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27 março 2008

Os prédios mais estranhos do mundo









Fonte: Aqui

Ford vende Land Rover e Jaguar


Foi anunciada a negociação das marcas Land Rover e Jaguar para o grupo indiano Tata. O acordo representou um valor de 1.7 bilhão de dólares. A Ford tinha comprado a Jaguar por 2,5 bilhões em 1989 e a Land Rover por 2,7 bilhões em 2000.

O grupo Tata é uma dos maiores grupos indianos, com presença em áreas distintas como chá e indústria de aço. Clique aqui para mais detalhes

Muita informação


O estudo, "Influence Through Ignorance", é o primeiro a examinar minuciosamente situações em que o poder está no controle do fluxo de informação pública, em oposição à posse de informações privadas.

Como explica Brocas e Carrillo [os autores do estudo], existem segredos - fatos, que são deliberadamente retidos - e há fatos que não são conhecidos por ninguém.

"Não é necessário dispor de informações adicionais", diz Brocas. "Você pode induzir as pessoas a fazer o que você deseja apenas por deter o fluxo de informações ou sua continuidade. Isso é o suficiente." (...)


É o fluxo da informação que interessa. Não a sua quantidade. Clique aqui para ler mais.

KPMG e o Novo Século


Uma acusação de práticas impróprias e imprudentes contra uma das grandes empresas de auditoria, a KPMG. Os documentos mostram que a empresa New Century transformou um prejuízo num lucro no segundo semestre de 2006 graças as mudanças na contabilidade.

The profit was important because it allowed executives to earn bonuses and convince Wall Street that it was in fine shape financially when in fact its business was coming apart, the report contended. But the report stopped short of saying that the company “engaged in earnings management or manipulation, although its accounting irregularities almost always resulted in increased earnings... Fonte: Aqui

Custos Judiciais


Nova ferramenta revela tempo e custo de recursos
Valor Econômico - 27/3/2008

Um estudo realizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) identificou que a tramitação de um recurso na corte demora 147 dias e custa R$ 762,72, em média. Os dados são provenientes das primeiras avaliações de custo processual feitas pela coordenadoria de auditoria da secretaria de controle interno do STJ e foram feitas com a análise de causas que chegaram ao tribunal depois de 1º de abril de 2006 e foram encerradas no exercício de 2007. Ao todo foram analisados 228.396 processos.

De acordo com o estudo, em média os habeas corpus permaneceram 159 dias no STJ e tiveram um custo de R$ 871,95. Já os recursos especiais tiveram um valor médio de R$ 798,00 e permanência de 160 dias na corte superior. E os agravos de instrumento, que representaram 51,32% dos processos avaliados, ficaram uma média de 124 dias no STJ ao custo de R$ 651,05.

O cálculo, segundo informações da coordenadoria, é feito para cada processo individualmente e não é raro encontrar valores discrepantes - como um recurso especial que ficou no STJ apenas dois dias e custou R$ 10,00 e outro que teve uma tramitação de 622 dias e um custo de R$ 3.627,97.

O estudo foi realizado com o uso do sistema Prisma, o primeiro mecanismo de medição de custos do Poder Judiciário, que reúne todas as despesas efetuadas, identifica o tipo de custo e para onde ele vai. Com estes valores detalhados, será possível estabelecer metas de redução de custos e aumento de produtividade. O sistema Prisma ainda é um protótipo e por enquanto está disponível apenas nos computadores da coordenadoria de auditoria, mas a secretaria de tecnologia da informação do STJ está agora desenvolvendo um aplicativo para que o sistema seja acessível a todos os gestores do tribunal.


A mensuração do custos deveria ser o início do processo. O que deve ser feito agora? Reduzir os recursos e os prazos parece ser a resposta óbvia. Aqui uma dissertação sobre o assunto.

Citigroup e Enron


O banco Citigroup concordou em pagar a credores da Enron US$ 1,66 bilhão para encerrar um processo sobre sua responsabilidade no colapso da companhia de energia norte-americana, informou ontem um grupo que representa credores. O maior banco dos Estados Unidos também está desistindo de US$ 4,25 bilhões em reclamações contra a Enron, enquanto a empresa está encerrando todos os processos abertos contra o banco. O Citigroup também informou em comunicado que nega qualquer ato indevido e que fez os acordos somente para evitar custos judiciais e a incerteza dos processos.

Reservas

O pagamento de US$ 1,66 bilhão representa cerca de 60% dos US$ 2,8 bilhões que o Citi havia reservado para pagamentos relacionados a processos. O Citigroup informou que acredita que suas reservas são adequadas para cobrir sua exposição. E acrescentou que liberará US$ 1,7 bilhão em dinheiro que estava bloqueado em uma reserva de indenizações pendentes. Os credores da Enron tinham apresentado reivindicações contra o Citigroup no valor de US$ 21 bilhões diante do Tribunal de Falências dos Estados Unidos, mas após este acordo, parte delas foram retiradas.

Além disso, o banco fechou também um acordo para resolver as disputas que tinha pendentes com os donos de US$ 2,4 bilhões em bônus emitidos pelo Citigroup, com rendimento vinculado à qualidade creditícia da Enron. Os donos de bônus alegavam que o Citi sabia que as dívidas da Enron eram muito superiores às que figuravam em seus balanços financeiros e que a exposição da firma financeira na companhia energética era, em 1999, de US$ 1,7 bilhão. Ou seja, quatro vezes o limite interno estabelecido pelo banco para seus investimentos na Enron.

Entre 1999 e 2001, o risco do Citigroup na Enron subiu ainda mais, ao mesmo tempo em que a companhia energética recebia uma série de créditos de parte do Citigroup que eram disfarçados como receitas, segundo argumentaram os advogados. Os titulares desses bônus pensavam que, em caso de uma quebra, seus compromissos teriam uma prioridade alta de pagamento entre todos os outros credores da Enron.

Os credores da Enron asseguraram que o acordo "representa uma enorme conquista, já que põe fim ao megaprocesso interposto contra 11 bancos em 2003".

Último acordo

A instituição é a última de 11 bancos a encerrarem pendências com credores da Enron nos processos conhecidos como "MegaClaims". Esses processos MegaClaim estão retornando mais de US$ 5 bilhões aos credores da Enron. Ao fazer o acordo, o Citi evita um julgamento, que poderia começar este ano. "Permite-nos recuperar US$ 5 bilhões para os credores, incluindo cerca de US$ 2,1 bilhões mais juros, lucro e dividendos aos titulares dos bônus Yosemite", afirmou John Ray, presidente e executivo-chefe da Enron Creditors Recovery Corp, sociedade que reúne credores da firma.

A Enron declarou a segunda maior quebra da história empresarial norte-americana em dezembro de 2001, após reconhecer que havia contabilizado centenas de créditos como operações de compra e venda.

Citigroup concorda em pagar US$ 1,6 bi a credores da Enron - Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9 - Reuters e EFE


Segundo Aaron Katsman, as duas empresas se parecem. Os investidores do Citi perderam 60% no último ano, mas o grupo financeiro não deixou de remunerar seus executivos.

Anteriormente, o Citi e o JP Morgan já tinham concordado em pagar 300 milhões de dólares para SEC.

Contabilidade pública


Os vereadores aprovaram ontem, em duas discussões, o projeto de lei que incorpora gratificações ao vencimento básico de 96 mil servidores da Prefeitura do Rio. Os aumentos, que chegam a 69% do salário, começam a valer na folha de abril, que será paga em maio.

O projeto de lei, de autoria do Poder Executivo, recebeu críticas da oposição, por ter sido encaminhado próximo ao período eleitoral. Apesar disso, a proposta teve a adesão da maioria dos vereadores, que fez questão de discursar para os servidores que lotaram as galerias da Câmara.

— Quem vai ser louco de votar contra essa matéria? O próximo prefeito é quem vai pagar a conta — criticou o vereador Luiz Antônio Guaraná (PSDB).


Câmara do Rio aprova aumento dos servidores
O Globo - 27/3/2008 - 16
Letícia Vieira


No regime de competência, a aprovação da proposta criaria um passivo para o governo estadual de imediato e isto seria evidenciado.

26 março 2008

Rir é o melhor remédio

Links

1. Preço da pipoca

2. O preconceito da gorjeta no taxi e no restaurante.

3. O mosquitofish sabe contar

4. As pessoas gostam de uma reunião

5. Alan Grenspan reconhece as finanças comportamentais

Quem será o próximo?

Depois da Bear Stearns fica a pergunta: quem será o próximo? O boato é que seria a Lehman Brothers (LEH). Isto derrubou as ações da empresa (Veja gráfico abaixo. Fonte: Aqui). Aqui, uma reportagem da Business Week sobre o assunto.

Mundo conforme a imprensa

Fantástico link. Didático, mostra a atenção que a imprensa dá a cada país do mundo. Clique no jornal da Austrália e veja como ele é paroquial. Observe o tamanho do Brasil para a imprensa internacional. Seria a nossa dimensão no mundo atual?

Marcação a mercado é problema?

Para David Merkel não. Este assunto tem sido discutido pela volatilidade nas demonstrações contábeis, que pode provocar um certo pânico. Mas Merkel considera que a capacidade de geração de caixa não se altera e, assim, a marcação a mercado não é um problema.

Aqui o blog e aqui um link para o texto completo

Excesso de Confiança


O excesso de confiança é um dos itens mais interessantes das finanças comportamentais. A pesquisa clássica é a pergunta aos motoristas se eles estão acima ou abaixo da média dos outros motoristas quanto a sua habilidade no volante. Um percentual elevado responde que suas habilidades são superiores a da média, o que revela este excesso de confiança.

O excesso de confiança também pode ser conhecido como Lake Wobegon Effect. A seguir um texto sobre este assunto, publicado no Valor Econômico, e enviado por Ricardo Viana (grato):

O excesso de confiança nas decisões de investimento
Aquiles Mosca
Valor Econômico - 25/03/2008

Excesso de confiança diz respeito à sobreestimação das capacidades pessoais. Esse comportamento é sem dúvida aquele que possui maior número de estudos que confirmam sua existência e, para alguns pesquisadores, chega a ser o elemento de maior influência no processo decisório. Ele é observado em indivíduos que imaginam ter capacidade decisória superior à média da população. Diversas categorias profissionais já foram alvo de estudos sobre excesso de confiança e entre as mais afetadas pelo fenômeno estão psicólogos, juristas, empreendedores e profissionais do mercado financeiro.

A mensuração do excesso de confiança é, via de regra, feita por meio de questionários onde os pesquisados devem responder a algumas perguntas de variado grau de complexidade e, em seguida, avaliar a confiança (expressa em porcentagem) na resposta ou conclusão a que chegaram. Verifica-se excesso de confiança quando em uma população a proporção de respostas corretas é significativamente inferior ao grau de confiança médio.

Um dos pontos mais surpreendentes revelados por tais estudos é que o excesso de confiança cresce com o nível de complexidade da decisão que precisa ser tomada ou da pergunta a ser respondida. Estranhamente, quando as perguntas são muito simples, ou seja, questões que a maioria consegue responder sem problemas, o nível de confiança reportado é geralmente baixo. Os meteorologistas aparecem como a única categoria profissional que é capaz de julgar de maneira justa e correta a exatidão de sua capacidade de previsão e o acerto de seus prognósticos.

No mundo dos investimentos, excesso de confiança faz com que aplicadores acreditem compreender o mercado e serem capazes de antecipar flutuações de curto prazo, mesmo em circunstâncias de volatilidade extrema. Shiller (2000) recorre a um levantamento feito por ocasião da quebra da bolsa em 19 de outubro de 1987 para testar a hipótese de que investidores individuais e institucionais sofrem de excesso de confiança. Na semana seguinte à quebra de 1987, a equipe de Shiller enviou a um grupo de 620 investidores profissionais e amadores um questionário semelhante ao descrito acima. Resultado: 30% afirmaram pensar no dia da quebra do mercado saber exatamente em que nível voltariam a investir na bolsa. Entre os que compraram ações no dia da quebra, 48% acreditavam ser capazes de identificar com precisão o ponto mais baixo de preços para retomar suas compras de ações. Em 88% dos casos, a justificativa para tal certeza não se baseava em elementos objetivos, mas em sua "intuição de investidor".

Hilton, Biais, Mazurier e Pouget (2005) criaram um mercado experimental para estudar a influência desses traços de comportamento sobre a performance de carteiras de investimento. O alvo do estudo foram os estudantes da London Business School e da Universidade de Toulouse. Esse mercado era composto de uma única ação e os investidores precisavam avaliar se no período seguinte o dividendo a ser pago seria de 50 euros, 240 euros ou 490 euros e negociar a ação com base em suas expectativas.

Divididos em dois grupos, os estudantes recebiam uma única informação dizendo qual dos três dividendos não seria pago. Por exemplo, se o real valor do dividendo a ser pago era de 490 euros, a informação recebida por um dos grupos era de que o dividendo não seria de 50 euros. O outro grupo receberia a informação de que o dividendo não seria de 240 euros. Em seguida, abria-se mercado para negociarem a ação em nove pregões sucessivos. A cada negócio fechado, precisavam julgar se haviam feito um bom negócio e o nível de confiança que tinham no resultado obtido. Conclusão: 90% dos investidores acreditava no momento da negociação ter feito o melhor negócio possível, ao passo que os resultados efetivos revelaram que só 36% tiveram uma performance tão positiva, ou seja, houve um excesso de confiança generalizado.

Além disso, o estudo mostrou que, quanto mais um indivíduo sofre de excesso de confiança, pior é a performance de sua carteira quando comparada a outros investidores que possuem um nível de confiança menor e mais em linha com a realidade. No exercício, ao passo que o lucro médio por investidor foi zero (como em qualquer mercado a soma de lucros e perdas é sempre zero), os 25% de participantes melhor "calibrados" quanto à exatidão de confiança tiveram lucro de 131,40 euros. Já os 25% com excesso de confiança tiveram prejuízo de 147,70 euros.

Dentre os malefícios associados à tendência comportamental, temos que o investidor é levado a não utilizar toda informação disponível, confiar na intuição e crenças pessoais. Adicionalmente, o excesso de confiança leva-o a subestimar os riscos associados às modalidades de investimento, à superestimar o potencial de alta e o preço de aquisição, prejudicando a diversificação eficiente da carteira de investimentos.

Dessa forma, na hora de decidir onde e, mais importante, com quem investir, o aplicador deve também avaliar esse aspecto bastante intangível, mas relevante para o processo decisório e, conseqüentemente, para a performance da carteira. Desconfie de analistas e gestores repletos de certezas. A evidência empírica mostra que segui-los cegamente ou deixar-se levar pelo excesso de confiança resulta, apesar da grande sensação de confiança que é gerada no momento da decisão de investimentos, em perdas e arrependimento.

Nova proposta do JP Morgan

J.P. Morgan cede a pressões e eleva valor que pagará pelo Bear Stearns
25/3/2008
Por Robin Sidel, Kate Kelly e Sudeep Reddy
The Wall Street Journal

James Dimon hesitou.

Diante de uma revolta de acionistas e de uma Wall Street cada vez mais nervosa, o presidente do J.P. Morgan Chase & Co. quintuplicou o preço de liquidação que havia negociado apenas dias antes pelo combalido banco de investimento Bear Stearns Cos., de US$ 2 para US$ 10 por ação.

Com o novo acordo, o J.P. Morgan ficou mais próximo de selar sua aquisição do Bear Stearns com novas condições que tornam mais difícil para acionistas furiosos rejeitar a transação, agora de US$ 1,2 bilhão.

O acordo revisado foi definido depois de vários dias tumultuados, nos quais James Dimon, o presidente do J.P. Morgan, chegou à conclusão de que o valor dos negócios do Bear iria cair ainda mais, a não ser que o J.P. Morgan agisse para garantir a aquisição.

Mas isso também exigia que o J.P. Morgan, banco com o segundo maior valor de mercado dos Estados Unidos, reabrisse o acordo de financiamento emergencial que havia fechado este mês com a regional do Federal Reserve (o banco central americano) de Nova York. Pelas condições revisadas, o J.P. Morgan terá de absorver primeiro US$ 1 bilhão em prejuízo de quaisquer dos ativos que estão sendo financiados. O Fed foi criticado pelo perigo moral [RISCO MORAL] que criou ao fornecer US$ 30 bilhões em crédito como parte do acordo. (Perigo moral é a tendência de que o socorro a alguma instituição em dificuldade encoraje o risco futuro.)

Ao mesmo tempo em que grandes acionistas do Bear, como o bilionário britânico Joseph Lewis, diziam que os termos originais da compra eram injustos e ameaçavam lutar ferozmente contra o acordo, outras firmas de Wall Street temiam pela estabilidade do Bear como um parceiro de negócios. O motivo: o acordo do J.P. Morgan para garantir o livro de transações do Bear desapareceria se outro potencial comprador aparecesse. Esse cenário era improvável — mas ainda assim deixou outras firmas de Wall Street nervosas na hora de negociar com o Bear.

Dimon passou boa parte da semana passada sob as críticas de furiosos empregados e acionistas do Bear por causa do valor da aquisição. Lewis chamou o valor original da oferta, de US$ 2 por ação, de "ridículo" e prometeu lutar por condições melhores. Alguns dos rivais do Bear também começaram a sondar empregados do banco de investimento, segundo pessoas a par da situação.

À medida que a semana progredia, ficava cada vez mais claro que algo precisava ser feito para dar um empurrão ao acordo. Na sexta-feira, as duas instituições iniciaram mais ativamente as discussões para renegociar as condições.

James Dimon disse ao Wall Street Journal que o acordo revisado ajudará a eliminar qualquer incerteza. "A coisa mais importante que fará (com que o acordo seja) bom para nós não é apenas o preço", afirmou. "É também uma questão de manter os negócios e o pessoal."

O acordo renegociado, fechado no fim de semana e anunciado ontem, atribui ao Bear Stearns um valor de US$ 1,2 bilhão, com base na cotação das ações do J.P. Morgan ontem à tarde. O J.P. Morgan concordou com uma relação de troca que corresponde a US$ 10 por ação do Bear Stearns, com base no fechamento de quinta-feira.

Mais importante para o J.P. Morgan é que o novo acordo lhe dará uma participação de 39,5% no Bear Stearns já no início de abril. Os novos temos prevêem que o Bear emitirá 95 milhões de ações a serem compradas pelo J.P. Morgan. Isso diluirá a participação dos atuais acionistas, inclusive de oponentes do acordo ao preço original ou o revisado.

Somando com as ações dos membros do conselho do Bear, entre eles James E. Cayne, o presidente do conselho, o J.P. Morgan deve ficar muito próximo da maioria dos votos de que necessita para obter a aprovação dos acionistas ao acordo. Os conselheiros do Bear se comprometeram em votar a favor do acordo. Cayne votou pela aprovação do negócio original, segundo pessoas a par da questão, mas em conversas privadas expressou insatisfação com seus termos.

As ações do Bear chegaram a dobrar na Bolsa de Nova York, antes de fechar a US$ 11,44, com alta de 88,8% em relação aos US$ 5,96 da quinta-feira, antes do feriado da Sexta-Feira Santa. As ações do J.P. Morgan subiram 1,3%, fechando a US$ 46,55, também na Bolsa de Nova York.

O acordo renegociado também altera o acordo com o Fed de Nova York que foi crucial para o fechamento do negócio.

Na conclusão da fusão, o Fed de Nova York vai assumir o controle de US$ 30 bilhões em ativos como garantia para US$ 29 bilhões em financiamento. O Fed fornecerá os recursos a sua taxa de crédito primária, 2,5%, ou 0,25 ponto porcentual acima da taxa dos fundos federais que servem de referência para os juros de curto prazo nos EUA. Pelos novos termos, o J.P. Morgan terá de absorver o primeiro US$ 1 bilhão em prejuízos com esses ativos; o Fed terá direito a quaisquer ganhos.

As discussões sobre a revisão dos termos do acordo de financiamento original começaram logo depois que o J.P. Morgan anunciou a compra do Bear Stearns por US$ 2 por ação, em 16 de março. A revolta dos acionistas do Bear ameaçava descarrilar a transação, ao mesmo tempo em que executivos do J.P. Morgan se preocupavam com os detalhes de um acordo que fizeram às pressas num único fim de semana.

O Fed de Nova York informou a executivos do J.P. Morgan que, se o banco fosse mudar seu acordo original com o Bear Stearns, o Fed também teria de reabrir seu acordo, de acordo com pessoas familiarizadas com as conversações.

As discussões com o Fed continuaram neste último fim de semana, com as linhas gerais do acordo determinadas no domingo. Os advogados e assessores financeiros do Fed de Nova York trabalharam durante a noite, até as 4h30 da manhã de ontem, para colocar os detalhes no lugar. Dimon e o presidente do Fed de Nova York, Timothy Geithner, conversaram às 7h. Por volta de 9h, a firma e o Fed finalizaram o acordo.

Autoridades do Fed de Nova York vêem as novas condições como algo que reduz as chances de que o acordo degringole de uma maneira que ameace a estabilidade do mercado. O acordo renegociado também aumenta as chances de que o banco central saia desse acordo sem perdas. O Fed está ficando com alguns dos ativos mais arriscados do Bear, mas o novo acordo exige que o J.P. Morgan arque com o prejuízo primeiro e também provê financiamento por um horizonte de mais longo prazo.

O Fed de Nova York contratou a BlackRock Financial Management Inc. para administrar a carteira de US$ 30 bilhões "para minimizar os efeitos nos mercados financeiros e maximizar a recuperação de valor", informou num comunicado. Autoridades do Fed buscaram a BlackRock por ver nela uma das poucas firmas sem conflitos de interesse que pudesse cuidar da tarefa no prazo necessário. O Fed não forneceu detalhes da carteira, cujos ativos foram avaliados em 14 de março, mas acredita-se que incluam títulos de difícil negociação atrelados a hipotecas imobiliárias de alto risco.

As condições gerais do mercado continuam frágeis, mas as medidas do Fed nos últimos dez dias — particularmente ao intensificar seu papel de credor de último recurso — amenizaram parte das piores tensões no sistema financeiro. A recuperação das ações do setor financeiro, os menores custos de seguro para a dívida dessas firmas, os preços mais baixos do petróleo e um dólar mais forte são todos indicações de que os investidores estão menos preocupados de que as condições vão piorar ainda mais.

Pequena empresa e Iasb


Seria possível esperar que a proposta de uma contabilidade para simplificar as demonstrações contábeis para pequenas empresas fosse universalmente apoiado e aclamado. Mas este não é o caso da proposta do Iasb para as pequenas e médias empresas. E a oposição está na Europa.

Back in 2005 the European Commission said it supported the IASB's efforts. Yet two years later, once the IASB's draft proposals had been published, the Radwan report from the European Parliament said it was "unclear who gave a mandate to the IASB to suggest such an IFRS for SMEs".

The parliamentaries suggested it was "even questionable whether there was ever a need or demand for such a standard".
Small fish wriggle on IFRS hook.
By ROBERT BRUCE - Financial Times, 25/3/2008



Conforme o texto afirma, simplificar pode representar um pressão sobre o Iasb, cujas normas são consideradas por alguns como complexas demais.

Iasb e EUA


No Financial Times, um texto de Jennifer Hughes sobre o Iasb e os Estados Unidos (A single standard for the world?, 25/3/2008). Enquanto a Europa levou três anos para implantar as regras internacionais do Iasb, a questão é saber em quanto tempo isto acontecerá com o país mais rico do mundo.

Segundo o texto, a grande questão não é "se" mas "quando".

Expectations are that the US will look to the EU to learn from its experiences.

"Europe didn't happen until the Commission set a date and the same will be true of the US," says Will Rainey, global head of IFRS at Ernst & Young, who thinks the US will have a headstart on the EU, which had to cope with many languages and wildly varying standards and training.

"US GAAP is much more mature and developed than (were) a lot of local European GAAPs," he says. "A lot of its principles are already similar to those in IFRS so US accounting will experience relatively minor tweaks rather than a complete overhaul."

The US should also benefit greatly from the existing IFRS experience elsewhere. More than 100 countries - including Japan, Canada and China - are now using or adopting IFRS.

Iasb e as barreiras


Segundo o Financial Times (Barriers fall as new world order fast emerges, Robert Bruce, 25/3/2008 -Surveys ICA1 -Page 2), as barreiras da verdadeira linguagem global contábil estão caindo.

Um dos desafios é manter a independência do Iasb, segundo o texto:

"The key question now is the next steps," says Mr Veron. "Will the IASB stay true and go for the highest quality standards, and not go for political compromises?"

Golpe de auditoria

Um texto interessante do jornal mexicano Palabra mostra um possível golpe da falsa auditoria:


Si está siendo objeto de una auditoría, usted puede verificar la autenticidad de la orden de fiscalización. Si tiene dudas llame al 01 800 335 48 67 o escriba a denuncias@sat.gob.mx

Detecte falsos auditores
Palabra - 25/03/2008

25 março 2008

Rir é o melhor remédio

Resultado da CBF


Do vermelho para o azul | 13:30

A CBF saiu do vermelho: passou de um prejuízo de 22,1 milhões de reais em 2006 para um lucro de 10,4 milhões de reais no ano passado. A informação consta do balanço anual da entidade, que acaba de sair.

O adiantamento da Globo... | 13:29

A leitura do balanço revela alguns números e valores que podem explicar em parte esse azul. Por exemplo: a Globo antecipou 4 milhões de reais à CBF, referentes a cota de transmissão da Copa do Brasil de 2008. E mais 3,6 milhões de reais dos direitos de transmissão dos jogos da seleção nas Eliminatórias da Copa de 2010. Na soma, foram 7,6 milhões de reais. Pelo contrato entre a Globo e a CBF, a emissora paga 950 000 dólares pela transmissão de cada partida.

...e o da Nike | 13:28

O adiantamento de receita estendeu-se também aos patrocinadores. A "Nike European" pagou 2 milhões de dólares antecipadamente em 2007, "referente a cota de patrocínio prevista para 2008".

O custo da Copa no Brasil | 13:27

Finalmente, o balanço da CBF informa que 5,9 milhões de reais foram gastos "para a aprovação da candidatura do Brasil como país-sede da Copa de 2014".

Fonte>: Aqui

Confesso que procurei esta informação na página da CBF e não encontrei. Tenho dúvidas contábeis sobre a notícia: como um adiantamento explica o resultado (lucro) da entidade? Pelo regime de competência isto não é possível.