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24 fevereiro 2009

Imparidade e Balanço da Vale

Um primeiro exemplo da aplicação da imparidade no balanço da Vale:

Vale faz baixa de R$ 2,4 bilhões na Inco
20/2/2009 - Valor Econômico

A Vale reduziu em R$ 2,4 bilhões o valor de sua subsidiária canadense Inco, adquirida em 2006, por US$ 18 bilhões. O ajuste foi feito por conta da nova lei contábil, em vigor desde 2008, que obriga a avaliação regular dos ativos das companhias.

Esse impacto é reflexo da adoção de uma das regras da nova lei contábil brasileira, o chamado teste de "impairment", ou "valor recuperável" dos ativos. Na prática, isso nada mais é do que a companhia provar que ela consegue transformar o valor de seus ativos em lucro, seja com pela operação ou pela venda do negócio. A partir do balanço anual de 2008, as empresas são obrigadas a fazer testes e estudos para verificar a eficiência de seus registros.

A mineradora informou um lucro líquido de R$ 10,4 bilhões no último trimestre de 2008, que não inclui a baixa contábil da Inco. A Vale só fez o desconto no resultado anual, que são os dados oficiais enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

(...) A Inco causou pouco estrago perto do que a Xstrata poderia ter feito ao balanço da Vale. Em março, a empresa desistiu do negócio, que poderia chegar a US$ 90 bilhões.

O valor de mercado da Xstrata atualmente é da ordem de 10% do negociado pela Vale. A companhia brasileira, na atual situação de mercado, perderia o valor do ativo com baixa contábil similar a da Inco, mas ficaria com a dívida.

Um comentário:

  1. O senhor usa "imparidade", assim, com tranqüilidade? Sempre achei uma tradução canhestra para "impairmente". Tenho visto "prejudicado", "com valor prejudicado", coisas assim. Não lhe parece mais correto?

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