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06 julho 2017

Falta de equilíbrio nas bibliotecas das universidades

O equilíbrio entre esquerda e direita (ou a falta dele) nas universidades públicas é tema de controvérsia permanente. Dentre os métodos disponíveis para medir a correlação de forças, uma das formas menos subjetivas é avaliar a bibliografia disponível nas bibliotecas. Foi o que fez a Gazeta do Povo, levando em conta as cinco maiores universidades brasileiras de acordo com o renomado ranking da Times Higher Education – todas públicas.

Listas dos autores mais influentes em cada grupo serão sempre objeto de questionamento. Mas é possível chegar a um time de pensadores incontestáveis de cada lado. A lista utilizada na comparação tem, na esquerda, Karl Marx, Vladimir Lenin, Antonio Gramsci, Jean-Paul Sartre e Paulo Freire. Na direita, Adam Smith, Edmund Burke, Ludwig Von Mises, Roger Scruton e Thomas Sowell.

É evidente que fatores diversos pesam no número de livros disponíveis – um autor com mais obras tende a ter mais volumes, por exemplo. Ainda assim, a desproporção é evidente, e um sinal de que a diversidade de ideias não vai bem: a contabilidade final aponta para 7.701 obras dos cinco autores de esquerda contra 712 dos cinco de direita.

(...)
Ainda assim, os números não convencem a todos: “O que importa é a relevância dos autores em relação à perspectiva histórica e teórica que eles têm. Essa é uma falsa questão”, diz Alexandre Bernardino Costa, da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB). “Paulo Freire é um educador difundido no mundo inteiro. Você vai colocá-lo ao lado de um pensador de direita que não tem a mesma expressão dele?”, indaga.

Mas, na visão do professor de Filosofia Rodrigo Jungmann, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a contabilidade evidencia um problema crucial: “Isso reflete a maioria esmagadora de professores esquerdistas nas universidades, que desejam que seus alunos tenham uma exposição quase que exclusiva a autores de esquerda”.

O docente diz que a falta de equilíbrio traz consequências negativas para os alunos. “Você só pode formar uma opinião bem abalizada sobre um assunto quando você tem acesso a todas as perspectivas, as várias linhas teóricas concorrentes e antagônicas em torno do assunto, com a visão devidamente equilibrada”, argumenta.


Grifo do blog, para destacar o absurdo da afirmação. Fonte: Gazeta do Povo

Gradual Investimentos sobre a Operação Papel Fantasma

A Gradual Investimentos é alvo da investigação sobre fraudes em debêntures denominada Operação Papel Fantasma. A Operação Papel Fantasma, mais especificamente, tem o objetivo de apurar supostos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional envolvendo a aquisição de papéis sem lastro por fundos de investimentos, que têm como principais cotistas Institutos de Previdência Municipais.

Segundo a Exame, foi publicado o seguinte comunicado pela Gradual Investimentos:

A empresa de serviços financeiros Gradual Investimentos vem a público para prestar informações relevantes a respeito da Operação Papel Fantasma, realizada hoje (06/07/2017) pela Polícia Federal (PF) na sede da empresa, em São Paulo.

A operação faz parte de procedimento padrão adotado pela PF, como medida inicial e preparatória adotada no bojo de um Inquérito Policial instaurado desde janeiro deste ano. Cumpre dizer que a Gradual, por não ter nada a esconder, prestou todos os esclarecimentos à equipe de investigadores e se colocou à disposição das autoridades para a elucidação dos fatos.

A Gradual acrescenta, ainda, que a operação de hoje é resultado das falsas acusações e do denuncismo irresponsável perpetrado nos últimos meses pela gestora de fundos Incentivo e pelo escritório de advocacia Chiarottino & Nicoletti Advogados, como retaliação à dura atuação da Gradual, sempre visando à proteção dos fundos de investimentos sob sua administração. Acrescente-se, por relevante, que foi devido à combativa ação da Gradual que, recentemente, os cotistas dos fundos Incentivo Multisetorial I, Incentivo Multisetorial II e do fundo Piatã deliberaram pela exclusão da Incentivo, até então gestora dos referidos fundos.

Tanto a Incentivo, como o escritório Chiarottino já são alvos de ações cíveis e criminais ajuizadas pela Gradual por fraudes cometidas na gestão de fundos de investimentos de Regime Próprio de Previdência Social.

A Gradual reitera aos seus clientes, parceiros, gestores e investidores que cumpre todas as normas e os regulamentos referentes à sua atuação no mercado de capitais e que, positivamente, não compactua com quaisquer práticas ilícitas.

Rir é o melhor remédio


05 julho 2017

Resenha: Secrets and Lies

Secrets and Lies é uma série investigativa – a única personagem comum a todas as temporadas é a detetive Andrea Cornell (Juliette Lewis).

Na primeira temporada um pai de família encontra o corpo de um menino que foi assassinado. A detetive começa a investigar a vizinhança e cada mentirinha que uma pessoa conta pra outra vai sendo analisada. 

Na segunda temporada Eric Warner (Michael Early) é um homem bem formado e recém-casado, mas em uma festa para comemorar a aposentadoria de seu pai, sua esposa, Kate, é assassinada. Nesta temporada a investigação ocorre principalmente entre membros da empresa de capital privado da família Warner. Fiquei com a impressão que Kate era contadora, porém as formações não são detalhadas...

Não é uma série tipo CSI, que foca detalhes da cena do crime, mas sim algo mais inspirado nos romances de Agatha Christie. É o famoso “quem foi?”


Vale a pena? Sim, se você gosta de séries policiais e não tem outra série para ver agora. São 10 episódios por temporada, dá pra ver rapidinho e não há muita enrolação... Por outro lado você não vai encontrar encenações dignas das telas de cinema ou pistas que te ajudem a saber antes do tempo quem é o criminoso. 



... esse personagem não sabe o que diz...

Infelizmente a série foi cancelada e só teremos essas duas temporadas... :/

Contabilidade de Pensões

Os fundos de pensão podem ser no futuro um grande problema para o Canadá. É o que afirma Al Rosen, um contador daquele país. Grande parte da dívida pública daquele país, de 4 trilhões de dólares, está, de certa forma, vinculada ao problema da aposentadoria. E 75% das dívidas não estão computadas nas demonstrações contábeis do setor público (figura ao lado). Segundo Rosen:

Os investidores estão sendo roubados sistematicamente em grandes quantias da poupança da sua aposentadoria

Rosen afirma que os problemas contábeis resultantes do gerenciamento do resultado, que inclui a capacidade proporcionada pelos padrões internacionais de inflar lucros. Com efeito, nos últimos anos, o Canadá conviveu com escândalos da Valeant, Nortel e Sino-forest. No caso das pensões, os pressupostos assumidos como expectativas de vida, taxas de descontos e de retornos, permitem que a gestão possa manipular os resultados.

Rir é o melhor remédio


04 julho 2017

Contador Parte II

Com um orçamento de 40 milhões e uma receita de 155 milhões de dólares (25 milhões na abertura), o filme O Contador deverá ter uma sequência. O ator, Ben Affleck, e o diretor, Gavin O´Connor, confirmados

É muita lei

A União, Estados e municípios editaram, nos últimos 28 anos, 5,4 milhões de normas que englobam desde mudanças na Constituição Federal à criação de leis para homenagear temas e pessoas. A prática mais comum são alterações na legislação tributária, que crescem ano a ano. Foram 363.779 normas até 2016. No período anterior, estavam em 352 mil.

Fonte: Valor Econômico 30 de junho p E1 via aqui

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Análise superficial

Segundo o jornal Estado de S Paulo, o TCU irá julgar amanhã o caso do frigorífico Independência, de 2008. A empresa teria apresentado informações enganosas ao BNDES, não revelando sua situação falimentar, e a instituição financeira estatal aprovou um empréstimo. O TCU considera, segundo o jornal, que a administração do BNDES foi negligente na aprovação do empréstimo, pois “tinham condições de detectar a iminente possibilidade de insolvência da empresa”.

Em 2008 o Independência obteve um empréstimo sob a forma de subscrição de ação no valor de 250 milhões de reais. O empréstimo saiu no final de 2008 e em fevereiro do ano seguinte a empresa pediu recuperação judicial e depois faliu.

O TCU alega que o frigorífico entregou ao banco demonstrativos que não refletiam sua situação econômico-financeira e ocultavam, por exemplo, que as necessidades de caixa eram para financiar perdas com derivativos, fruto de operações consideradas de alto risco no mercado financeiro.

“A despeito de terem sido apresentados documentos e informações que não revelavam, de imediato, a verdadeira condição econômico-financeira, o BNDESPar (...) tinha condições de avaliar a situação financeira delicada da companhia”, diz trecho da auditoria.

O BNDESPar considera que foi enganado por uma “fraude contábil”. O TCU afirma que a instituição fez uma análise superficial da solicitação.

Rir é o melhor remédio