Translate

Mostrando postagens com marcador dicas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador dicas. Mostrar todas as postagens

01 julho 2012

PHD Comics - O Filme


Queridos leitores,

para os obsecados com o PHD Comics como eu, o filme foi lançado!!! (Não sei se só eu estava desatualizada... só percebi hoje). Por enquanto não há legendas em português, mas sim em inglês, espanhol, russo, grego!! xD eu achava que seria mais complicado, mas a película está disponível por US$ 9 aqui. Vamos lá? xD Eu cuido da pipoca e vocês das bebidas. Com certeza o seu orientador irá perdoar essa pausa na sua dissertação. A causa é mais que justa! É quase que um trabalho exploratório...!

Trilha sonora:

Links

Movimento por um Brasil literário

Troca de cartões postais (em inglês) – os usuários cadastrados trocam cartões postais (de verdade, via correio, old style). Assim há a possibilidade de receber cartões de todo o mundo e compartilhar os de sua cidade.

23 junho 2012

Pense Nerd

Essa é uma postagem light e rápida. E daquelas que não tem a ver com contabilidade – mas o nível geek permite que entre na pauta do blog. E não, não estamos recebendo nada por essa propaganda. A loja só é muito legal mesmo!

Eu “tropecei” nessa loja há algum tempo e fiquei apaixonada. Até fiz um pedido animado (coisa de brasileiro)... e já começo avisando da parte ruim. A DHL Express, empresa que cuida da entrega, vem até a sua porta trazer a caixinha junto com a cobrancinha dos impostos. Triste né? Acho errado porque diminui a sua animação em abrir aquela caixa e curtir seu dia de loucura.

O limite para não ter impostos é US$ 50,00. Isso não deveria incluir o frete, mas a nossa Receita Federal, supimpa como é, considera TUDO no bolo. É triste. Realmente triste. E ainda bem que os meus impostos são bem honestos porque depois dessa denúncia, me falaram que vou pra malha fina. ;)

Enfim, a loja é a ThinkGeek - para os fãs de séries, jogos e filmes, aqui é o céu das compras: Dexter, The Big Bang Theory, Doctor Who, Star Wars, Angry Birds, Harry Potter. Agora chegou esquema de The Hunger Game (Jogos Vorazes) também! (Claro que eu comprei o pin do Mockinjay – e não, não vi o filme. Mas os livros em inglês são um deleite!).


Vejam algumas coisas super nerdmente descoladas:

Telefones estilo retro que funcionam via Bluetooth. Achei engraçadinho...
Carregador solar portátil:
Camiseta “Não há lugar como o lar” e “princesa que se autossocorre”. (Há uma seleção interessantíssima de camisetas!)


Um anel? Sim. Um relógio solar? Também!!! Quem precisa de relógio quando tem o sol?
Dado com constantes matemáticas:
Bichinho de pelúcia do Android! S2
Uma gosminha para limpar eletrônicos (pelas especificações limpa super bem – teclados, celulares, periféricos – e pode ser reutilizado uma dúzia de vezes)
Boné detector de Wi-Fi (camisetas também dispponíveis):
Legal demais né? Espero que tenham gostado e que não tenham gastado muito dinheiro. ;)

E se possível, alguém pode me explicar por que há tanto ânimo com bacon? (Tem até sabonete!) Sei que americanos adoram. Mas num site geek, qual a motivação a mais? =/

22 junho 2012

A Internacionalização do Blog Contabilidade Financeira


Nós já falamos bastante do professor David Albrecht (aqui, aqui, aqui, aqui), professor norte-americano e autor do blog The Summa – vencedor de vários prêmios como:

- 50 melhores blogs escritos por professores de negócios – 2012
- 50 professores de negócios que você deveria seguir no Twitter - 2012
- 3º lugar na lista Top 50 melhores blogs de contabilidade – 2012
- 6º lugar na lista de melhores blogs de contabilidade do Accounting Today;
- 5º lugar na lista dos 50 professores mais astutos em mídia social da América.

Para a nossa alegria hoje esse adorável professor (realmente adorável) publicou sobre o vídeo que postamos na quarta-feira aqui no Contabilidade Financeira (agradeço mais uma vez ao querido amigo Luiz Fernando Lemos que me indicou essa preciosidade):

Isabel Sales is co-author of one of the world’s top accounting blogs, Contabilidade Financeira. In English, it would be called Financial Accounting. Her co-authors are Cesar Tiburcio and Pedro. Isabel lives and works in Brasilia, Brazil.
I have followed Contabilidade Financeira for years to gain insight into Brazilian world of accounting.

Her latest blog post is on a video about how Millenials differ from prior generations. It is titled, “Você faz o que gosta?” (You do what you love?). She writes, “Um vídeo que nos faz refletir, inspira e diverte. PERFEITO!” (A video that makes us reflect, inspire and entertain. PERFECT!).

Hint: If you don’t speak Brazilian Portuguese but want to surf Brazilian accounting sites, use Google Chrome. It has an effective translation mechanism
.


Não poderíamos estar mais entusiasmados e orgulhosos!

20 junho 2012

Estantes, armários, porta-livros

A postagem sobre “Bibliotecas: uma volta ao mundo” rendeu muitos e-mails. (Pessoal, postem nos comentários também!). Peço desculpas antecipadas por ainda não ter respondido todos. E peço desculpas, ainda, porque comentei com alguns que faria sobre as livrarias (e farei), mas hoje me deu vontade de compartilhar algumas estantes fantásticas! (Imaginem nossos livros amados de literatura, contabilidade, economia, administração, ficção, biografias tão bem cuidadas)!

Desculpem-me, mais ainda, por não colocar a fonte. Eu tenho uma pasta no computador na qual vou salvando estas imagens e nunca me importei em anotar a loja porque os preços eram um tanto quanto inacessíveis. A dica fica: peçam a um arquiteto que desenhe as medias e a um marceneiro que monte. Alguém tem mais dicas?

Vamos lá!

Não é muito útil... nem muito o meu estilo. Mas ficaria legal em um espaço para crianças!
Essa é o meu sonho de consumo! Falei pra pai, irmão, namorado, tio, vizinho que um dia eu terei uma idêntica!

Acho esta "estante do equilíbrio" estilosa:

Esta é mais séria. Mas olha o glamour na estética da organização dos livros:
Algumas coisas me fazem pensar automaticamente: o mundo é muito fera!

Estética diferente, elegância vibrante:
Esta foi harmonizada com a escada (acho que eu teria alguns acidentes tentando pegar livros de formas "criativas"):
E esta é gigante com uma escadinha que eu super quero ter um dia!
Agora a OBRA PRIMA, nem ouso ter como sonho de consumo:
Perfeição, não é mesmo?
E depois de tudo isso, só posso te desejar uma boa leitura e bons sonhos!

Agradeço aos amigos, em especial à Renata Andrea, por sempre me enviar essas beldades!

07 junho 2012

Bibliotecas: uma volta ao mundo

Eu sou fascinada por bibliotecas e livrarias. Deixo minha família louca por querer incluí-las em nossos roteiros turísticos. A El Ateneu, em Buenos Aires - considerada a segunda livraria mais linda do mundo - é um mesmo um Esplendor (antes o espaço era um teatro que se chamava Grand Splendid). O Hierophant divulgou a foto de algumas bibliotecas públicas belíssimas:

Biblioteca Central de Haia


Biblioteca São Paulo (gostei dos puffs)


Biblioteca AIU - Akita, Japão


Biblioteca Real da Dinamarca


Biblioteca de Milão


State Library of New South Wales, mais conhecida como Biblioteca Mitchel, em Sydney, Austrália.


Mais: aqui

13 maio 2012

Hoje: para você


Se você passou a semana estudando a hipótese de eficiência de mercado, as melhores práticas de governança corporativa, o melhor da teoria da contabilidade. Se você bravamente conseguiu mil respostas para um questionário que a princípio esperava apenas dezena de participantes e esteve organizando os dados, as referências, os detalhes para finalizar a sua pesquisa. Se você está meio a uma graduação, pós, mestrado, doutorado e adoeceu... ficou gripado, pegou dengue: essa postagem é para você!

Do livro: 500 prazeres simples da vida, de Fábio Lamachia

Escutar as pessoas: lembre-se muitas vezes, o que a princípio parece perda de tempo pode se tornar, na verdade, uma grande oportunidade para que nos encontremos. Porque ao escutar alguém que nos fala de suas angústias ou compartilha conosco suas alegrias, encontramos soluções ou uma luz para clarear alguma situação pela qual estamos passando ou a possibilidade de compartilhar o sentimento com a outra pessoa.

Entregar-se à preguiça: Em francês preguiça (paresse) rima com sabedoria (sagesse) e também confere a quem a ela se entrega uma sensação incomparável de bem estar.

Plante uma árvore: o que antes era uma brincadeira, agora é uma responsabilidade social.

Escrever um livro, sentar-se no chão, fazer terapia (buscar o equilíbrio), ver a inocência no olhar de uma criança, roubar um beijo, receber um elogio, elogiar, fazer acupuntura, ninar um bebê, não se cobrar demais, dar um abraço apertado em quem se ama, apreciar o silêncio, fazer uma boa ação, passar perfume, sorrir para uma criança, viajar sozinho, jantar sozinho, assistir a um bom filme...

Que nós, cientistas contábeis, apreciemos esse fim de semana e presenteemos as nossas mães com, além do que já foi planejado, um bocado de auto carinho.

30 março 2012

Entrevista com Daron Acemoglu


De acordo com Ideas/Repec, Daron Acemoglu, economista turco e professor do MIT, está entre os 10 economistas mais citados do mundo e, em 2005, foi premiado com o prêmio John Bates Clark Medal. Atua nas áreas de crescimento e desenvolvimento econômico, desigualdade de renda e capital humano. Sua fama está relacionada aos trabalhos que realiza acerca do impacto do ambiente político sobre o crescimento econômico.

Na última semana, juntamente com James Robinson lançou o livro Why Nations Fail:The Origins of Power, Prosperity and Poverty. A principal tese do livro é que o sistema político e suas instituições são a chave para o crescimento e desenvolvimento econômico e explicam as diferenças de renda entre as nações. Países que têm o que eles chamam de sistema político "inclusivo" - aqueles que estendem os direitos políticos e de propriedade tão amplamente quanto possível e, ao mesmo tempo, fazem cumprir as leis e fornecem alguma infra-estrutura pública - experimentam maior crescimento no longo prazo. Por outro lado, Acemoglu e Robinson afirmam que os países com sistema político "extrativista" - em que o poder é exercido por uma pequena elite - ou não conseguem crescer de forma ampla ou definham após curtos períodos de expansão econômica.

Segundo Acemoglu, o crescimento econômico depende de inovação tecnológica generalizada. Mas, a inovação somente se sustenta nos países em que promovem os direitos políticos e de propriedade, dando às pessoas mais incentivo para inventar coisas..O NYT publicou uma resenha otimista sobre o trabalho, enquanto a The Economist fez algumas criticas negativas sobre a tese do livro. Porém, a resenha mais interessante é de Francis Fukuyama.

Na entrevista abaixo, Acemoglu fala de desigualdade de renda e comenta sobre cinco livros que tratam do tema. Eis alguns trechos interessantes:

Inequality is in the news a lot right now. How should we be thinking about it and trying to get our heads around it?

Inequality is one of the things that has changed quite a lot in the United States and other economies over the last three decades or so. A lot of things don’t change radically, but inequality has. Understanding why that has happened and what it implies for our society is important. So it’s a good thing that it’s in the news, it’s an important topic and there is no reason for it to be taboo. Having said that, there is no broad consensus among social scientists about how to talk about inequality, and the average economist probably thinks about it very differently than the average layman. I’m not saying one is right and one is wrong, but the conversation needs to be expanded to bring these different viewpoints to the table.

What’s the economist’s view?

The default position of economists is that inequality reflects the unequal human capital or productive capabilities of different workers. If you start with that premise – that what people earn is commensurate with their contribution to their employer, and also perhaps to society – then greater inequality tells you something about how people’s productivities have evolved over time...We’ve seen a big increase in inequality, measured in various ways, and this reflects the fact that the top people, the more educated, high earners have become more skilled. Technology has favoured them, globalisation has favoured them, and inequality has increased for that reason.

Let’s go through your books. Your first choice is The Race between Education and Technology, published by Harvard University Press. You mentioned in an earlier email to me that it is “a must-read for anyone interested in inequality”. Tell me more.

Acemoglu: It highlights in a very clear manner what determines the productivities of different individuals and different groups. It takes its cue from a phrase that the famous Dutch economist, Jan Tinbergen coined. The key idea is that technological changes often increase the demand for more skilled workers, so in order to keep inequality in check you need to have a steady increase in the supply of skilled workers in the economy. He called this “the race between education and technology”. If the race is won by technology, inequality tends to increase, if the race is won by education, inequality tends to decrease.

One is that technology has become even more biased towards more skilled, higher earning workers than before. So, all else being equal, that will tend to increase inequality. Secondly, we’ve been going through a phase of globalisation. Things such as trading with China – where low-skill labour is much cheaper – are putting pressure on low wages. Third, and possibly most important, is that the US education system has been failing terribly at some level. We haven’t been able to increase the share of our youth that completes college or high school. It’s really remarkable, and most people wouldn’t actually guess this, but in the US, the cohorts that had the highest high-school graduation rates were the ones that were graduating in the middle of the 1960s. Our high-school graduation rate has actually been declining since then. If you look at college, it’s the same thing. This is hugely important, and it’s really quite shocking. It has a major effect on inequality, because it is making skills much more scarce then they should be.

One of the things they point out is that top income shares in the US and the UK started to increase during the Reagan and Thatcher administrations. Isn’t rising inequality just the result of Reagan and Thatcher reducing taxes on the rich?

I personally don’t think that’s the main thing, though it certainly played a role. It played a role for capital income. When you look at the top 0.1%, many of them are capital earners. So if you tax capital heavily, then the rich are not going to have as much capital left and capital income is not going to be as unequally distributed. There is a very mechanical effect from taxation there. But there are two other, more subtle, effects from taxation. One is that more progressive taxation – higher taxes at the top – may discourage people from working very hard and putting in effort. That will reduce their earnings and thus inequality. That may be inefficient, but it’s one of the things that happen when you have high taxes. Secondly, it might change the way in which people bargain with their companies and engage in “rent-seeking” activities in order to increase their pay or their bonuses. In the extreme – and I don’t think this contributes a lot, but just to illustrate – if top incomes were taxed at 99%, then no CEO would be tempted to do semi-illegal things in order to increase his pay, because there would be nothing to gain from doing so. If the top tax rate is 30%, on the other hand, and CEOs get pay from options, they may be tempted to do things like the Enron CEO, Kenneth Lay, did, because they get a lot of money in return. So while high tax rates at the top may inefficiently reduce these people’s labour supply, it may also reduce their rent-seeking activities.

OK, so to get more of a sense of your own view, let’s talk about your book, Why Nations Fail: The Origins of Power, Prosperity and Poverty.

In terms of understanding this top inequality, I mentioned the possibility that it might be about politics. How should we think about politics? What are the levers of politics? For that we need a conceptual framework and that’s what this book tries to provide. It’s co-authored with my long-term collaborator and friend Jim Robinson – and it’s not about US or UK or Canadian inequality. It runs through several thousand years of history, and tries to explain how societies work and why, often, they fail to generate prosperity for their citizens. It’s a very political story.

...The absolutist institutions created a very unequal distribution of political power and a very unequal distribution of economic gains in society and the two became synergistic – the very unequal distribution of political power locked in a very unequal distribution of economics gains. This created a vicious circle, but the conflict it engendered sometimes led to a breaking down of the institutions that this unequal distribution depended on, opening the way for more open institutions, which are one of the engines of prosperity.

28 março 2012

Entrevista com Byron Reeves


Byron Reeves, professor da Universidade de Stanford,é especialista na estudo da influência dos jogos sobre o comportamento dos profissionais. É autor de mais de 100 artigos sobre mídia e psicologia.Além disso, é co-fundador do H-Star Institute, centro de pesquisa, que estuda a relação das pessoas e da tecnologia.Na entrevista, ele trata da influência dos jogos no comportamento dos profissionais dentro das corporações:

Valor: Como os videogames influenciam a maneira como as pessoas trabalham?

Byron Reeves: Há 17 anos estou tentando entender de que forma o entretenimento e os jogos estão mudando as relações profissionais. É possível extrair ingredientes muito interessantes dos jogos que podem ser identificados em certos comportamentos no ambiente de trabalho. As evidências que temos é que eles deixam as pessoas mais engajadas. Muitas das tarefas que as pessoas realizam hoje são pesadas e repetitivas. Por isso, é difícil para elas enxergarem um propósito maior naquilo que estão fazendo. Os jogos incentivam a produtividade, no sentido de que neles as pessoas sabem exatamente de que forma estão contribuindo para o todo, para a realização de um objetivo maior.

Valor: A cultura dos jogos tende a acirrar a competitividade entre os profissionais?

Reeves: Essa nova geração de pessoas que jogam videogame está muito familiarizada com a competição. No entanto, ela acontece de uma maneira menos séria do que as gerações anteriores conheceram. A grande velocidade dos jogos faz com que as pessoas se adaptem mais facilmente a novas disputas. Muitos dos jogos, inclusive, envolvem times, então a competição não é apenas entre indivíduos. Você colabora com uma equipe e compete com outra. São movimentos importantes para a nova dinâmica dos negócios. Hoje, os jogos são a maior forma de entretenimento que existe, especialmente nos Estados Unidos. São produtos que as pessoas chegam a usar 40 horas por semana e a idade média dos jogadores é de 35 anos. É algo que todo mundo está fazendo ou se familiarizando.

Valor: É possível transferir o entusiasmo e a concentração que as pessoas têm quando jogam em casa para o ambiente de trabalho?

Reeves: Sim, é muito importante captar essa energia. Esse caminho é fundamental para a tecnologia interativa nos negócios. Muitas vezes, as companhias desenvolvem ferramentas poderosas onde todos estão conectados, mas que não são divertidas. Geralmente, as pessoas se perguntam porque não podem ter no trabalho coisas mais parecidas com as que usam em casa.

Valor: É também um treino de estratégia para os líderes?

Reeves: Toda a ação nos videogames é estratégica. Mas uma coisa interessante é que ela envolve sempre tentativa e erro. No jogo, você não marca um encontro para o próximo mês a fim de pensar em como vai agir. Não é assim que funciona.

Valor: Existe um espaço maior para erros?

Reeves: Nos jogos, o fracasso é esperado e é bom, pois é possível aprender com ele. Quando se tem uma ideia, ela é colocada em prática imediatamente. Caso não funcione, você pensa em outra ação e, assim, experimenta alternativas rapidamente.

Valor: Precisar repetir muitas vezes um movimento até descobrir como passar para uma nova fase ajuda a pessoa a ser mais paciente? Isso funciona no trabalho?

Reeves: No jogo você tenta, tenta e tenta de novo. Uma característica dos videogames difícil de se conseguir no mundo corporativo é que neles você tem um feedback instantâneo e permanente. No trabalho, o retorno sobre o que você faz pode aparecer só no fim do trimestre, do semestre ou do ano.

Valor: Como os videogames podem ajudar as organizações a conquistar novos mercados e a vencer competidores?

Reeves: Engajando seus empregados. Imagine que seu trabalho se passa dentro de um jogo. Você faz parte de um time, recebe pontos e reconhecimento sobre todos os aspectos da sua atuação e sabe como as coisas estão indo. O mais interessante, porém, é que você se envolve na história da companhia. Mesmo em grandes organizações com cem mil funcionários, até a menor contribuição tem valor. No jogo, é possível saber claramente qual é a minha responsabilidade e a minha participação no sucesso do todo. Sei exatamente o que eu fiz para que as coisas funcionassem e sou reconhecido por isso. Sinto-me, dessa maneira, parte da história. Isso é algo extremamente valioso e que as organizações deveriam usar em seu favor.

24 março 2012

Arquivo de Einstein

As descobertas notáveis de Albert Einstein ficaram notórias pela quantidade: foram vários teses e ensaios relevantes que influenciaram mudanças em muitos tópicos da física. Por essa razão, embora haja muito material sobre ele disponível na web, não é tarefa fácil reunir material sobre todos os seus estudos. Será que é possível compilar o máximo do que ele produziu em vida?
Para enfrentar esse desafio, a Universidade Yale (New Haven, Connecticut), dos Estados Unidos, e a Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, conduziram dois projetos paralelos para catalogar o trabalho de Albert Einstein.

A iniciativa da Yale foi produzir uma vídeo-aula, com pouco mais de uma hora de duração, em que todo o trabalho teórico de Einstein é exposto no quadro negro, com exemplos ilustrativos e explicações didáticas. Este projeto foi denominado “Einstein para as massas”, ou seja, pretende levar os enunciados do cientista a todos que não dominam profundamente a física.

Se a faculdade americana produziu um histórico científico de Einstein em vídeo, a Universidade Hebraica faz o mesmo na linguagem escrita. Em uma coleção ainda em expansão, eles já reuniram mais de dois mil documentos a respeito do legado do físico, e a previsão é de que este número ultrapasse a casa dos 80 mil.

A novidade é que, no caso do trabalho de Israel, não há apenas documentos sobre o trabalho científico de Einstein, mas sim uma cronologia de sua própria vida particular. A trajetória do cientista, que criou-se judeu-alemão, é explorada em detalhes como as relações com sua mãe, esposa e outras mulheres, suas visões sobre o conflito árabe israelense e seu olhar sobre o panorama da física.

No acervo, há destaques interessantes, tais como o primeiro manuscrito em que ele desenvolveu a famosa equação e = mc2. Você pode dar uma checada no que já foi levantado a partir deste arquivo online.

Fonte: Hyperscience

Inspiração



Bom fim de semana a todos os leitores do blog! Que vocês leiam ótimos livros.


15 março 2012

Entrevista com Nicholas Lardy


Nicholas R. Lardy é um dos maiores especialistas em economia chinesa e, recentemente, lançou um livro sobre a sustantabilidade do crescimento econômico chinês após a crise financeira de 2008.Dois capítulos estão disponíveis aqui. Na entrevista abaixo, o economista norte-americano considera que as principais distorções econômicas na China são: juros negativos pagos nos depósitos bancários, alta taxa de poupança, baixo consumo e câmbio subvalorizado. Eis alguns trechos interessantes:


O crescimento da China corre o risco de sofrer uma lenta e prolongada desaceleração, alerta o pesquisador Nicholas Lardy. As taxas de expansão, hoje na casa dos 9% ou 10% ao ano, podem cair à metade, com severas consequências para várias partes do mundo, incluindo o Brasil.

Valor: O programa de estímulo feito pela China durante a crise financeira de 2008 criou novos desequilíbrios na economia?

Lardy: O programa de estímulo teve características positivas, mas também fragilidades e desvantagens. É preciso reconhecer que, sem ele, o crescimento chinês poderia ter caído muito. O crescimento já estava se desacelerando no terceiro trimestre de 2008 e, sem o programa de estímulo, a China teria vários trimestres de baixo crescimento, talvez ao redor de 4% ou 5%. O pacote não foi perfeito, mas, ainda assim, foi muito melhor do que a alternativa de deixar a economia desacelerar.

Valor: Mas o estímulo não contribuiu para criar uma bolha no mercado imobiliário?

Lardy: Uma das grandes lições do Ocidente, nos últimos anos, especialmente nos Estados Unidos, é que, se você tiver uma distorção financeira, há uma tendência para acumular posições insustentáveis no lado dos ativos. O mesmo princípio se aplica na China. Os juros reais dos depósitos bancários têm sido, na média, negativos nos últimos oito anos. A taxa de câmbio se mantém subvalorizada, menos agora do que quatro anos atrás, mas ainda assim subvalorizada. Essas são as duas maiores distorções na China. Elas levaram a investimentos em excesso na indústria, já que a taxa de câmbio subvalorizada torna as manufaturas mais lucrativas, às custas dos serviços. Os juros negativos nos depósitos levaram as famílias a investir grande parte de suas economias em imóveis. Os setores imobiliário e industrial se tornaram inflados. Em algum momento haverá uma correção. Não diria que necessariamente será o estouro de uma bolha, mas pode ser uma correção que levará muitos anos.

Valor: Governos locais tomaram grandes empréstimos para investir em infraestrutura. Poderá haver uma crise fiscal?

Lardy: O uso de companhias de investimento dos governos locais criou um problema, mas não creio em crise fiscal. O retorno econômico de muitos desses projetos de investimento deverá ser razoavelmente alto. O problema é que foram financiados com dinheiro de curto prazo, e muitos terão retorno financeiro apenas no longo prazo. Esses projetos deveriam ser financiados por empréstimos de longo prazo ou pelo orçamento. Agora, o governo está dizendo para os bancos rolarem esses empréstimos. Outro problema é que, em muitos casos, as tarifas cobradas por esses projetos de infraestrutura são muito baixas. Os sistemas de metrô estão perdendo dinheiro, assim como os serviços de saneamento básico. É preciso reformar o sistema de tarifas, para refletirem os verdadeiros custos e para serem subsidiadas pelo orçamento dos governos.

Valor: Projetos gigantescos, como a rede de trens de alta velocidade, são sustentáveis?

Lardy: O sistema de trens de alta velocidade será muito bom para a China no longo prazo. Mas o retorno desses projetos deve aparecer daqui a pelo menos uma década, quando uma parte maior do sistema ferroviário estiver construída. Esse é mais um projeto que tem retorno de longo prazo, mas o prazo médio do seu financiamento é de cerca de dois anos.


Valor: Por que os chineses poupam tanto?

Lardy: A taxa de poupança tem sido alta por décadas, mas aumentou ainda mais a partir de 2004, quando os juros em depósitos bancários se tornaram negativos. Os chineses não têm sistemas adequados de seguro-saúde e social. Por isso, tendem a poupar para terem um auto-seguro. Conforme as taxas de juros se tornaram negativas, os chineses intensificaram essa tendência. Essa é também uma das razões por que o consumo na China é tão baixo.

Valor: Por que os juros caíram ao território negativo?

Lardy: A China não tinha taxas de juros tão baixas antes de 2003. O governo adotou a estratégia de subvalorizar o câmbio, e o Banco Central teve que se engajar em intervenções maciças no mercado de câmbio. Para manter a inflação sob controle, foi preciso fazer operações de esterilização. Eles mantiveram os juros baixos como forma de minimizar os custos dessas operações de esterilização. Outra preocupação é evitar que, com os juros altos, fluxos de capitais sejam atraídos. Eles têm controles de capitais, mas controles não são perfeitos, e investidores querem colocar dinheiro na China por causa da expectativa de apreciação cambial. Há ainda a preocupação de manter o sistema bancário lucrativo, para absorver a inadimplência nos empréstimos. Em 2002 e 2003, o governo teve que recapitalizar os maiores bancos estatais, incluindo o uso maciço de dinheiro público para se livrar de empréstimos inadimplentes. O governo decidiu manter uma grande margem entre os custos de captação dos bancos e os juros cobrados nos empréstimos, e por isso criaram um sistema com um teto para os juros pagos nos depósitos bancários e um piso nos juros dos empréstimos.

Valor: O superávit em conta corrente da China diminuiu em 2011, e a taxa de câmbio vem se apreciando. A China está finalmente reequilibrando seu setor externo?
Lardy: O superávit em conta corrente foi de 2,8% do PIB no ano passado, uma redução bastante substancial em relação ao pico de 2007, quando chegou a 10,8% do PIB. A taxa de câmbio ponderada pelas trocas comerciais vem se apreciando de forma significativa desde 2005. Além disso, o crescimento de muitos dos parceiros comerciais da China se desacelerou bastante. O crescimento da China se desacelerou um pouco, mas a diferença entre o crescimento da China e de seus maiores parceiros comerciais se tornou maior. Isso reduziu a demanda por produtos exportados pela China, em comparação com a demanda por produtos importados.

Valor: Parece haver algum consenso sobre o que fazer para reequilibrar a economia chinesa. Mas há vontade política para tanto?
Lardy: Os obstáculos de política econômica são substanciais. A taxa de câmbio permanece subvalorizada há pelo menos oito anos. Ela beneficiou o setor manufatureiro, tornando-o mais lucrativo. Os juros negativos nos depósitos deram um tremendo empurrão no setor imobiliário, que se tornou muito maior e mais poderoso. O tipo de distorção que surgiu na economia chinesa gerou benefícios para algumas regiões geográficas e setores econômicos às custas de outros. Os setores que ganharam estão bem representados no governo e vão se opor a mudanças. As famílias são as grandes perdedoras, porque o rendimento que receberam do setor financeiro é bem mais baixo do que deveria ser. Mas elas não têm representação no sistema político e não estão organizadas. Então, as reformas devem levar um longo tempo para ser implementadas.

13 março 2012

Livros de Ciências Contábeis

O bom do início de ano é que as editoras apresentam uma lista com livros fresquinhos e atualizados.

O professor Maurício Corrêa da Silva, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, acabou de lançar o primeiro livro pela editora Atlas - Demonstrações Contábeis Públicas: Indicadores de Desempenho e Análise. Pareceu-me interessante por utilizar tanto indicadores quanto métodos quantitativos [amo] para analisar as demonstrações. Importante para quem está envolvido com a contabilidade Governamental.

O professor Dr. Jorge Katsumi Niyama e o Mestre Amaro Luis de Oliveira Gomes (membro do IASB) lançaram a 4ª edição do livro “Contabilidade de Instituições Financeiras”. Há um capítulo delicioso sobre derivativos, outro sobre as “principais recomendações estabelecidas pelo Comitê de Supervisão Bancária do BIS” e ainda um sobre “as principais diferenças entre COSIF e as normas internacionais de informação financeira (NIF), aprovadas pelo CPC”. Você sabe o que é Basiléia III? Uma ótima desculpa para adquirir a versão fresquinha do livro.

Na semana passada fui ate a editora Atlas [que em Brasília fica no SIG Quadra 3 e dá desconto para professores e estudantes] e fiz a festa. Comprei livros sobre a matéria que leciono [futuramente entrarei no mérito]; outros para me atualizar e um que me enche de orgulho: a nova edição do livro Capital de Giro, como comentado aqui.
O livro é lindo! A capa vermelha, o assunto super atualizado e atraente – e o que falar sobre os autores!? =) Só gente fera!
Então corra, adquira as suas cópias, comente aqui a sua opinião, dê dicas, sugestões... e bons estudos!

06 março 2012

Entrevista com Jeffrey Sachs



Jeffrey Sachs, um dos economistas mais importantes e influentes do mundo, concedeu entrevista ao Valor Econômico, onde trata de desenvolvimento sustentável e da Rio+20. Eis alguns pontos interessantes:

Valor: O senhor disse em discurso nas Nações Unidas que a Rio+20 deveria ser honesta e admitir as mais de duas décadas de fracasso global na área ambiental. O que quis dizer?

Jeffrey Sachs: A conferência do Rio em 1992 foi uma grande conquista da legislação ambiental internacional. Três grandes tratados ambientais saíram de lá: a Convenção do Clima, a da Biodiversidade e a do Combate à Desertificação. Quando olhamos para tudo isso 20 anos depois, temos três fundamentos da lei internacional, mas sem muito resultado. A mudança climática piorou dramaticamente e não temos um arcabouço no qual trabalhar. Registramos perdas gigantes em biodiversidade e enfrentamos secas cada vez mais fortes nas regiões áridas. Acho que é justo dizer que nos últimos 20 anos houve muito debate sobre legislação e acordos, mas não muito progresso em ações concretas. Penso que teríamos de sair da Rio+20 com caminhos práticos. Em outras palavras: esses problemas não devem ser deixados mais ao crivo de advogados. É preciso encontrar abordagens de desenvolvimento sustentável que façam sentido, que sejam mensuráveis e possíveis de replicar. É disso que se trata.

Valor: Mudando de assunto: o Brasil descobriu um volume imenso de petróleo no mar. Poderia trilhar o caminho errado, do passado?

Sachs: Há dois pontos bem diferentes quando se pensa sobre o que fazer com o petróleo no mar. O primeiro é como explorar esse petróleo de maneira segura. Os EUA viveram um enorme desastre nesse campo em 2010 e frequentemente essas empresas são desonestas, míopes, corrompem os legisladores. Os EUA têm um sistema regulatório todo corrompido por empresas que cortaram custos onde não deviam, comportaram-se mal e terminamos com um grande desastre. Mesmo em um país como o Japão, vimos como o sistema que controlava uma usina nuclear era horrivelmente mal gerenciado. Então, a primeira coisa que eu diria é que o Brasil deveria ter um sistema de gerenciamento ambiental muito sério, capacitado e técnico. O segundo ponto é sobre o que vamos fazer com o petróleo nesse mundo. Claro, continuaremos usando petróleo por algumas décadas ainda e evidentemente o Brasil vai explorar seu petróleo. Mas é preciso colocar a questão do combustível fóssil dentro de uma moldura climática séria.

Valor: Estamos vivendo o fim do capitalismo?

Sachs: Penso que precisamos modernizar o capitalismo. Veja as economias que, na minha opinião, têm o melhor desempenho: Noruega, Suécia, Dinamarca, Holanda e Alemanha.

Valor: Por que o senhor escolhe essas?

Sachs: Porque equilibram mercado com políticas sociais e ambientais. Fazem isso de maneiras diferentes e não são perfeitas, mas são países altamente produtivos, orientados pelo mercado, com baixa desigualdade, taxas bem baixas de pobreza, igualdade entre homens e mulheres. São generosos nas licenças-maternidade e paternidade e nas férias porque acreditam em uma vida equilibrada. São economias baseadas em mercados dentro de regimes capitalistas, mas não são a face implacável do capitalismo. Os governos dos países escandinavos têm níveis de corrupção muito baixos porque não deixam os negócios ditarem a política, deixam os governos regulamentarem os negócios. Acho que são bons modelos. Não são perfeitos, mas mostram que podemos ter uma economia de mercado e ao mesmo tempo uma sociedade muito humana. Os EUA são um modelo muito pobre neste momento. É corrupto, altamente desigual, ambientalmente negligente e tem preços excessivos no sistema de saúde porque deixaram o setor privado dominar a nossa política. É um exemplo de mercado que foi longe demais. Os modelos escandinavos são de sociedades equilibradas, éticas e moderadas. Espero que esses países continuem muito prósperos. Neste momento eles estão muito bem, dão ótimas condições de vida às pessoas, mostram como evitar a corrupção e provam, no meu ponto de vista, que é possível ter um capitalismo não imprudente. Eles usam a bandeira da social-democracia. Isso, na minha cabeça, são boas descrições.

05 março 2012

Entrevista com Eugene Fama


Eugene Fama é um economista norte-americano considerado o "pai das finanças modernas" e reconhecido por suas contribuições teóricas e empíricas para a Hipótese dos Mercados Eficientes (HME). Separadamente , Paul Samuelson e Fama propuseram os fundamentos da teoria que, posteriormente, ficou conhecida como HME. Em 1965, Samuelson afirmou que não existem estratégias capazes de gerar ganhos anormais no mercado, enquanto Fama propôs que os preços incorporam toda a informação relevante. Ou seja, as ideias se complementam, pois se os preços refletem toda a informação disponível, os agentes econõmicos não conseguirão obter ganhos anormais.

Destarte surgiu o paradoxo dos Mercados Eficientes , expressão cunhada por Peter Bernstein, que afirma que se todos os agentes considerassem que o mercado é eficiente, não existiria sentido buscar ganhos anormais, ou seja, não seria possível "bater o mercado". Ora, se isso fosse verossímel, eles iriam se posicionar de forma passiva diante do mercado.E, por consequência, o mesmo deixaria de ser eficiente e, por exemplo, não existiria sentindo em estudar análise de balanço. Em suma, a HME necessita de indíviduos céticos e desconfiados quanto à suas proposições ,e talvez por isso, torne-a interessante e instigante, ao menos para os acadêmicos, que se "divertem" realizando uma série de testes. É uma proposição assaz venerável que, em breve, talvez, proporcione o Nobel de Economia para E. Fama.

Em 1991, Fama afirmou que a HME considera que os preços do mercado refletem toda a informação disponível, até o ponto em que, os custos marginais de aquisição da informação não superem os benefícios marginais.
Toda teoria é uma supersimplificação da realidade ,e como tal, não é perfeita, mas não deve ser descartada. Aliás,a hipótese por si só não é testável,pois deve ser empiricamente testada em conjunto com algum modelo de precificação de ativo ou modelo de equilíbrio. Entretanto, o inverso também é verdadeiro. Ou seja, grande parte dos modelos de risco-retorno não pode ser testado sem considerar a eficiência do mercado. Tudo o que foi dito neste parágrafo é conhecido como joint hypothesis problem.

Apesar de ser falha, controversa e com inúmeras limitações, a HME ainda é útil para o entendimento do mercado de capitas, o retorno dos ativos financeiros e a dinâmica dos preços. Vários estudos em economia e finanças tratam dessa hipótese, então para maiores detalhes técnicos e material bibliográfico consulte o seguinte site: Efficient Markets Hypothesis.

Na entrevista, Fama comenta sobre a Hipótese dos Mercados Eficientes, a evolução das finanças, as possíveis causas da crise financeira de 2008 , o artigo My Life in Finance e alguns temas sobre macroeconomia. Destaquei alguns pontos, mas recomendo a leitura e/ou audição da entrevista na íntegra.

Inicialmente, Fama explica o que é um mercado de capitais eficiente e de forma clara e objetiva trata das três formas de testes que utilizou para testar a HME: fraca, semi-forte e forte.É interessante observar que ele se "arrependeu" de ter utilizado essa nomenclatura (taxonomia), pois estava apenas tentando categorizar os testes que realizava nos anos 70. Não obstante, essa taxonomia tornou-se clássica e ainda é citada em muitas pesquisas.

Russ: And so when we say markets are efficient, what do you mean by that?

Guest: What you mean is that prices at any point in time reflect all available information.

Russ: Now that idea--what's the distinction between the weak form and the strong form that people talk about?

Guest: Two words that I used in 1970 that I came to regret. Because I was trying to categorize various tests that were done. So, I called weak form tests, tests that only used past prices and returns to predict future prices and returns. And I called semi-strong form tests, tests that used other kinds of public information to predict returns, like an earnings announcement or something like that. And then I called strong form tests, tests that look at all available information;

Russ: And empirically, where do we stand today, do you believe and what has been established about those various hypotheses?

Guest: Well, believe it or not, the weak form one has been the one that has been subject to the most, what people call anomalies, in finance. Things that are inconsistent with either market efficiency or some model of risk and return. The big one at the moment is what people call momentum--prices seem to move in the same direction for short periods of time. So, the winners of last year tend to be winners for a few more months, and the losers tend to be losers for a few more months.

In the strong form tests, Ken French and I just published a paper called "Luck Versus Skill in Mutual Fund Performance," and basically looked at performance of the whole mutual fund industry--in the aggregate, together, and fund by fund, and try to distinguish to what extent returns are due to luck versus skill.

And the evidence basically says the tests it's skill in the extreme. But you've got skill in both extremes. That's something people have trouble accepting. But it comes down to a simple proposition, which is that active management in trying to pick stocks has to be a zero sum game, because the winners have to win at the expense of losers. And that's kind of a difficult concept. But it shows up when you look at the cross section of mutual fund returns, in other words the returns for all funds over very long periods of time. What you find is, if you give them back all their costs, there are people in the left tail that look too extreme and there are people in the right tail that look too extreme, and the right tail and left tail basically offset each other. If you look at the industry as a whole; the industry basically holds a market portfolio. That's all before costs. If you look at returns to investors then there is no evidence that anybody surely has information sufficient to cover their costs.

Em seguida, comenta sobre a posição dos investidores acerca da eficiência do mercado. É de fato o trecho mais interessante.

Russ: A friend of mine who is a hedge fund manager--before I made this call I asked him what he would ask you, and he said, well, his assessment is that efficient markets explain some tiny proportion of volatility of stock prices but there's still plenty of opportunity for a person to make money before markets adjust. And of course in doing so, make that adjustment actually happen and bring markets to equilibrium. Somebody has to provide the information or act on the information that is at least public and maybe only semi-public. What's your reaction to that comment?

Guest: That's the standard comment from an active manager. It's not true. Merton Miller always liked to emphasize that you could have full adjustment to information without trading. If all the information were available at very low cost, prices could adjust without any trading taking place. Just bid-ask prices. So, it's not true that somebody has to do it. But the issue is--this goes back to a famous paper by Grossman and Stiglitz--the issue really is what is the cost of the information? And I have a very simple model in mind. In my mind, information is available, available at very low cost, then the cost function gets very steep. Basically goes off to infinity very quickly.

Russ: And therefore?

Guest: And therefore prices are very efficient because the information that's available is costless.

Russ: But what's the implication of that steep incline? That information is not very--

Guest: It doesn't pay to try to take advantage of additional information.

Russ: It's not very valuable.

Guest: No, it's very valuable. If you were able to perfectly predict the future, of course that would be very valuable. But you can't. It becomes infinitely costly to do that.

Russ: So, your assessment, that you just gave me of the state of our knowledge of this area, I would say remains what it's been for some time--that at the individual certainly there is no return to--prices reflect all publicly available information for practical purposes for an individual investor.

Guest: For an individual investor? Even for an institutional investor.

Russ: Correct. So, what proportion of the economics and finance areas do you think agree with that?

Guest: Finance has developed quite a lot in the last 50 years that I've been in it. I would say the people who do asset pricing--portfolio theory, risk and return--those people think markets are pretty efficient. If you go to people in other areas who are not so familiar with the evidence in asset pricing, well, then there is more skepticism. I attribute that to the fact that finance, like other areas of economics, have become more specialized. And people just can't know all the stuff that's available.

Russ: Sure.

Guest: There's an incredible demand for market inefficiency. The whole investment management business is based on the idea that the market is not efficient. I say to my students when they take my course: If you really believe what I say and go out and recruit and tell people you think markets are efficient, you'll never get a job.

Russ: Yes, it's true. And so there's a certain bias, you are saying, to how people assess the evidence.

Guest: There's a bias. The bias is based, among professional money managers, the bias comes from the fact that they make more money from portraying themselves as active managers.

Posteriormente, faz uma excelente crítica sobre as causas da crise financeira de 2008 e o fetiche contemporâneo por bolhas de ativos:

I was going to ask you about the current crisis.

Guest: I have some unusual views on that, too.

Russ: I'd say that the mainstream view--and I recently saw a survey that said--it was an esteemed panel of economists; you weren't on it but it was still esteemed, both in finance and out of finance. And they asked them whether prices reflected information and there was near unanimity. Some strongly agreed; some just agreed. But there was also near unanimity that the housing market had been a bubble.

Guest: The nasty b-word.

Russ: Yes; and was showing some form of what we might call irrationality.

Guest: Okay, so they had strong feelings about that, getting mad about the word bubble.

Russ: Why?

Guest: Because I think people see bubbles with 20-20 hindsight. The term has lost its meaning. It used to mean something that had a more or less predictable ending. Now people use it to mean a big swing in prices, that after the fact is wrong. But all prices changes after the fact are wrong. Because new information comes out that makes what people thought two minutes ago wrong two minutes later. Housing bubble--if you think there was a housing bubble, there might have been; if you had predicted it, that would be fine; but the reality is, all markets did the same thing at the same time. So you have to really face that fact that if you think it was a housing bubble, it was a stock price bubble, it was a corporate bond bubble, it was a commodities bubble. Are economists really willing to live with a world where there are bubbles in everything at the same time?

Russ: And your explanation then of that phenomenon?

Guest: My explanation is you had a big recession. I think you can explain almost everything just by saying you had a big recession. A really big recession.

...Guest: Okay, but it wasn't just housing. That was my point when we started. The same thing was going on in all asset markets.

Russ: Well, the timing isn't quite identical for all asset markets, right? The stock market--the housing market starts to collapse I think around early-mid-2006. Guest: It stops rising, right.

Russ: And then begins a steady decline.

Guest: That decline was nothing compared to the stock market decline.

Russ: But when did that happen? Guest: I don't know the exact timing. Russ: It's not around then. It's later.

Guest: The onset of the recession started with the collapse of the stock market. The recession and the collapse of the stock market, the corporate bond market, all of that basically coincides. But that also coincides with the collapse of the securitized bond market.

Russ: Mortgage-backed securities.

Guest: The subprime mortgages and all of that. Russ: Well, yes; that happens through 2007, 2008. I guess there is some parallel. So, you are going to reverse the causation.

Guest: I'm not saying I know. What I'm saying is I can tell the whole story just based on the recession. And I don't think you can come up with evidence that contradicts that. But I'm not saying I know I'm right. I don't know. I'm just saying people read the evidence through a narrow lens.

Russ: Yes, they do. Confirmation bias.

Guest: And the rhetoric acquires a life of its own; so there are books written that basically all say the same thing about the crisis.

Russ: And you are arguing that they have essentially cherry-picked the data.

Guest: Well, they just look at pieces of the data and the fact that the housing market collapsed is taken to be the cause; but the housing market could collapse for other reasons. People don't just decide that prices aren't high any more. They have to look at supply and demand somewhere in the background.

Russ: We did have people holding second and third homes who didn't have the income and capability of repaying the first one.

Guest: Sure. Standards were relaxed. But then you have to look on the supply side, the lending side. The people who were lending to these people had the information.

Em determinado momento , o economista é questionado sobre as finanças comportamentais. É oportuno lembrar que esta faz parte das finanças "tradicionais" , pois fornece subsídios para sua melhor compreensão. Em outras palavras, é uma teoria complementar e não substituta do que já existia antes. Veja a crítica de Fama:

Russ: But let's go back to finance. There's been a big trend in recent years towards what's called behavioral finance. What's your assessment of that?

Guest: I think the behavioral people are very good at describing microeconomic behavior--the behavior of individuals--that doesn't seem quite rational. I think they are very good at that. The jump from there to markets is much more shaky.

Russ: Explain.

Guest: There are two types of behavioral economists. There are guys like my friend and colleague Richard Thaler, who are solidly based in psychology, reasoned economics but he's become a psychologist, basically, and he is coming from the research in psychology. Now there are other finance people who are basically what I call anomaly chasers. What they are doing is scouring the data for things that look like market inefficiency, and they classify that as behavioral finance.

Russ: They don't tell you about the times they can't find the anomaly.

Guest: Exactly. In all economics research, there is a multiple comparisons problem that never gets stated.

Russ: A multiple what?

Guest: The fact that the data have been used by so many other people and the people using it now use it in so many different ways that they don't report, that you have no real statistical basis to evaluate and come to a conclusion.

Guest: Right. I've had people say to me that the people who do this anomaly stuff, when they come and give a paper and I'll say, when you do this, that, or the other thing, and they'll say Yes. And I'll say, why don't you report it? And they'll say it wasn't interesting.

Em seguida, Fama diz o que pessoas inteligentes deveriam conhecer sobre finanças e comenta sobre a importância do paper e da equação de Black- Scholes para as ciências econômicas. Num recente artigo publicado no jornal The Guardian, Ian Stewart discute a equação e suas possíveis consequências nefastas para a economia mundial. É uma análise interessante e muito questionável, que está presente em seu novo livro:17 Equations That Changed the World .

Guest: I'm obviously going to be biased. I think all of our stuff on efficient markets would qualify. I think there is a lot of stuff in the corporate area, corporate governance and all of that, a huge field--that has penetrated to the practical level. The Black-Scholes option pricing paper in view is the most important economics paper of the century.

Russ: Why?

Guest: Because every academic, every economist whether he went into finance or not, read that paper. And it created an industry. In the applied financial domain. What else can claim that? So, I think we've learned a lot about risk and return. Some of it is intuitive. But there is a lot of stuff on which stocks are more or less risky. A lot of stuff on international markets.

Por fim, fala sobre suas perspectivas futuras para as pesquisas em finanças , dá um recado aos cientistas, fala um pouso sobre sua tese de doutorado e comenta sobre o artigo, autobiografia e bibliografia: My Life in Finance.

Guest: Oh, absolutely. What I say to my students is: I'm showing you the stuff that people have done in the last 30 years, but in 20 years, it may all be irrelevant; so the best I can do is to train you about how to think about these things, so you can absorb stuff that comes along in the future that may overturn what's there now. That's what makes this profession fun, I think--the fact that stuff can get overturned.

Russ: Of course, if we only have the illusion of understanding, or what Hayek called the pretense of knowledge, we could be doing some dangerous and stupid things under the guise of thinking we are making progress. So, you do have to be careful. Where do you think in the near future finance is going?

Guest: Oh, gee, I don't know. That's part of the fun of it. You just don't know. I wouldn't have been able to predict 30 years ago the stuff that evolved during those intervening 30 years. No way.

Russ: It's kind of a random walk.

Guest: I don't think it pays to think about it very much. There's so much serendipity in what happens in research. My best stuff has always been--I didn't start thinking about writing a great paper. I started thinking about a little problem; it just kept working in circles into a bigger problem. Or had offshoots that were related. I've beaten many topics to death, with the consequence I've got a lot of recognition; what started as a little thing developed into something much bigger. That's not a predictable process. Lots of little things end up as nothing.

Russ: And?

Guest: A student comes to me, a Ph.D. student, and says: I want to write a great paper. You can't start out to do that. You have to pick a problem and hope it works out into something that will get you a job, and hopefully a good one. But if you start saying: I want to come up with a great topic, you won't come up with anything.

Russ: You recently wrote a very nice essay, "My Life in Finance," that gives an overview of some of your contributions and some of your thinking along the way and all those little problems. You started out by talking about your thesis topic, where you had five ideas and Merton Miller said four of them weren't very good. Did you ever go back to any of those four?

Guest: No, actually. Merton was incredible. He had a great eye for stuff that would work and wouldn't work. I went to Belgium for two years to teach, and I came back and showed him the stuff I'd been working on, and I think he discarded like 8 out of 10 things. He was right on all of them.

Russ: Such is life.

Guest: It taught me that nobody can work in a vacuum. You really need colleagues around you to enrich your work. You get credit for it in the end, but there are a lot of inputs from other people that go into it in the meantime.

20 fevereiro 2012

Freakonomics, Fora de Série, O Homem que Mudou o Jogo

Para quem não gosta de carnaval o/ uma boa opção nesse feriadão... aliás, uma ÓTIMA atividade nesse feriadão é: colocar a leitura em dia.

Algumas dicas - livros de negócios mais vendidos segundo o The New York Times:
Malcolm Gladwell: Fora de Série (1º da lista) e O Ponto da Virada (4º);

Michael Lewis: Moneyball (2º) e Big Short- a jogada do século - os bastidores do colapso financeiro de 2008 (5º);

Suze Orman: The Money Class (3º);

Steven D. Levitt and Stephen J. Dubner: XXXX (4º) Nem vou escrever o nome do livro. Ele está sempre presente na lista de mais vendidos do The New York Times... Se você ainda não leu, essa é a hora!

Cliff Michaels: 4 Essentials of Entrepreneur Thinking (7º);

Daniel H. Pink: Motivação 3.0 (8º);

Atul Gawande: The Checklist Manifesto (9º);

Clark Howard: Clark Howard’s Living Large in Lean Times (10º).

E para quem não quer ler, ou quer um "a mais", deixo ainda outra dica: Moneyball virou película – e concorre a Oscar de melhor filme. O Homem que Mudou o Jogo está em cartaz nas principais salas de cinema do Brasil.


- Quando os números não fecham, você precisa mudar o jogo. -

17 fevereiro 2012

Momento Fora de Série

New Girl é uma série norte-americana que estreou em 2011 na Fox. De forma MUITO resumida, o show se desenrola em torno de uma garota esquisita (e ótima!) e seus amigos tentando ajudá-la a se adequar.

- O primeiro episódio é excelente! Amo as referências à trilogia ”Senhor dos Anéis”. -

No último episódio (Episódio 13, temporada 1), Schmidt tenta explicar a Jesse algumas regras sobre relacionamentos sem envolvimento emocional. Uma parte do diálogo bem peculiar:

“Sei do que estou falando. Tenho as minhas 10 mil horas. Fora de Série? Você deveria ler! Malcolm Gladwell, um dos meus favoritos”.

Ele cita ainda alguns outros livros sérios, com um mix de absurdos para dar o tom engreçado da série. Mas que foi interessante ouvir o nome de Gladwell meio a essa série – nossa, como foi!

Não o conhece? Já falamos antes no blog: aqui, aqui e aqui. Corre lá! ^.^

28 janeiro 2012

Melhores wallpapers de 2011

Melhores wallpapers de 2011, pela National Geographic. Fotos simplesmente fantásticas!







Indicado por Bruno Catete, a quem agradeço. Para mais, clique aqui.

18 janeiro 2012

Princípios da Avaliação

Tim Koller, Richard Dobbs e Bill Huyett lançaram um livro recente onde anunciam os quatro princípios das Finanças Corporativas. Koller é conhecido pelo livro de Avaliação de Empresas, da McKinsey, cujas primeiras edições possuíam também a coautoria de Copeland.

O primeiro é o núcleo de valor: as empresas criam valor investindo os recursos os investidores para gerar um fluxo de caixa com uma taxa de retorno que seja superior ao custo do capital.

O segundo é um corolário do primeiro e recebe a denominação de conservação do valor. O valor é criado para os acionistas quando as empresas geram um fluxo de caixa mais elevado, não reagrupando a estrutura de capital destes fluxos de caixa. Observe que este princípio é uma consequência da proposição clássica de Modigliani e Miller sobre a influência da estrutura de capital no valor da empresa.
O terceiro princípio é o da alteração das expectativas. O preço de uma ação no mercado muda em razão das alterações das expectativas do mercado.

O quarto princípio é o do melhor dono. O valor de uma empresa depende da forma como ela é administrada. Isto significa que a mudança gerencial numa empresa pode gerar fluxos de caixa diferentes.

Os autores trabalham na parte um do livro, que recebe a denominação de Value: The Four Cornerstones of Corporate Finance (Valor: Os quatro pilares de das Finanças Corporativas). Isso corresponde a cerca de 60 páginas, de um total de 250. E o restante? Blá, blá e blá.

Na parte dois, quatro capítulos sobre mercado acionário; na parte três, sete capítulos sobre a criação de valor.

Neste sentido, a obra parece com o livro de Koller, Avaliação de Empresas. Muita conversa com alguns gráficos e tabelas interessantes (mas sem detalhes metodológicos), muita afirmação baseada em pesquisas realizada pela McKinsey.

Vale a pena? Não.

29 dezembro 2011

O melhor do Blog Contabilidade Financeira

Observação: para abrir os links em outra aba ou janela, clique com o botão direito do mouse sobre o link e selecione a opção desejada.

Bom, hoje é meu aniversário então posso publicar mais uma postagem com viés. Alguém comentou anteriormente que é difícil escolher postagens preferidas e tenho que concordar! Por isso escolhi, para esta retrospectiva, as que mais me marcaram (que acabam entrando para as mais preferidas também) – e que, adicionalmente, não fui eu que escrevi. ;) As minhas já foram na “retrospectiva pessoal”.

Quando eu comecei a seguir o blog (que hoje é unificado e faz parte do blogspot – mas já caminhou por várias estradas até chegar aqui) eu me apaixonei pela parte comportamental. Na época em que eu estava na graduação não havia muito espaço para matérias com esse foco, o que aumentou o meu deslumbramento. Eu me lembro que a postagem que mais me marcou foi uma sobre contabilidade criativa, que não mais está disponível nos arquivos.

De qualquer forma, um dos textos mais importantes, que se eu pudesse obrigaria a leitura (que os meus futuros alunos se preparem) é o “correlação espúria”. (Sempre que eu ouço algo sobre isso me lembro do professor César e dessa postagem). De forma simplificada e resumida: para saber se há associação entre as variáveis, realiza-se um teste de correlação – todavia, o coeficiente de correlação não mede a relação causa-efeito entre as variáveis, apesar de que possa estar presente. Uma correlação fortemente positiva entre X e Y não autoriza afirmar que variações em X provocam variações em Y, ou vice-versa (esta recente postagem ilustra bem – só porque existe correlação entre o aumento de usuários do Facebook e da dívida na Grécia, não significa que uma causa a outra. Alguém discorda?).

Outra linha surpreendente de postagens é a que envolve a contabilidade do tráfico brasileiro. Esta fala sobre como os cadernos são organizado. Há contabilização de conserto de armas, cestas básicas (quem diria), pagamento a presos, armas e munição. Já esta comenta sobre como sempre que um policial encontra a lista de clientes, afirma que é a contabilidade dos traficantes. Já aqui é apresentada uma estimativa do valor do “negócio” do tráfico no Rio de Janeiro – comparável a grandes empresas listadas na BMF&Bovespa.

Entretanto, a minha paixão maior recai sobre as postagens que envolvem dicas ou comentários sobre pesquisa. Cito algumas: “conselhos de um econometrista”, “conselhos para um orientando”, “evolução” (sobre a forma das apresentações em Power Point), “como achar um tema para a sua pesquisa?”, “o que deve conter um resumo?”, e várias outras mais *adusem dos mecanismos de busca disponibilizados pelo blog).

Acho que já relembrei muitas postagens para vocês lerem neste fim de ano né? Então hoje fico por aqui. Espero que gostem das indicações, das releituras, das lembranças.

Ah! E relembrando: hoje é meu aniversário. De presente? Espero boas energias e a sua presença constante por aqui.