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06 julho 2025

Quem financia as questões do clima?

Segundo os Brics, os países desenvolvidos


A declaração de líderes do Brics, divulgada na tarde deste domingo (6), traz 21 tópicos relacionados às mudanças climáticas. Entre os pontos defendidos pelos 11 países, está a visão de que o financiamento climático é responsabilidade das nações mais desenvolvidas do planeta.

“Enfatizamos que garantir a países em desenvolvimento financiamento climático acessível com a urgência adequada e sob custos viáveis é essencial para facilitar trajetórias de transições justas que combinam ação climática com desenvolvimento sustentável”, informa o documento.

(...) O documento também destaca algumas ações do grupo, com os Princípios do Brics para Contabilidade de Carbono Justa, Inclusiva e Transparente

05 julho 2025

Suíça discute a taxação dos herdeiros


A Suíça é um país onde as pessoas podem coletar assinaturas para pedir que leis sejam votadas em referendo nacional. Em 30 de novembro, uma proposta de alteração no sistema tributário do país poderá criar um imposto de 50% sobre heranças acima de 63 milhões de dólares. 

A proposta não encontra simpatia do governo e do parlamento. Além de afetar empresas familiares, há o risco de ameaçar a reputação do país de ser um local com regras estáveis. As família ultra-ricas certamente irão querer mudar de residência fiscal e devem encontrar refúgio em outros locais.

IA ajuda editores científicos a melhorar resultado


A editora Springer Nature, responsável por periódicos como Nature e Scientific American, agora oferece aos autores de artigos científicos um pacote de “Media Kit” por US$ 49, gerado por IA, para resumir e divulgar seu trabalho por meio de comunicações. A empresa justifica que a ferramenta ajuda a transformar textos técnicos em trechos concisos para imprensa e redes sociais, poupando tempo dos pesquisadores.

Ao mesmo tempo, a editora usa IA internamente para checagens editoriais automáticas e para detectar estudos falsos ou conteúdos gerados sem autoria humana — cancelando ou barrando artigos suspeitos.

Essa adoção dupla de IA revela um contraste: oferecer serviços pagos de IA aos autores, enquanto emprega ferramentas de IA para manter a qualidade acadêmica. O equilíbrio entre exploração comercial e controle editorial demonstra o momento complexo que as grandes editoras enfrentam na era da inteligência artificial.

É bom lembrar que uma empresa, como a Springer, precisa apresentar desempenho financeiro. Mesmo com preço elevado de submissão e valores exorbitantes para quem deseja acessar seus artigos, a perspectiva de obter mais lucro é atraente para a editoras científicas.

IA já afeta o mercado de música


O gênero de música lo-fi é caracterizado por sons suaves, batidas lentas e imperfeições propositais. São boas para ambientes de estudo ou relaxamento. Eis que interessante: um texto destaca que a IA está dominando as plataformas de música, tipo Spotify, com faixas automáticas, sem identidades. Com isso, os artistas humanos estão sendo substituídos pelo software.

Há inclusive a criação de bandas falsas, onde os royalties de execução são transferidos dos artistas reais para empresas. 

(Aqui fico imaginando: o executivo da Spotify mandando criar bandas pela IA e promovendo nas listas para as pessoas escutarem. Isso irá reduzir as despesas. Bem interessante)

Dados positivos do Brasil na questão ambiental

Segundo o Relatório Estatístico de Energia Mundial 2025, do Energy Institute, as emissões globais de carbono bateram um novo recorde em 2024, atingindo 40,8 bilhões de toneladas métricas de CO₂ equivalente, apesar do crescimento das energias renováveis e promessas climáticas de diversos países. Os três maiores emissores — China, Estados Unidos e Índia — respondem por mais da metade das emissões globais.

Quando olhamos o relatório e os dados do Brasil é possível notar que o desempenho foi bastante positivo, comparando os anos de 2014 e 2024. Fiz uma seleção dos dados e o resultado é o seguinte.

O relatório pode ser obtido via aqui
 

04 julho 2025

Fácil, mas não parece


A CVM divulgou uma resolução referente as regras aplicáveis do regime de Facilitação do Acesso a Capital e de Incentivos a Listagens – FÁCIL. Seria um incentivo para a abertura de capital para empresas de menor porte. 

Sendo que atender aos requisitos contábeis um dos maiores custos, não é possível notar um "esforço" do regulador em realmente incentivar que empresas possam ter "dispensas de obrigações legais aplicáveis a companhias de menor porte". Afinal, as empresas devem apresentar

demonstrações financeiras, auditadas e elaboradas de acordo com a Lei nº 6.404, de 1976, e com as normas da CVM 

Ou será que minha leitura está equivocada?  

Brasil quer ser um centro de data center sustentável


O ministro Fernando Haddad viajou recentemente para os Estados Unidos para reunir com executivos de empresas de tecnologia. No encontro, o ministro procurou vender o Brasil como um atraente data center internacional, onde o governo oferece incentivos fiscais e energia renovável. 

Parte da energia renovável é proveniente de hidrelétricas, a principal fonte de energia do país. Mas a questão ambiental não resume somente à energia usada, mas também ao consumo de água para os sistemas de refrigeração.  

Além do impacto sobre a matriz energética, a decisão do governo é questionável pelo impacto nas finanças públicas.