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Mostrando postagens com marcador inflação. Mostrar todas as postagens
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29 março 2011

Inflação na Argentina

O Valor Econômico mostra uma reportagem sobre o cálculo da inflação na Argentina (Inflação oficial fajuta na Argentina cria 'calote branco' de US$ 5,2 bi, Daniel Rittner – 28 mar 2010). A questão é a diferença entre a inflação oficial, que no ano passado foi de 10,9%, e o índice real, talvez em torno de 25%.

Ao reestruturar sua dívida, a Argentina lançou títulos indexados ao índice de preços. Estes títulos passaram a representar 23% da dívida bruta de 164 bilhões.
Os juros pagos aos detentores de papéis atrelados à inflação totalizaram US$ 4,1 bilhões em 2010. Esse valor teria mais do que dobrado caso o governo assumisse uma alta mais acelerada dos preços.
Na realidade a situação é mais grave, já que estamos falando de juros compostos. Assim, um valor menor no passado tende a continuar afetando o valor dos papeis nos próximos anos.

10 março 2011

Meta de inflação funciona?

Meta de inflação funciona? - Postado por Pedro Correia

De acordo com o working paper de Irineu de Carvalho a resposta é afirmativa:

"We find that inflation targeting countries lowered nominal and real interest rates more sharply than other countries; were less likely to face deflation scares; and had sharp real depreciations without a relative deterioration in their risk assessment by markets."

28 janeiro 2011

Inflação Manipulada?

A revista The Economist apresentou um cálculo interessante. Usando o índice Big Mac, que mede se a taxa de câmbio está valorizada ou não, comparou-se com a taxa de inflação oficial para um período longo de tempo. O resultado encontra-se no gráfico abaixo.


 


A Argentina aparecendo como a maior diferença entre a taxa de inflação oficial e a variação do preço do Big Mac não é uma surpresa. Afinal, sabemos que nossos hermanos estão calculando a inflação de maneira inadequada. A inflação anual do hambúrguer ficou em 19%, enquanto a inflação oficial foi de 10% no período de 2000 a 2010. Mas observe que o Brasil está logo após. A diferença anual estaria em 10%. Uma parte da variação talvez seja explicada pelo fato de que no início do século o câmbio está muito desvalorizado e agora está valorizado. Mas só isto ajudaria a explicar isto? Será que não existe uma manipulação dos preços?

06 janeiro 2011

Ativo monetário e ativo não monetário

Argentinos como Hernan Valdez estão comprando carros para guardar as suas poupanças. Com a inflação atingindo 30 por cento no próximo ano [2011], para as pessoas é melhor comprar um carro do que ver seu dinheiro desaparecer.

"Quem pode compra um imóvel, mas quem não pode compra carros", disse Valdez.

(...) Nos Estados Unidos, um carro novo desvaloriza cerca de 20 por cento do seu valor logo que sai da concessionária, mas não na Argentina.


Why Argentines invest in cars – The World

Os brasileiros conheceram este problema no período de hiperinflação. Comprar um automóvel significa trocar um ativo monetário (dinheiro ou aplicação financeira) por um ativo não monetário, que não sofre perda ou ganho monetário com a inflação.

08 outubro 2010

Imóveis e balanços de bancos

O novo Índice Nacional dos Preços de Imóveis, que o governo pretende lançar em 2011, conforme noticiou ontem O GLOBO, deverá ter outra finalidade além do monitoramento do setor imobiliário para evitar bolhas. Ele poderá ser utilizado como índice de atualização monetária do valor das garantias dos imóveis financiados, nos balanços dos bancos. Atualmente, se utiliza o mesmo indexador do contrato habitacional, a TR (Taxa Referencial).

O entendimento de técnicos do governo e do setor privado é que a TR não é um índice adequado, pois não guarda qualquer relação com o comportamento real dos valores dos imóveis. Além disso, em um ambiente de instabilidade, pode gerar distorções e esconder problemas nos balanços das instituições financeiras.

A substituição da TR pelo novo índice não terá impacto para os mutuários, pois os contratos continuarão sendo corrigidos pelo indexador contratado, atualmente a TR. O efeito seria apenas do ponto de vista contábil nos balanços dos bancos.

Segundo técnicos envolvidos nas discussões, a adoção de um índice de preços para corrigir os balanços dos bancos poderia ter evitado, por exemplo, os problemas com financiamentos imobiliários no período de hiperinflação, antes da implantação do Plano Real, em julho de 1994.

Naquela época, os balanços dos bancos informavam que os créditos estavam amparados com folga pelas respectivas garantias (imóveis financiados) — o que não condizia com a realidade. Naquela época, o valor dos imóveis nem de longe acompanhava os índices de inflação e o real valor do imóvel era muito inferior ao saldo devedor.


Índice de imóveis atualizará balanços - 8 Out 2010 - O Globo - Geralda Doca

04 agosto 2010

Inflação


O gráfico mostra a história da inflação no Brasil, entre 1963 a 2009, usando o deflator implícito do IBGE. Como se pode notar, os últimos anos foram de grande estabilidade na variação dos preços na economia. Enquanto a década de oitenta e início da década de noventa tivemos variações acima de dois mil por cento ao ano, os últimos valores não ultrapassam a casa de um dígito.

Este gráfico é uma atualização daquele constante no capítulo nove do livro de Teoria da Contabilidade, em co-autoria com o professor Jorge Katsumi. No capítulo discute-se a questão da contabilidade em ambientes inflacionários. Existem alguns pesquisadores que considera necessário manter métodos para corrigir as variações de preços, mesmo quando a inflação fica em 5%, como ocorreu em 2009. Entretanto, as empresas preferem adotar uma postura mais pragmática, evitando adotar métodos de correção das demonstrações contábeis.

23 abril 2010

Ibovespa

Em 42 anos de existência do Ibovespa, foram registrados 26 anos de altas e 16 anos de baixas, cuja valorização acumulada foi de 1.313,72% (média de 31,28% ao ano), segundo estudo elaborado pela Tov Corretora.

(Fonte: Em 42 anos, investir em ações rende 31% ao ano em média - Vanessa Correia – Brasil Econômico - 22/04/10 19:37)


 

O período analisado inclui os anos anteriores a 1994, quando a inflação anual era extremamente elevada. O texto não informa se a série foi deflacionada ou não, mas comparar os anos inflacionários com os anos após o Plano Real é temeroso.

23 abril 2009

Erro da The Economist



A revista The Economist talvez seja o periódico mais admirado no mundo. Seu estilo próprio e suas opiniões fazem com que seu texto seja aguardado e reproduzido. Quinta-feira é o dia de uma nova edição da The Economist!

O gráfico acima foi publicado na revista. Mostra se as empresas pretendem aumentar os salários e em que percentual. Assim, na Venezuela, os salários devem sofrer um acréscimo de 25% este ano.

O problema da figura? Deixou de considerar a inflação. Isto é aumento nominal.

13 janeiro 2009

Ilusão da Moeda

A época que a pessoa nasceu interfere nas decisões financeiras tomadas e na atitude perante o risco. Este fato é muito explorado no livro Outlier (muito bom, vale a pena ler). Mas chamou a atenção o seguinte texto:

Ms Malmendier e Mr Nagel também encontraram que pessoas que viveram em períodos de elevada inflação sistematicamente esperam que a inflação futura seja mais elevada do que aqueles que não tiveram a experiência com alta inflação


Este aspecto é interessante. No passado, reproduzimos (eu e minha orientanda Ludmila) um trabalho sobre ilusão da moeda. E os resultados não corresponderam ao que foi obtido nos Estados Unidos. Teria alguma relação?

01 setembro 2008

Ilusão da Moeda


A volta da inflação nos Estados Unidos trouxe de volta a preocupação com a “ilusão da moeda”. Com uma inflação de 5,6% nos últimos doze meses, os ganhos dos investidores no mercado necessitam considerar a perda monetária com a moeda, distinguindo ganhos reais dos nominais.

O problema da ilusão da moeda já foi estudado por John Campbell e Tuomo Vuolteenaho, em “Inflation Illusion and Stock Prices,” na American Economic Review de maio de 2004. E por Franco Modigliani e Richard A. Cohn, na década de 1970, no mercado acionário, conforme lembra Mark Hulbert, em Illusions About Inflation (17/08/2008, New York Times) (clique aqui)

O aumento da inflação também possui efeitos nas demonstrações contábeis. Em situações com estas, a escolha do método de avaliação de estoque, como PEPS e média móvel, tem influencia sobre o resultado. A depreciação também é afetada pelo aumento dos preços quando se usa o custo histórico.

Outro problema é a taxa de desconto para as decisões de investimento. Mais do que isto, as incertezas com respeito ao impacto da inflação nas projeções faz com que o nível de risco dos projetos seja maior. (clique aqui para ler mais)

No Brasil, a questão da Ilusão da Moeda foi objeto de pesquisa também. Fiz uma pesquisa com uma orientanda, Ludmila, que mostrou

“os resultados encontrados possuem alguns pontos divergentes com o trabalho de Shafir, Diamond e Tversky (1997). Essas divergências podem ser explicadas pelos resquícios da cultura inflacionária que existiu no Brasil. Usando sexo, a posição do aluno no fluxo do curso e a idade como variáveis de controle, encontrou-se uma relação entre o sexo do respondente com a percepção sobre as representações reais e nominais.”


(Clique aqui para ter acesso ao texto)

19 agosto 2008

Uma nova moeda

Zimbábue adota uma nova moeda: cupom de gasolina. O país que vive uma grave crise econômica, que inclui a hiperinflação, tem dificuldade de suprir a população com moeda confiável. Notícia aqui. Anterior do blog, aqui

08 agosto 2008

Inflação e custo

Inflação já reduz margem de ganhos das empresas
Valor Econômico - 08/08/2008

A inflação começa a deixar marcas nos balanços das empresas, que mostram os efeitos de uma significativa pressão de custos nos resultados do segundo trimestre. As primeiras 69 sociedades anônimas não financeiras a publicar balanço registraram crescimento de apenas 1,8% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento do resultado foi muito inferior ao do faturamento, que avançou 26,7% no período.A diferença entre o crescimento da receita e o do resultado final é explicada, principalmente, pela elevação de 30,8% no custo de produção dos itens vendidos. (...)

Os setores dependentes de commodities são os mais prejudicados pela inflação. No segmento de alimentos, o frigorífico JBS, maior produtor mundial de carne bovina, encerrou o segundo trimestre com margens em queda e prejuízo de R$ 364 milhões. A Perdigão sofreu com os preços mais altos de matérias-primas como milho e soja e arcou com alta de 97,4% nos custos de produção. A concorrente Sadia notou aumento de até 50% nos insumos agrícolas, mas conseguiu repassar parte dos custos e elevou o lucro em 9,6%.

Outra variável com impacto nos balanços foi o câmbio, que reduziu a receita de empresas exportadoras. Mas para as endividadas em moeda estrangeira, como a Braskem, o efeito foi positivo. A empresa fechou o período com dívida bruta 6% menor, em R$ 8,8 bilhões, e lucrou R$ 383 milhões, 36% superior ao do ano passado.O ganho financeiro de Braskem e Gerdau garantiu uma melhora geral no resultado financeiro da amostra de empresas . Entretanto, a dívida líquida das companhias subiu 26,5%, para fazer frente ao aumento da produção e aos investimentos.

26 julho 2008

O valor da nota de uma nota


Quanto vale uma nota de 100 bilhões? No Zimbabwe, três ovos. Conforme postado anteriormente, o governo do Zimbabwe lançou novas cédulas de dólares do Zimbabwe. A figura (fonte, aqui) mostra o que se pode comprar com essa nota. Mas já surgiu a notícia que cédulas destas estão sendo vendidas no eBay.

Segundo o Carpe Diem uma nota de 100 bilhões está sendo oferta no eBay por entre 50 dólares a 70 dólares.

A figura abaixo, da The Economist, lembra os principais processos de hiperinflação mundial.

21 julho 2008

A nova nota do Zimbabue


O Zimbábwe, país da África (ex-Rodésia), apresenta-se num processo inflacionário superior a experiência passada brasileira. A inflação mensal é muito difícil de ser medida e a foto mostra o efeito disso: nota de 10 milhões de dólar zimbabuano.
Fonte: Big Picture

28 maio 2008

Inflação

A revista The Economist faz um levantamento sobre a volta da inflação em An old enemy rears its head. O gráfico abaixo mostra como a inflação cresceu em alguns países selecionados. O Brasil inclusive.



A segunda figura é a participação de alimentos nos índices de preços. A posição do Brasil é razoavelmente confortável.



No entanto, o texto destaca que o Brasil é um dos países com risco de aumento na taxa de inflação.

20 maio 2008

Educação e Inflação


O blog Stumbling and Mumbling (Education & inflation, 7 de fevereiro de 2008, ) tenta explicar que países com melhores níveis de educação tem menos probabilidade de ter inflação:

a)Pessoas espertas fazem pechinchas e as empresas terão mais pressão ao aumentar preços
b)Pessoas com maior nível de educação devem sofrer menos com a ilusão da moeda.
c)Pessoas mais educadas entendem que a inflação não é uma coisa boa e toleram políticas inflacionárias
d)Pessoas mais educadas tendem a ser credores e credores odeiam inflação.

20 dezembro 2007

Vida de rico não está fácil


O gráfico mostra o índice de preços para as pessoas ricas. Tradicionalmente o índice de preço é realizado considerando uma família média. Este índice foca os ricos e a variação destes preços. Fonte: Aqui