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26 junho 2018

Mercado e Impeachment

Este artigo visa a contribuir para o estudo sobre a reação do mercado acionário a ponto de gerar retornos anormais ou retornos anormais acumulados significativos no período do impeachment brasileiro. Por meio da hipótese do mercado eficiente (HME), em sua forma semiforte, objetivou-se verificar se o impeachment presidencial ocorrido no Brasil em 2016, em 3 datas distintas, proveu a reação esperada do mercado acionário na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBOVESPA). O tema é relevante, pois aborda aspectos políticos e de teoria econômica e suas interações nos mercados acionários. Impacta na área de mercados de capitais, porque sugere que agentes econômicos podem, por meio de suas expectativas e informações, verificar reações adversas no mercado. A metodologia empregada analiticamente incorpora breve revisão de literatura como base teórica acerca de instituições envolvidas e referencia historicamente eventos do impeachment. Quantitativamente, a metodologia consiste no estudo de eventos, de maneira que as expectativas são observadas por meio de modelos de regressão de séries temporais baseados nos modelos autorregressivos de médias móveis (autoregressive-moving-average- ARMA). O resultado encontrado, sob 3 importantes eventos que culminaram no impeachment presidencial brasileiro de 2016, foi que não se determinou nenhuma estatística significativa, em nível de 5%, em todas as janelas estimadas e em todos os eventos. Estatisticamente, não se pôde rejeitar a hipótese de que os retornos anormais e os retornos anormais acumulados fossem iguais a 0. Então, considerou-se que os mercados estavam bem informados em relação aos eventos, nessa situação específica, ou seja, segundo a HME, em sua forma semiforte, os mercados reagiram conforme o esperado.

(Aragão, Maia e Romero. Mercado acionário sob o impeachment presidencial brasileiro de 2016: um teste na forma semiforte da hipótese do mercado eficiente. Revista de Contabilidade e Finanças. 2018)

16 abril 2016

Fato da Semana: Crime Contábil

Fato: Crime Contábil

Data: Mês de abril de 2016

Fonte: Livros de história

Precedentes

02/12/2015 - A Câmara abre processo de impedimento contra a presidente da república
17/mar/16 - Câmara escolha a comissão para analisar o pedido. Quase um mês depois, o pedido é aprovado.
14/abr/16 - O Supremo mantém o processo e no dia seguinte a Câmara começa o processo.

Notícia boa para contabilidade?
Independente do resultado do processo, que finalizará no domingo, é inegável que está em julgamento um crime contábil. O TCU sugeriu num parecer a recusa das contas e deixou claro que a Lei de Responsabilidade Fiscal, com forte fundo contábil, não foi respeitada. Além disso, denúncias sobre corrupção nas empresas estatais, má gestão da administração pública e outros fatores fortaleceram o pedido. Mas estamos diante de um "mero" crime contábil.

Desdobramentos
Quem ganhar terá uma gestão da máquina pública muito difícil. Comenta-se no calote de salários, na revisão de algumas políticas públicas já consagradas, necessidade de sustentação da administração, entre outras tarefas. Não será nada fácil a vida do brasileiro nos próximos meses. Mas quem sabe os governantes possam temer (sem trocadilhos) mais os crimes contábeis.

Mas a semana só teve isto?
Geralmente evitamos politizar o blog, respeitando as escolhas do leitor. Mas este foi o fato da semana. E quanto mais observamos o que está sendo discutido, mais clara é a visão de que estamos diante, também, de um fato contábil.

16 março 2016

Política e Mercado

A notícia de que o ex-presidente Lula pode assumir o cargo de ministro da Secretaria do Governo desagradou os investidores, que apostavam em uma melhora da política econômica numa eventual ruptura do governo Dilma Rousseff. Eles temem que o ex-presidente possa tentar retardar o processo de impeachment da presidente, que começa a ser analisado hoje na Câmara dos Deputados. Lula também poderia incentivar políticas de crédito expansionistas para reanimar economia, e sugerir mudanças na condução da política econômica que aumentem o déficit fiscal. A mudança nas expectativas com a política causou um forte ajuste de preços nos ativos locais. O Ibovespa fechou em baixa de 3,56% aos 47.130 pontos, a menor pontuação desde 2 de março. O dólar comercial subiu 3,05%, negociado a R$ 3,76 para venda, a maior alta percentual desde 13 de outubro de 2015. As taxas de juros também avançaram na BMFBovespa. (Valor Econômico)