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17 junho 2010

SPED

A Junta Comercial do Estado de São Paulo lançou oficialmente, na terça-feira (15/6), seu Manual de Autenticação dos Livros Digitais-Sped Contábil. A íntegra já está disponível para consulta e download gratuitamente no site do órgão. "Nosso desejo e objetivo é que o Manual atenda ao maior número de pessoas, tornando muito mais fácil também a vida dos empresários e contabilistas", disse Valdir Saviolli, presidente do órgão, durante a 44ª Sessão Plenária.


Mais, aqui. Dica de Caio Tibúrcio, grato

16 junho 2010

Economia e Futebol


Recentemente um comentarista fez uma “brilhante” comparação entre o futebol alemão e o futebol inglês, diante do resultado da primeira rodada da Copa do Mundo. Para o especialista, o futebol alemão apresentava renovação por não ter muitos estrangeiros, enquanto no futebol inglês, e sua Liga, predominavam a presença de estrangeiros. O comentário também foi feito por Franz Beckenbauer, que também afirmou que o futebol inglês tinha muitos estrangeiros.

Infelizmente ambos estão enganados, talvez por não tiverem tido a oportunidade de estudar uma disciplina de Introdução à Economia. Um dos princípios fundamentais da economia é que a competição cria incentivos para que os jogadores locais possam dedicar-se mais. Assim, a rigor, a presença de estrangeiros no futebol inglês pode ser benéfica, ao contrário do que acredita estes ex-jogadores.

Para entender mais, leia Beckenbauer´s lack of Economics. Leia também Soccernomics, de Stefan Szymanski & Simon Kuper. Fonte da foto: aqui

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui. Aqui um vídeo de uma campanha para salvar Galvão Birds (sic).

A volta do Exame de Suficiência

A notícia era quente e resolvi postar no blog as 7:52: o exame de suficiência estava de volta. Já sabia, pela professora Diana Lima, que isto iria acontecer a qualquer momento.

Entretanto, as observações que li após isto foram ou reproduzindo a lei ou reproduzindo o texto do próprio Conselho. Tentarei fazer aqui uma breve análise sobre o assunto.

Em primeiro lugar, a Lei 12.249, de 11 de junho de 2010, trata da conversão de uma Medida Provisória, neste caso, a 472, de 2009. Como a desorganização jurídica no nosso país é grande, isto significa que diversos assuntos são considerados na Medida Provisória e também na Lei 12.249: PROUCA (não é piada não), RECOMPE (idem), RETAERO (idem), PMCMV, CDFMM etc. Lá no meio, a alteração da Lei 9.295, de 27 de maio de 1946.

Segundo aspecto relevante é que o exercício da profissão será feito pelo bacharel em Ciências Contábeis, de curso reconhecido pelo MEC, aprovado no Exame de Suficiência e registrado no Conselho Regional de Contabilidade. Um ponto relevante é que diplomas emitidos no exterior não garantem o exercício da profissão, sendo necessária a validação. E os técnicos em contabilidade? A nova lei garante que os já registrados ou que sejam registrados até 1º de junho de 2015 poderão exercer a profissão. Subentende que desde que façam o exame de suficiência e sejam registrados.

O terceiro ponto, ausente no comunicado do CFC, trata da anuidade. O decreto chega ao detalhe de afirmar que: os profissionais registrados são obrigados a pagar a anuidade; que elas devem ser pagas até 31 de março, caso contrário haverá multa, juros de mora e atualização monetária; que os limites serão de R$380 para pessoas físicas e de R$950 para pessoas jurídicas; que os limites serão corrigidos pelo IPCA-IBGE. Observe que a lei detalhista fala em “limites”. Serão limites ou tetos praticados?

Outro aspecto é que a lei trata também das penalidades por infração ao exercício legal da profissão.

O quinto ponto aprovado trata da necessidade de prestação de contas do CFC e dos CRCs.

Finalmente, vetou-se a proposta de alteração do artigo 78. Eis a justificativa do veto:

Ressalte-se que não é possível concordar com a tese da existência de autarquia fora da administração pública. Ora, se a criação dos conselhos de classe é feita por lei, se sofrem controle estatal (STF, MS 22.643-9/SC. DJ 04.12.1998, ementário no 1.934-01), se exercem atividade típica do Estado (poder de fiscalização das profissões), envolvendo, ainda, competência tributária (STJ, Resp no 225301/RS, Rel. Min. Garcia Vieira, DJ 16.11.1999) e poder de punir, se têm imunidade constitucional, são autarquias e se inserem na administração pública federal.

Pelo que é possível perceber, a proposta era considerar do CFC como autarquia fora da administração pública, o que não concordou o Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão, o Ministério da Justiça e a Advocacia- Geral da União.

15 junho 2010

Exame de Suficiência de volta

Lei 12.249, publicada no dia 14 de junho de 2010, marca a volta do Exame de Suficiência, ao alterar o Decreto-Lei 9.295, de 1946, mudando a redação do artigo sexto:

f) regular acerca dos princípios contábeis, do Exame de Suficiência, do cadastro de qualificação técnica e dos programas de educação continuada; e editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional.

Rir é o melhor remédio

Onde está a sogra?



(Enviada por Nelma, grato)

Teste #296

Complete:

Um conjunto de pesquisas sobre auditoria foi publicada em diversos periódicos de contabilidade recentemente. Usando o mercado espanhol, descobriu-se que as grandes empresas de auditorias ________ (aumentam/reduzem) o conservadorismo. Outra analisou os pareceres ao longo do tempo, constatando que a proporção de ressalvas de continuidade _______ (aumentou/diminuiu) entre 2002 e 2003, mas _______ (aumentou/diminuiu) depois, comprovando o efeito Enron. Um estudo coreano relacionou o tamanho do escritório da empresa de auditoria com a ________ (qualidade/valores cobrados). Finalmente, um experimento comparou os procedimentos com a qualidade do trabalho do auditor.

Resposta do Anterior: 1962. Fonte: Teoria da Contabilidade, Niyama e Silva, p. 118.

Links

Negociação na Bolsa baseada em algoritmos

CVM versus KPMG

Revista free de tatuagem em língua portuguesa

Música clássica de domínio público

Reginaldo de Oliveira: Sped (1 e 2)

Evolução das bolas de futebol


As bolas de futebol que foram usadas na Copa

Não ao valor justo

Os investidores preferem não utilizar o justo valor, ou mark-to-market, na contabilização de ativos financeiros de longo prazo, de acordo com uma pesquisa com os profissionais da indústria. (...) Os resultados da PwC, a maior das quatro grandes
empresas de contabilidade, foi logo após a publicação, no mês passado, pelo
o Financial Accounting Standards Board, de uma proposta para usar o valor justo para mensurar mais tipos de instrumentos financeiros.

Numa mudança radical, os bancos dos EUA teriam que avaliar não só os ativos financeiros, como derivativos, a preços de mercado a cada trimestre, mas também uma parcela maior dos seus empréstimos.

O FASB defendeu sua proposta (...) dizendo que os investidores dos EUA são favoráveis a uma maior utilização do justo valor porque fornece mais transparência sobre a saúde financeira de um banco.

No entanto, os resultados da PwC, (...) apresentam uma visão diferente.


Investors reject US move to mark-to-market valuations - Rachel Sanderson - Financial Times - 14 de junho de 2010

Pesquisa enviesada

Um estudo publicado no European Accounting Review (1) mostrou que os periódicos da Europa são mais diversificados em termos de conteúdo e origem das pesquisas, em relação as publicações dos EUA. Entretanto, mesmo assim, as pesquisas na Europa ainda estão concentradas mais que proporcionalmente nas pesquisas inglesas. Provavelmente existe uma desvantagem competitiva na corrida de publicação dos pesquisadores que não falam língua inglesa (2).

(1) Is European Accounting Research Fairly Reflected in Academic Journals? An Investigation of Possible Non-mainstream and Language Barrier Biases European Accounting Review, 2010;19(1):161-190
(2) Accounting Research; Data on accounting research published by researchers at University of Geneva - 11 June 2010 - Economics Week

14 junho 2010

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui

Teste #295

O conceito de ativo, como "futuro benefício, resultado de eventos passados, sob controle da entidade", tem sua origem:

Em 1962, no ARS #3 de Moonitz e Sprouse
Em 1973, com a criação do Fasb
Em 2002, com a Estrutura conceitual básica do Iasb

Resposta do Anterior: linha verde, Toyota. Azul, BP. Linha de baixo, Goldman Sachs. Fonte: aqui

Links


Fotografia conceitual

Gráfico sobre o resumo de cada país nas copas

Boas avaliações de alunos significa bons professores? aqui e aqui

Um prisioneiro de Guantanamo custa 2 milhões de dólares

Preço

Cobrar preço único não é bom para todas as empresas
Steven Pearlstein / THE WASHINGTON POST - O Estado de São Paulo - 14 jun 2010

Na noite anterior à formatura universitária de meu filho, no mês passado, nós fizemos planos para comemorar em um de seus restaurantes preferidos: o Fogo de Chão, uma daquelas churrascarias brasileiras onde eles servem rodízios com mais de uma dúzia de tipos de carne grelhada e se come tudo que conseguir. Meu filho Eli ficou um pouco em dúvida sobre a escolha do restaurante. Para ele, o preço único por tudo que se conseguir comer pareceu um grande negócio depois que ele se serviu pela terceira vez de uma suculenta alcatra e um contra-filé especial. Mas ele imaginou (corretamente, como se viu) que sua mãe e sua irmã jamais comeriam carne suficiente para justificar o alentado preço fixo que o restaurante cobra por cada refeição.

O restaurante reconhece que parte de seu atrativo especial está em oferecer “comida sem culpa” - sabendo que o preço será o mesmo não importa o que, ou quanto, se coma. A boa notícia para o Fogo de Chão é que há gente suficiente por aí que valoriza tanto esse prazer que está disposta a pagar mais do que se eles servissem à la carte.

Muitas outras empresas usam estratégias de preço único. Muitas seguradoras de saúde cobram o mesmo por planos familiares, independentemente do número de filhos envolvidos. O mesmo acontece nos negócios de telecomunicações, onde ligações telefônicas, acesso à internet e mensagens de texto ilimitados tornaram-se a norma.

Mas nem sempre foi assim. Alguns de nós se lembram de quando as ligações telefônicas de longa distância eram reservadas para noites e fins de semana, quando as tarifas eram mais baixas, ou de quando os provedores de acesso à internet cobravam com base em quanto tempo se gastava conectado.

Bolha. Tudo isso mudou durante a bolha de tecnologia dos anos 1990, quando se investiu tanto dinheiro na criação de capacidade excessiva de rede que o custo de oferecer a um cliente outra ligação, ou outro minuto de acesso à web, chegou perto de zero. O preço único “por tudo que se conseguir comer” fez todo o sentido para companhias que estavam se afogando em banda larga não utilizada, e com isso a oferta criou sua própria demanda.

Agora, graças à engenhosidade das indústrias de tecnologia e de telecomunicações, há tantas pessoas pedindo tantos serviços novos que as redes têm dificuldade para atendê-las - e os custos da capacidade adicional estão em rápida escalada. É por isso que a Comcast e outras operadoras de cabo estão pedindo mais flexibilidade para gerenciar suas redes para dar menos prioridade a serviços que monopolizam grande quantidade de banda larga - ou, no mínimo, cobrar tarifas mais altas de consumidores que usam esses serviços. E é por isso que a AT&T anunciou, na semana passada que estava abandonando seu preço único para uso ilimitado de serviços de transmissão de dados e de internet em suas redes, preferindo o tipo de precificação “escalonada” que Eli apreciaria.

O perigo dos subsídios cruzados é que pode surgir um competidor e capturar os consumidores sobretaxados e altamente lucrativos oferecendo um valor melhor. Ao mesmo tempo, ninguém vai querer levar essa lógica ao ponto de cobrar de cada cliente um preço diferente.

Mas, em cada ramo de atividade, há geralmente um meio termo feliz entre os extremos de um preço à la carte e um de “coma quanto puder”. Embora esse ponto ótimo mude constantemente em resposta a mudanças de custos, tecnologia e competição, minha opinião é que ele em geral envolve alguma forma de precificação escalonada. Num mercado realmente competitivo, um regime de preços que esteja constantemente tentando forçar os consumidores a consumirem mais ou menos do que eles realmente querem provavelmente não prevalecerá. / TRADUÇÃO DE CELSO M. PACIORNIK

Obituário

O contador e as suas muitas horas produtivas
Folha de São Paulo - 14 jun 2010
ESTÊVÃO BERTONI- DE SÃO PAULO

Todos os dias, Antônio Lopes de Sá separava 16 horas para o trabalho. Isso explica como ele conseguiu escrever mais de 150 livros, 10 mil artigos e ainda atender, ao longo da carreira, 2.000 clientes.

Filho de pai português e mãe brasileira, ficou órfão de pai bem cedo e foi criado pela mãe, uma pintora, na periferia de Belo Horizonte (MG).

No começo, dividia-se entre os estudos e a ajuda ao tio, na funilaria. Como a família não tinha muitos recursos, usava os lápis até ficarem pequenos e não caberem mais nas mãos, de tão apontados.

Sem dinheiro para adquirir livros, pegava alguns emprestados. Mal sabia que, no futuro, teria uma biblioteca com cerca de 10 mil títulos.

Ainda jovem, trabalhou no setor administrativo de empresas como Mesbla e Esso.

Em 1946, formou-se em contabilidade e, 18 anos depois, doutorou-se em ciências contábeis, no Rio. Reconhecido internacionalmente por sua produção, acabaria se tornando um dos grandes nomes de sua área no Brasil.

Fundou algumas entidades em BH, como o Conselho Regional de Contabilidade.

Casou-se em 1949 com a primeira mulher, com quem teve três filhos. Seu segundo casamento veio em 1983.

Fora daquelas suas 16 horas, gostava de cozinhar receitas italianas e era um profundo conhecedor de vinhos.

Também foi um torcedor apaixonado pelo Cruzeiro.

Ultimamente, fazia trabalhos de perícia e auditoria. Pelo site que tinha, respondia gratuitamente as consultadas dos internautas.

Morreu na segunda, aos 83, de problemas cardíacos. Teve três filhos e seis netos.


Mais, aqui (Dica da Nelma Tibúrcio, grato)

Sustentabilidade e Redução de custo

No seu sentido mais pragmático, é principalmente sobre redução de custos - através da redução de resíduos, venda de componentes recicláveis e reaproveitamento subprodutos, como a borracha ou plástico para criar um novo produto. Para uma empresa grande, isso pode significar milhões de dólares em economias anuais.

"Quando estourou a sustentabilidade, ele estava na categoria de responsabilidade, algo que uma sociedade deve fazer porque era a coisa certa a fazer", disse Beth Lester, vice-presidente da Penn Schoen Berland Associates. Mas agora é também algo sobre como economizar dinheiro, afirmou.


O texto Products That Are Earth-and-Profit Friendly, do New York Times (Sindya Bhanoo, 11 de junho de 2010) traz alguns exemplos da Wal-Mart, Nike, entre outras empresas, que encontraram nos projetos ambientais, formas de reduzir custos.