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02 setembro 2015

Resenha: MR Robot

Não podemos reclamar das séries que estão sendo lançadas recentemente. Tem para todo tipo de gosto: românticas, de terror, ficção, humor, etc. Das séries mais recentes, Mr Robot é o grande destaque, na opinião deste humilde curioso. A série conta a vida de Elliot, que trabalha numa empresa de segurança, que por sua vez presta serviço ao conglomerado Evil. Quem assistir irá perceber que a empresa Evil tem o mesmo logo da Enron, mas trata-se de uma grande empresa de tecnologia, com um braço financeiro.

Elliot é o típico nerd: extremamente inteligente, mas não gosta do contato humano. Tem uma vizinha que lhe fornece drogas, um chefe gay, uma amiga de infância e seu namorado idiota, que trabalham na mesma empresa de Elliot. Como é um grande conhecedor de computadores, Elliot também usa suas habilidades para hackear os computadores alheios. Numa viagem de trem ele conhece um tipo estranho, que tem escrito no boné Mr Robot. Somente no episódio 9 será esclarecido melhor quem é este Mr Robot, para surpresa de todos.

A série possui ótimos personagens e os especialistas em computação estão adorando pelo realismo dos fatos. O IMDB da série é 9,1, um dos mais altos deste site, o que mostra a qualidade do roteiro e direção. Em razão da tragédia recente com dois jornalistas nos Estados Unidos, o último número da primeira sessão está marcado para ser lançado hoje.

Vale a pena? Gostou de Breaking Bad? Assista. Gosta de computação? Assista.

26 agosto 2015

Resenha: Drinkfinity

Em Brasília está uma seca horrível. Aí você bebe água, mas também complementa com água de coco, isotônicos. 

Eu particularmente adoro água e, por isso, vivo comprando garrafas diferentes (BPA free). Uma que caiba na bolsa e não derrame, outra que mantenha a água gelada, aquela por ser bonita, a outra porque eu ganhei, mais uma por ser diferente... Conheço várias pessoas assim e se você é uma delas vai adorar o Drinkfinity que nada mais é que uma garrafa estilizada. 

Mas estilizada como? 

De várias pequenas formas. Quando você a abre, a tampa fica conectada a um imã então nem te incomoda, nem corre o perigo de sumir (minha maior sina). A fita de borracha que conecta a garrafa à tampa também ajuda a segurar o vasilhame (e em breve você poderá comprar com cores distintas). E o mais legal: você pode acrescentar sabores. Não vira um suco, mas sim uma “água com sabor”. 

Se você já tomou o Beauty Drink sabe mais ou menos como o Drinkfinity funciona. A diferença é que o Beauty Drink mistura um pó, o mecanismo não é legal, o gosto não fica homogêneo e a garrafa é descartável.

Mas neste caso funciona assim: você compra o “Vessel” (garrafinha) e ganha de brinde dois tubos com “pods” (os potinhos com o sabor). Existem várias linhas, eu escolhi uma calmante e outra energética. A que tomo a noite tem sabor de pêssego branco, mas também tem camomila e cidreira  misturadas (tudo muito sutil). Já o pod que tomo pela manhã tem sabor principal de maça, mas também tem guaraná e vem com eletrólitos.

Acho que paguei R$ 90 reais pelo Vessel com os dois tubos de pods (cada um com cinco potinhos) e ainda ganhei uma camiseta de brinde. E não paguei frete. 

Acabei de checar o link e a promoção ainda está valendo! (E não ganhamos nada com a "propaganda", fyi). A camiseta, da camiseteria, vale uns R$60 (mas vem de brinde), o material é excelente. Fiquei feliz com tudo. Se você utilizar a promoção do tweet abaixo, comprará o seu kit normalmente e uma meia hora depois receberá um e-mail do site camiseteria com o voucher para a sua free t-shirt. Tem que esperar um pouquinho, mas dá certo. 




No exterior a gente toma umas garrafas com água vitaminada, com gotinhas de suco, sempre há um artifício para deixar a hidratação menos monótona. Aqui no Brasil foi o mais perto que cheguei de algo não “pesado” como suco, não gasoso e sem calorias ou açucares. Só o sódio assusta: 286 mg por cápsula (55 ml). Como comparação, o Gatorade, por exemplo, tem 99 mg de sódio a cada 200 ml (e 46 Kcal). Soma-se a isso a preguicinha de ficar adquirindo os pods. Espero que com o tempo melhorem isso, caso contrário não acho que a modinha vai pra frente.

Vale a pena? Sim. Gostei e recomendo até como presente. O custo-benefício é ótimo (garrafa reutilizável, 10 potes com sabores, camiseta de ótima qualidade, frete grátis = R$90!!!). De certa forma, é a versão simples, saudável e leve dos cafés em cápsulas.  Ah! E eu já deixei a minha cair e ficou tudo bem! ;)

Disclosure: O produto foi adquirido pela autora da resenha. 

19 agosto 2015

Resenha: CSI


CSI (Crime Scene Investigation) é um programa clássico sobre a investigações de crimes. Quando criada, a série optou utilizar como diferencial um foco geek, mostrando os cientistas envolvidos na análise forense sendo eles, então, os “investigadores da cena do crime”, como o título sugere. Eles colhem evidências e as analisam, colhem digitais, observam padrão de respingos de sangue para entender a forma como o crime ocorreu, examinam detalhes em balas para estabelecer se pertencem ou não a determinada arma e, o que mais fez sucesso, utilizam DNA para pegar os bandidos.

Para demonstrar um pouco da grandiosidade dessa série, voltei em algumas de nossas postagens. Há, em uma postagem de maio de 2007, o seguinte texto: “CSI, a série da televisão, está mudando a forma como as pessoas percebem o sistema judicial. Apesar dos exames de DNA serem probabilísticos, existe uma tendência a acreditar nos seus resultados como certeza.” Em junho de 2008 publicamos outro link com uma reportagem que afirmava que a serie estava afetando julgamentos. Já nesta postagem de 2010 colocamos um link para uma reportagem que diz que CSI está influenciando o sistema legal e outro link dizendo que CSI não está influenciando o sistema legal. Aqui, em março de 2008, falamos sobre o “Efeito CSI” em imóveis onde a serie e um spin off eram filmados. Em abril de 2008 comentamos que o varejista Target montou um laboratório inspirado em CSI para combater crimes. E por aí vai...

Em 15 temporadas foram apresentados diversos casos, dos mais triviais aos que nos davam pesadelos (como criancinhas tranuilas, lindinhas e psicopatas). Para mim o auge foi o último episódio da quinta temporada “Grave Danger”, dirigido por ninguém menos que Quentin Tarantino (Episódios 24 e 25 da 5ª temporada). Eu fui ao êxtase com esse episódio e mesmo se você não acompanha a série todo dia, vale sim quebrar as regras e dar uma espiada. Mas de acordo com o site IMDB, os episódios mais bem avaliados são: For Gedda (episódio 17 da oitava temporada); For Warrick (primeiro episódio da nona temporada); Lady’s Heather Box (episódio 15 da terceira temporada – e a Lady Heather fará uma aparição especial no grand finale!).

Para honrar o legado da série haverá um episódio especial de duas horas (clique aqui para algumas cenas dos bastidores), também considerado um telefilme, a ser exibido em 27 de setembro nos EUA que contará a participação de alguns dos preferidos dos fãs que saíram do elenco ao longo dos anos, como Gil Grissom (William Petersen) e Catherine Willows (Marg Helgenberger). Sabe-se lá porque, o Nick Stolkes (George Eads) não participará! O Laurence Fishburn também não, mas ainda bem porque o achei um péssimo protagonista. Foi uma época em que assistir a serie era sofrível!

Vale a pena: Sim, se você gostar de séries e filmes que envolvam crimes. Se você se ressabia com violência, não chegue perto. Não é uma série agressiva, mas em todos os episódios há, em média, dois crimes a serem resolvidos. Na verdade, a essa altura do campeonato acredito que quem gosta desse tipo de série já assiste CSI (mesmo que não frequentemente). Mas achamos válido resenhar a série esta semana como uma última homenagem.

Formato: Seriado
Gênero: Policial, Drama, Mistério
Temporadas: 15
Episódios: 335 + telefilme
Produtor: Jerry Bruckheimer
Transmissão Original: 6 de outubro de 2000 a 27 de setembro de 2015
Duração: 41 a 45 Minutos // 60 Minutos (1 Episódio) // 2 Horas (Telefilme)
Emissora de televisão original: CBS

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12 agosto 2015

Resenha: lenço para limpeza de lentes



O que nós temos e que não podemos utilizar produtos usuais de limpeza? Telas de LCD, por exemplo. iPhones, iPods e iPas, n gadgets não-família-Apple. Sabemos que devemos limpar nossos eletrônicos com álcool isopropílico, mas quem realmente o faz? Como não é fácil comprar pela internet, eu nem sei qual é a cara dele! Sei que vende em loja de eletrônicos e em algumas farmácias.

Antigamente era difícil encontrar sprays e lenços seguros para a tela do nosso computador, por exemplo, então eu tinha alguns importados, como o dessa foto. Aí, ao pesquisar um pouco, vi que já há um bocado no mercado nacional (aqui, aqui, aqui e diversos no Mercado Livre), inclusive esses lenços individuais que são práticos tanto na limpeza quanto no armazenamento. Fica aqui a dica para andarmos mais limpinhos e saudáveis. Ainda, o Dr. Bactéria sugere que você, alternativamente, use aqueles lencinhos umedecidos de bebê. Se você adota um lenço de microfibras está apenas lustrando as bactérias, segundo ele. A não ser que você aplique algum produto próprio para esse trabalho.

O que eu tenho é da Bausch-Lomb, mas nos links acima coloquei de marcas e fontes diversas para ajudar.

Em tempo: comprei o "Screen-Clene" da AF e não gostei. Como não são embalados individualmente, eles ficaram ressecados. Quando estamos com um embalado individualmente já temos que limpar rapidinho porque o alcool evapora rápido e logo o lenço fica seco e inútil... imagina esses embalados juntos. Não comprarei novamente (e joguei o pacote quase completo no lixo).

Produto: Bausch & Lomb Sight Savers Pre-Moistened Lens Cleaning Tissue (Box of 100)
Vale a Pena: Sim! Limpa o celular, o iPod, a máquina fotográfica e ainda serve para os meus óculos! Mas só valem mesmo os embalados individualmente (e são até mais práticos... dá pra levar um na carteira, na bolsa, deixar um pouco no trabalho e outros em casa). Infelizmente ainda não achei o modelo aqui no Brasil.


15 julho 2015

Resenha: Quando roubar um banco

Como os autores, vou começar pela dedicatória que é uma graça: “Dedicamos este livro aos nossos leitores. Somos perpetuamente surpreendidos pelo seu vigor e agradecidos por sua atenção”. *.*

E aí começa a história. Há dez anos, quando os autores resolveram publicar o livro Freakonomics, decidiram também começar uma web page associada. Por acaso, o site oferecia uma função para blogs... E aí eles começaram a publicar e no livro “When to Rob a Bank” acompanhamos algumas experiências, além das postagens que eles consideram top hits.


As postagens no blog tendem a ser mais informais e casuais quando comparadas a escrita de um livro. Eles acrescentam que “[...] ter o blog nos deu uma boa razão para continuar curiosos e abertos em relação ao mundo”. Durante todos os anos eles continuamente se questionavam porque continuavam a blogar e não havia motivo óbvio já que é uma atividade não remunerada e não havia qualquer evidência que o blog os ajudasse a vender mais cópias do livro. Com o tempo eles perceberam a razão: “nossos leitores adoravam de ler o blog, e nós adorávamos nossos leitores. A curiosidade e inventividade e especialmente a diversão nos mantiveram ali”. E com o livro percebemos todo o espírito disso.


O início do livro, com o primeiro capítulo intitulado “o que blogs e garrafas de água têm em comum?” é super engraçado, com eles explicando como antigamente achavam um absurdo livros vindos de blogs serem publicados porque bastava a pessoa entrar no blog e ler tudo de graça. Mas aí... eles publicaram um.

Alguns textos não me interessaram tanto (especialmente os sobre planos de saúde estadunidenses) , enquanto outros me fizeram gargalhar alto. Eu ri muito quando, por exemplo, ele debateu no blog sobre a possibilidade de aeromoças (ou comissárias de bordo) ganharem gorjeta, já que elas prestavam um serviço similar aos de garçonete, por exemplo. Ele colocou várias justificativas plausíveis, os comentários do blog o deixaram bem animados e ele colocou a ideia em prática: tentou dar a tal da gorjeta. A comissária de bordo ficou ofendida e ralhou com ele. A forma como ele descreve a situação é hilária.

Também ri quando, no capítulo “Estávamos Apenas Tentando Ajudar” – foi a postagem que gerou mais cartas e correspondências desde a história da relação entre crime e aborto publicada no primeiro livro (leia aqui). Na postagem original ele diz que se fosse um terrorista com recursos limitados e quisesse maximizar o terror, organizaria vários ataques simultâneos, em diversos locais do país. Teria que ser aleatório para cada um achar que seria uma possível vítima, de preferência fechando o comércio, porque quando isso acontece as pessoas tem mais tempo para pensar em seus infortúnios e então o medo aumenta, e se possível fazendo com que o governo tenha que publicar diversas leis e gastar um bocado para lidar com a situação. E o que isso causou? Diversas correspondências questionando se ele era um traidor, um imbecil, ou ambos. Também pediram que ele fizesse uma postagem listando formas de combater o terrorismo. Se você ler com desapego, puramente racional e sem considerar as “emoções do absurdo” é um capítulo extremamente inteligente e bem versado.

Então esse é o espírito do livro.

Vale a pena? Você pode dar uma passada no blog e ler algumas postagens se ainda não o fez. Caso goste do que lê, vale sim a pena comprar o livro. Ainda não há a versão traduzida, mas fique atento caso ler em inglês não lhe seja agradável. Eu comprei o e-book e pretendo comprar o livro físico tão logo seja possível (leia-se: quando houver promoção, mais provavelmente no Black Friday).
E a resposta para a pergunta do livro? Simplificando, qualquer dia é um bom dia para roubar um banco, desde que você não resolva agir no mesmo dia que outros ladrões. Isso porque vocês entrarão no caminho um do outro e ainda terão que dividir o produto.


LEVITT, Steven D.; DUBNER, Stephen J. When to Rob a Bank: ...And 131 More Warped Suggestions and Well-Intended Rants. Harper-Collins, 2015.

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Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

08 julho 2015

Resenha: Orange Is The New Black

Orange Is The New Black (OITNB) é uma série Americana produzida pelo Netflix (serviço de TV pela internet), baseada no livro publicado por Piper Kerman com base em sua vida e é da mesma criadora da série Weeds, Jenji Kohan.

A personagem Piper é uma nova-iorquina comum, aparentemente sem nada de muito interessante. Ela está noiva, tem amigos e familiares, um blog, um negócio de velas e produtos de banho (ou algo similar), até que um dia há um julgamento relacionado a tráfico de drogas, ela é citada porque  participou de um transporte internacional de entorpecentes e acaba se entregando voluntariamente (até onde isso é possível) em Litchfield, uma prisão de baixa segurança... Vemos como ela está despreparada quando pedem para ela entregar o iPhone para o noivo porque lá não é permitido. A primeira preocupação dela? Como atualizar o blog!? Pois é.

Aí ela entra e logo ficamos com receio de alguns clichês envolvendo a vida na prisão, mas eles até que conseguem consideravelmente contornar isso. Há riqueza de personagens, situações interessantes e bem elaboradas. Eu comecei a assistir por assistir, achei que logo acharia tedioso, mas ainda não foi o caso.

Não há nenhuma contadora encarcerada (!!!), mas há desvio cara de pau de dinheiro por uma das administradoras da penitenciária. Na terceira temporada há também dicas para se montar um negócio... claro que de forma nebulosa e na prisão, mas há alguns ensinamentos valiosos como motivação e valorização de funcionários, aproveitamento eficaz de recursos, importância da criatividade e de se pensar de formas não tradicionais.

Ah! Na terceira temporada tem uma cena bem legal também, em que comentam a parte do livro Freakonomics sobre aborto e violência. Leia mais aqui sobre o que foi escrito no livro. Não vou entrar em detalhes quanto a cena porque a resenha é spoiler free.


Na quarta temporada (ainda não disponível) haverá uma prisioneira que remete um bocado à Martha Stewart (empresária e apresentadora de TV norte-americana que foi condenada a cinco meses de prisão em 2004). Ansiosa por isso!

Vale a pena: Sim. Não é uma série viciante, mas tem seu apelo. Além de o acesso ser fácil já que, por ser produzida pelo Netflix, basta que você seja assinante (o básico é R$19,90 por mês, o premium 29,90 - o primeiro mês é grátis). Ou seja, você pode assistir a qualquer momento e por diversos dispositivos (celular, tablets, smart TV, e outros gadgets que sejam preparados para o acesso à internet).

Formato: Série
Classificação indicativa: 18 anos
Gênero: Comédia dramática, humor negro, crime
Duração: 51 a 92 minutos
País de Origem: Estados Unidos
Distribuido por: Netflix
Empresa de televisão original: Netflix

Temporadas: 3 (39 episódios)



Evidenciação: Programa adquirido com recursos particulares, sem quaisquer ligações con o Netflix ou com a série resenhada.

17 junho 2015

Resenha: Bolsa Blindada


Bolsa Blindada é um livro da jornalista e publicitária Patricia Lages, voltado para mulheres que desejam aprender a lidar com as dívidas. Segundo a editora, é um "manual de finanças pessoais", que desmistifica o "economês"... e "até ensina a investir".
http://bolsablindada.com.br/wp-content/uploads/2013/07/Screen-Shot-2013-07-23-at-8.35.36-PM1.png


Eu vi um membro da minha família com esse livro e confesso tê-lo surrupiado especialmente para resenhá-lo. E ainda bem que eu não gastei dinheiro com isso. Vou colocar a parte final no início:

Vale a pena: Não. Não consegui terminar de ler (e nem quem me emprestou): e olha que eu sou teimosa. Mesmo não gostando, faço um esforço sobre-humano para finalizar obras. Mas essa realmente não deu.

Lembram em uma postagem anterior em que o professor César falou de livros de finanças que mais se assemelham aos de autoajuda? Bolsa blindada é um bom exemplo.

Além de não ter concordado com o que deveria ser visto como ensinamentos característicos das finanças pessoais, o achei superficial e até o layout atrapalhou. Isso sem contar que ele é cheio de estereótipos do que acreditam ser o que mulheres precisam ouvir.  Julguemos o livro pela capa, que é rosa. Em certo ponto ela fala que tem um cofrinho de moedas em casa! Agora vale a pena guardar dinheiro em cofrinho?

Eu amo fonte gigante, pois tenho uma vista péssima. Sempre que possível compro a versão “letras grandes” (large print) que os americanos, vez ou outra, publicam. Todavia, apesar do livro de Lages ter uma fonte maior que a usual, isso me deixou ainda mais inquieta e com a sensação de estar lendo algo vazio e batido. O tipo de livro em que você passa por diversas páginas sem sentir que aprendeu algo... E acredito que, talvez para tentar se diferenciar de outros livros, ela acrescenta um bocado de informações pessoais que na verdade não são interessantes, mas cansativas, tais como a forma com que ela lidava com dinheiro desde pequena e o fato de ler tudo, até “papel de bala”. Não consegui simpatizar com a "protagonista". Muito disso (dos exemplos pessoais com efeito contrário ao desejado) me incomodava e me dava péssimos flashbacks do livro da Ana Paula Padrão que terminei de ler sofrendo. (Já ensaiei várias resenhas e não as terminei porque foi o pior livro que li no ano passado, contudo encontrei aqui uma fabulosa).

A obra é simplista (que eles chamam de "linguagem acessível"), 'autoajudista' ("atitudes positivas para sair do negativo") e caso isso fosse pouco para fisgar o público, ela também fala um pouco sobre religião, como ela se apegou a Deus em momentos desesperadores e cheios de dívida.

Vale a pena: Não. A não ser que você goste de se sujeitar a livros chatos ou esteja tão desesperado com as suas dívidas e com tempo disponível que queira ler toda e qualquer obra que te prometa a liberdade financeira. Mas ache uma boa biblioteca senão você coloca tudo a perder.

LAGES, Patrícia. Bolsa Blindada. Rio de Janeiro: Thomas-Nelson, 2013


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03 junho 2015

Resenha: Sem treino não se ganha jogo

Todo mundo sabe que a prática leva a perfeição. Todavia, praticar de maneira correta é tão importante quanto, ou mais importante que. Essa é a premissa do livro.

A obra é uma co-autoria de Doug Lemov, Erica Woolway e Katie Yezzi, traduzido para o português e publicado pela Da Boa Prosa, em 2014.

A ideia central do livro já vem logo no  título. Segundo os autores, passamos xampu todos os dias, mas não ficamos melhores nisto. Assim, o treino automático não ajuda a progredir, mas a prática bem elaborada é fundamental para isto. Segundo os autores, quanto mais somos melhores em fazer algo, mais precisamos de treino. Isto se aplica no futebol, no tênis, na sala de cirurgia e na escola. Assim, muitas vezes quando pensamos que chegamos ao topo profissional é que deixamos de progredir.

Veja o Vine a seguir

http://www.businessinsider.com/wimbledon-ball-boy-practice-vine-2013-11



O vídeo mostra o treinamento dos garotos que pegam a bola em Wimbledon. Parece algo banal, mas são necessárias horas de prática para fazer bem o seu serviço. E tome treino, assim como um Nadal treina seu saque ou voleio.

Diante disto, Lemov, Woolway e Yezzi apresentam 42 lições para o aprendizado. As lições são interessantes, mas de tão objetivas, ou óbvias, é um convite ao leitor pular o texto e ir direto para o resumo. Foi o que eu fiz a partir de uma determinada página do livro. E ao final do livro é curioso que parece que estes saltos não fizeram efeito sobre o conteúdo.

Vale a pena? O livro pareceu interessante pelo título e pela tese defendida. Alguns exemplos são bons e há um grande foco no treino de um professor para dar uma aula! Isto também é positivo para quem é professor. Mas tenho dúvida sobre a validade da obra.

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22 maio 2015

Resenha: Vampeta Memória do Velho Vamp

Este é um livro de histórias... São vários casos narrados por um dos maiores gozadores do futebol brasileiro, Marcos André Batista Santos, o Vampeta.
Vampeta foi jogador de futebol que atuou no Corinthians, Vitória, Brasiliense, Flamengo e outros clubes. Durante o período que esteve em campo, Vampeta foi protagonista de três histórias que ficaram na memória de qualquer pessoa que acompanhou o futebol nos últimos anos e que são descritas neste livro.

A primeira ocorreu na entrega de medalhas aos Penta Campeões da Seleção Brasileira: a cambalhota que deu quando estava no Palácio do Planalto sendo homenageado pelo presidente da república, Fernando Henrique. Sim, estava bêbado, mas expressou a alegria dos brasileiros pela conquista. E deixou a medalha cair.



A segunda quando chamou os adversários são-paulinos de “bambis” e provocou a ira dos adversários.

E, finalmente, quando declarou que o Flamengo fingia que pagava os jogadores e eles fingiam que jogavam.

Enfim, Vampeta era daqueles jogadores que despertavam curiosidade num jogo por suas declarações e provocações, a exemplo do eterno Dadá Maravilha. Assim, um livro que se propõe a contar os acontecimentos engraçados da carreira de Vampeta só pode ser muito bom. É bem verdade que muitos casos já foram contados nos “desimpedidos” ou na Rádio Jovem Pan, mas é sempre bom lembrar as brincadeiras com Evaristo de Macedo (a melhor parte do livro), Ronaldo, técnicos, Edilson capetinha, Gilmar Fubá e outros mais. Em alguns, Vampeta simplesmente repassa o que ouviu de terceiros, mas isto não perde o interesse. E como as narrativas são curtas, o livro torna-se interessante.

Uma das pérolas:

O presidente do Grêmio Osasco se chama Linderber Pessoa. Ele fundou o clube, que tem só quatro anos de vida e já está na segunda divisão do Campeonato Paulista. O Lindenberg é muito atento à contabilidade do clube (...) estou dando o orçamento, falando quanto vai sair a folha de pagamento e quanto cada atleta vai ganhar (...)

- João Paulo, dois e quinhentos. Bruno, dois e quinhentos; Guilherme, dois; o outro Bruno, mil e quinhentos; Agnaldo, mil e quinhentos... 

Estou fazendo a folha de pagamento e ele está olhando.

- Total: trinta e quatro mil e quinhentos.

Aí ele vem em mim:

- Vampeta, por que todo mundo ganha mil e quinhentos e esse tal de "Total" tá ganhando trinta e quatro  mil e quinhentos? Quem é esse "Total"? Ele é craque?

Vale a pena? Gosta de futebol? Se a resposta for sim, vale. Caso contrário, que tal as memórias de Sampras.

UNZELTE, Celso. Vampeta Vampeta. Memórias do Velho Vamp. São Paulo: Texto, 2012.


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13 maio 2015

Resenha

Na semana passada a Isabel comentou sobre Mad Man. A série é bem feita, com capricho na reconstituição da época e personagens cativantes. Tudo que uma boa série de televisão deveria ser.

Danger 5 é uma produção australiana e é exatamente o oposto de Mad Man. Talvez a grande coincidência das duas seja o fato de serem históricas. Mas Danger 5 se passa na segunda guerra mundial, quando um grupo de espiões recebem missões difíceis de serem realizadas, todas envolvendo combater os nazistas e, se for possível, matar Hitler.


No segundo episódio de Danger 5 a história é a seguinte: dinossauros gigantes nazistas aparecem na Europa (foto). A equipe de Danger 5 recebe a missão de descobrir sua origem, o que inclui combate-los. Isto é feito: os dinossauros foram criados por Mengele na Antártida. A equipe viaja para a selva tropical, onde enfrenta Mengele, amazonas, nazistas, monstros e Hitler. Como o leitor pode perceber, Danger 5 é uma maluquice.

Danger 5 é uma série muito ruim. Os efeitos especiais são realmente toscos, o roteiro é doido, a interpretação é forçada, não existe muita lógica. Talvez por isto ela tenha a nota 8,5 (de dez) no IMBD.

06 maio 2015

Resenha: Mad Men

Mad Men é basicamente uma série sobre o mundo publicitário nos anos 1960. No início, quando apresentando o escritório, a contabilidade é mencionada assim:
Accounting
They keep track of how much we're spending versus how much we're taking in.
And since we're buying futures, if you ever, ever see, um, the man upstairs go in there, grab the lifeboats, baby We're going down.
É um programa cheio de críticas e aclamações. Já ganhou diversos Emmys e Globos de Ouro, é considerada uma série que retrata fielmente os anos 1960 entre outros n elogios.

Inicialmente confesso ter tido dificuldades para assistir, mas é uma série curiosa... passei a gostar, não sei se por costume ou por causa da evolução cultural. Há uma amplitude surreal de temas tratados: tabagismo, feminismo, infidelidade, alcoolismo, antissemitismo, racismo. É impressionante o comprometimento. Há uma equipe meteorológica especializada em saber exatamente como estava o clima naquela época para que o episódio reflita com exatidão. Isso acaba nos acrescentando um pouco de conhecimento em fatos aleatórios da história norte-americana (como a smog tóxica que aparentemente matou de 169 a 400 pessoas e foi mencionada por Megan, que não deixa o personagem principal, Don, abrir a porta da sacada), além de incrementar o entretenimento. É interessante as reações frente ao assassinato de Martin Luther King Jr. em 1968 e até ao suicídio de Merlin Monroe que era considerada um exemplo para as mulheres, que a idolatravam.

Claro que há muito dinheiro envolvido! Isso fica óbvio pela riqueza de cada capítulo. A produção média por episódio está estimada em US$ 2,84 milhões, os direitos de transmissão do Netflix custaram US$ 100 milhões (e foram ditos terem estourado os índices de audiência do show) e mais cem milhões de dólares foram estimados para as vendas de DVD/Blu-ray e i-Tunes.

Se a descrição te agradou, tente assistir. Algumas temporadas estão no Netflix. A sétima e última da série, que se encerrará em 17 de maio, está sendo exibida atualmente, o que fez com que se aumentasse o frenesi.

Eu li que as pessoas que viveram o que é retratado não conseguem assistir e não porque a história seja tosca, mas exatamente pela riqueza de detalhes, por relembrar péssimos momentos principalmente para mulheres e negros. Eu, particularmente, tinha que fazer outra coisa enquanto assistia certos momentos hoje considerados absurdos, como o noivo de uma personagem a estuprá-la (Sim!!! É pesado!) por ela não estar interessada em sexo naquele momento, a “mão-boba” ser natural, o psiquiatra ligar para o marido da paciente para que ele fique ciente das reclamações e problemas dela. Naquela época uma mulher não podia nem se hospedar em um hotel sozinha (devia haver ao menos uma dama de companhia).

As reportagens apontam como curiosidade 7 dos 9 escritores serem mulheres, mas não acho que isso mereça o peso que dão, como se elas fossem antifeministas ou algo do gênero. Há comprometimento e profissionalismo que fazem com que a realidade seja bem retratada e o fato é que aquela realidade era pesada, dura e até nojenta. Acho positivo o conhecimento bem direcionado, priorizando a verdade, não sendo dirigida pelos comitês prontos para reclamar de absurdidades e idiossincrasias.
Fatos curiosos mesmo: os cigarros são todos herbais (eu procurei isso porque fiquei impressionada: eles fumam O TEMPO TODO!); a bebida “old fashioned” é suco de maça; em certo momento os produtores sabiam que teriam que comprar os direitos de uma música dos Beatles. A escolhida foi “Tomorrow Never Knows” que tocou no episódio 8 da 5ª temporada e custou US$ 250.000.

Mad Men
Formato: Seriado
Idioma: Inglês (US)
Gênero: Drama
Duração: 47 minutos
Onde assistir: Netflix

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18 fevereiro 2015

Resenha: Dinheiro Feliz

No universo literário há um bocado de livros de finanças pessoais. A maioria é muito ruim e não podem ser recomendados, pois são mais livros de autoajuda, sem nenhuma base científica. Este não é o caso de Dinheiro Feliz por três razões. Em primeiro lugar, esta pequena obra de duzentas páginas está focada na despesa pessoal. É uma boa premissa, já que a maioria das pessoas não consegue aumentar substancialmente sua receita. Em segundo lugar, as afirmações feitas no livro estão sustentadas por diversas pesquisas acadêmicas, citadas no final. Finalmente, o livro foi escrito por dois pesquisadores de instituições conhecidas, Elizabeth Dunn e Michael Norton.

Da mesma forma que nos livros tradicionais de autoajuda, a obra baseia-se em poucos princípios, repetidos a exaustão. Neste caso são cinco os princípios, para o qual os autores escrevem capítulo específico. A premissa do livro é mostrar para as pessoas como gastar o dinheiro para que você seja mais feliz.

O primeiro princípio é “Compre Experiências”. Embora as pesquisas indiquem que a maioria das pessoas sonhe com a casa própria, este tipo de compra não gera felicidade. O melhor e comprar experiências que podem trazer um prazer maior. É o caso de uma viagem especial ou para um local distante. O segundo princípio é “faça disso uma diversão”. Em lugar de negar radicalmente uma experiência, como deixar de tomar café, faça com que o copo de cappuccino seja um acontecimento especial, em lugar de ser uma rotina diária. A seguir, “compre tempo”. Em lugar de perder duas horas no trânsito, pense em usar o dinheiro para morar mais perto do trabalho. O quarto princípio é “pague agora, consuma depois”. Ao inverter o princípio geral da nossa sociedade – de consumir agora e pagar depois – as pessoas podem adquirir mais felicidade e gastar menos. O maior prazer das férias ocorre antes, quando sonhamos com o sossego da fazenda. O último princípio é “invista em outros”.

Quando estava relendo este livro, eu lembrava as diversas situações onde os princípios do livro se aplicaram na vida pessoal. A obra é muito prática e os princípios são poucos, mas suficientes para que as pessoas possam ter uma relação melhor com o dinheiro.

Vale a pena? Se tivesse que indicar um livro de finanças pessoais, esta seria a obra que indicaria. Então, a resposta é sim.

DUNN, Elizabeth; NORTON, Michael. Dinheiro Feliz. São Paulo: JSN, 2014.

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14 janeiro 2015

Resenha: Pense como um Freak

Depois do sucesso arrasador de Freakonomics, onde Dubner relatava algumas pesquisas realizadas por Levitt, estes autores lançaram Superfreakonomics. A série rendeu um blog, canal de notícias, livros com edição especial, tradução em muitas línguas, presença nos livros de não ficção mais vendidos e fama.

Agora Levitt e Dubner voltam com este novo livro, lançado no ano passado pela Record. Com duzentas páginas e nove capítulos os autores partem para missão de ensinar como pensar de maneira original. O primeiro capítulo tenta mostrar como pensar como freak. O segundo capítulo pergunta por que é tão difícil responder “não sei”. Mostra as vantagens reconhecer a ignorância e a necessidade de buscar as respostas para aquilo que não sabemos. O terceiro capítulo enaltece a boa pergunta (e não a boa resposta) através do maior comedor de cachorros-quentes do mundo. O assunto prossegue no quarto capítulo, onde a boa pergunta irá encontrar uma boa resposta. O quinto capítulo mostra a razão pela qual uma criança tem boas ideias. A seguir os autores tratam dos incentivos e sua importância no comportamento humano. Mais exemplos são apresentados no sétimo capítulo, incluindo o caso da M&M marrons do Van Halen (muito interessante). O livro finaliza com a tentativa de convencer pessoas que não querem ser convencidas (capítulo oito) e a necessidade de desistir (capítulo nove).

Vale a pena? Ao contrário dos livros anteriores, esta obra não relata as pesquisas realizadas por Levitt. É mais uma tentativa de criar um manual para as pessoas. Talvez por isto o livro não teve o mesmo sucesso dos anteriores (veja aqui uma resenha negativa do livro). Se você quer conhecer o pensamento dos autores, o melhor é ler o original: Freakonomics. Mas caso deseje ler um livro leve e agradável, esta é uma boa indicação. Recomendo especialmente o capítulo seis e sete.

LEVITT, Steven; DUBNER, Stephen. Pense como um Freak. Rio de Janeiro: Record, 2014.

07 janeiro 2015

Resenha: Saber vender é da natureza humana

Uma vez li uma lista de livros interessantes da área de economia comportamental. Entre os vários livros, lá estava este. Com a lista na mão, resolvi adquirir algumas das indicações. E com isto esta obra de nome estranho chegou à minha casa.

A ideia do livro é que todo mundo é um vendedor. E para isto é preciso aprender as técnicas dos vendedores. O autor, Daniel Pink, sai à procura dos melhores vendedores, dos especialistas, para mostrar como devemos agir na nossa vida diária. Simples.

Mas acho que já estou farto dos livros de divulgação científica. Achei o livro com muita informação nas suas 250 páginas, principalmente com muitos casos. Um após o outro, muitos deles sem um fechamento adequado. A orelha diz que o autor vende milhões de exemplares, traduzidos para mais de 33 idiomas.

Vale a pena: A capa final tem elogios do Financial Times, Forbes, US News, USA Today e Wall Street Journal. Mas este humilde blogueiro afirma: não vale a pena. O tempo que você utiliza para obter uma ou outra dica interessante poderia dedicar-se a leituras mais interessantes.

PINK, Daniel. Saber vender é da Natureza Humana. Leya, 2013.

31 dezembro 2014

Resenha: O5 Núm3r05 g0v3rn4m 5u4 v1d4

Este é um livro curto, com somente 160 páginas (além de mais algumas de notas e índice). Deveria ser aquela obra que você leria de uma vez. Mas não é.

O livro possui cinco capítulos onde o autor, o blogueiro Kaiser Fung, discute a aplicação de conceitos estatísticos em pelo menos duas situações. O primeiro capítulo mostra como a Disney mudou o jeito das suas filas para que as pessoas não ficassem insatisfeitas esperando e também debate o trânsito nas grandes cidades. Ambas as situações são usadas para que Fung discuta a relevância do conceito de variabilidade.

O segundo capítulo trata da descoberta de problemas em alimentos estragados e a identificação de clientes ruins nas empresas. Novamente, o mesmo conceito para duas aplicações distintas. Fung mostra que toleramos que a estatística seja usada no primeiro caso, mas parece existir uma grande má vontade com o segundo caso. Ele mostra, de maneira bem simples, como a proibição de sistema de pontuação de crédito pode ser horrível para as empresas e para aqueles que compram a prazo. Este talvez seja o ponto alto do livro, juntamente com a discussão do tipo de erro e o exame de doping em atletas, que aparece no capítulo seguinte.

O capítulo quatro trata da assimetria e o cinco dos eventos com baixa probabilidade, como um acidente aéreo. E só. Como disse no início, poderia ser uma obra de leitura rápida, mas parece que o texto não flui em alguns momentos. A orelha do livro fala em “espiada extremamente divertida”, mas sinceramente não consegui achar muita diversão. Existem diversas outras obras de divulgação do conhecimento onde a leitura é bem mais agradável. Não sei dizer qual a razão, talvez uma grande expectativa criada pelo título da obra.

Vale a pena? A discussão sobre o sistema de pontuação de crédito e os dois tipos de erros são muito interessantes. Mas pouco para 160 páginas.

FUNG, Kaiser. O5 Núm3r05 g0v3rn4m 5u4 v1d4. São Paulo: DVS, 2011.

29 outubro 2014

Resenha: Você não é tão esperto quanto pensa

Quando você demora muito para ler um livro existem duas possíveis explicações. A primeira e mais óbvia é que este livro é pouco interessante e realmente não prende a atenção. A segunda razão é que a obra gera tantas reflexões que você sente a necessidade de parar para ganhar fôlego, antes de continuar. O livro “Você não é tão esperto quanto pensa”, de David Mcraney, enquadra-se no segundo caso. É um livro muito bom e com uma estrutura bastante agradável. Nas suas duzentas e poucas páginas, Mcraney apresenta 48 maneiras de se autoiludir.

Adquiri o exemplar do livro durante as férias de julho, ao encontrar por acaso com a obra na livraria do aeroporto. E somente agora terminei a leitura. Em cada um dos 48 capítulos, o autor apresenta o equívoco, logo a seguir a verdade e depois uma explicação, baseada em pesquisas científicas, para o engano. Veja por exemplo a falácia do mundo justo (capítulo 18). O equívoco é imaginar que as pessoas que estão perdendo no jogo da vida devem ter feito algo para merecer. A verdade é que as pessoas com sorte geralmente não fazem nada para merecê-la e as pessoas más geralmente se safam sem sofrer as consequências. Nós fingimos que o mundo é justo.

Mcraney não dá esperança: o mundo é injusto. Corruptos irão morrer nas suas mansões sem pagar pelos seus crimes, políticos sem escrúpulos continuaram sendo eleitos e reeleitos, aquele motorista que ocupa a vaga do deficiente não será multado e assim por diante. Você é um tolo em acreditar na justiça do mundo, afirma o autor.

Vale a pena? Muito. É um dos melhores livros que já li na área comportamental. Leitura fácil, com capítulos curtos, o texto é atraente para aqueles que buscam um livro para ler aos poucos. É bem verdade que em algumas partes fica a sensação de “já li isto antes”. Mas isto é decorrente a área que está sendo expandida com novas pesquisas e discussões.

 MCRANEY, David. Você não é tão esperto quanto pensa. Leya, 2012.

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22 outubro 2014

Resenha: Bartleby o Escrevente


Em geral fazemos resenhas de livros técnicos ou não ficção. Mas ousamos escrever sobre um conto, inicialmente publicado em 1853 e relançado em 1856, de autoria de Herman Melville. Melville ficou mundialmente conhecido pelo livro Moby Dick, de 1851 e Bartleby é seu conto mais conhecido.

O narrador é um escrivão que decide contratar um novo empregado. Aparece Bartleby disposto a ocupar o cargo de “copista”. Naquele tempo era usual o emprego de pessoas que escreviam, à mão, cópias dos documentos. O livro apresenta o estranho relacionamento do narrador com Bartleby em Wall Street. A história foi transformada em filme duas vezes e existem adaptações para o teatro. É uma das novelas mais famosas, precursora de Kafka e Camus. No Brasil, Veríssimo, o filho, possui um conto muito parecido com este. A frase do personagem, “Prefiro que não”  (I would prefer not to do) e derivados ficou famosa. (imagem)

Pessoalmente, sempre tive interesse por esta novela desde que encontrei numa lista das obras literárias com uma ligação com a contabilidade. É bem verdade que nenhum dos personagens é contabilista, mas o enredo poderia se passar num escritório de contabilidade. A única ligação é uma nota de rodapé sobre John Caldwell Colt, um contador e autor de um manual de contabilidade, referência no ensino da disciplina nos Estados Unidos. O irmão do inventor do revolver Colt ficou muito conhecido pela morte de Samuel Adams, um crime famoso no século XIX.

O texto é curto, afinal é um conto, com cerca de 80 páginas. O formato do livro é agradável e faz parte de uma coleção denominada “A Arte da Novela”, da Gruá Livros. Mas se você gosta de ler a orelha de um livro, esqueça. Como a capa e contracapa estão em amarelo e a letra em branco, a leitura é um teste para a visão. De noite então é impossível saber o que está escrito na orelha. Apesar do formato agradável, as paginas soltam facilmente.

Vale a pena: É uma novela interessante e que pode agradar aqueles que gostam de Kafka e de Melville.

MELVILLE, Herman. Bartleby O Escrevente. São Paulo: Grua, 2014.

Evidenciação: Esta obra foi adquirida com recursos do blogueiro.

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15 outubro 2014

Resenha: Eu sou Malala

Foi com os olhos cheios de lágrima que recebi a notícia que a paquistanesa Malala finalmente recebeu o Nobel da Paz. A mais jovem de toda a história!

Eu comprei “Eu sou Malala” em alguma promoção. Comecei a ler porque a letra é grande e ótima para o meu problema de vista. Ok. Também porque eu precisava de um livro bem conceituado porque tinha acabado de ler uma péssima, péssima, biografia e estava frustrada.

Enfim, lá fui eu ler a história da bela menina da capa. O subtítulo do livro resume bem o que vem pela frente: “a história de uma garota que defendeu o direito a educação e foi baleada pelo Talibã”.

Eu sinceramente não sei como resenhar esse livro (e tenho a impressão que já usei essa frase por aqui antes). A autobiografia, em coautoria com Christina Lamb, é uma leitura obrigatória e ótima pedida para este fim de ano. A história é linda, e triste, e cativante, e rica, e desoladora.

Malala defende algo simples: o direito a educação... E aí você vai sim ter um pouco de peso na consciência pelos dias em que resmungou por ter que acordar cedo por qualquer coisa relacionada a educação. Você vai se sentir feliz por muitas coisas em sua vida, assim como aprenderá um bocado sobre o mundo e será grato a sensibilidade e coragem de Malala porque saber que existem pessoas assim no mundo nos inspira.

Os vencedores do Nobel da Paz, Malala e Satyarthi, foram laureados devido a seus trabalhos em prol da educação. E por restaurarem um poço mais a nossa fé na humanidade.
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19 setembro 2014

Resenha:Sem Lugar para se Esconder


Este livro conta a história de Edward Snowden, o programador que denunciou a espionagem da NSA, uma entidade do governo dos Estados Unidos. Snowden era um funcionário terceirizado e que teve acessos aos processos de espionagem. Em 2013 ele procurou o jornalista Greenwald, do jornal The Guardian, que trabalhava no Rio de Janeiro e que é o autor do livro. Os dois se encontraram em Hong Kong e Snowden forneceu para Greenwald as provas para diversas reportagens que foram publicadas no jornal britânico.

Apesar de ter cinco capítulos, o livro pode ser dividido em três partes. Na primeira, que abrange os dois primeiros capítulos, Greenwald narra como o furo de reportagem ocorreu. Na segunda, ele descreve como o sistema de coleta da NSA funcionava. Finalmente, a última parte discute a questão da vigilância proporcionada pela internet nos dias atuais. Honestamente: a primeira parte é muito boa, com lances de suspenses, descrição dos fatos de maneira cativante e que prende o leitor. A segunda e terceiras partes quebram o clima do livro.

Vale a pena? Se você gosta de uma obra de suspense, os dois primeiros capítulos são muito bons. Gostei do livro por esta parte. Se você tem interesse sobre a tecnologia e outras discussões, os três últimos capítulos podem valer a pena. Mas confesso que não gostei, pois quebra o ritmo da obra


GREENWALD, Glenn. Sem Lugar Para Se Esconder. Edward Snowden, A NSA e a Espionagem do Governo Americano. Rio de Janeiro: Primeira Pessoa, 2014.


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10 setembro 2014

Resenha: Contabilidade: com ênfase em micro, pequenas e médias empresas

Existem alguns temas são espinhosos para um autor. Geralmente nós deixamos esta tarefa para os corajosos que estão dispostos a enfrentar o desafio. Escrever sobre contabilidade tributária (como, diante do grande número de leis?), sobre auditoria (é preciso ir a campo antes para conhecer o assunto) ou análise de balanço são alguns destes temas. Diante da nossa mania de olhar grandes empresas, tratar da contabilidade das pequenas é desafiador. Principalmente em razão do nosso viés de estudar as empresas mais complexas.

O livro de Fernando Santos e Windsor Veiga propõe este desafio. Com cerca de 200 páginas e 12 capítulos, a obra é um interessante complemento para os professores que gostariam de usar exemplos de pequenas empresas ou para o profissional do escritório de contabilidade. O capítulo mais interessante é o décimo, sobre a abertura de empresa. Nele os autores apresentam as nove etapas para regularizar o empreendimento.

A obra deixa duas decepções que espero que sejam corrigidas numa futura edição. A primeira é a ausência de um capítulo sobre o “fechamento” de empresa. Recentemente tive uma experiência de tentar fechar uma empresa e minha conclusão é que isto é muito mais difícil que o processo de abertura. Em razão do grande número de fracassos existentes para este tipo de empresa, o capítulo realmente seria um acréscimo importante que geralmente não se encontra em obras do assunto.

O segundo aspecto é o fato da obra ainda ter um viés, em certos trechos, para a grande empresa. A obra discute mais do que imagino ser o necessário sobre investimentos (CPC18) (página 40 e seguintes), DMPL (p. 80 a 84) e notas explicativas (um capítulo). Outro exemplo onde existe este viés é o balanço patrimonial apresentado na página 53, tipicamente de uma empresa de grande porte.

Vale a Pena? Apesar dos problemas relatados acima, é uma obra útil para quem deseja melhorar seus conhecimentos sobre a contabilidade de pequena empresa.

SANTOS, Fernando de Almeida; VEIGA, Windsor Espenser. Contabilidade: com ênfase em micro, pequenas e médias empresas. São Paulo: Atlas, 2014.

Evidenciação: A obra foi encaminhada pelos editores, sem nenhuma contrapartida solicitada.

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