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05 dezembro 2019

Voto impresso

Para quem defende o voto impresso (não eletrônico) ou a existência de impressão do voto, eis um caso que ocorreu nos Estados Unidos: em uma disputa no condado de Northampton, um candidato teve uma quantidade de votos bem abaixo do esperado. As máquinas, ExpressVoteXL, são de fabricação da Election Systems & Software, uma grande empresa. A máquina é nova e sofisticada, com tela de toque e cédula de papel.

Ao perceber o problema, iniciou-se uma investigação. Com as cédulas impressas geradas percebeu que um candidato, que tinha obtido 164 votos de 55 mil, tinha vencido.

Hackers Especializados

Uma empresa de segurança cibernética, DynaRisk, descobriu um ataque engenhoso de hackers. Em lugar de focarem os dados de inúmeras pessoas, os hackers conseguiram informações pessoais de mulheres com peso acima da média. Após terem acesso a milhares de dados, os hackers procuraram vender suplementos de emagrecimento. E para aumentar seus lucros, começaram a negociar as informações para uma publicidade direcionada.

A violação mostra como os hackers estão tentando lucrar com o lucrativo mercado de dados pessoais impulsionado pela publicidade on-line.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

04 dezembro 2019

Publicação em Jornais

A medida provisória 892, que desobriga a publicação de balanços de empresas em jornais, perdeu validade nesta terça-feira por não ter sido votada nos plenários da Câmara e do Senado.

O prazo para votação da MP, editada pelo presidente Jair Bolsonaro em 6 de agosto, terminava hoje. Como não foi votada, deixará de valer. No dia 12 de novembro, a comissão mista que analisou o texto considerou-o inconstitucional, principalmente por não atender ao pré-requisito da urgência, ao qual uma MP deve obedecer.

Na comissão, também foi lembrado o fato de que, antes da edição do ato, Bolsonaro havia sancionado, em 24 de abril, a lei nº 13.818, que autoriza as empresas a publicarem suas demonstrações financeiras de forma resumida em jornais de grande circulação a partir de 1º de janeiro de 2022.

Até lá, continuará valendo a regra da Lei das S.A., de 1976, que determina a publicação do balanço no diário oficial do estado em que estiver situada a empresa e em um jornal de grande circulação nacional.


Fonte: Aqui

Revisão de uma prova de 2003

A edição de outubro de 2019 do Journal of Finance traz uma nota sobre um artigo que foi publicado em 2003. 

This note corrects an error in the proof of Proposition 2 of "Risk Reduction in Large Portfólios: Why Imposing the Wrong Constratint Helps" that appeared in the Journal of Finance, August 2003. 

Realmente é muito curioso. O texto foi publicado em 2003 e somente agora teve uma prova corrigida. São oito páginas de texto. Fiquei pensando: (a) será que somente agora alguém percebeu que a prova estava errada?; ou (b) será que somente agora os autores conseguiram encontrar uma solução para o problema da prova? 

No primeiro caso, isto mostraria que um artigo, publicado no periódico de finanças de maior prestígio, somente agora algum leitor descobriu um erro na prova. Poucos leem ou poucos leem com a devida atenção. Isto é um pouco triste. 

No segundo caso, talvez agora os autores tenham obtido algum apoio para resolver a prova incorreta. Curiosamente, uma das citações é de 2017. 

Enel Goiás

A Enel Distribuição Goiás, anteriormente Companhia Energética de Goiás, Celg, atua na distribuição de energia elétrica no estado de Goiás.

Originalmente a empresa foi criada em 1955. O desempenho da empresa piorou significativamente nos anos 2000. Entre 2003 a 2009 foi só prejuízo. Foi constituída uma CPI no legislativo do estado, encerrada em 2010. A qualidade do serviço caiu e mesmo diante de diversas tentativas de negociações para recuperar a empresa esbarraram na politicagem regional. Finalmente, em 2015, a maioria das ações da empresa foram repassada para a Eletrobras, em troca de uma dívida com o governo. Em 2016, o governo Temer decide vender as ações em um leilão de privatização.

Agora alguns políticos do estado de Goiás tentam retomar a empresa. Os deputados estaduais querem a estatização da empresa. O governador também. Do outro lado, o governo federal e especialistas do setor. Um professor da UFRJ resume isto:

manifestação de populismo político, sem sentido e sem efeito

Dados do Tesouro Estadual

O Ranking da qualidade da informação contábil e fiscal é uma iniciativa da Secretaria do Tesouro Nacional que foi criada para avaliar a consistência da informação que o Tesouro recebe por meio do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro – Siconfi – e, consequentemente, disponibiliza para acesso público.

A intenção deste trabalho é fomentar a melhoria da qualidade da informação utilizada tanto pelo Tesouro Nacional quanto pelos diversos usuários dessa informação.

Esta primeira versão do ranking foi baseada nos dados de 2018 e utilizou verificações simples, como a verificação da igualdade de valores entre relatórios diferentes. Para os próximos anos, serão inseridas verificações mais complexas e que terão mais peso no ranqueamento.

As bases de dados foram extraídas do Siconfi no dia 12/06/2019, que é a mesma data de corte utilizada no Balanço do Setor Público Nacional - BSPN.

O ranking é dividido em quatro dimensões de avaliação: gestão da informação (D_I), contábil (D_II), fiscal (D_III) e contábil x fiscal (D_IV). Para a versão de 2018, não foram aplicadas verificações da D_I (gestão da informação) que verifica o comportamento dos entes no envio das informações.

Para o ranking referente ao exercício de 2019, serão acrescentadas verificações da dimensão de gestão da informação (D_I), bem como, a inserção da Matriz de Saldos Contábeis (MSC) no rol de origens de informação.


Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Contagem de quantos Nuggets tem na caixa. Fonte: Aqui

03 dezembro 2019

Campeã em poluição

Qual o impacto em uma empresa se considerada a maior poluidora por plástico do mundo? Uma pesquisa realizada em 51 países, coletando 476 mil resíduos, com a participação de 72 mil voluntários, encontrou que a Coca-Cola foi a empresa campeã em poluição por plástico no mundo. Quase metade do material coletado tinha origem nos produtos da empresa. Depois da Coca-Cola aparecem Nestlé, Pepsico, Mondelez e Unilever.

Apesar disto não ter uma influência imediata nos resultados da empresa, aumenta a pressão para que encontre uma maneira de resolver o problema. Nada impede que um processo judicial, a exemplo do que está sofrendo a Exxon, possa gerar passivos para a empresa no futuro.

Em meados deste ano, começou a circular uma ideia de cobrar o imposto de renda em uma nova base fiscal. Segundo Marta Watanabe, o objetivo é criar uma nova base de cálculo do Imposto de Renda, partindo de outra variável diferente do lucro contábil.

A ideia da Receita é cobrar o IRPJ sobre um lucro cujo cálculo deixa de lado as regras contábeis do IFRS (...) A Receita diz que a série de ajustes que as companhias precisam fazer no lucro contábil para se chegar à base sobre a qual é calculado o IR causa divergências entre Fisco e contribuinte, o que eleva o contencioso.

Contra a proposta há o argumento do aumento da complexidade. Outros argumentos, como a possibilidade de se ter uma dupla contabilidade, que seria ruim para os negócios do país. Haveria uma contradição ao instituir uma nova contabilidade.

Tudo isto parece muito estranho. As normas internacionais são defendidas pela capacidade de não usar regras, mas sim princípios. E pela sua qualidade. Mas a contabilidade é feita para diversos usuários, entre eles o fisco. Se a IFRS no Brasil depende do fisco para sobreviver, isto é realmente preocupante.

Tente olhar o problema sob a ótica do Fisco. A IFRS, com sua subjetividade, não consegue atender a um usuário? Ele deve ficar passivo, esperando uma discussão de longo prazo? Discutindo se as normas são melhores ou não? A discussão não é “segunda contabilidade”, mas uma contabilidade que parece não estar satisfazendo um dos mais fortes reguladores. A unanimidade em torno de uma norma merece sempre ser questionada. Não vamos fechar questão contra a posição do Fisco.

Gastando salário com ações da empresa

Um notícia de setembro, mas que é interessante: O CEO do Deutsche vai gastar parte do seu salário para comprar ações do próprio banco.

Segundo o Financial Times (via Valor), Christian Sewing está comprando ações do próprio banco. O Deutsche Bank tem passado por uma série de problemas, que inclui denúncias de corrupção e reestruturação com fechamento de postos de trabalho. O executivo anunciou que irá comprar ações no equivalente a 15% do salário líquido, até o final de 2022. Isto corresponde a 850 mil euros. Além dele, o presidente do conselho de administração investiu 1 milhão de euros.

Por um lado, isto pode demonstrar uma sinalização para os investidores, em um momento que as ações estão em um patamar mínimo. No momento do anúncio, a ação tinha um valor de 8,33, sendo o máximo - nos últimos cinco anos - de 35 US$ no passado distante:

Rir é o melhor remédio