A editora Springer Nature, responsável por periódicos como Nature e Scientific American, agora oferece aos autores de artigos científicos um pacote de “Media Kit” por US$ 49, gerado por IA, para resumir e divulgar seu trabalho por meio de comunicações. A empresa justifica que a ferramenta ajuda a transformar textos técnicos em trechos concisos para imprensa e redes sociais, poupando tempo dos pesquisadores.
Ao mesmo tempo, a editora usa IA internamente para checagens editoriais automáticas e para detectar estudos falsos ou conteúdos gerados sem autoria humana — cancelando ou barrando artigos suspeitos.
Essa adoção dupla de IA revela um contraste: oferecer serviços pagos de IA aos autores, enquanto emprega ferramentas de IA para manter a qualidade acadêmica. O equilíbrio entre exploração comercial e controle editorial demonstra o momento complexo que as grandes editoras enfrentam na era da inteligência artificial.
É bom lembrar que uma empresa, como a Springer, precisa apresentar desempenho financeiro. Mesmo com preço elevado de submissão e valores exorbitantes para quem deseja acessar seus artigos, a perspectiva de obter mais lucro é atraente para a editoras científicas.

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