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03 fevereiro 2010

Teste #226

O presidente do Iasb, David Tweedie recebeu um "apelido" do jornal The Wall Street Journal:

O aiatolá da contabilidade
O mestre da contabilidade
O papa da contabilidade

Resposta do anterior: Alemanha. Fonte: Alemanha pode comprar dados roubados de bancos suíços - 2/2/2010 - Folha de São Paulo

Balanço de 1891

É interessante analisar contabilidade antiga. O balancete do Banco União de São Paulo, de 30 de abril de 1891 foi assinado no dia 7 de maio, um tempo relativamente curto para aquela época. Duas assinaturas: do presidente, Lacerda Franco, e do "chefe da contabilidade", Geo Ewbank. Observe que a denominação não cita a profissão - contador. Além disto, o sobrenome do responsável é tipicamente inglês.

As cidades mais sujas do mundo

  1. Baku, Azerbaijão
  2. Daca, Bangladesh
  3. Antananarivo, Madagascar
  4. Port au Prince, Haiti
  5. México, México
  6. Addis Ababa, Etiópia
  7. Mumbai, Índia
  8. Bagdá, Iraque
  9. Almaty, Cazaquistão
  10. Brazzaville, Congo
  11. Ndjamena, Chade
  12. Dar es Salaam, Tanzânia
  13. Bangui, República Centro-Africana
  14. Moscou, Rússia
  15. Ouagadougu, Burkina Faso
  16. Bamako, Mali
  17. Pointe Noire, Congo
  18. Lome, Togo
  19. Conakry, República da Guiné
  20. Nouakchott, Mauritânia
  21. Niamey, Niger
  22. Luanda, Angola
  23. Maputo, Moçambique
  24. Nova Deli, Índia
  25. Port Harcourt, Nigéria

Fonte: Forbes

Remuneração dos executivos dos bancos

Agora, a reação a notícia de que o Banco Central pode controlar os salários dos executivos dos Bancos.

O Jornal do Commercio (Controle de bônus pode ser questionado, 3/2/2010, Anne Warth) traz a opinião de "advogados", que consideram a intervenção do poder público em assunto privado desnecessária.

Para o advogado José Carlos Arouca, desembargador aposentado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), uma resolução nesse sentido seria "totalmente ilegal". "É algo que não tem pé nem cabeça. Coisa para esquecer a partir de amanhã", afirmou. "Resolução não tem natureza de lei. O BC pode recomendar, mas o banco cumpre se quiser. A legislação teria de ser de órbita federal, e mesmo que houvesse essa lei ela seria inconstitucional", explicou.


Segundo a Folha de São Paulo (Bancos afirmam que pagam bônus "conservador" no país, TONI SCIARRETTA) a "Febraban(Federação Brasileira de Bancos) afirmou que o sistema financeiro nacional tem uma política "conservadora" de bonificação dos executivos e que adota práticas rigorosas de controle de riscos."

O Globo optou por analisar os bancos públicos. Seu texto, Limite a bônus de executivos proposto pelo BC não vale para bancos estatais, de Patrícia Duarte e Ronaldo D'Ercole, mostra que as regras não valem para o Banco do Brasil e a Caixa Econômica.

Já o Estado fez um levantamento das remunerações (Salários e bônus no Bradesco e no Itaú superaram R$ 500 milhões em 2008)

Especialistas da CIA

Segundo o The Guardian (New mission for CIA agents: help boost Wall St profits, Daniel Nasaw, 3/2/2010), a partir de uma livro do reporter Eamon Javers, as instituições financeiras estão contratando especialistas da CIA para ajudar na detecção de mentiras.

Os especialistas procuram pistas verbais e comportamentais para saber se as declarações são "honestas". Num caso descrito por Javers e relatado pelo The Guardian, funcionários da CIA ajudaram clientes de um fundo de hedge. O objetivo do fundo era saber se a apresentação financeira de uma empresa era verdadeira ou não.

Num episódio, numa apresentação de uma empresa UTStarcom, uma pergunta sobre o reconhecimento da receita não foi respondida de maneira direta, sendo considerado pelos especialistas uma forma de "evitar" o comentário. No trimestre seguinte o resultado da empresa trouxe surpresa para o mercado pelo fato das receitas estarem abaixo do esperado.

Num episódio do seriado Lie to me é relatado uma situação parecida, onde o especialista em mentiras escuta notícias financeiras para determinar se os executivos das empresas estão falando a verdade ou não.

02 fevereiro 2010

Rir é o melhor remédio


Procurado

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Tuyuca: A língua mais difícil do mundo

Foto: As montanhas de Avatar, nas China

Bicicleta conceitual da Peugeot

Teste #225

Um governo de um país desenvolvido afirmou que pretende comprar informações roubadas de bancos suíços para certificar de quais cidadãos cometeram crime de evasão fiscal. Os dados foram oferecidos por um informante por 3,5 milhões de dólares e diz respeito a cerca de 1.500 pessoas. As informações permitiriam recuperar 200 milhões de dólares de impostos não pagos. Que país é este?

Alemanha
Estados Unidos
França


Resposta do Anterior: c. A numeração começa com 7 por ser este um número da "sorte" nos EUA. Fonte: Valor Econômico, Nomes e numeração de aviões não seguem lógica. 4 de outubro de 2002

Por que a IFRS não será adotada nos EUA?

Esta questão, no sítio CPA Sucess apresenta algumas possíveis respostas interessantes, quais sejam:

  1. Existem outras prioridades, que inclui desde reforma no sistema de saúde até mudanças nos órgãos reguladores
  2. Custo de conversão pode ser elevado, num momento onde a economia está frágil e as empresas já passaram por um aumento no custo do sistema de informação em razão da SOX
  3. Confusão entre os reguladores, com idas e vindas e prazos que não foram cumpridos
  4. Questões contábeis substanciais que geram polêmica, como o abandono da UEPS (a IFRS não admite este método e sua mudança pode trazer mais carga tributária) e o risco de litígio
  5. As diferenças entre o IFRS e o US GAAP são amplas e não existe um projeto claramente definido sobre como atacá-las
  6. Padrões para empresas fechadas. A IFRS possui as normas para pequenas e médias empresas, mas a adoção pode ser muito brusca

Acrescentaria a esta lista alguns outros itens, como (g) nacionalismo ianque, (h) dúvida sobre a superioridade da IFRS sobre o US GAAP (na realidade parece existir um consenso que o US GAAP é melhor); (i) desconfiança sobre os benefícios da IFRS; e (j) desconfiança da pressão das Big Four.

Contabilidade e Ambiente

A relação entre a contabilidade e o ambiente tem sido marcada por muito juízo de valor e pouca pesquisa efetiva. Num texto recente para CFO (SEC Comes Clean on Climate Disclosures, 27 de janeiro de 2010) Sarah Johnson discute a nova exigência da SEC com respeito à evidenciação dos efeitos da mudança do clima nos negócios das empresas. A proposta da SEC é decorrente da sua nova gestão, que tem interesse maior no tema do que a administração anterior (ligada ao ex-presidente Bush).


 

Em 2009, somente 17% das empresas fizeram algum tipo de referência a mudança do clima ou a emissões nos relatórios anuais, segundo uma pesquisa com 400 empresas.


 

A exigência da SEC está relacionada aos efeitos que a questão ambiental pode trazer para os resultados financeiros das empresas, conforme destacou o CPA em SEC offers guidance on climate change disclosures). A questão ambiental pode trazer riscos ou oportunidades para as empresas e esta informação poderia ser relevante.


 

Gary A. Langenwalter, em Sustainability: A better brand of business?, lembra que o modelo de negócios atual está baseado em suposições que não são válidas, como o fato dos recursos serem baratos e amplamente disponíveis. Apesar da falta de evidenciação destas informações, isto não significa que as empresas estão paradas. Uma pesquisa da CFO (Optimism among CFOs on the rise) indicou que muitas empresas estão reduzindo o consumo de energia, reduzindo o desperdício e incentivando os clientes a serem mais "verdes". (A Folha de São Paulo de 1/2/2010, em Empresas mudam práticas energéticas antes da regulamentação, mostra alguns exemplos disto)

Remuneração dos Bancos

Ganho de executivo na mira
O Globo - 2/2/2010
Patrícia Duarte

O Banco Central (BC) está preparando regras para limitar os ganhos variáveis, ou bônus, dos grandes executivos de bancos e corretoras de valores no Brasil. O objetivo é evitar que sejam realizadas operações de curto prazo e elevado risco que possam garantir ganhos importantes, mas, eventualmente, impedir um bom desempenho dessas instituições a médio e longo prazos. A resolução que está em elaboração segue entendimento internacional após a crise global [1] e fica em consulta pública de hoje até 2 de maio, no site do BC (www.bcb.gov.br [http://www.bcb.gov.br]).

Uma das principais propostas é a que padroniza o pagamento de bônus aos altos executivos de bancos e corretoras. A ideia é fazer com que pelo menos 50% dessa remuneração sejam pagos em ações ou cotas dos bancos ou corretoras empregadoras. Além disso, no mínimo 40% do total dos bônus pagos de um determinado ano devem ser desembolsados ao longo de, pelo menos, três anos. Deste modo, os bônus estarão vinculados ao desempenho de médio e longo prazos das empresas. Ou seja, busca-se um comprometimento com a criação de valor do negócio, e não apenas nas oportunidades, às vezes puramente financeiras, de ganhos imediatos. [2]

— Queremos alinhar a política de remuneração ao risco das instituições — resumiu a chefe adjunta do departamento de Normas do BC, Sílvia Marques.

Pelas linhas gerais do projeto, no limite, se o desempenho da empresa não for atingido pelo período estabelecido para receber seu bônus, o executivo poderá até perder os ganhos. Na proposta, a diluição do pagamento dos bônus será proporcional ao cargo do executivo. Ou seja, quanto maior o peso da sua função, mais tempo terá para receber a remuneração.

— É como se esses bônus ficassem represados. Só serão pagos se as empresas continuarem indo bem — acrescentou ela.

O movimento do BC está em linha com os compromissos assumidos recentemente pelos líderes do G-20 (grupo que reúne as principais economias ricas e emergentes). Segundo a chefe adjunta do BC, apenas a Inglaterra e a União Europeia já estão mexendo em suas leis neste sentido.

Visão de banqueiro e não de especulador

A necessidade de limitar a remuneração dos altos executivos de bancos foi exposta pela crise que assolou o mundo no fim de 2008 e ao longo do ano seguinte. Naquele momento, foram reveladas operações de alto risco que garantiram bônus exorbitantes mas, em seguida, acabaram levando à quebra de importantes instituições.

Segundo Sílvia, o BC brasileiro não detectou nenhum problema semelhante no mercado local, nem na época mais aguda da crise. Por isso, classifica a medida atual como “prudencial”. Ela não fez uma previsão de quando as novas regras sairão do papel, já que, depois da consulta pública, ainda serão avaliadas pela diretoria do BC. Em seguida, terão de passar pelo crivo do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para Roberto Luis Troster, ex-economista-chefe da Febraban, as novas regras permitem ao executivo “uma visão mais de banqueiro e menos de especulador”.

— É possível criar uma relação de mais longo prazo. Essa resolução vem no sentido de orientar todo o sistema — afirma Troster.

Já Alcides Leite, professor da Trevisan, diz que esse tipo de decisão não cabe ao Banco Central, cujo função é fiscalizar e regulamentar [3].

— O que o BC pode fazer é, no máximo, dar uma sugestão. Tratar sobre remuneração é um assunto delicado porque isso faz parte da política de cada banco — diz Leite.

A Federação Brasileira de Bancos informou que só vai se pronunciar após estudar a íntegra da proposta.


[1] Compromisso do G20
[2] Um bom exemplo do poder dos incentivos. Um estudo para a teoria da agência.
[3] Infeliz a posição dele. A tarefa do Banco Central como regulador é evitar crise financeira. O problema da remuneração faz parte desta situação.

Plano

Ajuste deve dar R$ 1,6 bi a mais de lucro ao BB
Folha de São Paulo - 2/2/2010 - TONI SCIARRETTA

O Banco do Brasil, instituição financeira que estuda elevar seu capital em R$ 10 bilhões, poderá contar com quase R$ 1 bilhão adicional em seu patrimônio no final de 2009. Os recursos serão contabilizados como capital próprio e servirão para ampliar a folga do banco para fazer empréstimos -em tese, equivale a uma capitalização de R$ 1 bilhão.

A "capitalização" decorre de um ajuste contábil -que não envolve dinheiro nem passa pelo caixa- de R$ 1,6 bilhão livre de impostos, referente a uma revisão atuarial na contribuição à Previ (fundo de pensão dos funcionários), que vai direto para o lucro do quarto trimestre. Como o BB distribui 40% do lucro para os acionistas, poderá somar ao patrimônio R$ 960 milhões da parcela retida do lucro.

Com esse R$ 1,6 bilhão adicional, o lucro do BB deve passar com facilidade o do Bradesco no ano passado, de R$ 8,012 bilhões. Até setembro, o banco já havia lucrado R$ 6 bilhões.

O ajuste decorre de reconhecimento de espécie de crédito referente à contribuição que o BB faria ao plano de aposentadoria mais antigo da Previ, que tinha benefício definido e não está mais aberto para adesão dos funcionários.

Como o número de beneficiários deve cair, a tendência é que esse plano se torne cada vez mais superavitário e gere "créditos" ao banco.