
Adaptado, daqui
Sobre débitos e créditos da vida real
Exame suficiência é obrigatório a partir de 30 de julho
por Maria Carolina Buriti
08/07/2010
Presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) explica o que mudará na carreira com a volta do teste
partir de 30 de julho será obrigatório realizar o exame de suficiência para o exercício da carreira contábil. A volta do teste é uma das modificações trazidas pela publicação, no último 14 de junho, da Lei 12.249/10, que entre outras atribuições altera o Decreto –Lei nº 9295, de 27 de maio de 1946, referente à regulamentação da profissão.
Em entrevista à Rádio FinancialWeb, o presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, explica como funciona o exame e o por que de sua volta. Saiba mais sobre gestão de pessoas. Visite o espaço de Antonio Flávio Pacini, Expert do FinancialWeb
Segundo o presidente, a medida traz grandes melhorias para a carreira contábil, que está em expansão e já ocupa o sexto lugar no mundo e o terceiro na Europa. As diretrizes acerca do exame estarão resolvidas em 30 dia de julho, data que vence os 45 dias que o Conselho teve de prazo para adaptação à exigência. A princípio há intenção de aplicar dois exames de suficiência por ano.
A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região cassou ontem liminar que permitia às companhias abertas associadas ao Instituto Brasileiros de Executivos de Finanças (Ibef Rio) não revelarem informações relativas à remuneração de presidentes e diretores, como previsto na instrução 480 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicada em dezembro.
— É uma vitória importantíssima. A decisão reconhece a legitimidade da instrução e o consenso internacional sobre o tema. Estamos muito satisfeitos — afirmou o chefe da Procuradoria Federal Especializada junto à CVM, Alexandre Pinheiro dos Santos.
A liminar tinha sido concedida em março, como parte de uma ação judicial que tramita na 5ª Vara Federal Cível. A alegação do Ibef Rio é que a divulgação coloca em risco a segurança dos executivos. Procurada ontem à noite, a assessoria do Ibef Rio não foi encontrada. Apesar de a liminar ter sido cassada, a ação ainda corre na Justiça. A expectativa da CVM é que a decisão final também seja a seu favor.
A revista americana “Fortune” divulgou ontem o ranking das 500 maiores empresas do mundo. O primeiro lugar ficou com a gigante do varejo Walmart, que este ano reconquistou o primeiro lugar da Royal Dutch Shell. A lista ainda conta com sete empresas brasileiras: Petrobras, Itaúsa, Bradesco, Banco do Brasil (BB), Vale, Ultrapar Holdings e JBS.
A Walmart, que ano passado ficara em terceiro, registrou vendas de US$408 bilhões. Várias petrolíferas estão entre as dez mais: além da Shell (faturamento de US$285 bilhões), há Exxon Mobil (3º lugar, US$284,6 bilhões) e as chinesas Sinopec (7º, US$187,5 bilhões) e China National Petroleum (10º, US$165 bilhões). A britânica BP, responsável pelo desastre ambiental no Golfo do México, ficou em 4º, com US$246 bilhões.
Completam o top ten as japonesas Toyota (5º) e Japan Post Holdings (6º), a chinesa State Grid (8º) e a francesa AXA (9º).
A Petrobras ocupa o 54º lugar, com faturamento de US$91,8 bilhões. Itaúsa está em 117º, com US$57,8 bilhões; Bradesco, em 135º, com US$51,6 bilhões; BB, em 148º, com US$48,1 bilhões; Vale, em 363º, com US$23,3 bilhões; Ultrapar, em 471º, com US$18 bilhões; e JBS, em 496º, com US$17,1 bilhões.
A “Fortune” citou o supermercado flutuante da Nestlé, que leva os produtos da multinacional até a população ribeirinha da Amazônia: “Para se tornar e permanecer grande na economia global de hoje, as empresas precisam ir mais além — por terra ou por mar”. E acrescenta que é crucial fazer isso nos países que crescem mais que EUA, Europa e Japão.