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26 fevereiro 2008

Cigarros


A revista The Economist , na sua edição de 9 de fevereiro, apresenta esta figura interessante. Do lado esquerdo, a percentagem de fumantes no mundo por país. A China, país mais populoso do mundo, possui quase 30% dos fumantes. Já a Índia, que também possui uma população próxima a da China, tem cerca de 10% dos fumantes do mundo. O Brasil é o 7o. país do mundo em termos de número de fumantes. O lado esquerdo mostra a evolução da produção e consumo de cigarros em países em desenvolvimento. Na década de 70 ficava abaixo dos 50%. Hoje, 70% dos fumantes (e da produção) de cigarros localiza-se nos países em desenvolvimento.

Fraude do Click cresceu


Os dados mostram um crescimento na fraude do click. O gráfico mostra os países onde é mais comum: quanto mais próximo do vermelho, maior a importância da fraude.

Moçambique


Em Moçambique, transportadores de passageiros paralisaram as atividades como um protesto contra o governo. A Agência Lusa apresentou apresentou a justificativa: a falta de contabilidade das empresas. Segue o trecho:

Na origem do arrastamento das negociações entre o Governo e os representantes dos transportadores está o facto de a maioria dos beneficiários da compensação governamental não dispor de contabilidade organizada.

"Estamos colectivamente organizados, mas em termos individuais, estamos a falar de milhares de operadores sem contabilidade organizada. Há uma série de levantamentos que têm de ser feitos", admitiu recentemente Rogério Manuel, presidente da Federação Moçambicana de Transportadores Rodoviários.

A decisão do Governo de cobrir uma parte dos custos de combustível dos operadores privados de passageiros é um desafio para o sector, "pois nunca se relacionou com o Governo a este nível", referiu então.

Moçambique: Transportadores justificam paralisação com cansaço por arrastamento de negociações
Agência Lusa - Serviço Internacional - 25/2/2008

Eliseu Martins

Uma entrevista com Eliseu Martins sobre a nova lei.

"País está mais bem preparado para a mudança"
Valor Econômico - 26/2/2008

O professor Eliseu Martins está preocupado. Ao receber o Valor, não aguentou esperar as perguntas começarem. Saiu logo dizendo que as reportagens sobre a nova lei contábil mostram que os profissionais consultados, no geral, estão muito mal informados. E o que é ainda pior: são pessoas, em sua grande maioria, que atuam em grandes instituições e empresas. A celeuma toda é sobre o tamanho do impacto tributário - um trauma não só para as empresas, mas para os contadores. O Fisco tem um longo histórico de interferência na contabilidade, o que acabou desviando os nossos balanços da tendência de harmonização contábil internacional.

Agora, o ambiente é muito mais receptivo, acredita Martins. A adoção pela União Européia dos chamados padrões internacionais de demonstrações financeiras (IFRS, na sigla em inglês) e os recentes avanços nas discussões com os Estados Unidos deram peso ao tema.

Nesse contexto, o governo, e em especial a Receita Federal, estariam mais receptivos a resolver as questões em conjunto. Dono de uma experiência que poucos tiveram a chance de acumular, o professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e da Faculdade de Economia, Contabilidade e Administração (FEA) da USP, ex-diretor do Banco Central e ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), continua à frente das mudanças contábeis do país. É vice-coordenador técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Leia a seguir trechos da entrevista:

Valor: O sr. acha que o país perdeu com a demora na aprovação da nova lei contábil?
Eliseu Martins: É claro que se tivéssemos começado lá atrás estaríamos numa situação melhor. Mas também não fico lamentando. Acredito que ainda está em tempo. Podíamos ter feito um trabalho com mais calma, de melhor qualidade e treinado melhor as pessoas, mas não acho que foi um desastre. Hoje, estamos todos mais maduros do que estávamos em 2000, quando o projeto de lei foi mandado para o legislativo. Na época, não tinha nem o acordo da União Européia [2002], que obrigava a publicação pelo IFRS em 2005. Nós éramos considerados meio malucos. O ambiente para aceitação, por parte das empresas, da implementação das normas é completamente diferente do que era em 2000. Então, por esse lado, houve uma melhora no ambiente empresarial. Tanto que hoje não se vê ninguém reclamando.

Valor: Toda essa confusão para entender a lei não traz receio de que possa haver erros na aplicação?
Martins: Vou responder essa com a experiência de quem participou da aplicação da Lei das Sociedades Anônimas, lá em 1976. Levou pelo menos uns cinco anos para as coisas começarem a ser feitas do jeito que deveriam. Então, não pense que vai sair a lei e no fim do ano vai estar tudo certo. É um processo que não muda. Desde os europeus. Lá os balanços também não saíram todos certos em 2005. Teve muita gente acertando balanço depois.

Valor: Como treinar e preparar todas as pessoas envolvidas com as mudanças contábeis?
Martins: Estamos procurando produzir o máximo de material possível. A CVM tem um projeto de educação. Além disso, o CPC está pleiteando um financiamento junto ao Banco Mundial (Bird). Eles já financiaram Chile, Costa Rica, entre outros, para incentivar no treinamento e educação. Buscamos de US$ 1,5 milhão a US$ 2,0 milhões. Mas é preciso vencer questões burocráticas antes. O CPC é um comitê e não possui personalidade jurídica própria. É preciso ver qual dos membros vai pegar o dinheiro. Mas já estão sendo formadas equipes de trabalho, com alunos de mestrado e doutorado. A Vale do Rio Doce e a Gerdau deram dinheiro voluntariamente para esse projeto: R$ 100 mil cada uma.

Valor: A lei tem impacto fiscal?
Martins: Olha, eu não posso falar pela Receita Federal, está certo? Mas a idéia, quando o projeto nasceu, era que não houvesse impacto tributário. Nem para cima, nem para baixo. O ideal é que haja um posicionamento oficial. Mas o que eu posso dizer é que nunca antes a Receita teve um envolvimento tão grande com o tema.

Valor: Quando o projeto de lei foi ao Senado, já estava claro que as companhias fechadas de grande porte não teriam que publicar balanço, pois o artigo 289, que previa a divulgação, caiu ainda na Câmara. Mas após a sanção presidencial esse debate recomeçou. O sr. acha a discussão pertinente ?
Martins: Eu acho. Não tenho dúvida. Ficou um negócio perneta. A empresa tem que fazer de acordo com a regra, seguir uma auditoria do mais alto nível, que é dos auditores registrados na CVM, e guardar o balanço na gaveta. Dá para perceber que tem algo que não está lógico. Na hora de montar a lei, ninguém se preocupou em colocar tudo num único parágrafo: tem que fazer, auditar e publicar. Colocaram a regra de fazer e auditar em um artigo e a de publicar, em outro. Aí, tiraram o artigo que obrigava a divulgação e deixaram o outro. A questão é um entrave ao desenvolvimento do mercado acionário. Tem muita empresa que não abre o capital porque não quer expor os números à concorrência fechada. Mas se todos publicassem balanço acabava a discussão.

Valor: Parece que há um outro projeto sendo feito sobre isso...
Martins: Isso. Tem. Ouvi dizer também. Mas não sei de quem e nem que pé estaria. Mas seria algo para tapar esse buraco.

Valor: Na questão da reavaliação de ativos para baixa contábil ["impairment"], como a empresa decide o que precisa ser reavaliado?
Martins: Quando a empresa vai bem e produz lucro não tem que pensar em fazer teste de impairment. Se a companhia dá lucro é porque está sendo capaz de recuperar o valor do ativo. Mas é possível que haja problema em um produto ou uma linha específica. A empresa tem monte de possíveis luzinhas amarelas para seguir. Só vai ter teste para baixa contábil quando essas luzinhas estão acendendo. A companhia tem que olhar o painel.

Valor: Mas é uma decisão livre da própria empresa?
Martins: Sim. Ela tem que ter esse olhar geral.

Valor: E o laudo usado pelas companhias para essa reavaliação não é um instrumento subjetivo?
Martins: Os testes não são laudos no sentido de serem contratados por terceiros. A própria empresa pode fazer. Além disso, ao contrário dos outros laudos, esse tem que ser auditado. E isso é uma diferença enorme. O auditor vai verificar, inclusive, as premissas, os cálculos e, consequentemente, todas as conclusões. Também é importante dizer que a figura do impairment, em teoria contábil, é coisa de mais de dois séculos atrás. O ativo se não for capaz de ter o saldo contábil recuperado ou pela venda ou pelo uso, tem que ser baixado. É regra antiqüíssima. As boas e grandes companhias já faziam isso, apesar de no Brasil existir um problema de falta de norma até a recente resolução da CVM e CPC.

Valor: Por conta da falta de normas para essa questão, nós temos muito esqueleto no armário?
Martins: Não. Por causa da tributação e de controladores interessados em pagar menos impostos, sempre se depreciou e baixou tudo o que era permitido e o mais rápido possível. Se desse para reduzir imposto, os controladores faziam. Não ficavam guardando esqueleto no armário.

Valor: O sr. acha que a regra que obriga a marcação por valor de mercado de instrumentos financeiros ativos e passivos pode trazer volatilidade ao balanço de empresas?
Martins: Essa é uma regra que já existe para bancos e seguradoras. E não houve grande volatilidade nos balanços dessas instituições, comparado aos patrimônios. Não será nas empresas não financeiras que estarão os problemas. A volatilidade no lucro e patrimônio pode existir forte nos lucros de bancos e seguradoras. Foi por isso que a Europa optou por não seguir integralmente essa regra do IFRS, o IAS 39. Eles [europeus] seriam os grandes afetados, pois aplicam em derivativos muito mais do que os nossos bancos. Além disso, empresa não financeira para apresentar volatilidade é preciso ter muito caixa aplicado em derivativos, que são instáveis. São casos poucos. Aqui, a CVM já declarou que vai usar primeiro a regra do Banco Central, que hoje atende aos bancos, para as demais companhias abertas. Só depois de alguns anos é que passará a normatizar a questão aproximando-a da norma estrangeira (IAS 39). (GV e NN)

25 fevereiro 2008

A questão da metodologia de Finanças Comportamentais


Um dos problemas interessantes de FC é a questão metodológica. Boa parte dos artigos desenvolvidos neste campo tem sua origem em situações experimentais. Geralmente um questionário com uma situação problema é aplicado e solicita-se ao respondente que escolha uma alternativa. Este tipo de metodologia tem recebido críticas - apesar de ter sido coroado recentemente com um Nobel em economia - por não expressar a realidade. Como testar o comportamento dos indivíduos diante de situações reais?

O texto a seguir reconhece os limites dos experimentos em laboratórios e afirma que as evidências sugerem que as anomalias de comportamento são menos pronunciadas na prática do que previamente observada em laboratório.

"Homo Economicus Evolves"

Steven D. Levitt and John A. List on behavioral economics. This is from Science:

Homo economicus Evolves Steven D. Levitt and John A. List, Science 15 February 2008: Vol. 319. no. 5865, pp. 909 - 910 DOI: 10.1126/science.1153640: ...The discipline of economics is built on the shoulders of the mythical species Homo economicus. Unlike his uncle, Homo sapiens, H. economicus is unswervingly rational, completely selfish, and can effortlessly solve even the most difficult optimization problems. This rational paradigm has served economics well, providing a coherent framework for modeling human behavior. However, a small but vocal movement in economics has sought to dethrone H. economicus, replacing him with someone who acts "more human." This insurgent branch, commonly referred to as behavioral economics, argues that actual human behavior deviates from the rational model in predictable ways. Incorporating these features into economic models, proponents argue, should improve our ability to explain observed behavior. ...

Perhaps the greatest challenge facing behavioral economics is demonstrating its applicability in the real world. In nearly every instance, the strongest empirical evidence in favor of behavioral anomalies emerges from the lab. Yet, there are many reasons to suspect that these laboratory findings might fail to generalize to real markets. We have recently discussed [11] several factors, ranging from the properties of the situation--such as the nature and extent of scrutiny--to individual expectations and the type of actor involved. For example, the competitive nature of markets encourages individualistic behavior and selects for participants with those tendencies. Compared to lab behavior, therefore, the combination of market forces and experience might lessen the importance of these qualities in everyday markets.

Recognizing the limits of laboratory experiments, researchers have turned to "field experiments" to test behavioral models [12]. Field experiments ... avoid many of the important obstacles to generalizability faced by lab experiments.

Some evidence thus far suggests that behavioral anomalies are less pronounced than was previously observed in the lab [13] . For example, sports card dealers in a laboratory setting are driven strongly by positive reciprocity, i.e., the seller provides a higher quality of good than is necessary, especially when the buyer offers to pay a generous price. This is true even though the buyer has no recourse when the seller delivers low quality in the lab experiment. Yet, this same set of sports card traders in a natural field experiment behaves far more selfishly. They provide far lower quality on average when faced with the same buyer offers and increase quality little in response to a generous offer from the buyer. ...

Stigler (16) wrote that economic theories should be judged by three criteria: generality, congruence with reality, and tractability. We view the most recent surge in behavioral economics as adding fruitful insights--it makes sense to pay attention to good psychology. At the very least, psychological insights induce new ways to conceptualize problems and provide interesting avenues of research. In their finest form, such insights provide a deeper means to describe and even shape behaviors. One important practical example involves savings decisions, where it has been shown that decision-makers have a strong tendency to adhere to whatever plan is presented to them as the default option, regardless of its characteristics. ... The changes in behavior induced by changing default rules dwarf more "rational" approaches to influence choice such as information provision or financial education.

Behavioral economics stands today at a crossroads. On the modeling side, researchers should integrate the existing behavioral models and empirical results into a unified theory rather than a collection of interesting insights, allowing the enterprise to fulfill its enormous potential. To be empirically relevant, the anomalies that arise so frequently and powerfully in the laboratory must also manifest themselves in naturally occurring settings of interest. Further exploring how markets and market experience influence behavior represents an important line of future inquiry. ...


Grifo meu.

Escândalo da Volks: primeiro condenado


El escándalo Volkswagen de doble contabilidad, pago de viajes de lujo y servicios sexuales en aras de la paz social en la empresa ya tiene su primera víctima carcelaria, el ex presidente del comité de empresa Klaus Volkert, pero sus abogados advirtieron ayer que «no es la última palabra» y que recurrirán denunciando un «llamativo caso de doble rasero de la Justicia» alemana.

Volkert fue ayer condenado a dos años y nueve meses de prisión por corrupción. Según confirma la sentencia, el antiguo líder del comité de empresa habría aceptado «pagos» por valor de dos millones de euros, al tiempo que su amante, la brasileña Adriana Barros, recibía costosos «regalos» en joyas y viajes. Muchos otros sindicalistas también se habrían beneficiado de estos servicios de lujo y sexo.

Los abogados de Volkert, que ya han anunciado que recurrirán la sentencia, aseguran que el hombre que autorizaba esos pagos, Peter Hartz, entonces responsable de recursos humanos de Volkswagen, miembro del Partido Socialdemócrata (SPD) y del poderoso sindicato IG Metall, fue condenado a dos años de libertad condicional y al pago de una multa de 576.000 euros a finales de 2007.

El mismo Hartz, amigo personal del ex canciller Gerhard Schröder y colaborador fiel en su reforma laboral -que incluso fue rebautizada con su nombre-, se habría beneficiado de los servicios que ofrecía a los sindicalistas.

Junto a Volkert era también juzgado en Braunschweig (Baja Sajonia) el ex jefe de personal Klaus-Joachim Gebauer, el hombre que pagaba y organizaba los excesos de Hartz, y de los sindicalistas para facilitar las «buenas relaciones» laborales. Ha sido condenado a un año de libertad condicional.

En noviembre último el fiscal de Braunschweig afirmó que Ferdinand Piëch, cerebro del grupo Volkswagen y hoy jefe de su consejo de vigilancia, debía tener conocimiento de estas actividades, aunque el patrón de Porsche siempre lo ha negado. En total, el caso habría costado a la compañía alemana unos cinco millones de euros.

Klaus Volkert, primer implicado en el escándalo VW que pisará la cárcel - Carlos Alvaro Roldan - El Mundo - 23/2/2008

Avaliação a Valor Justo de Imóveis


O texto a seguir, publicado no El País (24/2/2008), discute a avaliação de imóveis a valor justo:

Los porqués de las valoraciones inmobiliarias
PATRICIA GARCÍA DE PONGA Y MARK CLIFFORD
El País - Nacional -M (Madrid) -18

La internacionalización de los negocios y el creciente uso de financiación externa, unidos a los múltiples cambios tecnológicos y organizativos experimentados en los últimos años por las empresas, han provocado cada vez más la necesidad de comparabilidad de la información financiera.

La introducción del valor razonable o fair value es una de las novedades que ha supuesto la adopción de las NIIF (Normas Internacionales de Información Financiera), en contraposición con el tradicional modelo de coste histórico. Si bien las NIC (Normas Internacionales de Contabilidad)-NIIF contemplan la posibilidad de utilizar el modelo del valor razonable para valorar las inversiones inmobiliarias, el legislador español ha preferido centrar la aplicación de este método de valoración a los instrumentos financieros.

Reflejar en el balance el valor de las propiedades inmobiliarias a dicha fecha supone, por una parte, un incremento significativo de los fondos propios, pero, por otra, la disminución de los beneficios futuros derivados de la venta de estos activos. Asimismo, introduce volatilidad en las cuentas de resultados de las empresas, puesto que las oscilaciones de valor impactan directamente en las cuentas de pérdidas y ganancias.

El método del valor razonable es el más utilizado desde hace años por las grandes inmobiliarias europeas y en España aproximadamente la mitad de las inmobiliarias cotizadas han optado, asimismo, por reflejar el fair value en sus balances.

Las Normas Internacionales de Contabilidad recomiendan determinar el valor razonable de las inversiones inmobiliarias a partir de una valoración realizada por un experto independiente cualificado profesionalmente y con experiencia en la localidad y en el tipo de inversión que está valorando. Dichas valoraciones deben reflejar las condiciones de mercado en la fecha del balance, por lo que el valor razonable no reflejará expectativas futuras ni sinergias derivadas de aspectos fiscales, legales o regulatorios. Una valoración siempre refleja el valor de mercado en una fecha determinada y no tiene por qué mantenerse en el tiempo, sobre todo en épocas de volatilidad.

En todo caso, es fundamental que los valoradores conozcan los conceptos y principios de las NIC-NIIF puesto que en muchas ocasiones su trabajo va destinado a incluir los valores de los inmuebles en los estados financieros de las compañías. En particular, los valores de mercado estimados por los expertos valoradores pueden ser utilizados en la contabilización de combinaciones de negocios (como fusiones), en el registro del valor razonable en los balances (cuyas fluctuaciones impactan directamente en la cuenta de resultados), en las pruebas de deterioro del valor de los activos o impairment, así como en el cálculo del gross asset value (GAV).

Dado que existen diferentes tipos de informe de valoración, en función del uso que se vaya a hacer de los mismos, y que los trabajos realizados por los valoradores son diferentes en función del alcance de dichos informes, es de vital importancia que las compañías utilicen estos informes exclusivamente para el propósito para el que fueron emitidos.

Las valoraciones están cobrando cada vez mayor relevancia por todo lo anteriormente comentado.

En definitiva, dada la trascendencia de las valoraciones, es evidente la importancia que tiene garantizar que los valores están siendo estimados por expertos de reconocido prestigio, y son de especial importancia cuestiones como la metodología de las valoraciones, la responsabilidad que asume el experto al emitir su informe, cómo se instrumenta la independencia con otros departamentos de la misma compañía o la supervisión y normas de cumplimiento a las que está sometido.

¿Qué es valor de mercado y cómo debe interpretarse la definición del mismo? Para resumir la definición oficial, tenemos que imaginar una transacción hipotética y el precio que se obtendría en la misma de estar involucradas partes independientes, en una fecha determinada, y en la que quedaran reflejadas las ventajas y desventajas de la propiedad a fecha de valoración.

El valor de mercado oscila en armonía con el mercado y la oferta y la demanda. Como valoradores no tenemos una bola de cristal y no podemos predecir el futuro. El valor de mercado en una fecha determinada no tiene por qué mantenerse vigente en el futuro debido precisamente a los cambios que continuamente se suceden en el mercado.

Los valoradores deben plantearse la hipótesis de que se realizase una transacción sobre la propiedad a valorar. Bajo estas circunstancias, el valorador debe prestar una mayor atención al sentimiento del mercado y a las ofertas de posibles compradores, ya que la mayor parte de evidencias comparables, al ser históricas, bien pueden no reflejar la situación en el momento de la valoración.

La mejor manera de asesorar acerca del valor de mercado es mediante el conocimiento del mercado local y los niveles de precios manejados. Cuando nos compramos una casa, actuamos esencialmente como un valorador, comparando precios, calidades y localizaciones. En función de nuestro análisis del mercado decidimos si el precio que se nos solicita es aceptable o no.

Además del estudio de las transacciones comparables a la propiedad objeto de valoración, es igualmente necesario comprender el estado del mercado a fecha de valoración, ya que al tratarse los comparables de datos históricos pueden no reflejar la situación actual en el momento de la valoración. No olvidemos que estos datos poseen una naturaleza histórica y consecuentemente el mercado puede haber variado desde que dicha transacción comparable se cerró.

En realidad, incluso bajo las normas de contabilidad internacional la transparencia total y la comparación entre las contabilidades de diferentes empresas siempre resultarán difíciles, debido a que las inmobiliarias cotizadas tienen la opción de escoger entre coste o valor razonable en su contabilidad. Por lo que se refiere a la valoración, se ha favorecido la simplificación de la definición de valor y actualmente sólo contamos con el concepto valor de mercado.

Este valor de mercado puede ser cualificado de distinta manera en función de las asunciones tomadas en la valoración. La idea es que aquella persona que lea el informe de valoración pueda entender completamente si se puede o no confiar en dicho valor. A mayor número de asunciones, más hipotética resultará la valoración y por lo tanto menor será la probabilidad de que dicho valor pueda ser obtenido en ese momento.

Para comprender este razonamiento, resulta ilustrativo observar los requerimientos, por ejemplo, de un banco internacional a la hora de prestar dinero para el desarrollo de un centro comercial en un solar. Por norma general el banco requerirá la valoración del solar a fecha de valoración así como una estimación a fecha de valoración del valor potencial del inmueble una vez que esté completamente desarrollado y en funcionamiento.

Conforme a los estándares de valoración internacional, los valores a futuro no deben ser contemplados, por lo que el procedimiento normal sería el de proveer al cliente de una valoración a fecha de valoración, asumiendo que el centro comercial se encontrase completamente terminado conforme al proyecto y arrendado en su totalidad. Obviamente, este último no es el valor de mercado que se puede obtener a fecha de valoración, pero sí el valor de mercado sujeto a asunciones.

El informe también debe ser considerado en relación con el uso para el cual ha sido realizado, que igualmente queda claramente especificado dentro de cada informe de valoración y debe siempre acordarse con el cliente desde el mismo inicio de la instrucción.

Un informe realizado para uso interno de la compañía que lo solicita permite una flexibilidad muy superior en cuanto al número de asunciones si lo comparamos con un informe realizado para asegurar, por ejemplo, un préstamo hipotecario.

Otro malentendido muy común es la responsabilidad legal de los valoradores en referencia a la valoración. Debido al contrato privado firmado con el cliente, los valoradores tienen responsabilidad únicamente hacia la empresa o persona a la que el informe de valoración se dirige.

Por otro lado, los valoradores únicamente valoran los activos inmobiliarios de las empresas cotizadas a una fecha determinada, valor conocido como valor bruto de los activos (gross asset value, GAV). No calculan el valor neto de la compañía (net asset value, NAV). De esta manera, es la oferta y la demanda de las acciones de la compañía en el mercado de valores lo que establece el precio de dichas acciones y, en consecuencia, el valor de la compañía.

Sin embargo, aparte del valor de los activos de una determinada compañía, existen otros factores que tener muy en cuenta a la hora de enfrentarnos a la valoración de una compañía, como bien pueden ser el valor de la marca, su cuota de mercado, su plan de negocio, su desarrollo y el equipo.

Mientras que resulta cierto que en una oferta pública (OPA) dentro del mercado de valores la valoración de los activos inmobiliarios de cierta compañía cobra una gran importancia, recientemente en España, debido a la especulación sobre posibles fusiones y adquisiciones, el valor de la mayoría de las empresas inmobiliarias poco tiene que ver con el valor de mercado de sus activos, o incluso con el momento del ciclo del sector inmobiliario.

Por que comer um Big Mac é mais barato do que comer salada?


Está certo que os dados são para economia norte-americana. Mas provavelmente a informação também é válida para o Brasil. A razão está na figura abaixo (fonte: aqui ): os subsídios do governo para o setor agropecuário está centrado nas proteínas (74% dos subsídios), enquanto a pirâmide alimentar recomendada enfatiza grãos e frutas/vegetais.

Hollywood Accounting


Se você digitar Cheetah Girls na Wikipedia irá encontrar nove itens, com filme, livros, disco etc. Deborah Gregory, que escreveu a primeira novela Cheetah Girls, assinou um contrato em 2001 com a promessa de receber 4% do lucro de todas as atividades que envolver a exploração da sua novela. Ela recebeu até o momento $125 mil dólares como co-produtora dos filmes, mas nada relacionado a participação nos lucros. Isto graças ao que o jornal Los Angeles Times chama de Hollywood Accounting.

It's called "Hollywood accounting," and in some cases studios may be on solid ground, citing legitimate costs such as promotion and development. But in other cases, contracts contain definitions of "net profits" that make it all but impossible for an author to collect money that once seemed tantalizingly at hand.

Interação Social


Em 1998 uma legislação reduziu o número de horas trabalhadas por semana na França, de 39 para 35 horas. Esta redução teve efeitos práticos, já que a média de horas trabalhadas reduziu de 1,5 a 2 horas por semana. Entretanto, não ocorreu um aumento na interação social, conforme foi constatado por um trabalho de Henry Saffer e Karine Lamiraud (um resumo pode ser encontrado aqui). Os autores mostraram que casamento tende a reduzir a interação social, o que sugere ser a(o) esposa(o) um substituto para outras interações sociais. Criança tem um efeito positivo na interação social.

24 fevereiro 2008

Links

1. Deseja parar de fumar? Vá ao StickK e assine um contrato que o obriga legalmente a doar uma quantidade específica de dinheiro para a caridade se não conseguir.
Você pode até mesmo determinar que você admitirá ao StickK quando fracassar. Também pode nomear um amigo como responsável e que informará o site por você.
Ausente do StickK, pelo menos até onde posso ver, é a capacidade de dar dinheiro para organizações mais notórias. Todas as caridades com quem fazem parceria parecem íntegras. Fonte: Aqui


2. A lógica da Vida - Tim Harford, articulista do Financial Times, lançou em 2005 o bestseller “The Undercover Economist”. Agora ele acaba de escrever “The Logic of Life” que mereceu uma resenha da The Economist




3. Tempo gasto por um executivo - Uma nova pesquisa feita pela APQC [mostra entre 54 CFOs entrevistados na Ásia] (...) disseram gastar 50 por cento do seu tempo na operação de processamento. O resto do dia é gasto em trabalhos apoio à decisão (16 por cento), controle (19 por cento), e atividades de gestão (15 por cento).
Aqui



4. Como não fazer uma apresentação em Powerpoint - Este é um vídeo muito interessante e mostra como não fazer uma apresentação em Powerpoint. Não é necessário conhecimento em inglês para perceber os erros que cometemos.

22 fevereiro 2008

O interesse por Contabilidade pelo leigo

O leigo interessa pela contabilidade? Provavelmente não. Mas esta resposta é baseada em experiência própria.
Um instrumento interessante (aqui) mostra o grau de atração que uma palavra pode exercer pelo leitor comum. O link faz um vínculo com a palavra e a possibilidade do título (e do texto) gerar uma notícia que seja postada no sítio Digg (Para quem não conhece, o Digg é um endereço em que as notícias são selecionadas pelos leitores. Assim, os leitores "marcam" nos endereços se uma notícia é passível de ser publicada no Digg e por esta escolha "democrática" a seleção é feita). A palavra "accounting" no título e no texto gera uma redução na possibilidade da notícia ser escolhida para o Digg em 17% e 46%. Já o termo "management" não gera problemas para o título, mas reduz a atratividade se estiver no texto. A palavra "Brazil" teve um efeito negativo no título de -39% e no texto (-17%). Dica (aqui)

O Caso Petrobrás, segundo a The Economist

Parece estranho que informações comercialmente sensíveis sejam transportados da mesma forma que os grãos de soja

Clique aqui para ler toda a matéria

As empresas e a responsabilidade social

Aqui o texto apresentando os vencedores. Aqui as vencedoras (Intel em primeiro lugar e Nike em terceiro!). A metodologia está aqui.

Efeito Hawthorne

O efeito Hawthorne (aqui) descreve uma mudança no comportamento ou no desempenho de funcionários em resposta a mudanças ambientais. O nome é originário das experiências de cientistas na fábrica de Hawthorne, que originou o desenvolvimento do campo das relações humanas na administração, em contraposição aos conceitos tayloristas. Aqui, este link informa alguns problemas da experiência.

Links


1. Uma biografia do brasileiro Sergio Vieira de Mello
2. Quem é o brasileiro Sergio Vieira de Mello (aqui e aqui )
3. A existência de anomalias no mercado
4. O que sabemos sobre o QI (quociente de inteligência)? Parece tudo confuso, mas aqui afirma que bons gens não significa alto QI.

Ainda o Banco Nacional

KPMG desiste de recurso no caso do Banco Nacional
Valor Econômico - 22/2/2008

O caso do Banco Nacional continua a ter novos desdobramentos na esfera administrativa mais de uma década depois de a instituição financeira sofrer a intervenção do Banco Central (BC), em 1995. A KPMG, que auditava o balanço do banco, e o ex-sócio da auditora Marco Aurélio Diniz Maciel desistiram de recorrer ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN), conhecido como "conselhinho", de uma decisão do BC que os condenou, em primeira instância, por supostas falhas na supervisão do Banco Nacional, que encontra-se até hoje em liquidação extrajudicial.A desistência da KPMG e de seu ex-sócio de levar adiante o recurso protocolado no "conselhinho" em 2003 confirma a pena aplicada pelo BC naquele ano. O BC multou a auditora em R$ 3.681,79 e suspendeu, por dez anos, o registro de Maciel para o exercício da atividade de auditoria em instituições financeiras.

Encerra-se, assim, o processo administrativo instaurado contra a KPMG e Maciel no conselho de recursos pela inobservância de normas e procedimentos que regulam a atividade de auditoria independente.

Uma fonte que acompanha o caso disse que a decisão passa a valer a partir da publicação no Diário Oficial da União. As penalidades determinadas pelo BC contra a KPMG e Maciel estavam suspensas por força dos recursos ao conselhinho.

A desistência da KPMG e de Maciel teria sido motivada, segundo um interlocutor, pela possibilidade de a pena do BC ser agravada pelo conselhinho, hipótese que foi levantada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Por diversas vezes, os recursos da KPMG e de Maciel entraram em pauta para serem votados no Conselho, mas, por diferentes razões, o julgamento foi adiado. "Com a desistência, na esfera administrativa o processo morreu", disse a fonte.

A KPMG, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que "confirma a desistência do recurso administrativo no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, todavia reafirma sua convicção sobre a correção técnica de todos os trabalhos realizados". Maciel também enfrenta processo criminal cuja apelação foi julgada pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região no ano passado. Na apelação, Maciel conseguiu reduzir a pena de dez anos e oito meses de prisão para sete anos e um mês em regime semi-aberto, além de multa de R$ 766 mil. A pena era passível de recurso, mas o TRF informou que não existem embargos de Maciel contra a decisão. O julgamento no TRF, realizado em março de 2007, confirmou condenações para outros cinco executivos acusados por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (lei do colarinho branco, 7.492/86) no caso do Banco Nacional. Dois dos executivos condenados em segunda instância foram Arnoldo Souza de Oliveira, ex-superintendente do banco, e Clarimundo José de Sant'Anna, ex-vice presidente de controladoria do Nacional. Oliveira e Sant'Anna entraram com recursos no TRF questionando a sentença. Já existe também recurso especial de ambos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), o qual não deve ser apreciado antes do julgamento dos embargos de declaração, apresentados pelos ex-executivos do Nacional, pela 1ª Turma Especializada do TRF da 2ª Região.

Oliveira e Clarimundo, além do ex-presidente e principal acionista do Nacional, Marcos Catão de Magalhães Pinto, respondem a outro processo administrativo, julgado em 2004 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no qual a autarquia os inabilitou por períodos entre 10 e 20 anos para exercer cargo de administrador em companhia aberta. Os três apresentaram recursos que estão em pauta para serem julgados na próxima reunião do conselhinho, na terça-feira, em São Paulo.Na esfera criminal, Magalhães Pinto conseguiu separar seu processo dos demais réus. O desmembramento do processo criminal fez com que até hoje o ex-dono do Nacional não tenha tido seu recurso julgado pelo TRF da 2ª Região. Na primeira instância, ele foi condenado a 28 anos de prisão. O Nacional foi protagonista de um dos maiores escândalos financeiros do Brasil.Por vários anos o banco contabilizou créditos de forma fraudulenta. A fraude consistia no registro de 652 contas-correntes negativas que somaram R$ 5,4 bilhões em operações de crédito fictícias. Estas contas, pertencentes a clientes inadimplentes que não tinham mais negócios com o banco, eram identificadas no sistema do Nacional como contas de natureza 917, que equivaliam, em 1995, a 420% do patrimônio do banco. (Colaborou Catherine Vieira)

21 fevereiro 2008

Dualib é inocentado

Por 12 votos a cinco e uma abstenção, as contas de 2007 foram aprovadas ontem pelo CORI, o conselho de fiscalização do Corinthians.

Como a gestão de Andrés Sanchez diz respeito apenas ao último trimestre, na prática, foram aprovadas as contas de Alberto Dualib.

(...) A atual direção argumentou que, como diz a lei, não havia como separar as contas de uma e outra administração, razão pela qual ou haveria a aprovação de tudo ou a reprovação de tudo.

A segundo hipótese pegaria mal para a nova gestão.

Argumentos esgrimidos pelos conselheiros Wadi Helu, Heleno Maluf, Clodomil Orsi e Wilson Bento, todos baseados no parecer da Trevisan Auditores, curiosamente, a mesma empresa que teve seu parecer demolido nas contas de 2006 pelos que hoje estão no poder.


Grifo meu. Fonte: Aqui

Conclusão do óbvio

Una investigación interna del banco francés Société Générale iniciada tras una pérdida millonaria provocada por un operador, concluyó que los controles de la entidad eran poco exhaustivos. (...)

Auditoría revela fallas en el Société
El Cronista Comercial - 21/2/2008