05 julho 2014
Estatística e Messi
Se você gosta de estatística e futebol, você deveria ser obrigado a ler um artigo publicado recentemente na internet. É uma análise estatística e comparativa de 2010 até agora entre os maiores jogadores do mundo. A conclusão: Messi é de longe o melhor de todos. Em todos os aspectos. Leia.
04 julho 2014
Curso de Contabilidade Básica: Autoinvestimento
Recentemente a presidente da Petrobrás declarou que a empresa não irá fazer nenhuma captação adicional de recursos dos acionistas até 2030. Isto significa que a empresa irá usar os recursos gerados internamente para fazer face aos investimentos necessários para os próximos anos ou irá captar financiamentos. Mas será isto verdade?
Em primeiro lugar é necessário dizer que a captação de recursos de terceiros tem certos limites que são impostos pelos níveis de endividamento. Em outras palavras, a empresa não pode se endividar eternamente. Em algum momento o risco é tão grande que nenhuma instituição financeira quer assumir o risco de fazer um empréstimo. Alguns analistas acham que este é o caso da Petrobrás. Segundo, estamos falando do futuro e as demonstrações contábeis divulgadas mensuram o passado. O futuro é antes de tudo uma opinião. Mas se olharmos o passado teremos uma visão se esta opinião é realista ou não. Em terceiro lugar, os três tipos de fluxos estão interligados. A presidente estava focada no fluxo das atividades de financiamento e afirmou que não existirão novos lançamentos de ações. Mas se os investimentos forem grandes em relação ao caixa gerado nas atividades operacionais talvez seja necessário captar empréstimos.
Vamos considerar os valores históricos trimestrais da empresa desde o início de 2008 até 2013. No gráfico abaixo são apresentados os dados históricos dos três grupos de fluxos da empresa.
A figura mostra que o fluxo das operações tem-se mostrado relativamente constante no período. E que ocorreram dois momentos (ou talvez três) onde o fluxo das atividades de financiamento foi elevado. Isto pode ser um sinal que isto irá ocorre novamente, contrariando as palavras da presidente.
Outro aspecto onde é possível usar a DFC é verificar se o fluxo das operações mais o fluxo dos investimentos são negativos. Se isto estiver ocorrendo de maneira habitual no passado é mais provável que se repita no futuro. O gráfico acima poderia ajudar; mas como os valores são trimestrais, torna-se mais difícil a percepção do comportamento desta soma no longo prazo. Para visualizar melhor se o fluxo das operações mais dos investimentos são positivos, utilizei os valores acumulados, desde o início de 2008. Esta informação é a linha vermelha do gráfico abaixo:
É possível notar que a soma das duas variáveis é quase sempre crescente. Isto indica que no longo prazo, nos últimos anos, ocorreu uma geração de recursos no operacional e no investimento. Assim, não seria necessária a captação de dinheiro dos acionistas. Outro aspecto importante na figura acima é a linha azul, que mostra o lucro líquido acumulado da empresa. Boa parte deste lucro fica na empresa, melhorando o endividamento. E este lucro líquido acumulado tem crescido acima da soma do fluxo operacional e de investimento juntos. Resumindo, estes dados parecem indicar que a executiva da empresa pode ter razão: a empresa não irá necessitar de um aumento de capital, baseado na nossa análise do passado. E que tem capacidade de financiar seus investimentos com os recursos gerados internamente.
Existem outros aspectos que podem ser considerados na análise. Aqui foram apresentados como é possível, usando os dados da DFC, discutir a validade ou não da afirmação da presidente da Petrobras.
Em primeiro lugar é necessário dizer que a captação de recursos de terceiros tem certos limites que são impostos pelos níveis de endividamento. Em outras palavras, a empresa não pode se endividar eternamente. Em algum momento o risco é tão grande que nenhuma instituição financeira quer assumir o risco de fazer um empréstimo. Alguns analistas acham que este é o caso da Petrobrás. Segundo, estamos falando do futuro e as demonstrações contábeis divulgadas mensuram o passado. O futuro é antes de tudo uma opinião. Mas se olharmos o passado teremos uma visão se esta opinião é realista ou não. Em terceiro lugar, os três tipos de fluxos estão interligados. A presidente estava focada no fluxo das atividades de financiamento e afirmou que não existirão novos lançamentos de ações. Mas se os investimentos forem grandes em relação ao caixa gerado nas atividades operacionais talvez seja necessário captar empréstimos.
Vamos considerar os valores históricos trimestrais da empresa desde o início de 2008 até 2013. No gráfico abaixo são apresentados os dados históricos dos três grupos de fluxos da empresa.
A figura mostra que o fluxo das operações tem-se mostrado relativamente constante no período. E que ocorreram dois momentos (ou talvez três) onde o fluxo das atividades de financiamento foi elevado. Isto pode ser um sinal que isto irá ocorre novamente, contrariando as palavras da presidente.
Outro aspecto onde é possível usar a DFC é verificar se o fluxo das operações mais o fluxo dos investimentos são negativos. Se isto estiver ocorrendo de maneira habitual no passado é mais provável que se repita no futuro. O gráfico acima poderia ajudar; mas como os valores são trimestrais, torna-se mais difícil a percepção do comportamento desta soma no longo prazo. Para visualizar melhor se o fluxo das operações mais dos investimentos são positivos, utilizei os valores acumulados, desde o início de 2008. Esta informação é a linha vermelha do gráfico abaixo:
É possível notar que a soma das duas variáveis é quase sempre crescente. Isto indica que no longo prazo, nos últimos anos, ocorreu uma geração de recursos no operacional e no investimento. Assim, não seria necessária a captação de dinheiro dos acionistas. Outro aspecto importante na figura acima é a linha azul, que mostra o lucro líquido acumulado da empresa. Boa parte deste lucro fica na empresa, melhorando o endividamento. E este lucro líquido acumulado tem crescido acima da soma do fluxo operacional e de investimento juntos. Resumindo, estes dados parecem indicar que a executiva da empresa pode ter razão: a empresa não irá necessitar de um aumento de capital, baseado na nossa análise do passado. E que tem capacidade de financiar seus investimentos com os recursos gerados internamente.
Existem outros aspectos que podem ser considerados na análise. Aqui foram apresentados como é possível, usando os dados da DFC, discutir a validade ou não da afirmação da presidente da Petrobras.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
Listas: Os países bons
Uma lista com 125 países baseado no que eles oferecem para a
humanidade em sete áreas: ciência e tecnologia (Reino Unido em primeiro),
cultura (Bélgica), paz internacional (Egito!!), ordem mundial (Alemanha),
planeta e clima (Islândia), prosperidade e igualdade (Irlanda) e saúde e bem
estar (Espanha):
1 – Irlanda
2 – Finlândia
3 – Suíça
4- Holanda
5 – Nova Zelândia
6 – Suécia
7 – Reino Unido
8 – Noruega
9 – Dinamarca
10 – Bélgica
Fonte: Aqui
Brasil ficou em 49º., sendo, na ordem: 75 (C&T), 49
(cultura), 83 (paz), 37 (ordem), 5 (planeta), 123 (properidade e igualdade, em
125 países) e 52 (saúde)
03 julho 2014
Curso de Contabilidade Básica: Devolução de Vendas
Em operações com mercadorias temos situações de devolução,
desconto, impostos e seus efeitos sobre a contabilização. A separação destes
itens na demonstração do resultado pode ser útil para fins de análise, em
especial nas empresas comerciais. Mas o padrão normal é a empresa não segregar,
para fins de informação externa, estes itens. Como foi o caso da Eletrosom que divulgou a seguinte demonstração do resultado:
A DRE apresenta o custo das mercadorias vendidas e a receita
operacional líquida. Nada de devolução, impostos, descontos e outros itens. No
caso da Eletrosom, uma investigação nas notas explicativas mostra que esta
empresa de Monte Carmelo (MG) publicou uma nota explicativa
sobre o assunto:
Assim, as devoluções foram de 27,8 milhões de reais em 2013,
versus 25,3 milhões em 2012. Isto corresponde um pouco mais de 3% do valor da
receita. Bom ou ruim? Aqui é necessário obter a mesma informação de outras
empresas do mesmo setor para fazer uma comparação mais adequada.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
Pesquisa com Facebook
O Facebook autorizou uma pesquisa para saber como as pessoas
reagem a emoções. Mais especificamente, se as emoções são contagiosas. Para
isto, encaminhou postagens positivas para alguns usuários e postagens negativas
para outros. O resultado é: as pessoas são influenciadas pelas postagens.
A pesquisa está sendo muito comentada por diversos motivos: pelo
resultado, pela questão “ética” de fazer uma pesquisa sem consentimento do
usuário, pela manipulação do e pela qualidade intrínseca do método. Aqui um resumo das críticas.
Ignorância é Poder
Somos induzidos a acreditar que o conhecimento está
associado ao poder. O gestor que muito sabe teria mais poder sobre seu
chefe/subordinados. Mas o Stumbling & Mumbling http://stumblingandmumbling.typepad.com/stumbling_and_mumbling/2014/06/when-ignorance-is-power.html
apresenta dois exemplos que mostram que a ignorância pode estar associada ao
poder. O primeiro, do Nobel Thomas Schelling, mostra que o executivo que mantém
uma ignorância plausível sobre um crime que está ocorrendo na empresa terá
menos chances de ser chantageado, por exemplo. McGoey, ainda citado pelo site, relembra
o caso dos banqueiros que tomaram risco antes da crise financeira. Diante do
clamor do público eles podiam afirmar: “eu não sabia”.
Podemos acrescentar o político que usa a mesma frase.
Listas: 10 cidades mais caras
Que tal descobrir exatamente quanto custa morar numa cidade antes de se mudar para lá? O cálculo do custo de vida envolve mais que preço do aluguel: transporte, alimentação, acesso à cultura e entretenimento, higiene pessoal e roupas. O Expatistan é um banco de dados que permite comparar os valores que se gasta em diferentes lugares. A lista é feita de maneira comparativa e colaborativa, uma espécie de Wikipedia dos preços.
Os valores são constantemente atualizados pelas pessoas que moram no local. Rio de Janeiro é a cidade mais cara do Brasil e está no 73º lugar (!!) no ranking, São Paulo fica em 108º e Brasília em 127º. Vale lembrar que o ranking não avalia o valor dos salários médios da população, porque é voltado para quem pensa em mudar de cidade e quer saber quanto custa viver em outros lugares. Confira quais são as cidades mais caras:
Por Luíza Antunes via Superinteressante
Os valores são constantemente atualizados pelas pessoas que moram no local. Rio de Janeiro é a cidade mais cara do Brasil e está no 73º lugar (!!) no ranking, São Paulo fica em 108º e Brasília em 127º. Vale lembrar que o ranking não avalia o valor dos salários médios da população, porque é voltado para quem pensa em mudar de cidade e quer saber quanto custa viver em outros lugares. Confira quais são as cidades mais caras:
1. Londres (Reino Unido)
Na cidade mais cara do ranking, os preços de moradia, transporte e entretenimento são bem altos. O aluguel na região mais cara da cidade custa cerca de 4.472 dólares, 1 mês de transporte são US$ 210 e um almoço pode chegar a US$ 23. Em comparação com o Rio de Janeiro, Londres é 69% mais cara.
2. Oslo (Noruega)
Os preços em Oslo são pouco convidativos para viajantes. Alimentação, entretenimento, roupas e cuidados pessoais são caríssimos na cidade. Ela só não passa Londres no ranking por conta dos custos de moradia e transporte relativamente mais baratos. O preço do aluguel é US$ 3.145, o transporte mensal sai por 104 dólares e um almoço custa US$ 43. A cidade norueguesa é 73% mais cara que o Rio.
3. Genebra (Suíça)
A Suíça é o país mais caro do mundo de acordo com o ranking, já que três cidades do país estão entre as mais caras. Em Genebra, os preços de cuidados pessoais, alimentação e vestuário são bem altos. O preço do aluguel é US$ 3.949, um mês de transporte público custa 78 dólares e o almoço US$ 28. Na comparação com o Rio de Janeiro, Genebra é 61% mais cara.
4. Zurique (Suíça)
Em Zurique, também na Suíça, é difícil de gastar pouco no dia a dia. O custo de vida na cidade é bem alto em todos os quesitos avaliados, mas ligeiramente mais barato no aluguel e transporte. A cidade é 66% mais cara que o Rio de Janeiro. O custo de aluguel é US$ 3.941, já o valor do transporte público chega a 88 dólares por mês e um almoço em média sai por US$ 31.
5. Nova York (Estados Unidos)
Uma das cidades mais turísticas dos Estados Unidos também é um dos lugares mais caros do mundo para se viver. Sem dúvida, é o preço do aluguel que puxa Nova York para cima no ranking. Lá, a moradia pode custar 4,196 dólares. Já o almoço é um dos mais baratos da lista: US$ 16. O transporte tem o preço médio de US$ 113. Morar em Nova York é 44% mais caro do que morar no Rio.
6. Lausana (Suíça)
Lausana é a terceira cidade Suíça no ranking. É lá que fica a sede do Comitê Olímpico Internacional (COI). Espere pagar US$ 3.168 por um mês de aluguel, 79 dólares pelo transporte público e 21 dólares num almoço médio. Lausana é 47% mais cara do que o Rio de Janeiro, com preços muito altos para alimentação e higiene pessoal.
7. Cingapura (Cingapura)
A única cidade asiática no ranking das mais caras do mundo tem o maior número de famílias milionárias em dólares per capita do planeta. Em Cingapura, espere pagar US$ 3.906 pelo aluguel. São 75 dólares por um mês de transporte público e somente 10 dólares pelo almoço. A cidade é 46% mais cara que o Rio de Janeiro.
8. Paris (França)
A cidade mais turística do mundo tem preços que não são para qualquer um. Em Paris, o aluguel pode sair por US$ 3.542, o transporte público mensal custa 90 dólares e um almoço 22 dólares. Paris é 35% mais cara do que o Rio de Janeiro.
9. São Francisco (Estados Unidos)
São Francisco, na Califórnia, é a segunda cidade mais cara dos Estados Unidos. Viver lá custa mais do que em Boston, Chicago ou Los Angeles. A cidade é 31% mais cara do que o Rio de Janeiro. O aluguel na área nobre da cidade sai por 3.811 dólares. Um mês de transporte público custa US$ 66 e um almoço executivo 14 dólares.
10. Copenhague (Dinamarca)
Fechando a lista das mais caras está Copenhague, na Dinamarca. A cidade é constantemente eleita um dos melhores lugares para se viver no mundo. Mas tamanha qualidade de vida tem um preço. No caso, são US$ 2.553 de aluguel por mês, 84 dólares pelo transporte público e 26 dólares é o valor médio de um almoço. Copenhague é 33% mais cara que o Rio.Por Luíza Antunes via Superinteressante
02 julho 2014
Curso de Contabilidade Básica: Estoques de mais ou de menos
Ao comentar sobre a empresa Brasil Pharma, o jornal O Estadode S. Paulo (30 de junho de 2014, p. B1) afirma:
Outro grande tropeço
ocorreu entre o fim de 2012 e o ano passado, quando o grupo formou um alto
volume de estoque de medicamentos com prazo de validade curto, por conta de
falhas em sistema de compras, afirmou uma fonte. O grupo negocia a devolução de
produtos e tem dado descontos ao consumidor
Será isto verdade? Se sim poderíamos esperar um aumento no
valor dos estoques. Mas o valor dos estoques é influenciado pela quantidade
vendida. O cálculo do prazo de estocagem seria útil aqui para verificar se a
empresa aumentou o volume de estoques. Existem outros dois efeitos, que é a
negociação da devolução dos produtos e os descontos. A devolução pode deduzida
na relação entre a receita bruta e a receita líquida.
Vejamos cada um deles usando as informações a partir do
segundo semestre de 2012 (usamos este período pelo fato de ser a data da última
grande aquisição da empresa). Em primeiro lugar, o prazo de estocagem da empresa:
Realmente o prazo de estocagem aumentou de 92 dias para 112
dias no terceiro trimestre de 2013. Mas nos dois últimos trimestres a empresa
reduziu este prazo para 88 dias. Este fato parece ter sido confirmado pelos
cálculos
Segundo lugar, ocorreu uma grande redução na margem da
empresa: de 34% para 20% no último trimestre. Isto pode ser um sintoma de
descontos, que tem reflexo na margem.
Um aspecto complementar é observar a relação inversa entre
giro e margem. Em geral, quando uma empresa reduz sua margem obtém uma melhoria
no prazo de estocagem (e no giro, por consequência). No caso da BR Pharma
parece que a empresa reduziu sua margem e aumentou o giro; em outras palavras,
a empresa está girando mais seus estoques em razão da redução da sua margem.
Finalmente, para verificar o efeito das devoluções, a
relação entre receita líquida e a bruta encontra-se abaixo:
Aparentemente o aumento nas devoluções não está refletido
nesta relação.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
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