mostrar a homenagem de Os Simpsons. Há! Perdoem-me! O meu lado nerd-empolgado me impede de ignorar essa riqueza que a Erika Chad (agradeço MUITO) enviou:


E você? Já assistiu a série? Leu os livros?

05 março 2012

Rir é o melhor remédio

Privacidade, Google e Facebook

Liquidez Corrente

Definição – compara os ativos de curto prazo com as dívidas (passivo) de curto prazo de uma empresa. A liquidez corrente mostra se no curto prazo, geralmente um ano, os ativos são suficientes para cobrir as obrigações de curto prazo.

Quando a liquidez corrente é maior que a unidade isto significa dizer que o capital de giro líquido é positivo.

Fórmula – Liquidez Corrente = Ativo Circulante/Passivo Circulante

Sendo
Ativo Circulante = também denominado de ativo corrente. Engloba o caixa e equivalentes, aplicações de curto prazo (títulos e valores mobiliários), contas a receber, estoques, adiantamentos a terceiros, despesas antecipadas, entre outros.
Passivo Circulante = corresponde ao passivo de curto prazo, denominado também de passivo corrente. Compreende fornecedores, financiamentos e empréstimos de curto prazo, impostos a pagar de curto prazo, dividendos propostos, salários e encargos a pagar, entre outras.

Os dados podem ser obtidos no balanço patrimonial de cada empresa. Por dividir duas informações de uma mesma data, a liquidez corrente diz respeito a uma data específica. Assim, falamos em liquidez corrente de 31 de dezembro de um determinado ano.

Unidade de Medida – Por dividir um valor monetário por outro valor monetário, a liquidez corrente não possui uma unidade de medida.

Intervalo da medida – Como os valores de ativo e passivo circulante são positivos, a liquidez corrente varia entre zero a infinito. Isto faz com que a distribuição do índice num determinado setor assuma uma distribuição assimétrica à esquerda. A maioria das empresas possuem uma liquidez entre 0,5 a 3,5.

Como calcular – A figura abaixo mostra o balanço de 31 de setembro de 2011 da Drogasil em R$Mil

O cálculo da liquidez é realizado dividindo o Ativo Circulante pelo Passivo Circulante:

Liquidez Corrente = 751.699/316.231 = 2,38 (aproximadamente)

Isto significa dizer que os ativos de curto prazo da empresa são 2,38 maiores que as obrigações de curto prazo. Isto significa que a empresa possui ativos suficientes para quitar as obrigações de curto prazo.

Grau de utilidade – Elevado. A liquidez corrente é um dos índices mais usados e citados na literatura. Além disto, faz parte dos modelos de concessão de crédito de instituições financeiras.

Cuidados Adicionais
a) É aconselhável fazer reclassificações no balanço, o que pode afetar no resultado final da liquidez da empresa. Assim, as contas a receber que são negociadas numa operação de factoring devem ser retiradas do ativo e transferidas para o passivo. Isto tende a reduzir a liquidez para os casos onde o ativo circulante é superior ao passivo circulante. Outra situação é o caso de conta corrente com saldo negativo. É usual classificar este valor como passivo.
b) Para alguns analistas a liquidez corrente é muito ampla e considera alguns ativos de baixa liquidez. Assim, retiram-se os ativos de menor liquidez, como estoques e despesas antecipadas. Este índice é conhecido como liquidez seca. Situações práticas mostram que relação entre a liquidez seca e a liquidez corrente é muito próxima, o que reduz a importância deste cálculo.
c) Não existe um padrão aconselhável para liquidez. Em setores de comércio varejista seria interessante uma liquidez menor que em setores com sazonalidade, por exemplo. No comércio, baixa liquidez pode significar maior nível de eficiência nas atividades operacionais. Já as empresas de maior porte podem operar com menor liquidez corrente que empresas de pequeno porte. Empresas que dominam a cadeia de suprimento também podem operar com menor liquidez.
d) Como a liquidez corrente faz parte de modelos de concessão de crédito de instituições financeiras, e alguns destes modelos consideram que liquidez maior representa menor risco. É possível que as empresas sejam incentivadas a melhorar seu desempenho de liquidez. Isto pode ser feito usando o caixa para pagar dívidas de curto prazo. Em geral, este procedimento, aumenta a liquidez quando o índice é menor que a unidade.
e) Alguns ativos e passivos que são usados na liquidez podem não expressar um recebimento ou pagamento até o final do próximo exercício social. É o caso de certos financiamentos que estão classificados no curto prazo por cláusulas existentes no contrato.
f) A liquidez corrente é influenciada pelo ciclo operacional da empresa. Quando existe sazonalidade isto pode alterar o resultado do índice.

Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram:

Entrevista com Eugene Fama


Eugene Fama é um economista norte-americano considerado o "pai das finanças modernas" e reconhecido por suas contribuições teóricas e empíricas para a Hipótese dos Mercados Eficientes (HME). Separadamente , Paul Samuelson e Fama propuseram os fundamentos da teoria que, posteriormente, ficou conhecida como HME. Em 1965, Samuelson afirmou que não existem estratégias capazes de gerar ganhos anormais no mercado, enquanto Fama propôs que os preços incorporam toda a informação relevante. Ou seja, as ideias se complementam, pois se os preços refletem toda a informação disponível, os agentes econõmicos não conseguirão obter ganhos anormais.

Destarte surgiu o paradoxo dos Mercados Eficientes , expressão cunhada por Peter Bernstein, que afirma que se todos os agentes considerassem que o mercado é eficiente, não existiria sentido buscar ganhos anormais, ou seja, não seria possível "bater o mercado". Ora, se isso fosse verossímel, eles iriam se posicionar de forma passiva diante do mercado.E, por consequência, o mesmo deixaria de ser eficiente e, por exemplo, não existiria sentindo em estudar análise de balanço. Em suma, a HME necessita de indíviduos céticos e desconfiados quanto à suas proposições ,e talvez por isso, torne-a interessante e instigante, ao menos para os acadêmicos, que se "divertem" realizando uma série de testes. É uma proposição assaz venerável que, em breve, talvez, proporcione o Nobel de Economia para E. Fama.

Em 1991, Fama afirmou que a HME considera que os preços do mercado refletem toda a informação disponível, até o ponto em que, os custos marginais de aquisição da informação não superem os benefícios marginais.
Toda teoria é uma supersimplificação da realidade ,e como tal, não é perfeita, mas não deve ser descartada. Aliás,a hipótese por si só não é testável,pois deve ser empiricamente testada em conjunto com algum modelo de precificação de ativo ou modelo de equilíbrio. Entretanto, o inverso também é verdadeiro. Ou seja, grande parte dos modelos de risco-retorno não pode ser testado sem considerar a eficiência do mercado. Tudo o que foi dito neste parágrafo é conhecido como joint hypothesis problem.

Apesar de ser falha, controversa e com inúmeras limitações, a HME ainda é útil para o entendimento do mercado de capitas, o retorno dos ativos financeiros e a dinâmica dos preços. Vários estudos em economia e finanças tratam dessa hipótese, então para maiores detalhes técnicos e material bibliográfico consulte o seguinte site: Efficient Markets Hypothesis.

Na entrevista, Fama comenta sobre a Hipótese dos Mercados Eficientes, a evolução das finanças, as possíveis causas da crise financeira de 2008 , o artigo My Life in Finance e alguns temas sobre macroeconomia. Destaquei alguns pontos, mas recomendo a leitura e/ou audição da entrevista na íntegra.

Inicialmente, Fama explica o que é um mercado de capitais eficiente e de forma clara e objetiva trata das três formas de testes que utilizou para testar a HME: fraca, semi-forte e forte.É interessante observar que ele se "arrependeu" de ter utilizado essa nomenclatura (taxonomia), pois estava apenas tentando categorizar os testes que realizava nos anos 70. Não obstante, essa taxonomia tornou-se clássica e ainda é citada em muitas pesquisas.

Russ: And so when we say markets are efficient, what do you mean by that?

Guest: What you mean is that prices at any point in time reflect all available information.

Russ: Now that idea--what's the distinction between the weak form and the strong form that people talk about?

Guest: Two words that I used in 1970 that I came to regret. Because I was trying to categorize various tests that were done. So, I called weak form tests, tests that only used past prices and returns to predict future prices and returns. And I called semi-strong form tests, tests that used other kinds of public information to predict returns, like an earnings announcement or something like that. And then I called strong form tests, tests that look at all available information;

Russ: And empirically, where do we stand today, do you believe and what has been established about those various hypotheses?

Guest: Well, believe it or not, the weak form one has been the one that has been subject to the most, what people call anomalies, in finance. Things that are inconsistent with either market efficiency or some model of risk and return. The big one at the moment is what people call momentum--prices seem to move in the same direction for short periods of time. So, the winners of last year tend to be winners for a few more months, and the losers tend to be losers for a few more months.

In the strong form tests, Ken French and I just published a paper called "Luck Versus Skill in Mutual Fund Performance," and basically looked at performance of the whole mutual fund industry--in the aggregate, together, and fund by fund, and try to distinguish to what extent returns are due to luck versus skill.

And the evidence basically says the tests it's skill in the extreme. But you've got skill in both extremes. That's something people have trouble accepting. But it comes down to a simple proposition, which is that active management in trying to pick stocks has to be a zero sum game, because the winners have to win at the expense of losers. And that's kind of a difficult concept. But it shows up when you look at the cross section of mutual fund returns, in other words the returns for all funds over very long periods of time. What you find is, if you give them back all their costs, there are people in the left tail that look too extreme and there are people in the right tail that look too extreme, and the right tail and left tail basically offset each other. If you look at the industry as a whole; the industry basically holds a market portfolio. That's all before costs. If you look at returns to investors then there is no evidence that anybody surely has information sufficient to cover their costs.

Em seguida, comenta sobre a posição dos investidores acerca da eficiência do mercado. É de fato o trecho mais interessante.

Russ: A friend of mine who is a hedge fund manager--before I made this call I asked him what he would ask you, and he said, well, his assessment is that efficient markets explain some tiny proportion of volatility of stock prices but there's still plenty of opportunity for a person to make money before markets adjust. And of course in doing so, make that adjustment actually happen and bring markets to equilibrium. Somebody has to provide the information or act on the information that is at least public and maybe only semi-public. What's your reaction to that comment?

Guest: That's the standard comment from an active manager. It's not true. Merton Miller always liked to emphasize that you could have full adjustment to information without trading. If all the information were available at very low cost, prices could adjust without any trading taking place. Just bid-ask prices. So, it's not true that somebody has to do it. But the issue is--this goes back to a famous paper by Grossman and Stiglitz--the issue really is what is the cost of the information? And I have a very simple model in mind. In my mind, information is available, available at very low cost, then the cost function gets very steep. Basically goes off to infinity very quickly.

Russ: And therefore?

Guest: And therefore prices are very efficient because the information that's available is costless.

Russ: But what's the implication of that steep incline? That information is not very--

Guest: It doesn't pay to try to take advantage of additional information.

Russ: It's not very valuable.

Guest: No, it's very valuable. If you were able to perfectly predict the future, of course that would be very valuable. But you can't. It becomes infinitely costly to do that.

Russ: So, your assessment, that you just gave me of the state of our knowledge of this area, I would say remains what it's been for some time--that at the individual certainly there is no return to--prices reflect all publicly available information for practical purposes for an individual investor.

Guest: For an individual investor? Even for an institutional investor.

Russ: Correct. So, what proportion of the economics and finance areas do you think agree with that?

Guest: Finance has developed quite a lot in the last 50 years that I've been in it. I would say the people who do asset pricing--portfolio theory, risk and return--those people think markets are pretty efficient. If you go to people in other areas who are not so familiar with the evidence in asset pricing, well, then there is more skepticism. I attribute that to the fact that finance, like other areas of economics, have become more specialized. And people just can't know all the stuff that's available.

Russ: Sure.

Guest: There's an incredible demand for market inefficiency. The whole investment management business is based on the idea that the market is not efficient. I say to my students when they take my course: If you really believe what I say and go out and recruit and tell people you think markets are efficient, you'll never get a job.

Russ: Yes, it's true. And so there's a certain bias, you are saying, to how people assess the evidence.

Guest: There's a bias. The bias is based, among professional money managers, the bias comes from the fact that they make more money from portraying themselves as active managers.

Posteriormente, faz uma excelente crítica sobre as causas da crise financeira de 2008 e o fetiche contemporâneo por bolhas de ativos:

I was going to ask you about the current crisis.

Guest: I have some unusual views on that, too.

Russ: I'd say that the mainstream view--and I recently saw a survey that said--it was an esteemed panel of economists; you weren't on it but it was still esteemed, both in finance and out of finance. And they asked them whether prices reflected information and there was near unanimity. Some strongly agreed; some just agreed. But there was also near unanimity that the housing market had been a bubble.

Guest: The nasty b-word.

Russ: Yes; and was showing some form of what we might call irrationality.

Guest: Okay, so they had strong feelings about that, getting mad about the word bubble.

Russ: Why?

Guest: Because I think people see bubbles with 20-20 hindsight. The term has lost its meaning. It used to mean something that had a more or less predictable ending. Now people use it to mean a big swing in prices, that after the fact is wrong. But all prices changes after the fact are wrong. Because new information comes out that makes what people thought two minutes ago wrong two minutes later. Housing bubble--if you think there was a housing bubble, there might have been; if you had predicted it, that would be fine; but the reality is, all markets did the same thing at the same time. So you have to really face that fact that if you think it was a housing bubble, it was a stock price bubble, it was a corporate bond bubble, it was a commodities bubble. Are economists really willing to live with a world where there are bubbles in everything at the same time?

Russ: And your explanation then of that phenomenon?

Guest: My explanation is you had a big recession. I think you can explain almost everything just by saying you had a big recession. A really big recession.

...Guest: Okay, but it wasn't just housing. That was my point when we started. The same thing was going on in all asset markets.

Russ: Well, the timing isn't quite identical for all asset markets, right? The stock market--the housing market starts to collapse I think around early-mid-2006. Guest: It stops rising, right.

Russ: And then begins a steady decline.

Guest: That decline was nothing compared to the stock market decline.

Russ: But when did that happen? Guest: I don't know the exact timing. Russ: It's not around then. It's later.

Guest: The onset of the recession started with the collapse of the stock market. The recession and the collapse of the stock market, the corporate bond market, all of that basically coincides. But that also coincides with the collapse of the securitized bond market.

Russ: Mortgage-backed securities.

Guest: The subprime mortgages and all of that. Russ: Well, yes; that happens through 2007, 2008. I guess there is some parallel. So, you are going to reverse the causation.

Guest: I'm not saying I know. What I'm saying is I can tell the whole story just based on the recession. And I don't think you can come up with evidence that contradicts that. But I'm not saying I know I'm right. I don't know. I'm just saying people read the evidence through a narrow lens.

Russ: Yes, they do. Confirmation bias.

Guest: And the rhetoric acquires a life of its own; so there are books written that basically all say the same thing about the crisis.

Russ: And you are arguing that they have essentially cherry-picked the data.

Guest: Well, they just look at pieces of the data and the fact that the housing market collapsed is taken to be the cause; but the housing market could collapse for other reasons. People don't just decide that prices aren't high any more. They have to look at supply and demand somewhere in the background.

Russ: We did have people holding second and third homes who didn't have the income and capability of repaying the first one.

Guest: Sure. Standards were relaxed. But then you have to look on the supply side, the lending side. The people who were lending to these people had the information.

Em determinado momento , o economista é questionado sobre as finanças comportamentais. É oportuno lembrar que esta faz parte das finanças "tradicionais" , pois fornece subsídios para sua melhor compreensão. Em outras palavras, é uma teoria complementar e não substituta do que já existia antes. Veja a crítica de Fama:

Russ: But let's go back to finance. There's been a big trend in recent years towards what's called behavioral finance. What's your assessment of that?

Guest: I think the behavioral people are very good at describing microeconomic behavior--the behavior of individuals--that doesn't seem quite rational. I think they are very good at that. The jump from there to markets is much more shaky.

Russ: Explain.

Guest: There are two types of behavioral economists. There are guys like my friend and colleague Richard Thaler, who are solidly based in psychology, reasoned economics but he's become a psychologist, basically, and he is coming from the research in psychology. Now there are other finance people who are basically what I call anomaly chasers. What they are doing is scouring the data for things that look like market inefficiency, and they classify that as behavioral finance.

Russ: They don't tell you about the times they can't find the anomaly.

Guest: Exactly. In all economics research, there is a multiple comparisons problem that never gets stated.

Russ: A multiple what?

Guest: The fact that the data have been used by so many other people and the people using it now use it in so many different ways that they don't report, that you have no real statistical basis to evaluate and come to a conclusion.

Guest: Right. I've had people say to me that the people who do this anomaly stuff, when they come and give a paper and I'll say, when you do this, that, or the other thing, and they'll say Yes. And I'll say, why don't you report it? And they'll say it wasn't interesting.

Em seguida, Fama diz o que pessoas inteligentes deveriam conhecer sobre finanças e comenta sobre a importância do paper e da equação de Black- Scholes para as ciências econômicas. Num recente artigo publicado no jornal The Guardian, Ian Stewart discute a equação e suas possíveis consequências nefastas para a economia mundial. É uma análise interessante e muito questionável, que está presente em seu novo livro:17 Equations That Changed the World .

Guest: I'm obviously going to be biased. I think all of our stuff on efficient markets would qualify. I think there is a lot of stuff in the corporate area, corporate governance and all of that, a huge field--that has penetrated to the practical level. The Black-Scholes option pricing paper in view is the most important economics paper of the century.

Russ: Why?

Guest: Because every academic, every economist whether he went into finance or not, read that paper. And it created an industry. In the applied financial domain. What else can claim that? So, I think we've learned a lot about risk and return. Some of it is intuitive. But there is a lot of stuff on which stocks are more or less risky. A lot of stuff on international markets.

Por fim, fala sobre suas perspectivas futuras para as pesquisas em finanças , dá um recado aos cientistas, fala um pouso sobre sua tese de doutorado e comenta sobre o artigo, autobiografia e bibliografia: My Life in Finance.

Guest: Oh, absolutely. What I say to my students is: I'm showing you the stuff that people have done in the last 30 years, but in 20 years, it may all be irrelevant; so the best I can do is to train you about how to think about these things, so you can absorb stuff that comes along in the future that may overturn what's there now. That's what makes this profession fun, I think--the fact that stuff can get overturned.

Russ: Of course, if we only have the illusion of understanding, or what Hayek called the pretense of knowledge, we could be doing some dangerous and stupid things under the guise of thinking we are making progress. So, you do have to be careful. Where do you think in the near future finance is going?

Guest: Oh, gee, I don't know. That's part of the fun of it. You just don't know. I wouldn't have been able to predict 30 years ago the stuff that evolved during those intervening 30 years. No way.

Russ: It's kind of a random walk.

Guest: I don't think it pays to think about it very much. There's so much serendipity in what happens in research. My best stuff has always been--I didn't start thinking about writing a great paper. I started thinking about a little problem; it just kept working in circles into a bigger problem. Or had offshoots that were related. I've beaten many topics to death, with the consequence I've got a lot of recognition; what started as a little thing developed into something much bigger. That's not a predictable process. Lots of little things end up as nothing.

Russ: And?

Guest: A student comes to me, a Ph.D. student, and says: I want to write a great paper. You can't start out to do that. You have to pick a problem and hope it works out into something that will get you a job, and hopefully a good one. But if you start saying: I want to come up with a great topic, you won't come up with anything.

Russ: You recently wrote a very nice essay, "My Life in Finance," that gives an overview of some of your contributions and some of your thinking along the way and all those little problems. You started out by talking about your thesis topic, where you had five ideas and Merton Miller said four of them weren't very good. Did you ever go back to any of those four?

Guest: No, actually. Merton was incredible. He had a great eye for stuff that would work and wouldn't work. I went to Belgium for two years to teach, and I came back and showed him the stuff I'd been working on, and I think he discarded like 8 out of 10 things. He was right on all of them.

Russ: Such is life.

Guest: It taught me that nobody can work in a vacuum. You really need colleagues around you to enrich your work. You get credit for it in the end, but there are a lot of inputs from other people that go into it in the meantime.

03 março 2012

Momento Fora de Série 2

Malcolm Gladwell havia sido citado em um episódio de New Girl, como comentamos aqui.

Agora o nosso querido autor é relembrado em nada menos que um capítulo de Os Simpsons, um desenho norte-americano que imagino ser conhecido por todos...

No 11º episódio da 23ª temporada da série, Lisa cria uma rede social, a "SpringFace", pela falta de amigos na vida real. Por causa disso ocorrem alguns desastres na cidade (notem que estou tentando ao máximo evitar spoilers) e há um julgamento no qual Lisa comenta como era bom ter amigos e ser admirada.

Assim:





Quer símbolo maior de popularidade que esse? Ser motivo de sátira desse programa equivale a ganhar um prêmio de popularidade mundial.

Leia mais sobre Gladwell aqui.

Rir é o melhor remédio

Este avião bateu o recorde mundial de distância percorrida. Seu construtor levou mais de quatro anos para obter o design perfeito.

Trabalho x Vida Pessoal

Segundo um novo estudo, alcançar equilíbrio entre trabalho e vida pode ser mais importante para o trabalho do que se pensava; parece ter um impacto significativo sobre o quão seguras as pessoas estão no trabalho.

A pesquisa da Universidade da Geórgia descobriu que ações tomadas ou não tomadas no nível organizacional, como criar políticas que fazem os funcionários se sentirem seguros, pode definir o cenário para lesões ou ajudar a preveni-las.

Com base em dados de 2002 do Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA, a pesquisa mostra que o risco de lesões sobe 37% em funcionários cujo trabalho interfere na vida familiar, ou cujas obrigações familiares afetam o desempenho no trabalho.

“Nós costumávamos pensar que o trabalho era uma coisa e a família era outra, mas agora há uma percepção de que o equilíbrio entre trabalho e vida afeta o desempenho e a produtividade”, disse Dave DeJoy, um dos autores do estudo.

Porém, os resultados da pesquisa não dizem o por quê. DeJoy teoriza que isso é devido a coisas como a distração, cansaço e estresse, mas mais pesquisas devem ser feitas para determinar as causas exatas por trás do risco acrescido de lesões.

A força do pensamento também conta. O estudo mostra que percepção pode ser realidade. Os funcionários que percebem seu local de trabalho como seguro diminuem a probabilidade de lesão em 32%.

Embora algumas ocupações claramente apresentem um risco maior de lesão, o estudo examinou uma amostra diversificada de ocupações e grupos de trabalho, de escritórios a fábricas, para chegar a suas conclusões.

“Isso mostra que fatores de segurança são importantes em todas as áreas”, disse DeJoy. “Uma mensagem para os empregadores é considerar a importância disso, mesmo que a empresa não seja considerada de alto risco”, afirma.

A pesquisa também mostra que acidentes de trabalho podem ser suscitados por algo a nível organizacional. Ou seja, os gerentes não devem culpar sempre o trabalhador braçal pela situação, e sim olhar para si mesmo e se perguntar: “O que estou fazendo ao nível da organização para contribuir com este problema?


Fonte: Aqui