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24 agosto 2020

Rir é o melhor remédio

 

"Quando a covid acabar"está começando a soar tão convincente quanto "quando eu ganhar na loto"...

23 agosto 2020

Duas frases para reflexão

Eis que em uma artigo sobre inteligência vejo duas frase interessantes. Eis a primeira:

Se quisermos medir algo, a primeira coisa que precisamos fazer é defini-lo com precisão

Isto vale para goodwill, ativo, receita e outros itens mais. (Mas o artigo não era sobre contabilidade). A outra frase é também muito boa:

Se você não pode medir, meça de qualquer maneira.

Frase atribuída ao grande economista Frank Knight. Veja que ajusta perfeitamente ao goodwill, ativo ... 

Ambas frases estão no artigo excelente do blog Economics From the Top Dow. Fonte da imagem aqui

Rir é o melhor remédio

 

Teste de Turing 2.0

22 agosto 2020

Iasb publica o Due Process Handbook

No dia 21 de agosto a entidade responsável pelo processo de normas internacionais publicou o Due Process Handbook. Trata-se de um documento de 68 páginas onde estão os princípios dos processos aplicáveis ao board e do comitê de interpretação de normas. A primeira versão do documento é de 2006, com adições nos anos seguintes. A última alteração foi em 2017. 

Para acessar o documento em PDF clique aqui. Uma explicação bem superficial das alterações encontra-se aqui. Um artigo sobre o assunto pode ser acessado aqui. Talvez o mais importante, a constituição da Fundação IFRS na versão 2020 pode ser obtida aqui. Lá tem a estrutura da Fundação e o funcionamento geral. 

(O mapa mundi, retirado do relatório, possui um erro de geografia "bobo". Alguém saberia dizer qual?)

Imprevisão e contrato jurídico

 

Muito conhecida no universo jurídico e também sempre debatida sobre o aspecto da previsibilidade ou não do acontecimento, a Teoria da Imprevisão vem sendo bastante discutida nesses tempos de pandemia.

Diante do cenário que estamos experimentando nos últimos meses, somado às incertezas, inclusive, sobre quando tudo isso passará, parece-nos adequado olharmos as relações contratuais pela ótica da imprevisibilidade da situação atual, sendo os caminhos do diálogo e da negociação os mais indicados para os contratantes.

No entanto, quando tais caminhos não levam a uma convergência, pode o Judiciário, com o uso da Teoria da Imprevisão, buscar o reequilíbrio das relações, como forma de ajustá-las e se alcançar o melhor ponto possível para as partes.

Tal posicionamento do Judiciário se mostra admitido quando nos deparamos com relações comuns. Porém, em um cenário de recuperação judicial, poder-se-ia admitir o uso da referida teoria? (...)

Fernando Pompeu Luccas - Valor Econômico - Teoria da Imprevisão aplicada à recuperação - 21 de agosto. Imagem aqui

Apple chega a 2 trilhões de valor de mercado

Esta semana, a empresa Apple obteve um valor de mercado de 2 trilhões de dólares. É a segunda empresa a chegar neste patamar; a primeira foi a Saudi Aramco, logo após a oferta pública de ações. 

Neste ano de incerteza (covid, pressão política e dependência da China), as ações da Apple subiram mais de 50%. 

O fato de a fabricante do iPhone ter conseguido lucro recorde durante uma pandemia global que restringiu sua cadeia de fornecimento e limitou seu acesso aos clientes surpreendeu investidores e analistas. Quando ela informou que suas cinco categorias de produtos tiveram receitas maiores no trimestre encerrado em junho, analistas do Goldman Sachs disseram a clientes: “O que aconteceu foi que nós e o consenso não chegamos nem perto em termos do que era possível”.

Por mais excelentes que os lucros da Apple sejam, vários analistas temem que essa medida da avaliação esteja sendo forçada. A relação de preços sobre lucro (P/L) da Apple é de quase 35 vezes, a maior desde o fim de 2007, quando o lançamento do iPhone original desencadeou um crescimento sem precedentes.

Fonte: Valor de mercado da Apple chega a US$ 2 trilhõesPor Patrick McGee e Tim Bradshaw — Financial Times, 20/08/2020 

Rir é o melhor remédio

 

Tudo é uma questão de comparação

21 agosto 2020

A dívida do Corinthians

A revista Época traz uma reportagem sobre a dívida do clube de futebol Corinthians com a Odebrecht. Confesso que achei bastante confusa a reportagem, com um viés bem acentuado para o clube. O texto afirma que a dívida com a construtora deve "virar pó". Este passivo refere-se à construção do estádio e o valor ultrapassa a 1 bilhão de reais. Na realidade, o valor exato é questionável, conforme o próprio texto afirma: 

Em agosto do ano passado, o Conselho Deliberativo do Corinthians nomeou uma comissão para levantar o custo da obra. Essa comissão chegou ao valor total de R$ 1,030 bilhão de dívida com a construtora Odebrecht: R$ 985 milhões gastos na obra, mais encargos financeiros. (...) Um anos depois, no entanto, essa dívida enorme praticamente 'virou pó'.

A razão, segundo o texto, é a seguinte:

Para os representantes do clube, não parecia razoável nem correto contabilmente que a construtora mantivesse em seu balanço os créditos de R$ 1,030 bilhão, sem nenhuma perspectiva de serem quitados, já que a fonte de recursos para saldá-los era apenas e tão somente as receitas da arena, com valores muito abaixo do esperado. (...) Os créditos de R$ 1,030 bilhão seriam somente uma previsão não realizada. Tecnicamente, poderiam ser considerados créditos inexistentes e alocados em perdas e danos. Contabilmente deveriam ter sido classificados como um ativo contingente, na prática, uma conjectura. Sem a certeza e probabilidade de que fosse tornada real, tratava-se apenas de uma estimativa. Ela não se tornou concreta e, portanto, deveria ficar fora do balanço patrimonial, no entender de especialistas. Seria o chamado princípio da prudência, defendido por normas contábeis, a partir do artigo 49 da lei 11.101, de 2005, que regula a recuperação judicial, a extra-judicial e a falência de empresas, argumentavam os conselheiros.

Pelo meu entendimento do texto, o raciocínio é o seguinte: o Corinthians devia à Odebrecht 1 bilhão e esta dívida seria paga com os direitos de arena. Como a estimativa do valor dos direitos da área estava superestimada, "não existiria" o ativo na Odebrecht, nem o passivo no Corinthians. Nas palavras do texto:

Assumindo o erro de planejamento e a inexistência dos créditos, não havia mais os débitos da outra parte. Não havendo credor, não há devedor.

Isto faz sentido? 

Fonte da Imagem: aqui


Briga de gigantes

Quando a Paper Excellence (PE) adquiriu a empresa Eldorado do grupo J&F parecia um acordo entre gigantes. A PE é um grupo asiático e na compra tornaria uma grande empresa mundial de celulose; a J&F teria foco nos negócios originais e ganharia caixa para ajudar na defesa do escândalo de corrupção. Duas empresas com um histórico de "problemas" legais. A negociação fez jus ao retrospecto das empresas. Agora revela-se uma acusação de espionagem por parte da PE

O novo capítulo da acirrada disputa arbitral de R$ 15 bilhões, que está completando dois anos, envolve a Justiça criminal de São Paulo. A J&F acusa a PE de ‘hackear’ seus servidores de e-mail e um suspeito de captar ilegalmente mensagens eletrônicas de executivos e advogados do grupo empresarial brasileiro chegou a ser preso temporariamente no curso de uma investigação policial que já dura mais de um ano. A empresa indonésia nega qualquer participação nos fatos sob investigação.

Na verdade o problema é anterior. A PE adquiriu parte das ações da Eldorado em um momento de baixa do mercado. Tinha a opção de comprar o controle da empresa. Mas com o aumento no preço da celulose, começaram a surgir "dificuldades" no negócio: 

Atualmente proprietária de 50,59% da Eldorado, a J&F acertou a venda de 100% da produtora de celulose para a PE, por R$ 15 bilhões, em setembro de 2017. A aquisição ocorreria em etapas, cumpridas em até 12 meses e sujeitas a determinadas condições pré-estabelecidas em contrato. Em setembro de 2018, quando a PE já detinha 49,41% das ações, a J&F declarou extinto o contrato, uma vez que a sócia não liberou garantias prestadas em dívidas da produtora de celulose, que era condição essencial para a compra do controle.

A PE alega que a J&F agiu de má-fé, dificultando a liberação das garantias, e que cobrou R$ 6 bilhões a mais para dar sequência ao negócio. A holding dos Batista, por sua vez, insiste que o contrato não foi cumprido e levantou dúvidas sobre a capacidade de a PE de cumprir o compromisso financeiro assumido em 2017. O tribunal arbitral, cuja decisão é esperada para setembro, vai julgar se o contrato ainda é válido ou não. Desde então, a briga entre as sócias têm sido marcada por acusações e ações judiciais de parte a parte.

Em novembro, cumprindo determinação do tribunal arbitral, a CA Investment Brazil, companhia fechada constituída pela PE para a compra da Eldorado, depositou o equivalente a R$ 11,2 bilhões em uma conta no Itaú Unibanco, sendo R$ 10,2 bilhões do montante em “recursos próprios” (cotas de fundos de investimento) e R$ 1 bilhão em recursos levantados com a emissão de debêntures, subscritas pelo próprio Itaú. A J&F, por sua vez, depositou a totalidade das ações que detém na Eldorado.

Fonte: Disputa entre J&F e PE pela Eldorado chega à polícia. André Guilherme Vieira e Stella Fontes. Valor, 19 de agosto. Foto: aqui

Rir é o melhor remédio

 

Diagrama de Venn da Reuters: o encontro dos "nossos valores" e "verdade, inovação, desempenho..." só ocorre em uma pequena parte da figura. Acho que alguém não prestou atenção na aula de matemática.

20 agosto 2020

Linguagem sexista

 A Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Dietrich, da Carnegie Mellon, examinou os efeitos da linguagem nos estereótipos de carreira por gênero. Os autores do estudo, Molly Lewis e Gary Lupyan, analisaram a forma como as palavras coexistem com homens e mulheres. Por exemplo, quantas vezes “mulher” está associada à “casa”, “filhos” e “família” e quantas vezes “homem” está associado a “trabalho”, “carreira” e “negócios”. 

Os 25 idiomas, do mais tendencioso a carreiras masculinas para o menos, são:  

Dinamarquês, Alemão, Norueguês, Holandês, Romeno, Inglês, Hebraico, Sueco, Mandarim, Persa, Português, Hindi, Italiano, Finlandês, Francês, Coreano, Espanhol, Indonésio, Árabe, Japonês, Croata, Turco, Filipino, Polonês e Malaio 

Conforme publicado pela Fast Company, o estudo apontou mais preconceito de gênero em idiomas que contêm palavras diferentes para versões masculinas e femininas referentes à mesma profissão, como por exemplo, “comissário de bordo” e “comissária de bordo”.

Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio

 

Colando na prova ...

19 agosto 2020

Ambiente, Social e Governança

O impacto dos valores ESG na avaliação de cada empresa também é abordado pelo estudo da Ágora. “O mercado financeiro precifica positivamente as questões ESG nas ações das empresas, que merecerão um prêmio em seu valuation ao longo do tempo. E reconhece um risco adicional para as empresas que não incorporam esses conceitos”, escreve o documento.

Uma ferramenta útil para aferir o impacto das práticas de sustentabilidade na performance de uma empresa é o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial). Ele foi criado em 2005 para refletir o retorno médio de uma carteira teórica de ações de empresas de capital aberto listadas na B3 que incorporaram os valores ESG à sua pauta.

Fonte: Empresas que adotam agenda ESG têm rentabilidade acima do Ibovespa


Contabilidade e Finanças

Costumo dizer que a contabilidade é a avó das finanças e, como tal, deve ser bastante respeitada e compreendida por todos que se aventuram a testar e reinventar teorias financeiras. Para esta edição, recebi a incumbência de escrever um editorial que busca evidenciar a relação umbilical entre contabilidade e finanças, tema da linha de pesquisa “Mercado financeiro e integração empresas/stakeholders” desta revista, a qual tenho o privilégio de coeditorar. Como pesquisadora hoje atuante em economia, concedi-me a liberdade poética de relacionar, também, essa área de estudo à contabilidade e finanças.

Texto de Fernanda Finotti Cordeiro, que mostra uma história da ligação entre as duas áreas. 

(Continue lendo aqui)

Bandeira como ativo

A bandeira de um país ou de um povo pode ser considerada um ativo? Talvez falte aqui a característica da geração de riqueza. Se eu uso uma bandeira, não irei pagar royalties pelos lucros obtidos. Bem, há uma exceção, pelo menos: a bandeira dos aborígines da Austrália. 

Esta bandeira foi criada por Harold Thomas, em 1971, e tornou-se o símbolo dos povos aborígenes. Mas Thomas registrou sua criação e cobra royalties pelo seu uso (cerca de 20% [de quê, o texto não diz]). Assim, para Thomas, a bandeira pode ser considerada uma ativo. 

Há uma boa discussão nos comentários do link citado. Aqui sobre a geometria das bandeiras. E aqui sobre a origem de muitas bandeiras. A imagem apareceu aqui

Rir é o melhor remédio

 

No passado com certeza. Mas não podemos perder a piada.

18 agosto 2020

Fracasso da Análise Fundamentalista




‘Value’ investing, which means buying stocks that are cheap in relation to today’s assets, income and dividends, was supposed to be a better, long-term strategy than the alternative, which is investing in more glamorous, but more expensive, so-called “growth” stocks. Back in 1992, when finance professors Eugene Fama and Kenneth French published their seminal research on the subject, they calculated that the cheapest “value” stocks beat the most expensive stocks by a staggering average margin of 1.53% a month.

Since the research was published, U.S. “growth” has beaten “value” — both measured by their equivalent MSCI indexes — by a factor of two to one.

Oops.

And in the last 13 years, a U.S. “growth” strategy has earned you an average of 12% a year. Value? Try 5%.

Ouch.

The market is littered with the wreckage of “value” investors. So far during this turbulent, traumatic year, MSCI US Growth has earned you a stunning 21% while Value is down 13%.

And this has been despite repeated claims by “value” aficionados that value is due for a comeback. Each light at the end of the long, dark tunnel has turned out to be the headlight of yet another growth train.

What’s going on?

And, more important, is there anything can we do about it?



Baruck Lev and Anup Srivastava, business school professors at New York University and the University of Calgary, think they have an answer.

We’re calculating “value” all wrong, they say. We’re still counting things like land, and factories, and machinery and other tangibles as “assets.” But we’re not counting things like intellectual property, patents, and all the accumulated know-how that a company builds up through years of research and development.

“[U]p to the late 1980s, corporate investments were primarily in tangible (physical) assets (property, plants, equipment, structures, airplanes, etc.) which are capitalized (considered assets) by accounting rules and, therefore, full reflected (net of depreciation) in companies’ book values (equity),” they write.

“From then on, however, a far-reaching transformation of corporate business models took place: Investment in tangible resources increasingly gave way to intangible assets. Currently in the U.S., the intangible investment rate of the corporate sector is roughly twice that of the tangible investment rate, and the gap keeps growing. In absolute terms, the U.S. annual intangible investment surpassed $2 trillion in 2017.”

In other words: You can’t buy companies that are cheap in relation to their assets if you’re not counting the assets properly.

(I remember when Google GOOG, 1.33% (now Alphabet) bought YouTube in 2006 for $1.65 billion. Which, therefore, became the video streaming platform’s “value” in accounting terms.)

They tried recalculating true or “adjusted” asset values, using company financial statements to include the amounts spent internally on R & D in asset values. Then they estimated how that would affect a long-short strategy, betting on stocks with the lowest price compared with adjusted assets and betting against those with the highest price. The results? “[I]n 34 out of 39 years examined, 1970 to 2018, the returns from the adjusted value strategy were higher than those in the conventional strategy…and in most years the adjusted returns were substantially higher.”

The main difference, they say, is that these calculations make many “growth” stocks seem much less expensive. A high-tech stock might look expensive because it sells for, say, a hundred times the value of its hard, tangible assets, but on closer examination it may trade for less than the value of all its accumulated R & D.

What does this mean for us ordinary investors?

There are three pretty clear implications that we need to bear in mind if we’re going to place our hopes on “value” investing.

The first is that we can’t put too much faith in cookie-cutter “value” funds, if they simply stick to an old accounting-based value strategy. They’re missing out on important information. We may need to pick value stocks ourselves.

The second is that if we really want to understand a company’s assets we can’t just look at the balance sheet. We need to look closely at R & D spending over multiple years as well. (And even then that may not tell the whole story, they add, because some R & D ends up hidden in the general overhead budget known as “sales, general and administrative.”)

The third: Be wary of all stock market fashions, including this one.

“Value” was dead in 1999. Finito. No one wanted it. The “old economy” was doomed and you could buy the stocks for next to nothing. That opportunity paid off the mortgage of at least one financial journalist I know, with plenty to spare.

Seven years later, I bumped into Jeremy Grantham, the famous fund manager, at an analysts’ drinks party in Boston. Grantham, who was overall skeptical on market valuations, added that “growth” stocks were now looking pretty cheap.

Since that time they’ve boomed.

And while it’s true that “growth” has outperformed “value” since the early 1990s, all of that outperformance—every nickel—has come in the last three years.

It’s generally been a wise strategy to buy what’s out of fashion, and cheap, and avoid what’s in fashion, and therefore expensive. There are always bargains, but finding value means more than just buying “value.”

Fonte: aqui

Saiba o que é Value Investing: Estratégia de Warren Buffett

Planilha Excel faz uma mudança importante na Genética

Esta é uma notícia curiosa. Os cientistas que estudam o genoma humano resolveram fazer uma mudança por conta da planilha Excel. Cerca de 27 genes humanos foram renomeados. Tudo isto porque a planilha interpreta de forma errada os símbolos como datas. Parece um problema pequeno, mas não é. 

O Excel é muito usado pelos cientistas (e pelos contadores). O problema é que suas configurações são ajustadas para aplicações mais comuns. Assim, quando um cientista insere

um símbolo alfanumérico de um gene em uma planilha, como MARCH1 - abreviação de " Membrane Associated Ring-CH-Type Finger 1 " - o Excel converte isso em uma data: 1 de março

Isso é extremamente frustrante, até mesmo perigoso, pois corrompe dados que os cientistas precisam separar manualmente para restaurar. É também surpreendentemente difundido e afeta até mesmo trabalhos científicos revisados por pares. Um estudo de 2016 examinou dados genéticos compartilhados com 3.597 artigos publicados e descobriu que cerca de um quinto havia sido afetado por erros do Excel.

Também não há solução fácil. O Excel não oferece a opção de desativar essa formatação automática e a única maneira de evitá-la é alterar o tipo de dados de colunas individuais . Mesmo assim, um cientista pode corrigir seus dados, mas exportá-los como um arquivo CSV sem salvar a formatação. Ou outro cientista pode carregar os dados sem a formatação correta, transformando os símbolos do gene em datas. O resultado final é que, embora usuários experientes do Excel possam evitar esse problema, é fácil introduzir erros.

A ajuda chegou, porém, na forma do corpo científico encarregado de padronizar os nomes dos genes, o HUGO Gene Nomenclature Committee, ou HGNC. Esta semana, o HGNC publicou novas diretrizes para nomeação de genes, incluindo para “símbolos que afetam o manuseio e recuperação de dados”. De agora em diante, dizem eles, os genes humanos e as proteínas que eles expressam serão nomeados com um olho na formatação automática do Excel. Isso significa que o símbolo MARCH1 agora se tornou MARCHF1, enquanto SEPT1 se tornou SEPTIN1 e assim por diante. Um registro de símbolos e nomes antigos será armazenado pelo HGNC para evitar confusão no futuro.

Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio



 

Baseado em um caso real do passado: qual o valor da Teoria da Contabilidade?

17 agosto 2020

Mudanças na IFRS 17

Alterações da IFRS 17, segundo Jessica Pereira para o Jornal Econômico de Portugal:

O IASB publicou a 25 de junho de 2020 a nova versão da IFRS 17. As alterações agora publicadas pretendem dar resposta a algumas das preocupações e desafios de implementação de diversos stakeholders.

Foram submetidas cerca de 127 questões, 24 foram analisadas em detalhe e colocadas em consulta pública pelo IASB através do Exposure Draft de 24 de junho de 2019. A “Insurance Accounting Alert” de junho de 2020 a EY detalhou as alterações, que abrangem os oito tópicos seguintes:

1. Diferimento da data efetiva: 1 de janeiro de 2023 passa a ser a nova data efetiva para a adoção da norma. A isenção temporária da IFRS 9 e a adoção antecipada das normas continuam previstas

2. Alterações ao âmbito: passam a poder ser excluídos do âmbito contratos de financiamento e cartões de crédito e similares

3. Custos de aquisição de renovações: a alocação dos custos de aquisição diretamente atribuíveis aos contratos é também possível para as renovações

4. ‘Contractual service margin’ (CSM) de atividades de investimento: o lucro esperado (CSM) dos contratos com características de participação passa a considerar, mediante certos critérios, os retornos e os custos de investimentos

5. Opção de mitigação de risco: extensão do âmbito da opção de mitigação de risco aos contratos de seguro com participação direta

6. Contratos de resseguro vs contratos onerosos: possibilidade de reconhecer o ganho imediato dos contratos de resseguro quando reconhecida a perda dos contratos de seguro subjacentes onerosos

7. Simplificação no balanço: a apresentação dos contratos de seguro e resseguro ativos ou passivos passa a ser ao nível dos portefólios ao invés dos grupos de contratos

8. Flexibilização na transição e outras alterações: incluídas medidas de flexibilização na transição e possibilidade de alteração de estimativas e opções em reportes interinos

Decorrente da experiência no suporte a diversos players em todo o mundo, a EY destaca algumas lições aprendidas que poderão ser úteis para a desafiante jornada da implementação:

– Apostar na formação dos colaboradores da empresa. O conhecimento adequado dos requisitos exigidos e a perceção dos seus impactos é essencial;

– Envolver as áreas relevantes desde o primeiro dia da implementação para que não se criem silos que possam impactar o projeto;

– Desenvolver as orientações técnicas. Como alocar as despesas aos contratos? Qual a abordagem para o desconto e para o risk adjustment? Qual o negócio oneroso? O que irão os seus peers passar a saber através das futuras divulgações? Estas e muitas outras questões terão de ser respondidas e formalizadas;

– Identificar os dados relevantes. Ter dados com qualidade é o pilar principal qualquer que seja a solução a implementar. É dos pontos que requer um significativo esforço na implementação (criar e transformar os dados para reporte e suporte à gestão);

– Planear tempo para testar use cases, testar com dados reais os impactos e redefinir a estratégia. Não existem sistemas “one size fits all” e qualquer solução que venha a ser selecionada terá de ser customizada à realidade da empresa;

– Não deixar o desenho e a formalização dos processos para o fim. Um mapeamento detalhado é essencial. Os recursos de hoje poderão não ser os de amanhã e os trabalhos têm de ser executados;

– Identificar quem serão os auditores e obter entendimento sobre as decisões a tomar.

Seguradoras, auditores e reguladores estão a preparar-se para a grande mudança contabilística. O tempo urge, pelo que é importante não tirar o pé do acelerador.