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25 junho 2025

PCAOB multa Big Four na Holanda por fraude em exames

A PCAOB (Public Company Accounting Oversight Board) multou as filiadas da Holanda da Deloitte e PwC em US$ 3 milhões cada, e da EY em US$ 2,5 milhões – totalizando US$ 8,5 milhões – por fraude massiva em exames internos, incluindo testes de ética, entre 2018 e 2022. Centenas de funcionários, desde auditores juniores até sócios, combinaram respostas ou fizeram os testes juntos. No caso da Deloitte, o diretor de qualidade renunciou após acessar respostas antes do exame; na PwC, um sócio deixou um cargo de liderança por comportamento semelhante. 

A PCAOB ressaltou que a cultura dessas empresas permitiu corrupção ética. O órgão agradeceu a cooperação e destacou que os valores poderiam ter sido maiores sem isso. Em 2024, a KPMG Holanda havia sido multada em US$ 25 milhões por esquema similar . As empresas estão sob supervisão intensiva da autoridade neerlandesa AFM e adotando reformas – de advertências a demissões – para restaurar a integridade e confiança do mercado

Fonte: aqui

Trabalho no Egito Antigo: contabilidade como fonte de informação


O artigo "Work, wages and apprenticeships: sifting for clues about the lives of girls in ancient Egypt", publicado no The Conversation, explora evidências arqueológicas que revelam aspectos da vida de meninas no Egito Antigo. Papiros e registros administrativos indicam que meninas participavam de atividades econômicas, como tecelagem e produção de alimentos, e algumas recebiam salários por seu trabalho. Há também indícios de que meninas podiam ser aprendizes em ofícios especializados, sugerindo que o aprendizado profissional não era exclusivo dos meninos. 

Essas descobertas desafiam a visão tradicional de que as mulheres no Egito Antigo estavam restritas ao ambiente doméstico, mostrando que elas desempenhavam papéis ativos na economia e na sociedade. Uma das fontes da pesquisa, os registros administrativos, são os registros contábeis de pagamentos de salários. 

24 junho 2025

Tráfico de escravos, marinha real e ideologia


Durante grande parte do século XIX, a Grã-Bretanha lutou para suprimir o tráfico transatlântico de escravos, enviando navios da Marinha Real para interceptar negreiros ao longo da costa africana. Ao digitalizar dados de arquivos históricos, mostramos que essa campanha de repressão começou de forma modesta, mas foi ganhando força ao longo do tempo, chegando a envolver mais de 14% da frota da Marinha. Explorando a distância entre as rotas dos navios negreiros e as bases britânicas, bem como o momento em que essas bases foram estabelecidas, constatamos que a campanha aumentou a probabilidade de captura dos negreiros, mas não conseguiu interromper o tráfico de escravos como um todo. Na verdade, as mudanças na demanda por escravos desempenharam um papel mais relevante no fim do tráfico. Por fim, fornecemos evidências sugestivas de que a Grã-Bretanha manteve sua custosa campanha naval por motivos ideológicos. 

O papel da campanha foi importante, conforme destacam os autores em um determinado trecho:

Para esclarecer o papel dos fatores do lado da demanda, exploramos uma mudança significativa de política em um dos principais destinos do tráfico negreiro: a promulgação da Lei Eusébio de Queiroz pelo Brasil, em 1850, que proibiu o tráfico de escravos com outras nações. Ao comparar o Brasil com outros países, observamos uma queda acentuada nas viagens de tráfico destinadas ao primeiro após a entrada em vigor da nova lei. Portanto, os fatores do lado da demanda foram cruciais para o fim do tráfico de escravos. No entanto, isso não significa que o trabalho da Marinha Real no lado da oferta tenha sido em vão. A mudança de política do Brasil pode ser atribuída, em parte, aos ataques da Marinha Real contra os negreiros brasileiros, uma ação que aumentou a pressão sobre o país para encerrar seu comércio de escravos. 

O artigo original está aqui. O resumo foi obtido inicialmente aqui . Imagem aqui

Competência do profissional expandida


Em junho de 2025, o Institute of Management Accountants (IMA) anunciou a ampliação de seu Competency Framework para profissionais de contabilidade e finanças. A atualização incorpora habilidades essenciais para o ambiente de negócios atual, incluindo análise de dados, operações empresariais, tecnologia da informação e gestão de projetos. A nova versão será detalhada em conferências do IMA e da American Accounting Association, promovendo a integração entre contadores e profissionais de áreas correlatas. 

O IMA é uma das maiores associações profissionais dedicadas à contabilidade gerencial. Fundado em 1919, promove educação, certificação e desenvolvimento profissional. Oferece a certificação CMA (Certified Management Accountant) e publica pesquisas, guias e frameworks que fortalecem competências estratégicas, financeiras e tecnológicas dos profissionais de finanças. 

23 junho 2025

Iasb propõe uma versão revisada do Relatório de Administração


Em 23 de junho de 2025, o International Accounting Standards Board (IASB) publicou uma versão revisada da IFRS Practice Statement 1: Management Commentary. Essa atualização visa aprimorar a qualidade e a consistência global dos relatórios narrativos que acompanham as demonstrações financeiras, atendendo às demandas dos investidores por informações mais relevantes e específicas. O IASB colaborou estreitamente com o International Sustainability Standards Board (ISSB) para alinhar os requisitos de ambas as entidades, promovendo uma integração eficaz entre os relatórios financeiros e as divulgações relacionadas à sustentabilidade. A nova declaração incorpora inovações em relatórios narrativos, incluindo elementos do Integrated Reporting Framework, e destaca a importância de fornecer informações materiais sobre questões de sustentabilidade para compreender o desempenho e as perspectivas futuras da empresa. Além disso, a IFRS Foundation divulgou orientações sobre divulgações relacionadas à transição climática, auxiliando as entidades na aplicação do IFRS S2. Essas iniciativas reforçam o compromisso com a transparência e a integração das informações financeiras e de sustentabilidade, beneficiando investidores e outras partes interessadas. 

Eneva divulga relato integrado de 2024

Eis a notícia:


A Eneva (ENEV3) divulgou nesta segunda-feira, 23, seu novo Relato Integrado, contendo, pela primeira vez, o Databook ESG (Environmental, Social, and Governance), que contempla os indicadores das diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), do Sustainability Accounting Standards Board (SASB) e do Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD). Neste ciclo a companhia também revisou suas metas públicas de ESG a fim de garantir um melhor alinhamento dos compromissos com o seu modelo de negócios, uma abordagem mais pragmática e permitir uma mensuração mais clara do impacto de suas operações nas comunidades e ambientes em que atua. Segundo a companhia, o novo plano estratégico está fundamentado em três pilares essenciais, diretamente alinhados ao seu modelo de negócios, ao seu propósito e ao foco de seus projetos socioambientais, que se desdobram em eixos de atuação com metas e indicadores específicos, com prazos definidos. 
 

O relatório pode ser obtido aqui. Mais sobre a empresa aqui

A habilidade desejável no mundo da IA


Quais habilidades os modelos de IA como o ChatGPT tornarão mais importantes? (...) sua resposta [de John List] foi “habilidades de pensamento crítico”! (...)

Mas para mim, ainda mais importante do que essa resposta foi seu raciocínio econômico: o pensamento crítico é mais essencial do que nunca porque os modelos de IA reduziram o custo de criar informações para quase zero. Nas próprias palavras do professor List, “no passado havia valor na criação de grandes quantidades de informação. Isso agora é sem custos. A nova moeda é como gerar, assimilar, interpretar e tornar essa grande quantidade de informação acionável. 

Fonte: aqui